domingo, junho 16, 2024

O primeiro Bloomsday foi há 120 anos

Atores caracterizados como personagens de Ulisses, durante o Bloomsday, em Dublin
           
Bloomsday, comemorado a 16 de junho, é o dia feriado instituído na Irlanda para homenagear o personagem Leopold Bloom, protagonista de Ulisses, de James Joyce. Em todo o mundo, é o único dia dedicado a um personagem de um livro.
O Bloomsday é comemorado na Irlanda e pelos amantes da literatura com diversos eventos oficiais e não oficiais. Também é comemorado todos os anos em vários lugares e em várias línguas. Em comum entre os muitos dedicados entusiastas e simpatizantes envolvidos nestas comemorações há o esforço por relembrar os acontecimentos vividos pelos personagens de Ulisses pelas dezanove ruas da cidade de Dublin.
Ulisses narra os acontecimentos vividos pelo personagem Leopold Bloom durante 16 horas do dia 16 de junho de 1904. Joyce estabelece uma série de correspondências com a Odisseia de Homero, seja entre os personagens (Leopold Bloom e Ulisses; Molly Bloom e Penélope; Stephen Dedalus e Telémaco) seja com referência aos acontecimentos narrados. A obra é considerada um dos marcos da literatura ocidental contemporânea.
Há alguma controvérsia sobre o ano em que o Bloomsday começou a ser comemorado. Alguns especialistas indicam 1925 (três anos após o lançamento do livro); outros afirmam que foi na década de 40, logo após a morte de Joyce, enquanto a hipótese mais aceita indica que foi em 1954, na data do quinquagésimo aniversário do dia retratado em Ulisses.
Hoje o Bloomsday é uma efeméride inserida no calendário cultural de vários países e não se restringe ao círculo de leitores da obra.
     

Tupac Shakur nasceu há 53 anos...


Tupac Amaru Shakur (Nova Iorque, 16 de junho de 1971 - Las Vegas, 13 de setembro de 1996), mais conhecido pelos seus nomes artísticos 2Pac, Makaveli ou apenas Pac, foi um rapper norte-americano. Críticos e membros da indústria fonográfica o nomeiam como o maior rapper de todos os tempos.Vendeu até à data da sua morte cerca de 75 milhões de álbuns. Além de ser músico, Tupac também foi ator e ativista social. A maioria das suas canções trata sobre como crescer no meio da violência e da miséria nos guetos, o racismo, os problemas da sociedade e os conflitos com os outros rappers. O trabalho de Shakur é conhecido por defender a igualdade política, económica, social e racial. Antes de entrar para a carreira artística, ele era um roadie e dançarino de hip hop alternativo. Começou a fazer sucesso quando entrou para o grupo Digital Underground.
Shakur tornou-se alvo de diversas ações judiciais e sofreu outros problemas legais. No início de sua carreira, ele foi atingido por cinco tiros e assaltado no corredor de um estúdio de gravação em Nova Iorque. Após o incidente, Tupac começou a suspeitar que outras figuras da indústria do rap sabiam do acontecido e não o avisaram, o que desencadeou a rivalidade entre as costas Leste e Oeste. Mais tarde, Shakur acabou sendo condenado por abuso sexual e esteve preso durante onze meses, tendo sido libertado da prisão num recurso financiado por Suge Knight, diretor executivo da Death Row Records. Em troca da ajuda de Suge, Tupac teve de gravar três álbuns sob o selo Death Row.
Na noite de 7 de setembro de 1996, Tupac, dentro do carro de Suge, foi atingido por quatro tiros num tiroteio, na cidade de Las Vegas. Faleceu seis dias depois, vítima de insuficiência respiratória e paragem cardíaca, na Universidade Médica de Nevada. Após a sua morte, o jornal americano The New York Times citou-o como "o maior rapper de todos os tempos.
  

 


Werner von Braun morreu há 47 anos...

   
Wernher Magnus Maximilian von Braun (Wirsitz, 23 de março de 1912 - Alexandria, 16 de junho de 1977) foi um engenheiro alemão e uma das principais figuras no desenvolvimento do foguete V-2 na Alemanha nazi e do foguetão Saturno V nos Estados Unidos da América.
Um pioneiro e visionário das viagens espaciais, é mundialmente conhecido pela sua liderança do projeto aeroespacial americano durante a Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos EUA à Lua, em julho de 1969. A sua contraparte e rival, do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev.
Filho de um barão prussiano, demonstrou desde cedo grande inteligência e pendor técnico. Estudou engenharia mecânica no Instituto de Tecnologia Charlottenburg de Berlim. Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou no programa alemão de foguetes, alcançando progressos memoráveis. Em 1937, foi nomeado diretor do centro de experimentação de Peenemünde, onde foi responsável do aperfeiçoamento das bombas voadoras V-2, que seriam utilizados cerca de 4000 vezes principalmente na Inglaterra, em resposta aos milhares de bombardeamentos aéreos dos aliados sobre as cidades alemãs.
Com a derrota da Alemanha, e vendo que os russos estavam levando para o seu território não só as instalações remanescentes de Peenemünde, mas também a maior parte dos engenheiros alemães, decidiu entregar-se voluntariamente, com seus principais auxiliares, aos americanos. Entrou nos EUA através do (na época) secreto programa chamado Operação Paperclip.
Naturalizou-se cidadão dos EUA em 1955. Entrou na NASA em 1960, tornando-se diretor do Centro Espacial de voo Marshall de 1960 à 1970, onde dirigiu os programas de voos tripulados: Mercury, Gemini e Apollo. É o pai do foguete Saturno V que levou os astronautas dos EUA à Lua.
Em 1972, deixou a NASA para se tornar diretor adjunto da empresa Fairchild Industries. Nos EUA, é respeitado como um dos heróis do programa espacial. Morreu em 1977 de cancro no pâncreas.
  

David Mourão-Ferreira morreu há vinte e oito anos...

Estátua no Parque dos Poetas
          
David de Jesus Mourão-Ferreira (Lisboa, 24 de fevereiro de 1927 - Lisboa, 16 de junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta.
    
Biografia
Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.
Mourão-Ferreira trabalhou para vários jornais, dos quais se destacam a Seara Nova e o Diário Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Távola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. No pós-25 de Abril, foi diretor do jornal A Capital e diretor-adjunto do O Dia.
No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.
Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.
A 13 de julho de 1981 foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em 1996, a 3 de junho, foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. No mesmo ano, 1996, recebeu o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.
Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe deram 11 netos e netas.
Em 2005 é celebrado um protocolo entre a Universidade de Bari e o Instituto Camões, decidindo, como homenagem ao poeta, abrir naquela cidade o Centro Studi Lusofoni - Cátedra David Mourão-Ferreira que, dirigida pela Professora Fernanda Toriello e com a colaboração do professor Rui Costa, tem como objetivo o estudo da obra de David Mourão-Ferreira, assim como a divulgação da língua portuguesa e das culturas lusófonas. Promove também o Prémio Europa David Mourão-Ferreira.
    
 
 
Elegia do Ciúme 

A tua morte, que me importa,
se o meu desejo não morreu?
Sonho contigo, virgem morta,
e assim consigo (mas que importa?)
possuir em sonho quem morreu.

Sonho contigo em sobressalto,
não vás fugir-me, como outrora.
E em cada encontro a que não falto
inda me turbo e sobressalto
à tua mínima demora.

Onde estiveste? Onde? Com quem?
— Acordo, lívido, em furor.
Súbito, sei: com mais ninguém,
ó meu amor!, com mais ninguém
repartirás o teu amor.

E se adormeço novamente
vou, tão feliz!, sem azedume
— agradecer-te, suavemente,
a tua morte que consente
tranquilidade ao meu ciúme.
 

 

in Tempestade de Verão (1954) - David Mourão-Ferreira

sábado, junho 15, 2024

Edvard Grieg nasceu há cento e oitenta e um anos...

   
Edvard Hagerup Grieg (Bergen, 15 de junho de 1843 - Bergen, 4 de setembro de 1907) é o mais célebre compositor norueguês, um dos mais célebres do período romântico e do mundo. As suas peças mais conhecidas são a suite sinfónica Holberg, o concerto para piano e a suíte Peer Gynt.
Como outros grandes compositores, Edvard Grieg demonstrara desde muito novo um excecional talento musical. Começou a sua aprendizagem com a mãe, sobretudo no piano, aos seis anos de idade. Na adolescência, foi influenciado por Mozart, Weber e Chopin. A suas primeiras composições datam de 1857.
O célebre violinista norueguês Ole Bull apercebeu-se dos dotes do jovem Edvard e este foi enviado para o conservatório de Leipzig. Aí teve uma rica e proveitosa experiência no meio musical. Trabalhava com importantes músicos como Carl Reinecke, Louis Plaidy, Ernst Ferdinand Wenzel e Ignaz Moscheles e ouvia música como a interpretação de Clara Schumann do concerto para piano de seu marido, Robert Schumann.
Porém, Edvard Grieg sentia-se insatisfeito com o que aprendera. Em 1863 parte para Copenhaga, para estudar com o maior representante da música escandinava, o compositor Niels Gade, continuando ainda assim a duvidar do que aprendera. Em 1864, após conhecer o nacionalista norueguês Rikard Nordraak, compositor do atual hino nacional da Noruega, seguiu uma nova corrente estilística, de inspiração folclórica. As fontes folclóricas norueguesas passaram a ser parte essencial de sua obra, tornando-se Grieg um dos grandes expoentes da música nacionalista, sempre lutando contra o domínio da música alemã, cujos principais representantes eram Robert Schumann e Félix Mendelssohn.
Como compositor reconhecido, Grieg promoveu a música norueguesa através de concertos e aulas. Em 1865 compõe a primeira sonata para piano e as célebres Peças Líricas entre muitas outras obras. Tornou-se regente da Harmoniske Seleskab e foi um dos fundadores da Christiania Musikforening (1871). Tanto a qualidade como a quantidade de obras que compõe levam-no a uma posição de destaque no contexto musical. Grieg acabaria por se tornar no mais forte expoente da cultura musical escandinava. Em 1906, quando esteve em Londres, quis conhecer o pianista e compositor australiano Percy Grainger. Grainger era um grande admirador de Grieg e uma enorme empatia estabeleceu-se entre ambos os músicos.
Pioneiro na utilização impressionista da harmonia e da sonoridade ao piano, recebeu apoio de Franz Liszt, seu grande amigo e incentivador. Falece na sua cidade natal, Bergen, em 4 de setembro de 1907, por causa de uma doença pulmonar que o acompanhou desde a juventude.
 
    

 


Os Estados Unidos e o Canadá demarcaram o último troço da fronteira no Pacífico há 178 anos

  
O Tratado do Oregon de 1846 ou simplesmente Tratado do Oregon foi um tratado assinado em 15 de junho de 1846 em Washington, DC, que teve o nome oficial de "Tratado com a Grã-Bretanha com respeito aos limites ocidentais das montanhas Rochosas" e estabeleceu a fronteira entre as secções britânicas e americanas do "Oregon Country". O "Oregon Country" tinha sido conjuntamente ocupado pelos britânicos e norte-americanos desde a convenção Anglo-Americana de 1818 quando foi acordado um domínio comum da região. Este arranjo deu lugar a fricções entre os dois lados. O presidente norte-americano James Polk concorreu inclusivamente às eleições presidenciais de 1844 sob o lema "Fifty-Four Forty or Fight!" (cinquenta e quatro e quarenta ou luta); 54°40' referindo-se à linha de latitude que deveria formar a fronteira norte do estado do Oregon.

O tratado foi negociado por James Buchanan, secretário de Estado norte-americano, e Richard Pakenham, membro do conselho real da Rainha Vitória e enviado especial da rainha.
 

Hoje é dia de cantar Neruda...

 

Poema 15
     

Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
   
   
in Veinte poemas de amor y una canción desesperada - Pablo Neruda

 

A Guerra do Chaco começou há 92 anos

Guerra do Chaco
Disputed Bolivia Paraguay.jpg
O Gran Chaco, teatro de operações da Guerra do Chaco
Data De 15 de junho de 1932 a 12 de junho de 1935
Local Gran Chaco, situado no sudeste da Bolívia e no norte do Paraguai
Desfecho O Paraguai conquista a maior parte do território em litígio
Combatentes
Paraguai  Bolívia
Principais líderes
José Félix Estigarribia Hans Kundt
Forças
Exército Paraguaio, com 150.000 homens Exército Boliviano, com 250.000 homens.
Vítimas
Exército Paraguaio, 30.000 mortos Exército Boliviano, 60.000 mortos


A Guerra do Chaco foi um conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai que se estendeu de 15 de junho de 1932 a 12 de junho de 1935.
Originou-se pela disputa territorial da região do Chaco Boreal, tendo como uma das causas a descoberta de petróleo no sopé dos Andes. Foi a maior guerra na América do Sul do século XX. Deixou um saldo de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios mortos, tendo resultado na derrota dos bolivianos com a perda e anexação de parte de seu território pelos paraguaios.
Em 12 de junho de 1935, foi aprovada a cessação das hostilidades, sob pressão dos Estados Unidos.
    
(...)
    
Os antecedentes do conflito residem nas várias disputas entre a Bolívia e o Paraguai pela posse de uma área da região do Chaco que vai até a margem direita do rio Paraguai e que na época do antigo Vice-Reinado do Rio da Prata pertencia à Bolívia. Portanto, após a independência dos dois países da Espanha, a região permaneceu em litígio, muito despovoada e as quatro tentativas de acordos de limites de fronteiras entre 1884 e 1907 foram rejeitadas por ambos os países. Anteriormente, a Bolívia já havia perdido o seu litoral e acesso ao Oceano Pacífico durante um conflito com o Chile, entre 1879 e 1881, conhecido como Guerra do Pacífico, também havia perdido o Acre, rico em seringueiras para produção da borracha, para o Brasil, através do Tratado de Petrópolis em 1903.
A Bolívia desejava ter um acesso ao Oceano Atlântico, via rio Paraguai e, para ter pleno acesso àquele rio, necessitava ocupar o Chaco, em território paraguaio.
    
(...)
     
Com a suposta descoberta de petróleo no sopé da cordilheira dos Andes, na região do Chaco Boreal, eclodiu o conflito entre ambas as nações. A Bolívia e o Paraguai eram as duas nações mais pobres da América do Sul, sendo que para o Paraguai o Chaco lhe proporcionava grandes vantagens, com quase 600.000 km², e as reservas petrolíferas já existentes. A Bolívia, devido às crises, viu a necessidade de invadir o Chaco. Então em 1932, o exército boliviano, sem autorização do presidente, entra no Chaco e nas margens do Lago Pitiantuta, tentam guarnecer o local, mas os paraguaios descobrem e retomam o lago, uma expedição boliviana é enviada e expulsa os paraguaios e também conseguem tomar os fortes paraguaios de Corrales, Toledo e Boquerón. Com isso o presidente paraguaio Eusebio Ayala declara guerra à Bolívia.
    

Sergio Endrigo nasceu há noventa e um anos...

  
Sergio Endrigo
(Pula, 15 de junho, 1933 - Roma, 7 de setembro, 2005) foi um cantor e compositor italiano. Nascido em Pula (Ístria), na atual Croácia, venceu como compositor o Festival de Sanremo de 1968 com a canção "Canzone per te", na voz dele e interpretada também pelo convidado Roberto Carlos. Nesse mesmo ano representou a Itália no Festival Eurovisão da Canção com a canção "Marianne". "Io che Amo Solo Te", gravada em 1962, é a sua música mais famosa, contando com várias regravações. Durante a sua carreira trabalhou com escritores e poetas, como Gianni Rodari, Pier Paolo Pasolini, Vinicius de Moraes e Giuseppe Ungaretti e com músicos como Toquinho e Luis Bacalov.
   

 


Hugo Pratt nasceu há 97 anos

      
Hugo Eugenio Pratt (Rímini, 15 de junho de 1927 - Grandvaux, Suíça, 20 de agosto de 1995) foi um autor de banda desenhada italiano, criador da personagem Corto Maltese.
Em 1945 conhece o desenhador Mario Faustinelli, e inicia-se na BD, faz parte do "grupo de Veneza", com Alberto Ongaro, Damiano e Dino Battaglia, entre outros. A sua colaboração na revista Asso di Picche vale-lhe um convite para trabalhar na Argentina, para onde viaja em 1949, regressando em 1962. Em 1967, apôs cinco anos difíceis, conhece Florenzo Ivaldi, um empresário genovês que adora BD. Decidem lançar uma nova revista mensal, Sgt. Kirk, onde aparecem as primeiras pranchas de Una Ballata del Mare Salato (A Balada do Mar Salgado), já com Corto Maltese, na altura ainda um personagem secundário. A publicação da revista seria interrompida 30 números depois, em dezembro de 1969.
Entre abril de 1970 e abril de 1973 publica 21 episódios, (hoje agrupados nos ciclos Sob o Signo do Capricórnio, Corto sempre um pouco mais longe, As Célticas e As Etiópicas), a convite de George Rieu, chefe de redação da revista francesa Pif. Desenvolve também a série Os Escorpiões do Deserto.
A partir da segunda metade dos anos 70 e nos anos 80, Hugo Pratt desenvolve novas aventuras de Corto Maltese, que o consolidam como um dos grandes criadores do século XX.
Para além das aventuras de Corto, Pratt desenvolveu outros personagens e histórias, como os Escorpiões do Deserto ou El Gaucho, este último em colaboração com Manara.
   
   
 (imagem daqui)

Porque hoje é dia de recordar Alain Oulman...


Medo

Poema de Reinaldo Ferreira e música de Alain Oulman


Quem dorme à noite comigo?
É meu segredo, é meu segredo!
Mas se insistirem lhes digo.
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo!

E cedo, porque me embala
Num vaivém de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.

Que farei quando, deitado,
Fitando o espaço vazio,
Grita no espaço fitado
Que está dormindo a meu lado,
Lázaro e frio?

Gritar? Quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim?
Gostava até de matar-me.
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim.

Harry Nilsson nasceu há 83 anos...

 
Harry Edward Nilsson III (Brooklyn, 15 de junho de 1941Agoura Hills, 15 de janeiro de 1994) foi um cantor e compositor norte-americano de grande sucesso na década de 70. Creditado em quase todos os seus álbuns, com exceção dos primeiros, como Nilsson, teve sucesso com os singles "Without You", "Everybody's Talkin'" e "Coconut".

As suas canções apareceram em diversos filmes e programas de televisão, e ele foi premiado com dois Grammys; um por "Melhor Vocal Masculino Contemporâneo" por "Everybody's Talkin'" e outro por "Melhor Vocal Masculino Pop" por "Without You".

Morreu em 1994, vítima de insuficiência cardíaca. Foi sepultado no Pierce Brothers Valley Oaks Memorial Park, Westlake Village, Califórnia no Estados Unidos.

Harry Nilsson foi eleito um dos maiores compositores de todos os tempos pela revista Rolling Stone, estando na 62º posição dos maiores compositores.

  

 

 


Johnny Hallyday nasceu há oitenta e um anos...


Jean-Philippe Smet
, dit Johnny Hallyday, est un chanteur, compositeur et acteur français né le dans le 9e arrondissement de Paris et mort le à Marnes-la-Coquette (Hauts-de-Seine).
Durant ses 57 ans de carrière, il s'impose comme un des plus célèbres chanteurs francophones et une des personnalités les plus présentes dans le paysage médiatique français.
S'il n'est pas le premier à chanter du rock en France, il est, à partir de 1960, le premier à populariser le rock 'n' roll dans l'Hexagone. Les différents courants musicaux auxquels il s'adonne – le rock 'n' roll, la pop, le rhythm and blues, la soul, le rock psychédélique – puisent tous leurs origines dans le blues. Bien qu'il interprète de nombreuses chansons de variété, de ballades et parfois de country, le rock reste sa principale référence.
Sa longévité au premier plan de la scène artistique et ses prestations vocales et scéniques lui attirent la reconnaissance de ses pairs et du public. Au total, il réalise 79 albums, dont 50 albums studio. Il obtient 5 disques de diamant, 40 disques d'or, 22 disques de platine et 10 victoires de la musique. En dehors des pays francophones, s'il ne parvint pas à s'imposer durablement malgré plusieurs tournées à succès, notamment en Amérique du Sud, sa réputation d'homme de scène franchit les frontières. Il effectue ainsi 184 tournées et donne plus de 3 250 concerts, totalisant 29 millions de spectateurs, avec des prestations à gros budgets et effets scéniques.
Alors qu'il est atteint d'un cancer du poumon, il effectue sa dernière tournée en juin et juillet 2017, aux côtés de ses amis Jacques Dutronc et Eddy Mitchell, avec qui il a formé le trio des Vieilles Canailles. Sa mort, survenue quelques mois plus tard des suites de sa maladie, donne lieu à un important hommage populaire. Au moment de sa mort, les ventes de ses disques se chiffrent à 110 millions d'exemplaires.
 

 


A Magna Carta foi assinada por João Sem-Terra há 809 anos

Uma das cópias certificadas da Magna Carta preparadas em 1215
       
A Magna Carta (significa "Grande Carta" em latim), cujo nome completo é Magna Charta Libertatum seu Concordiam inter regem Johannen at barones pro concessione libertatum ecclesiae et regni angliae (Grande Carta das liberdades, ou concórdia entre o rei João e os barões para a outorga das liberdades da Igreja e do rei Inglês), é um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente o do rei João, que o assinou, impedindo assim o exercício do poder absoluto. Resultou de desentendimentos entre João, o Papa e os barões ingleses acerca das prerrogativas do soberano. Segundo os termos da Magna Carta, João deveria renunciar a certos direitos e respeitar determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita à lei. Considera-se a Magna Carta o primeiro capítulo de um longo processo histórico que levaria ao surgimento do constitucionalismo.
    
Antecedentes
Após a conquista normanda da Inglaterra de 1066 e os acontecimentos históricos do século XII, o Rei da Inglaterra tornara-se, na passagem para o século XIII, um dos soberanos mais poderosos da Europa, devido ao sofisticado sistema de governo centralizado introduzido pelos normandos e às amplas possessões anglo-normandas no continente. Entretanto, uma extraordinária sequência de fracassos da parte do rei João - que subira ao trono inglês no início do século XIII - levou os barões ingleses a revoltarem-se e a impor limites ao poder real.
Foram três os seus grandes fracassos.
Primeiro, o Rei não tinha o respeito dos seus súbditos, devido à maneira pela qual obteve o poder após a morte de Ricardo Coração-de-Leão. João mandou aprisionar e, ao que parece, liquidar o seu sobrinho e co-pretendente ao trono, Artur da Bretanha, causando a rebelião da Normandia e da Bretanha contra o rei inglês.
Em segundo lugar, João fracassou na sua tentativa de reconquistar os territórios ingleses tomados por Filipe Augusto de França, fracasso este que ficou patente com a batalha de Bouvines, em 1214. Não é por este motivo que João é chamado de "Sem Terra" (Lackland), mas sim porque, sendo o filho mais novo, não recebera terras em herança, ao contrário dos seus irmãos mais velhos.
O terceiro fracasso de João foi envolver-se numa controvérsia com a Igreja Católica acerca da indicação do Arcebispo da Cantuária. O rei recusou-se a aceitar a indicação feita pelo Papa para a posição e, como consequência, a Inglaterra foi colocada sob sentença de interdição até que João se submetesse, em 1213.
    
Eventos consequentes
Em 10 de junho de 1215, os barões, revoltados com os fracassos do rei, tomaram Londres e forçaram João a aceitar um documento conhecido como os "Artigos dos Barões", ao qual o grande selo real foi aposto em Runnymede, a 15 de junho do mesmo ano. Em troca, os barões renovaram os seus juramentos de fidelidade ao rei, em 19 de junho. Um diploma formal, preparado em 15 de junho pela chancelaria, para registar o acordo entre o rei João e os barões, ficou conhecido como Magna Carta. Cópias desta foram enviadas a funcionários tais como xerifes e bispos.
A cláusula mais importante para João, naquele momento, era a 61ª, conhecida como "cláusula de segurança" e a mais extensa do documento. Estabelecia um comité de 25 barões com poderes para reformar qualquer decisão real, até mesmo pela força se necessário.
João não pretendia honrar a Magna Carta, já que esta havia sido selada sob coerção; ademais, a cláusula 61 anulava, para todos os efeitos práticos, as suas prerrogativas como monarca. O rei, portanto, repudiou o documento assim que os barões deixaram Londres, o que mergulhou a Inglaterra numa guerra civil.
João viria a morrer em Newark, Inglaterra, em 18 de outubro de 1216, possivelmente envenenado por um abade, irritado por ele ter tentado seduzir uma freira e encontra-se sepultado na catedral de Worcester. Subiu ao trono o seu filho, Henrique III, em outubro de 1216. A Magna Carta foi repristinada em nome de seu filho e sucessor, Henrique III, pela sua regência (Henrique era menor de idade), em novembro daquele ano, suprimindo-se algumas cláusulas, inclusive a 61ª. Quando atingiu a maioridade, aos 18 anos, em 1225, Henrique republicou o documento mais uma vez, numa versão ainda mais curta, com apenas 37 artigos.
Na altura da morte de Henrique, em 1272, a Magna Carta já se tinha incorporado ao direito inglês, o que tornaria mais difícil a um futuro soberano anulá-la. O Parlamento de Eduardo I, filho e sucessor de Henrique, republicou o documento uma última vez, em 12 de outubro de 1297, como parte de um estatuto conhecido como Confirmatio cartarum e que confirmava a versão curta de 1225.

   

Steve Walsh, o vocalista dos Kansas, nasceu há 73 anos

 

Steve Walsh (St. Louis, Missouri, June 15, 1951) is a musician and singer-songwriter best known for his work as a member of the American progressive rock band Kansas; he retired from the band in 2014. He sings lead on four of Kansas' best-known hits: "Carry On Wayward Son", "Dust in the Wind", "Point of Know Return", and "All I Wanted", the last two of which he co-wrote.
   

 


Demis Roussos nasceu há 78 anos...

   

Demis Roussos, nome artístico de Artemios Ventouris Roussos, (Alexandria, 15 de junho de 1946 - Atenas, 25 de janeiro de 2015) foi um cantor grego, nascido no Egipto. Artemios acabou sendo abreviado para Demis.
  
(...)
  
Roussos faleceu no dia 25 de janeiro de 2015, após permanecer um longo período internado num hospital de Atenas. A filha Emily (do primeiro casamento) anuncia que o pai morreu de um cancro fulminante no estômago.
     

 


A Batalha do Kosovo, em que a Sérvia perdeu a sua independência, foi há 635 anos

   
A Batalha do Kosovo (ou Kôssovo Poljê, "Campo dos Melros") foi disputada em 15 de junho de 1389 no Kosovo, entre uma coligação de reinos cristãos eslavos, liderada pela Sérvia Morávia e tropas invasoras otomanas, lideradas pelo sultão Murad I. A derrota dos cristãos na batalha determinou os cinco séculos seguintes, de ocupação turca nos Balcãs.
A Batalha do Kosovo é considerada um marco histórico para a Sérvia e alegada como motivo simbólico principal para o país rejeitar a independência do Kosovo, considerada o berço histórico da nação.
   

Uma mulher viajou no espaço pela primeira vez há 61 anos

 
Valentina Vladimirovna Tereshkova (Maslennikovo, 6 de março de 1937) foi a primeira cosmonauta da história e a primeira mulher a ir ao espaço, em 16 de junho de 1963.
Oriunda de uma família proletária - o seu pai era um motorista de trator, desaparecido na guerra russo-finlandesa de 1940 - Valentina só entrou para a escola aos oito anos e começou a trabalhar com dezoito, numa fábrica têxtil. Na mesma época, começou a participar num clube de paraquedistas amadores. Aos 24 anos, em 1961, começou a estudar para se qualificar como cosmonauta, no mesmo ano em que o diretor do programa espacial soviético, Sergei Korolev, considerou enviar mulheres ao espaço, numa forma de colocar a primeira mulher em órbita antes dos Estados Unidos.
Em 1962, ela foi admitida como cosmonauta, com mais quatro mulheres - das quais apenas ela acabou indo ao espaço - sendo a menos preparada de todas, sem educação universitária, mas especialista em paraquedismo, considerado condição fundamental para o voo, já que a nave Vostok operava automaticamente, dispensando pilotagem, mas o ocupante era ejetado dela após a reentrada, pousando com um pára-quedas pessoal.
 
Em junho de 1963, a União Soviética colocou duas naves espaciais simultaneamente no espaço, sendo que a primeira foi conduzida por Valery Bykovsky, que bateu o recorde de resistência no espaço, quando completou uma missão de cinco dias. Valentina voou na nave Vostok 6, lançada de Baikonur em 16 de junho, tornando-se a primeira mulher no espaço. Ela completou 48 órbitas ao redor da Terra, no total de 71 horas, quase três dias, apesar das náuseas e do desconforto psicológico que sentiu. Depois de chegarem a permanecer em órbita a uma distância de 5 km uma da outra, com os cosmonautas trocando impressões e saudações por rádio, ambas as naves aterraram no dia 19 de junho.
Valentina teve problemas na sua descida. Quando ejetada da Vostok VI, esteve próxima de cair dentro de um lago, e ela narra nas suas memórias que, se isso acontecesse, talvez não conseguisse sobreviver, pois estava sem forças para nadar até à borda, estando desidatrada, exausta, com fome pelas náuseas que praticamente a impediram de comer em órbita, e psicologicamente afetada pela viagem - em princípio programada para um dia mas alongada para três, pela sensação que causou no mundo o seu lançamento. Mas um forte vento mudou a direção do pára-quedas e a fez cair em terra. Mesmo assim, o impacto foi forte e ela ficou com uma grande mancha roxa no nariz, que bateu no capacete, sendo obrigada a usar forte maquilhagem nos primeiros dias de aparições públicas oficiais. Os seus três dias a bordo da Vostok eram, então, mais tempo no espaço que todos os astronautas norte-americanos tinham juntos no espaço.
Em 1964, Valentina e o cosmonauta Andrian Nikolayev casaram e tiveram uma filha, considerada a primeira criança nascida de pais cosmonautas. Divorciada desde 1982, casou-se novamente com Yuli Shaposhnikov, morto em 1999. Nos anos seguintes ao seu voo, ela graduou-se em engenharia. Só nos anos 80 uma mulher russa voltaria ao espaço.

Hoje é dia de recordar um grande Poeta e Pintor...

Retrato de Fernando Pessoa, 1954, óleo sobre tela
 
  
Canção da Saudade

Se eu fosse cego amava toda a gente.

Não é por ti que dormes em meus braços que sinto amor. Eu amo a minha irmã gémea que nasceu sem vida, e amo-a a fantasiá-la viva na minha idade.

Tu, meu amor, que nome é o teu? Diz onde vives, diz onde moras, dize se vives ou se já nasceste.

Eu amo aquela mão branca dependurada da amurada da galé que partia em busca de outras galés perdidas em mares longíssimos.

Eu amo um sorriso que julgo ter visto em luz do fim-do-dia por entre as gentes apressadas.

Eu amo aquelas mulheres formosas que indiferentes passaram a meu lado e nunca mais os meus olhos pararam nelas.

Eu amo os cemitérios - as lajes são espessas vidraças transparentes, e eu vejo deitadas em leitos floridos virgens nuas, mulheres belas rindo-se para mim.

Eu amo a noite, porque na luz fugida as silhuetas indecisas das mulheres são como as silhuetas indecisas das mulheres que vivem em meus sonhos. Eu amo a lua do lado que eu nunca vi.

Se eu fosse cego amava toda a gente.
 
  

 
in Frisos - Revista Orpheu nº1 - Almada Negreiros

Louis-Claude Daquin morreu há 252 anos...

   
Louis-Claude Daquin (Paris, 4 de julho de 1694 - Paris, 15 de junho de 1772) foi um compositor, organista e cravista francês do período barroco.
Aos seis anos, Daquin tocou diante do rei Luís XVI e, aos oito, regeu a sua própria obra coral Beatus Vir. Criança prodígio, prosseguiu uma brilhante carreira na sociedade parisiense culta como improvisador no cravo e órgão. Algumas das suas improvisações faziam parte de seu Nouveau livre de noels, mas as poucas outras obras remanescentes apenas sugerem talento. Às vezes a sua música mostra ecos de Couperin, mas em geral é bastante original, como em Trois Cadences, em que usa em trinado triplo. A sua obra mais conhecida é a animada Le Coucou, do seu livro para cravo de 1735, Livre de pieces de clavecin. Em 1739 tornou-se o organista da Chapelle Royale. Em 1755 passou a ser o organista da catedral de Notre-Dame, em Paris.
   

 


O sismo de Sanriku provocou um mortífero tsunami há 128 anos


The 1896 Sanriku earthquake was one of the most destructive seismic events in Japanese history. The 8.5 magnitude earthquake occurred at 19:32 (local time) on June 15, 1896, approximately 166 kilometres (103 mi) off the coast of Iwate Prefecture, Honshu. It resulted in two tsunamis which destroyed about 9,000 homes and caused at least 22,000 deaths. The waves reached a then-record height of 38.2 metres (125 ft); this would remain the highest on record until waves from the 2011 Tōhoku earthquake exceeded that height by more than 2 metres (6 ft 7 in).

Seismologists have discovered the tsunami's magnitude (Mt = 8.2) was much greater than expected for the estimated seismic magnitude. This earthquake is now regarded as being part of a distinct class of seismic events, the tsunami earthquake.