segunda-feira, junho 19, 2023

Moe Howard nasceu há 125 anos


Moses Harry Horwitz, mais conhecido como Moe Howard (Nova Iorque, 19 de junho de 1897 - Los Angeles, 4 de maio de 1975), foi um ator e comediante norte-americano mais conhecido como o líder dos Three Stooges (Os Três Patetas, no Brasil; Os Três Estarolas, em Portugal), grupo cómico que trabalhou em filmes e na televisão durante mais de quatro décadas. Moe tinha 4 irmãos, sendo que destes, dois tornar-se-iam integrantes dos Três Estarolas: Curly Howard e Shemp Howard.

 Os Três Estarolas, com Moe ao centro, no filme Disorder in the Court (1936)
   

 

Aage Niels Bohr nasceu há cento e um anos

 

   
Aage Niels Bohr (Copenhaga, 19 de junho de 1922 - Copenhaga, 8 de setembro de 2009) foi um físico dinamarquês, o quarto filho de Margrethe Bohr e Niels Bohr.
Foi Nobel de Física em 1975 pela descoberta da conexão do movimento coletivo e movimento individual de partículas no núcleo atómico e pelo desenvolvimento da teoria da estrutura do núcleo atómico. Foi professor da Universidade de Copenhaga e ingressou na Pontifícia Academia das Ciências em 17 de abril de 1978.
    
(...)   
    
Escreveu dois importantes livros sobre a estrutura nuclear, em cooperação com o físico norte americano Ben Mottelson: Single-Particle Motion (1969) e Nuclear Deformations (1975).

 

José Dias Coelho nasceu há um século...



José Dias Coelho (Pinhel, 19 de junho de 1923 - Lisboa, 19 de dezembro de 1961) foi um artista plástico, militante e dirigente do Partido Comunista Português.

Biografia
Natural de Pinhel, próximo da Guarda, foi o quinto de nove irmãos e irmãs.
Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou primeiro o curso de Arquitetura, que abandonou, para frequentar o de Escultura.
Ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista e, mais tarde (em 1946), ao MUD Juvenil. Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu de seguida ao Partido Comunista Português e, em 1949, foi detido pela PIDE depois de participar na campanha presidencial de Norton de Matos. Em 1952, foi expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país; seria também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico.
José Dias Coelho vai trabalhar, em 1952, como desenhador com os arquitetos Keil do Amaral, Hernâni Gandra e Alberto José Pessoa num atelier na Rua Fernão Álvares do Oriente, no Bairro de São Miguel em Lisboa.
Em 1955 entra para a clandestinidade, ao mesmo tempo que exercia funções no PCP, com o objetivo de criar uma oficina de falsificação de documentos para dar cobertura às atividades dos militantes clandestinos. Exercia esta atividade na altura do seu assassinato pela PIDE, em 19 de dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.
O assassinato levou o cantor Zeca Afonso a escrever e dedicar-lhe a música A Morte Saiu à Rua. O mesmo fez o grupo Trovante com a música Flor da Vida. Da vida pessoal de José Dias Coelho há ainda a salientar a sua relação com Margarida Tengarinha, também artista plástica. O casal teve três filhas.
Ao optar pela clandestinidade em 1955, põe de parte a sua carreira artística como escultor, que nesse mesmo ano vê os primeiros sinais de reconhecimento público, com duas esculturas para a Escola Primária de Campolide (seões feminina e masculina) e uma grande escultura para a Escola Primária de Vale Escuro, em Lisboa, e dois baixos relevos, um para o Café Central das Caldas da Rainha, e outro para a fábrica Secil.
Já estava na clandestinidade quando, em junho de 1956, se realizou a 10.ª e última das Exposições Gerais de Artes Plásticas; José Dias Coelho foi um dos organizadores dessas exposições, desde a primeira edição em 1946, e é um dos artistas que expõe a partir da segunda. Por não poder participar abertamente na 10ª edição devido ao facto de estar na clandestinidade, um grupo de amigos expõe a escultura da cabeça da irmã Maria Emília, que já havia sido exposta, para garantir que o seu nome consta do catálogo.
Com uma intensa atividade social e intelectual a par da política, travou e manteve amizade com várias figuras destacadas da sociedade portuguesa de então, tais como os arquitetos Keil do Amaral e João Abel Manta, com Fernando Namora, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, Abel Manta, Rogério Ribeiro, João Hogan, bem como aqueles que viriam dentro em breve a liderar os movimentos de independência em África, na altura estudantes em Lisboa: Agostinho Neto, Vasco Cabral, Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral e Orlando Costa.
Em março de 1975, quase um ano depois do 25 de Abril, foi finalmente organizada uma exposição em sua homenagem, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.

 Ceifeira, gesso patinado
   

 


A Morte saiu à Rua

Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

  

Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972

O Garfield faz hoje 45 anos...!

 

O gato Garfield é a estrela de uma das tiras de banda desenhada mais famosas da história, sendo publicado em 2.570 jornais em todo o mundo (só perdendo para Peanuts). Os outros personagens principais são Odie, um cão pouco inteligente, e Jon Arbuckle, um cartunista, dono dos dois. Garfield é criação de Jim Davis, que roubou o nome de seu avô James Garfield Davis (e este teve seu nome inspirado pelo nome do presidente americano James Garfield).
     

Macklemore celebra hoje quarenta anos

  
Ben Haggerty (Seattle, 19 de junho de 1983), mais conhecido pelo seu nome artístico Macklemore, é um músico e rapper norte-americano. Começou a sua carreira como músico a solo em 2000, tendo colaborado num projeto com o produtor Ryan Lewis, o violinista Andrew Joslyn e o trompetista Owuor Arunga. Ben já lançou um mix tape, três EPs e dois álbuns de estúdio.
O videoclipe para o single, "Thrift Shop", já teve mais de mil milhões de visualizações no YouTube, e alcançou a primeira posição na U.S. Billboard Hot 100 Chart, vendendo mais de 7 milhões de cópias. O single também recebeu sete Discos de Platina.
O seu terceiro single "Can't Hold Us", alcançou também o topo da mesma tabela, fazendo com que Macklemore e Ryan Lewis sejam a primeira dupla da história das tabelas musicais a ter os seus primeiros dois singles no primeiro lugar da tabela, e o primeiro a fazê-lo sem fazer parte de nenhuma grande editora discográfica, em 20 anos.
O seu álbum de estreia, "The Heist", foi lançado em 9 de outubro de 2012, e alcançou o segundo lugar da US Billboard 200 Chart, além de vender mais de um milhão de cópias.
  

 


A ETA atacou em Barcelona há 36 anos




(imagens daqui)
  
El atentado de Hipercor fue una acción terrorista perpetrada por ETA el 19 de junio de 1987, que consistió en la colocación de un potente explosivo en un centro comercial de la empresa Hipercor ubicado en Barcelona, que causó la muerte de 21 personas e hirió a 45. La organización terrorista explicó en un comunicado posterior que había avisado previamente de la colocación de la bomba y que la policía no desalojó el local.
  
Atentado
El atentado se realizó con un coche bomba cargado con 30 kilos de amonal, cien litros de gasolina, escamas de jabón y pegamento hasta sumar los 200 kilogramos de carga explosiva. Los miembros del Comando "Barcelona", Josefa Ernaga, Domingo Troitiño y Rafael Caride Simón depositaron el explosivo en el maletero de un Ford Sierra robado que aparcaron en el párking del hipermercado Hipercor situado en la popular Avenida Meridiana de Barcelona.
Según quedó probado en el juicio, Troitiño realizó tres llamadas de aviso desde una cabina telefónica, dirigidas a la Guardia Urbana de Barcelona, a la administración del propio establecimiento y al diario Avui. La información era confusa porque no explicaba que el explosivo estaba en un coche y señalaba la hora de la explosión para las 15:30 horas (dando un margen de entre quince y cinco minutos desde las llamadas), 38 minutos antes de la hora real. La búsqueda fue realizada por el personal de la empresa de seguridad que custodiaba el edificio con ayuda de la Policía y la Guardia Urbana y, al no ser encontrado ningún paquete sospechoso y sobrepasarse la hora señalada para la explosión, la dirección de Hipercor y las fuerzas policiales no consideraron necesario el desalojo del local. Al ser un viernes a primera hora de la tarde, el local se encontraba atestado de gente realizando sus compras.
A las 16:10 h. actuó el temporizador que activaba los explosivos, ocasionando una enorme explosión que voló por los aires la primera planta del garaje, y provocando un socavón de 5 m de diámetro en el suelo del establecimiento por el que penetró una bola de fuego que abrasó a todas las personas que encontró a su paso. La mezcla explosiva tuvo efectos similares a los del napalm, pegándose a los cuerpos y elevando la temperatura hasta los 3.000 grados centígrados. Además, los gases tóxicos producidos, provocaron la asfixia de otras personas no afectadas por el fuego. Como consecuencia, perecieron 21 personas, y 45 resultaron heridas de diversa consideración. La llegada inmediata de la Policía y los bomberos atenuó el alcance de la masacre, ya que de no haberse extinguido a tiempo, el incendio habría afectado a otras plantas del supermercado. Entre los fallecidos (la mayoría de los cuales fueron mujeres), algunos de los cuales quedaron completamente carbonizados, se encontraban también varios niños.
La explosión provocó además la destrucción de unos 20 vehículos que se encontraban en el aparcamiento siniestrado, además de daños de diversa consideración en algunos immuebles vecinos, sobre todo balcones y cristales.
  
Condenas penales
Cuatro miembros de ETA fueron condenados por la Audiencia Nacional a penas de casi 800 años cada uno en dos juicios celebrados en 1989 y 2003. Estos fueron:

Responsabilidad civil del Estado
Años después se dictaron nuevas sentencias que fueron las primeras en la historia judicial española en reconocer la responsabilidad patrimonial parcial del Estado por un atentado terrorista. El tribunal consideró que la Policía no actuó ni para desalojar el edificio ni para evitar que siguieran entrando personas en él.
   

William Golding morreu há trinta anos...

  
Sir William Gerald Golding  (Newquay, 19 de setembro de 1911Perranarworthal, 19 de junho de 1993) foi um escritor, novelista, dramaturgo e poeta inglês, autor do best-seller O Deus das Moscas, de 1954, membro da Royal Society of Literature e vencedor do Prémio Nobel de Literatura em 1983. Em 2008, foi eleito pela revista The Times o terceiro entre os "cem maiores escritores britânicos desde 1945".
 

Machado de Castro nasceu há 292 anos

                                                                        

Joaquim Machado de Castro (Coimbra, 19 de junho de 1731 - Lisboa, 17 de novembro de 1822) foi um dos maiores e mais famosos escultores portugueses. Machado de Castro foi um dos escultores de maior influência na Europa do século XVIII e princípio do século XIX.
Para além da escultura, descrevia extensamente o seu trabalho, do qual se destaca, a extensa análise sobre a estátua de José I que se situa na Praça do Comércio em Lisboa, intitulada: Descripção analytica da execução da estátua equestre, Lisboa 1810.
A Descripção consiste no relato pormenorizado, feito ao estilo e à execução técnica, levada a cabo no que é considerado o seu melhor trabalho, a estátua equestre do Rei D. José I de Portugal, datada de 1775, como parte da obra de reconstrução da cidade de Lisboa, seguindo os planos de Marquês de Pombal, logo após o Terramoto de 1755. As partes da construção estão detalhadas e ilustradas, incluindo variados planos e componentes utilizados para a sua execução.
Na introdução da sua obra Machado de Castro comenta outras estátuas equestres, situadas em diversas praças europeias.

 

Estátua equestre de El-Rei D. José I na Praça do Comércio, Lisboa
     

James Gandolfini morreu há dez anos...

  
James John Gandolfini, Jr. (Westwood, 18 de setembro de 1961 - Roma, 19 de junho de 2013) foi um premiado ator norte-americano, conhecido pelo seu papel como Tony Soprano na série dramática The Sopranos.
   
Biografia
Cresceu em Park Ridge, Nova Jersey, tendo-se graduado anos mais tarde 1979, na Park Ridge High School. Após a escola, obteve o grau de bacharel em Artes na Universidade de Rutgers, onde trabalhou como segurança do campus.
Gandolfini iniciou-se como ator quando vivia em Nova Iorque quando acompanhava um amigo às aulas de interpretação.
Após atuar na Broadway, Gandolfini começou a estabelecer uma carreira no mundo do cinema. Um dos primeiros papéis que desempenhou e atraiu as atenções foi Virgil, um violento mafioso no filme True Romance.
  
The Sopranos
Em 1999 a HBO iniciou a produção de uma nova série intitulada The Sopranos e Gandolfini foi escolhido para interpretar o papel principal da série, Tony Soprano, um violento chefe da máfia com problemas familiares. O seu desempenho rendeu-lhe três Prémios Emmy e um salário de um milhão de dólares por episódio. Foi um dos produtores do telefilme Hemingway & Gellhorn de 2012.
  
Morte
 Em 19 de junho de 2013 faleceu, na Itália, durante as suas férias, devido a um ataque cardíaco.
  

Os Rosenberg foram bárbara e injustamente executados há setenta anos...


Julius Rosenberg (Nova York, 12 de maio de 1918 – Prisão de Sing Sing, Nova York, 19 de junho de 1953) e Ethel Greenglass Rosenberg (Nova York, 25 de setembro de 1915 – Prisão de Sing Sing, Nova York, 19 de junho de 1953) foram judeus comunistas norte-americanos que foram executados em 1953 após serem condenados por espionagem. As acusações foram em relação à transmissão de informações sobre a bomba atómica para a União Soviética. A execução deles foi a primeira de civis por espionagem na História dos Estados Unidos.
Desde a execução, telegramas soviéticos descodificados parecem confirmar que Julius agiu como mensageiro e recrutador para os soviéticos, mas as dúvidas em relação ao nível de envolvimento de Ethel no trama persistem. A decisão de executar o casal foi e ainda é controversa. Os outros espiões capturados pelo FBI não foram executados. O irmão de Ethel, David Greenglass, que forneceu documentos a Julius, cumpriu 10 dos 15 anos de sua pena. Harry Gold, o mensageiro de Klaus Fuchs, que forneceu informações muito mais detalhadas aos soviéticos sobre a bomba atómica, cumpriu 15 anos. Morton Sobell, julgado juntamente com os Rosenbergs, cumpriu 17 anos e 9 meses. Em 2008 ele admitiu que era espião e confirmou que Julius participou ativamente em "uma conspiração para entregar aos soviéticos informações militares e industriais confidenciais".
     
Os Rosenberg
Julius Rosenberg nasceu em 12 de maio de 1918 numa família de imigrantes judeus na cidade Nova Iorque. Informações dos censos de 1920 indicam que a sua família morou no endereço 205 East 113th Street quando Julius tinha cerca de 2 anos de idade, mas mudaram-se para o Lower East Side quando ele tinha 11 anos.
Os seus pais trabalhavam em lojas do Lower East Side, enquanto Julius frequentava a Escola Seward Park. Julius acabou tornando-se o líder da Liga Jovem Comunista onde, em 1936, conheceu Ethel Greenglass, com quem se casaria três anos depois. Ele formou-se em engenharia elétrica no City College de Nova Iorque, em 1939, e, no ano seguinte, passou a trabalhar para o Exército como técnico de radar.
Ethel Greenglass nasceu em 28 de setembro de 1915 também numa família de judeus de Nova Iorque. Ela era aspirante a atriz e cantora, mas acabou tornando-se secretária numa companhia de navegação. Ela começou a envolver-se em disputas sindicais e ligou-se à Liga Jovem Comunista, onde conheceu Julius. Os Rosenbergs tiveram dois filhos, Robert e Michael, que foram adotados pelo professor e compositor Abel Meeropol e a sua mulher Anne após a execução dos seus pais.
De acordo com o ex-agente da NKVD Alexander Feklisov, Julius Rosenberg foi originalmente recrutado pelo KGB no Dia do Trabalhador de 1942 pelo ex-espião da NKVD Semyon Semyonov. Julius foi apresentado a Semenov por Bernard Schuster, um alto oficial do Partido Comunista dos Estados Unidos da América e contacto oficial de Earl Browder, secretário-geral do partido, no NKVD. Após Semenov ser chamado de volta a Moscovo em 1944, os seus trabalhos foram continuados por seu aprendiz, Feklisov.
De acordo com Feklisov, Julius forneceu milhares de documentos confidenciais da Companhia Emerson Electric, assim como um fusível de proximidade (ou fusível VT), o mesmo utilizado para abater o avião de Francis Gary Powers em 1960. Sob a direção de Feklisov, Julius teria recrutado indivíduos cooperantes da KGB, entre eles, Joel Barr, Alfred Sarant, William Perl e Morton Sobell.
Ainda de acordo com o relato de Feklisov, Julius era suprido por Pearl com milhares de documentos do Comité Consultivo Nacional para Aeronáutica, incluindo uma série completa dos desenhos do P-80 Shooting Star. Feklisov afirma que descobriu, através de Julius, que o irmão de Ethel, David Greenglass, estava trabalhando no ultra-secreto Projeto Manhattan no Laboratório Nacional de Los Alamos e utilizou Julius para recruta-lo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os governos da União Soviética e dos Estados Unidos fizeram parte das Forças Aliadas contra a Alemanha Nazi. Mesmo assim, o governo americano suspeitava das intenções de Josef Stalin e, dessa forma, os americanos não compartilharam informações estratégicas com os soviéticos, especialmente no que diz respeito ao Projeto Manhattan. Porém, os soviéticos estavam conscientes do projeto, devido à espionagem que exerciam no governo e fizeram várias tentativas de infiltração em suas operações na Universidade de Berkeley. Alguns participantes do projeto, alguns deles de alto escalão, ofereceram voluntariamente informações secretas aos agentes soviéticos, muitos porque tinham afinidades com o comunismo (ou ao papel da União Soviética na guerra) e achavam que os EUA não deveriam exercer monopólio sob as armas atómicas.
Após a guerra, o governo dos EUA continuou a proteger os seus segredos nucleares, mas a União Soviética já era capaz de produzir suas próprias armas atómicas em 1949. O Ocidente ficou chocado com a rapidez com que os soviéticos foram capazes de fazer seu primeiro teste nuclear, intitulado de "Joe 1". Em janeiro de 1950 foi descoberto que um refugiado alemão, físico teórico trabalhando para os britânicos no Projeto Manhattan, Klaus Fuchs, havia passado importantes documentos aos soviéticos durante a guerra. Através da confissão de Fuchs, agentes dos serviços secretos dos USA e da Grã-Bretanha foram capazes de desvendar que o seu informador, cujo nome de código era Raymond, era Harry Gold, que foi preso em 23 de maio de 1950. Harry Gold confessou ter obtido dados de um ex-maquinista em Los Alamos. Não sabia o nome dele, mas sua esposa se chamava Ruth. Assim os investigadores chegaram ao Sargento David Greenglass, que confessou ter passado informações secretas à União Soviética. Apesar de ter inicialmente negado qualquer envolvimento da irmã Ethel no caso, ele afirmou que o marido dela, Julius, a convenceu a recrutar o irmão durante uma visita a Gold em Albuquerque, Novo México em 1944 e que ele também havia passado informações confidenciais aos soviéticos.
O outro conspirador acusado, Morton Sobell, estava de férias na Cidade do México quando os Rosenbergs foram presos. No seu livro On Doing Time (1974), ele narra como tentou fugir para a Europa sem um passaporte, mas foi sequestrado por membros da polícia secreta mexicana e levado até a fronteira com os EUA, onde foi preso. Oficialmente, o governo norte-americano afirmou que ele havia sido "deportado", mas em 1956 o governo mexicano afirmou que ele nunca havia sido deportado. Ele foi julgado juntamente com os Rosenbergs sob a acusação de conspiração para cometer espionagem.
    
O julgamento
O julgamento dos Rosenbergs começou em 6 de março de 1951. O juiz foi Irving Kaufman, que impôs a pena de morte ao casal, afirmando que o que eles haviam cometido era "pior que assassinato". O advogado dos Rosenbergs foi Emanuel Hirsch Bloch. A principal testemunha da acusação foi David Greenglass, que afirmou que a irmã havia digitado notas contendo segredos nucleares dos EUA, no apartamento do casal, em setembro de 1945. Ele também afirmou que um rascunho que havia feito da secção transversal de uma bomba atómica de implosão (como a "Fat Man" lançada em Nagasaki) também havia sido entregue a Julius na mesma ocasião.
Desde o início o julgamento atraiu grande atenção dos media, assim como o julgamento de Alger Hiss. Além da defesa dos Rosenberg durante o julgamento, não houve nenhuma expressão pública de dúvida em relação à culpa deles nos media (incluindo media de esquerda e comunistas). A primeira rutura com a unanimidade dos media no caso só iria ocorrer em agosto de 1951, quando foi publicada uma série de reportagens sobre o julgamento no jornal de esquerda The National Guardian. Somente após a publicação dos artigos é que um comité de defesa foi formado.
Entretanto, entre o julgamento e a execução houve uma série de protestos e acusações de anti-semitismo. Por exemplo, o vencedor do Prémio Nobel Jean-Paul Sartre chamou o caso de "um linchamento legalizado que mancha de sangue toda uma nação". Outros, incluindo não-comunistas como Albert Einstein e o químico e cientista atómico vencedor do Nobel, Harold Urey, além de artistas comunistas como Nelson Algren, Dashiell Hammett, Jean Cocteau, Diego Rivera e Frida Kahlo, protestaram contra a posição do governo dos EUA no caso, que alguns viram como a versão americana do caso Dreyfus. Em maio de 1951, Pablo Picasso escreveu para o jornal francês L'Humanité: "as horas contam, os minutos contam. Não deixem este crime contra a humanidade ocorrer". O Papa Pio XII condenou a execução. O cineasta Fritz Lang e o dramaturgo Bertolt Brecht também fizeram declarações contra a morte do casal.
Apesar das anotações alegadamente digitadas por Ethel conterem pouca informação relevante para o projeto atómico soviético, isto foi prova suficiente para o júri condenar o casal na acusação de conspiração para cometer espionagem. Foi sugerido que Ethel foi indiciada juntamente com o marido para que a promotoria pudesse usá-la para fazer pressão para que Julius revelasse os nomes de outros envolvidos no caso. Se este foi o caso, obviamente não funcionou. No banco das testemunhas, Julius utilizou o direito da Quinta Emenda da Constituição dos EUA de não incriminar a si mesmo toda vez que era indagado sobre o seu envolvimento no Partido Comunista ou sobre os seus membros. Ethel fez o mesmo. Nenhum dos dois conseguiu atrair a simpatia do júri.
Os Rosenbergs foram condenados pelo júri em 29 de março de 1951 e, em 5 de abril, sentenciados à morte pelo juiz Irving Kaufman. A condenação do casal serviu como leitmotiv para as investigações de "atividades anti-americanas" do senador Joseph McCarthy. Embora a dedicação dos dois à causa comunista estivesse bem documentada, os Rosenbergs negaram participação nas acusações de espionagem, mesmo minutos antes de serem levados à cadeira elétrica.
Os Rosenbergs foram os únicos civis americanos executados durante a Guerra Fria por espionagem. Na sua argumentação impondo a pena de morte ao casal, o juiz Kaufman responsabilizou os dois não só pela espionagem mas também pelas mortes da Guerra da Coreia.
O caso dos Rosenbergs estava no centro de uma controvérsia sobre o comunismo nos Estados Unidos. Os seus apoiantes defendiam que a condenação era um exemplo escandaloso das perseguições típicas da histeria do momento (Macartismo), ligando o caso com o das caças às bruxas na Idade Medieval e em Salém (uma comparação que serviu de inspiração para a aclamada peça As Bruxas de Salem de Arthur Miller).
Após a publicação da série de reportagens no National Guardian e a formação do Comité Nacional pela Justiça no Caso Rosenberg, alguns americanos passaram a acreditar que ambos os Rosenberg eram inocentes ou que receberam uma pena demasiado dura, dando início a uma campanha popular para tentar evitar a execução do casal. O Papa Pio XII apelou diretamente ao presidente Dwight D. Eisenhower para poupar a vida dos dois, mas Eisenhower recusou-se, em 11 de fevereiro de 1953 e todos os outros recursos foram negados. Em 12 de setembro de 2008, o co-réu Morton Sobell admitiu que ele e Julius eram culpados da acusação de espionagem para a União Soviética. Ele afirmou, entretanto, que apesar de saber as atividades do marido, Ethel não participou ativamente.
    
Execução 
Os Rosenbergs foram executados ao pôr-do-sol de 19 de junho de 1953, na prisão de Sing Sing, em Nova Iorque. Os seus túmulos encontram-se no cemitério Wellwood, em Pinelawn, Nova Iorque.
A execução foi adiada da sua data original, de 18 de junho, porque no dia 17 de junho o juiz do Suprema Tribunal William O. Douglas havia garantido uma adiamento da pena. Tal adiamento deveu-se a um recurso de Fyke Farmer, um advogado do Tennessee cujos esforços para salvar os Rosenbergs da morte já haviam sido desprezados pelo advogado do casal.
Em 18 de junho o Supremo reuniu-se em sessão especial para julgar o recurso de Douglas, em vez de deixar a execução adiamento por meses, até que a matéria fizesse o seu percurso normal. O Supremo não havia decidido sobre o adiamento de Douglas até o meio-dia de 19 de junho. Assim sendo, a execução foi marcada para o começo da noite do mesmo dia, após o início do Shabat. Numa jogada desesperada por garantir a vida do casal, o advogado Emanuel Hirsch Bloch, reclamou que isto era uma ofensa à tradição judaica deles, então a execução foi marcada para antes do pôr-do-sol.
Testemunhas oculares (conforme depoimentos dados ao documentário de 1982 The Atomic Cafe) descreveram as circunstâncias das mortes dos Rosenbergs; enquanto Julius morreu após a primeira série de choques elétricos, a sua esposa não. Após o curso tradicional da sessão de eletrocussão, os enfermeiros retiraram as cintas e outros equipamentos de Ethel para que os médicos determinassem se ela já havia morrido. Os médicos determinaram que ela ainda estava viva, pois o seu coração ainda batia. Então foram aplicadas três séries de eletrocussão, o que acabou por resultar numa cena terrível em que uma grande quantidade de fumo saiu da cabeça dela.

Música de aniversariante de hoje...

Blaise Pascal nasceu há quatro séculos...!


Blaise Pascal (Clermont-Ferrand, 19 de junho de 1623Paris, 19 de agosto de 1662) foi um matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo católico francês. Jovem prodígio, Pascal foi educado por seu pai. Os primeiros trabalhos de Pascal dizem respeito às ciências naturais e ciências aplicadas. Contribuiu significativamente para o estudo dos fluidos. Ele esclareceu os conceitos de pressão atmosférica e vácuo, estendendo o trabalho de Evangelista Torricelli. Pascal escreveu textos importantes sobre o método científico.

Aos 19 anos inventou a primeira máquina de calcular, chamada de máquina de aritmética, depois roda de pascalina e finalmente pascalina. Construiu cerca de vinte cópias na década seguinte. Matemático de primeira linha, criou dois novos campos de pesquisa: primeiro, publicou um tratado de geometria projetiva aos dezasseis anos; então, em 1654, ele desenvolveu um método de resolver o "problema dos partidos", que, dando origem, no decorrer do século XVIII, ao cálculo das probabilidades, influenciou fortemente as teorias económicas modernas e as ciências sociais.

Depois de uma experiência mística que experimentou em novembro de 1654, dedicou-se à reflexão filosófica e religiosa, sem renunciar ao trabalho científico. Escreveu durante este período The Provincials and Thoughts, publicado somente após a sua morte, que ocorreu dois meses após o seu 39.º aniversário, quando já se encontrava muito doente (sujeito a enxaquecas violentas em particular).

Em 8 de julho de 2017, numa entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o Papa Francisco anunciou que Blaise Pascal "merece a beatificação" e que planeia iniciar o procedimento oficial.

 

Vida

Blaise Pascal era filho de Étienne Pascal, professor de matemática, e de Antoinette Begon. Perdeu a sua mãe com três anos de idade. Seu pai tratou da sua educação por ele ser o único filho do sexo masculino, orientando-o com vistas ao desenvolvimento correto da sua razão e do seu juízo. O recurso aos jogos didáticos era parte integrante desse ensino que incluía disciplinas tão variadas como história, geografia e filosofia.

O talento precoce de Blaise Pascal para as ciências físicas levou a família a Paris, onde ele se consagrou ao estudo da matemática. Acompanhou o pai quando este foi transferido para Rouen e lá realizou as primeiras pesquisas no campo da Física. Suas experiências sobre sons resultaram em um pequeno tratado (1634). No ano seguinte chega à dedução de 32 proposições de geometria estabelecidas por Euclides. Publica Essay pour les coniques (1640), obra na qual está formulado o célebre teorema de Pascal.

Blaise Pascal contribuiu decisivamente para a criação de dois novos ramos da matemática: a Geometria Projetiva e a Teoria das probabilidades. Em Física, estudou a mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo, ampliando o trabalho de Evangelista Torricelli. É ainda o autor de uma das primeiras calculadoras mecânicas, a Pascaline, e de estudos sobre o método científico.

Como matemático, interessou-se pelo cálculo infinitesimal, pelas sequências, tendo enunciado o princípio da recorrência matemática. O cálculo diferencial e integral de Newton e Leibniz que seria a base da física clássica foi inspirado em um tratado publicado por Blaise Pascal sobre os senos num quadrante de um círculo onde buscou a integração da função seno, que também viria a ser a base da matemática moderna. Criou um tipo de máquina de calcular que chamou de La pascaline (1642), uma das primeiras calculadoras mecânicas que se conhece, conservada no Museu de Artes e Ofícios de Paris. Anders Hald escreveu: "Para aliviar o trabalho do seu pai como agente fiscal, Pascal inventou uma máquina de calcular para adição e subtração assegurando sua construção e venda." Seguindo o programa de Galileu e Torricelli, refutou o conceito de "horror ao vazio". Os seus resultados geraram numerosas controvérsias entre os aristotélicos tradicionais.

Em 1646 a família converte-se ao Jansenismo.

De volta a Paris (1647), influenciado pelas experiências de Torricelli, enunciou os primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da pressão atmosférica. A partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando sifões, seringas, foles e tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como água, mercúrio, óleo, vinho, ar, etc., no vácuo e sob pressão atmosférica.

Em 1651 o seu pai morreu.

Na sequência de uma experiência mística, em finais 1654, faz a sua "segunda conversão" e abandona as ciências para se dedicar exclusivamente à filosofia e à teologia, num período marcado pelo conflito entre jansenistas e jesuítas. No ano seguinte, recolhe-se à abadia de Port-Royal-des-Champs, centro do jansenismo. Só voltaria às ciências após "novo milagre" (1658). São desse período as suas principais contribuições no campo filosófico-religioso: As cartas provinciais (1656-1657), conjunto de 18 cartas escritas em defesa do jansenista Antoine Arnauld - oponente dos jesuítas que estava em julgamento pelos teólogos de Paris - e Pensamentos, fragmentos reunidos e publicados postumamente (1670), onde foi concebida sua defesa ao cristianismo. Nos Pensamentos encontra-se também a sua frase mais citada: "O coração tem suas razões, que a própria razão desconhece".

Como teólogo e escritor destacou-se como um dos mestres do racionalismo e irracionalismo modernos, e a sua obra influenciou os ingleses Charles e John Wesley, fundadores da Igreja Metodista.

Pascal aperfeiçoou o barômetro de Torricelli e, na matemática, com o Traité du triangle arithmétique ("Tratado do triângulo aritmético", mais conhecido como triângulo de Pascal), de 1654, estabeleceu, juntamente com Pierre de Fermat, as bases da teoria das probabilidades e da análise combinatória, que o holandês Huygens desenvolveria posteriormente (1657). Entre 1658 e 1659, escreveu sobre o ciclóide e a sua utilização no cálculo do volume de sólidos. Após obter resultado sobre os quadrados dos cicloides publicados em 1658, desafiou matemáticos da época a solucionarem problemas relacionados aos ciclóides e chegarem aos resultados por ele já alcançados.

Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l'équilibre des liqueurs, só foi publicado um ano após sua morte (1663). Pascal também esclareceu os princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões. Estabeleceu o princípio de Pascal que diz: em um líquido em repouso ou equilíbrio, as variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os pontos da massa líquida. É o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na Mecânica é homenageado com a unidade de tensão mecânica (ou pressão) Pascal (1Pa = 1 N/m²; 105 N/m² = 1 bar).

Pascal, que sempre teve uma saúde frágil, adoeceu gravemente em 1659. Morreu em 19 de agosto de 1662, dois meses após completar 39 anos. O seu corpo foi sepultado na Igreja de Saint-Étienne-du-Mont, em Paris.

 

domingo, junho 18, 2023

Roald Amundsen morreu há 95 anos

   
Roald Engelbregt Gravning Amundsen (Borge, 16 de julho de 1872 - Ártico, perto da Ilha do Urso, 18 de junho de 1928) foi um explorador norueguês das regiões polares, que liderou a primeira expedição a atingir o Polo Sul, a 14 de dezembro de 1911, utilizando trenós puxados por cães.
Amundsen nasceu em uma família de proprietários de navio e capitães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês John Franklin, que provou a existência da passagem Noroeste, ele decidiu-se por uma vida de exploração do desconhecido. Com 16 anos Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da Gronelândia por Fridtjof Nansen. Embora tivesse frequentado o curso de Medicina, Amundsen decidiu seguir uma vida ligada ao mar e à exploração. Em 1897, com 25 anos, fez parte da tripulação do Belgica, como primeiro oficial, na Expedição Antártica Belga, de Adrien de Gerlache. Anos mais tarde, em 1903, parte para uma expedição que iria atravessar a passagem Noroeste, que liga os oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá, a bordo do Gjøa.
Depois de atingir o Polo Sul, em 1911, Amundsen desejava alcançar novas conquistas. De regresso dos Estados Unidos, onde esteve em digressão de conferências, interessou-se pelo mundo da aviação e, em 1914, obteve o seu certificado de voo, o primeiro atribuído a um civil na Noruega. Em 1918, parte para o Ártico, no veleiro Maud mas, depois de dois anos à deriva, não conseguiu chegar ao Polo Norte. Em 1925, organiza a primeira expedição aérea ao Ártico, chegando à latitude de 87º 44' N. Um ano depois, foi o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte no dirigível Norge, e a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos Norte e Sul.
Em junho de 1928, Roald Amundsen embarca num hidroavião, em Tromso, perto do cabo Norte, para efectuar as buscas do dirigível Itália que levava o aviador Umberto Nobile a bordo; foi a última vez que se teve notícias de Amundsen.
   
(...)
  
Roald Amundsen morreu a 18 de junho de 1928, num acidente com o seu hidroavião Latham 47, no oceano Ártico. O voo tinha como objetivo resgatar o explorador e aviador italiano Umberto Nobile, cujo dirigível Italia caiu a nordeste do arquipélago Svalbard ao regressar do Polo Norte. Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos sobreviventes do dirigível, que aguardavam socorro numa massa de gelo flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo navio quebra-gelo russo Krassin a 12 de julho, dezanove dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia. A busca de Amundsen e dos seis desaparecidos do Italia continuou todo o verão de 1928, e nela participou Louise Boyd, exploradora e aviadora norte-americana. O hidroavião de Amundsen nunca foi encontrado e o corpo de Roald Amundsen permanece no Ártico até hoje. A Marinha Real da Noruega organizou expedições nos anos de 2004 e 2009 com o objetivo de localizar os restos do hidroavião.
Existe controvérsia quanto à conquista do Polo Norte por Frederick Cook e depois Robert Peary. Pesquisas e estudos recentes apontam Roald Amundsen e o seu companheiro de explorações Oscar Wisting, como os primeiros a alcançar os dois polos da terra.
   

Paul McCartney nasceu há oitenta e um anos

    
James Paul McCartney (Liverpool, 18 de junho de 1942) é um cantor, compositor, baixista, guitarrista, pianista, multi-instrumentista, empresário, produtor musical, cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico. McCartney alcançou fama mundial como membro da banda de rock britânica The Beatles, com John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, "escrevendo as canções mais populares da história do rock". Após a dissolução dos Beatles, em 1970, McCartney lançou-se numa carreira a solo de sucessos, formou uma banda com a sua primeira mulher, Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrónica e bandas sonoras.
Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais com os Beatles e as restantes na sua carreira a solo ou com o seu grupo Wings.
Paul McCartney é o canhoto e baixista mais famoso da história do rock, embora também toque outros instrumentos, como bateria, piano, guitarra, teclados, etc. É considerado como um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Foi eleito, em 2008, o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Fora seu trabalho musical, McCartney advoga em favor dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. Em 1997 foi publicada a biografia intitulada Many Years From Now, autorizada pelo músico e escrita pelo britânico Barry Miles. A sua empresa MPL Communications detém os direitos autorais de mais de três mil canções, incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly.
Como os outros três membros da banda, McCartney foi agraciado, em 1966, com o título de Membro do Império Britânico. Porém, é o único membro dos Beatles a ostentar o título de "Sir", honraria que lhe foi concedida pela Rainha em 1997.