segunda-feira, junho 19, 2023
Moe Howard nasceu há 125 anos
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Aage Niels Bohr nasceu há cento e um anos
José Dias Coelho nasceu há um século...

Biografia
Natural de Pinhel, próximo da Guarda, foi o quinto de nove irmãos e irmãs.
Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou primeiro o curso de Arquitetura, que abandonou, para frequentar o de Escultura.
Ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista e, mais tarde (em 1946), ao MUD Juvenil. Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu de seguida ao Partido Comunista Português e, em 1949, foi detido pela PIDE depois de participar na campanha presidencial de Norton de Matos. Em 1952, foi expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país; seria também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico.
José Dias Coelho vai trabalhar, em 1952, como desenhador com os arquitetos Keil do Amaral, Hernâni Gandra e Alberto José Pessoa num atelier na Rua Fernão Álvares do Oriente, no Bairro de São Miguel em Lisboa.
Em 1955 entra para a clandestinidade, ao mesmo tempo que exercia funções no PCP, com o objetivo de criar uma oficina de falsificação de documentos para dar cobertura às atividades dos militantes clandestinos. Exercia esta atividade na altura do seu assassinato pela PIDE, em 19 de dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.
O assassinato levou o cantor Zeca Afonso a escrever e dedicar-lhe a música A Morte Saiu à Rua. O mesmo fez o grupo Trovante com a música Flor da Vida. Da vida pessoal de José Dias Coelho há ainda a salientar a sua relação com Margarida Tengarinha, também artista plástica. O casal teve três filhas.
Ao optar pela clandestinidade em 1955, põe de parte a sua carreira artística como escultor, que nesse mesmo ano vê os primeiros sinais de reconhecimento público, com duas esculturas para a Escola Primária de Campolide (seões feminina e masculina) e uma grande escultura para a Escola Primária de Vale Escuro, em Lisboa, e dois baixos relevos, um para o Café Central das Caldas da Rainha, e outro para a fábrica Secil.
Já estava na clandestinidade quando, em junho de 1956, se realizou a 10.ª e última das Exposições Gerais de Artes Plásticas; José Dias Coelho foi um dos organizadores dessas exposições, desde a primeira edição em 1946, e é um dos artistas que expõe a partir da segunda. Por não poder participar abertamente na 10ª edição devido ao facto de estar na clandestinidade, um grupo de amigos expõe a escultura da cabeça da irmã Maria Emília, que já havia sido exposta, para garantir que o seu nome consta do catálogo.
Com uma intensa atividade social e intelectual a par da política, travou e manteve amizade com várias figuras destacadas da sociedade portuguesa de então, tais como os arquitetos Keil do Amaral e João Abel Manta, com Fernando Namora, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, Abel Manta, Rogério Ribeiro, João Hogan, bem como aqueles que viriam dentro em breve a liderar os movimentos de independência em África, na altura estudantes em Lisboa: Agostinho Neto, Vasco Cabral, Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral e Orlando Costa.
Em março de 1975, quase um ano depois do 25 de Abril, foi finalmente organizada uma exposição em sua homenagem, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.
A Morte saiu à Rua
Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.
Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972
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O Garfield faz hoje 45 anos...!
Macklemore celebra hoje quarenta anos
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A ETA atacou em Barcelona há 36 anos
- Josefa Ernaga y Domingo Troitiño: 794 años de prisión como autores materiales de la masacre.
- Rafael Caride Simón: 790 años y medio de cárcel como ideólogo del atentado y participante en el mismo.
- Santiago Arrospide Sarasola, Santi Potros: 790 años y medio de cárcel como máximo responsable de la banda terrorista.
Responsabilidad civil del Estado
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William Golding morreu há trinta anos...
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Machado de Castro nasceu há 292 anos
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James Gandolfini morreu há dez anos...
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Os Rosenberg foram bárbara e injustamente executados há setenta anos...
Os seus pais trabalhavam em lojas do Lower East Side, enquanto Julius frequentava a Escola Seward Park. Julius acabou tornando-se o líder da Liga Jovem Comunista onde, em 1936, conheceu Ethel Greenglass, com quem se casaria três anos depois. Ele formou-se em engenharia elétrica no City College de Nova Iorque, em 1939, e, no ano seguinte, passou a trabalhar para o Exército como técnico de radar.
Ethel Greenglass nasceu em 28 de setembro de 1915 também numa família de judeus de Nova Iorque. Ela era aspirante a atriz e cantora, mas acabou tornando-se secretária numa companhia de navegação. Ela começou a envolver-se em disputas sindicais e ligou-se à Liga Jovem Comunista, onde conheceu Julius. Os Rosenbergs tiveram dois filhos, Robert e Michael, que foram adotados pelo professor e compositor Abel Meeropol e a sua mulher Anne após a execução dos seus pais.
De acordo com o ex-agente da NKVD Alexander Feklisov, Julius Rosenberg foi originalmente recrutado pelo KGB no Dia do Trabalhador de 1942 pelo ex-espião da NKVD Semyon Semyonov. Julius foi apresentado a Semenov por Bernard Schuster, um alto oficial do Partido Comunista dos Estados Unidos da América e contacto oficial de Earl Browder, secretário-geral do partido, no NKVD. Após Semenov ser chamado de volta a Moscovo em 1944, os seus trabalhos foram continuados por seu aprendiz, Feklisov.
De acordo com Feklisov, Julius forneceu milhares de documentos confidenciais da Companhia Emerson Electric, assim como um fusível de proximidade (ou fusível VT), o mesmo utilizado para abater o avião de Francis Gary Powers em 1960. Sob a direção de Feklisov, Julius teria recrutado indivíduos cooperantes da KGB, entre eles, Joel Barr, Alfred Sarant, William Perl e Morton Sobell.
Ainda de acordo com o relato de Feklisov, Julius era suprido por Pearl com milhares de documentos do Comité Consultivo Nacional para Aeronáutica, incluindo uma série completa dos desenhos do P-80 Shooting Star. Feklisov afirma que descobriu, através de Julius, que o irmão de Ethel, David Greenglass, estava trabalhando no ultra-secreto Projeto Manhattan no Laboratório Nacional de Los Alamos e utilizou Julius para recruta-lo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os governos da União Soviética e dos Estados Unidos fizeram parte das Forças Aliadas contra a Alemanha Nazi. Mesmo assim, o governo americano suspeitava das intenções de Josef Stalin e, dessa forma, os americanos não compartilharam informações estratégicas com os soviéticos, especialmente no que diz respeito ao Projeto Manhattan. Porém, os soviéticos estavam conscientes do projeto, devido à espionagem que exerciam no governo e fizeram várias tentativas de infiltração em suas operações na Universidade de Berkeley. Alguns participantes do projeto, alguns deles de alto escalão, ofereceram voluntariamente informações secretas aos agentes soviéticos, muitos porque tinham afinidades com o comunismo (ou ao papel da União Soviética na guerra) e achavam que os EUA não deveriam exercer monopólio sob as armas atómicas.
Após a guerra, o governo dos EUA continuou a proteger os seus segredos nucleares, mas a União Soviética já era capaz de produzir suas próprias armas atómicas em 1949. O Ocidente ficou chocado com a rapidez com que os soviéticos foram capazes de fazer seu primeiro teste nuclear, intitulado de "Joe 1". Em janeiro de 1950 foi descoberto que um refugiado alemão, físico teórico trabalhando para os britânicos no Projeto Manhattan, Klaus Fuchs, havia passado importantes documentos aos soviéticos durante a guerra. Através da confissão de Fuchs, agentes dos serviços secretos dos USA e da Grã-Bretanha foram capazes de desvendar que o seu informador, cujo nome de código era Raymond, era Harry Gold, que foi preso em 23 de maio de 1950. Harry Gold confessou ter obtido dados de um ex-maquinista em Los Alamos. Não sabia o nome dele, mas sua esposa se chamava Ruth. Assim os investigadores chegaram ao Sargento David Greenglass, que confessou ter passado informações secretas à União Soviética. Apesar de ter inicialmente negado qualquer envolvimento da irmã Ethel no caso, ele afirmou que o marido dela, Julius, a convenceu a recrutar o irmão durante uma visita a Gold em Albuquerque, Novo México em 1944 e que ele também havia passado informações confidenciais aos soviéticos.
O outro conspirador acusado, Morton Sobell, estava de férias na Cidade do México quando os Rosenbergs foram presos. No seu livro On Doing Time (1974), ele narra como tentou fugir para a Europa sem um passaporte, mas foi sequestrado por membros da polícia secreta mexicana e levado até a fronteira com os EUA, onde foi preso. Oficialmente, o governo norte-americano afirmou que ele havia sido "deportado", mas em 1956 o governo mexicano afirmou que ele nunca havia sido deportado. Ele foi julgado juntamente com os Rosenbergs sob a acusação de conspiração para cometer espionagem.
Desde o início o julgamento atraiu grande atenção dos media, assim como o julgamento de Alger Hiss. Além da defesa dos Rosenberg durante o julgamento, não houve nenhuma expressão pública de dúvida em relação à culpa deles nos media (incluindo media de esquerda e comunistas). A primeira rutura com a unanimidade dos media no caso só iria ocorrer em agosto de 1951, quando foi publicada uma série de reportagens sobre o julgamento no jornal de esquerda The National Guardian. Somente após a publicação dos artigos é que um comité de defesa foi formado.
Entretanto, entre o julgamento e a execução houve uma série de protestos e acusações de anti-semitismo. Por exemplo, o vencedor do Prémio Nobel Jean-Paul Sartre chamou o caso de "um linchamento legalizado que mancha de sangue toda uma nação". Outros, incluindo não-comunistas como Albert Einstein e o químico e cientista atómico vencedor do Nobel, Harold Urey, além de artistas comunistas como Nelson Algren, Dashiell Hammett, Jean Cocteau, Diego Rivera e Frida Kahlo, protestaram contra a posição do governo dos EUA no caso, que alguns viram como a versão americana do caso Dreyfus. Em maio de 1951, Pablo Picasso escreveu para o jornal francês L'Humanité: "as horas contam, os minutos contam. Não deixem este crime contra a humanidade ocorrer". O Papa Pio XII condenou a execução. O cineasta Fritz Lang e o dramaturgo Bertolt Brecht também fizeram declarações contra a morte do casal.
Apesar das anotações alegadamente digitadas por Ethel conterem pouca informação relevante para o projeto atómico soviético, isto foi prova suficiente para o júri condenar o casal na acusação de conspiração para cometer espionagem. Foi sugerido que Ethel foi indiciada juntamente com o marido para que a promotoria pudesse usá-la para fazer pressão para que Julius revelasse os nomes de outros envolvidos no caso. Se este foi o caso, obviamente não funcionou. No banco das testemunhas, Julius utilizou o direito da Quinta Emenda da Constituição dos EUA de não incriminar a si mesmo toda vez que era indagado sobre o seu envolvimento no Partido Comunista ou sobre os seus membros. Ethel fez o mesmo. Nenhum dos dois conseguiu atrair a simpatia do júri.
Os Rosenbergs foram condenados pelo júri em 29 de março de 1951 e, em 5 de abril, sentenciados à morte pelo juiz Irving Kaufman. A condenação do casal serviu como leitmotiv para as investigações de "atividades anti-americanas" do senador Joseph McCarthy. Embora a dedicação dos dois à causa comunista estivesse bem documentada, os Rosenbergs negaram participação nas acusações de espionagem, mesmo minutos antes de serem levados à cadeira elétrica.
Os Rosenbergs foram os únicos civis americanos executados durante a Guerra Fria por espionagem. Na sua argumentação impondo a pena de morte ao casal, o juiz Kaufman responsabilizou os dois não só pela espionagem mas também pelas mortes da Guerra da Coreia.
O caso dos Rosenbergs estava no centro de uma controvérsia sobre o comunismo nos Estados Unidos. Os seus apoiantes defendiam que a condenação era um exemplo escandaloso das perseguições típicas da histeria do momento (Macartismo), ligando o caso com o das caças às bruxas na Idade Medieval e em Salém (uma comparação que serviu de inspiração para a aclamada peça As Bruxas de Salem de Arthur Miller).
Após a publicação da série de reportagens no National Guardian e a formação do Comité Nacional pela Justiça no Caso Rosenberg, alguns americanos passaram a acreditar que ambos os Rosenberg eram inocentes ou que receberam uma pena demasiado dura, dando início a uma campanha popular para tentar evitar a execução do casal. O Papa Pio XII apelou diretamente ao presidente Dwight D. Eisenhower para poupar a vida dos dois, mas Eisenhower recusou-se, em 11 de fevereiro de 1953 e todos os outros recursos foram negados. Em 12 de setembro de 2008, o co-réu Morton Sobell admitiu que ele e Julius eram culpados da acusação de espionagem para a União Soviética. Ele afirmou, entretanto, que apesar de saber as atividades do marido, Ethel não participou ativamente.
Em 18 de junho o Supremo reuniu-se em sessão especial para julgar o recurso de Douglas, em vez de deixar a execução adiamento por meses, até que a matéria fizesse o seu percurso normal. O Supremo não havia decidido sobre o adiamento de Douglas até o meio-dia de 19 de junho. Assim sendo, a execução foi marcada para o começo da noite do mesmo dia, após o início do Shabat. Numa jogada desesperada por garantir a vida do casal, o advogado Emanuel Hirsch Bloch, reclamou que isto era uma ofensa à tradição judaica deles, então a execução foi marcada para antes do pôr-do-sol.
Testemunhas oculares (conforme depoimentos dados ao documentário de 1982 The Atomic Cafe) descreveram as circunstâncias das mortes dos Rosenbergs; enquanto Julius morreu após a primeira série de choques elétricos, a sua esposa não. Após o curso tradicional da sessão de eletrocussão, os enfermeiros retiraram as cintas e outros equipamentos de Ethel para que os médicos determinassem se ela já havia morrido. Os médicos determinaram que ela ainda estava viva, pois o seu coração ainda batia. Então foram aplicadas três séries de eletrocussão, o que acabou por resultar numa cena terrível em que uma grande quantidade de fumo saiu da cabeça dela.
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Música de aniversariante de hoje...
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Blaise Pascal nasceu há quatro séculos...!
Aos 19 anos inventou a primeira máquina de calcular, chamada de máquina de aritmética, depois roda de pascalina e finalmente pascalina. Construiu cerca de vinte cópias na década seguinte. Matemático de primeira linha, criou dois novos campos de pesquisa: primeiro, publicou um tratado de geometria projetiva aos dezasseis anos; então, em 1654, ele desenvolveu um método de resolver o "problema dos partidos", que, dando origem, no decorrer do século XVIII, ao cálculo das probabilidades, influenciou fortemente as teorias económicas modernas e as ciências sociais.
Depois de uma experiência mística que experimentou em novembro de 1654, dedicou-se à reflexão filosófica e religiosa, sem renunciar ao trabalho científico. Escreveu durante este período The Provincials and Thoughts, publicado somente após a sua morte, que ocorreu dois meses após o seu 39.º aniversário, quando já se encontrava muito doente (sujeito a enxaquecas violentas em particular).
Em 8 de julho de 2017, numa entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o Papa Francisco anunciou que Blaise Pascal "merece a beatificação" e que planeia iniciar o procedimento oficial.
Vida
Blaise Pascal era filho de Étienne Pascal, professor de matemática, e de Antoinette Begon. Perdeu a sua mãe com três anos de idade. Seu pai tratou da sua educação por ele ser o único filho do sexo masculino, orientando-o com vistas ao desenvolvimento correto da sua razão e do seu juízo. O recurso aos jogos didáticos era parte integrante desse ensino que incluía disciplinas tão variadas como história, geografia e filosofia.
O talento precoce de Blaise Pascal para as ciências físicas levou a família a Paris, onde ele se consagrou ao estudo da matemática. Acompanhou o pai quando este foi transferido para Rouen e lá realizou as primeiras pesquisas no campo da Física. Suas experiências sobre sons resultaram em um pequeno tratado (1634). No ano seguinte chega à dedução de 32 proposições de geometria estabelecidas por Euclides. Publica Essay pour les coniques (1640), obra na qual está formulado o célebre teorema de Pascal.
Blaise Pascal contribuiu decisivamente para a criação de dois novos ramos da matemática: a Geometria Projetiva e a Teoria das probabilidades. Em Física, estudou a mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo, ampliando o trabalho de Evangelista Torricelli. É ainda o autor de uma das primeiras calculadoras mecânicas, a Pascaline, e de estudos sobre o método científico.
Como matemático, interessou-se pelo cálculo infinitesimal, pelas sequências, tendo enunciado o princípio da recorrência matemática. O cálculo diferencial e integral de Newton e Leibniz que seria a base da física clássica foi inspirado em um tratado publicado por Blaise Pascal sobre os senos num quadrante de um círculo onde buscou a integração da função seno, que também viria a ser a base da matemática moderna. Criou um tipo de máquina de calcular que chamou de La pascaline (1642), uma das primeiras calculadoras mecânicas que se conhece, conservada no Museu de Artes e Ofícios de Paris. Anders Hald escreveu: "Para aliviar o trabalho do seu pai como agente fiscal, Pascal inventou uma máquina de calcular para adição e subtração assegurando sua construção e venda." Seguindo o programa de Galileu e Torricelli, refutou o conceito de "horror ao vazio". Os seus resultados geraram numerosas controvérsias entre os aristotélicos tradicionais.
Em 1646 a família converte-se ao Jansenismo.
De volta a Paris (1647), influenciado pelas experiências de Torricelli, enunciou os primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da pressão atmosférica. A partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando sifões, seringas, foles e tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como água, mercúrio, óleo, vinho, ar, etc., no vácuo e sob pressão atmosférica.
Em 1651 o seu pai morreu.
Como teólogo e escritor destacou-se como um dos mestres do racionalismo e irracionalismo modernos, e a sua obra influenciou os ingleses Charles e John Wesley, fundadores da Igreja Metodista.
Pascal aperfeiçoou o barômetro de Torricelli e, na matemática, com o Traité du triangle arithmétique ("Tratado do triângulo aritmético", mais conhecido como triângulo de Pascal), de 1654, estabeleceu, juntamente com Pierre de Fermat, as bases da teoria das probabilidades e da análise combinatória, que o holandês Huygens desenvolveria posteriormente (1657). Entre 1658 e 1659, escreveu sobre o ciclóide e a sua utilização no cálculo do volume de sólidos. Após obter resultado sobre os quadrados dos cicloides publicados em 1658, desafiou matemáticos da época a solucionarem problemas relacionados aos ciclóides e chegarem aos resultados por ele já alcançados.
Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l'équilibre des liqueurs, só foi publicado um ano após sua morte (1663). Pascal também esclareceu os princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões. Estabeleceu o princípio de Pascal que diz: em um líquido em repouso ou equilíbrio, as variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os pontos da massa líquida. É o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na Mecânica é homenageado com a unidade de tensão mecânica (ou pressão) Pascal (1Pa = 1 N/m²; 105 N/m² = 1 bar).
Pascal, que sempre teve uma saúde frágil, adoeceu gravemente em 1659. Morreu em 19 de agosto de 1662, dois meses após completar 39 anos. O seu corpo foi sepultado na Igreja de Saint-Étienne-du-Mont, em Paris.
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domingo, junho 18, 2023
Roald Amundsen morreu há 95 anos
Paul McCartney nasceu há oitenta e um anos
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