O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Jacques Brel nasceu em 8 de abril de 1929, no n.º 138 da Avenue du Diamant, em Schaerbeek, comuna de Bruxelas (Bélgica), de pai flamengo (mas francófono) e de mãe de sangue francês e italiano.
Ainda que em casa se falasse o francês, os Brel eram de ascendência flamenga, com uma parte da família originária de Zandvoorde, perto de Ieper. O pai de Brel era sócio de uma cartonaria e este estaria supostamente destinado a trabalhar na empresa da família.
A seguir à escola primária, onde entrou em 1935, frequentou o Colégio Saint-Louis, a partir de 1941. Aluno pouco brilhante, é neste colégio que Brel começa a mostrar interesse pelas artes: em 1944,
aos 15 anos, colabora na criação do grupo de teatro, atua em várias
peças, escreve três pequenas histórias e interpreta ao piano alguns
improvisos para poemas que ele próprio escreveu.
Em 1946 adere a uma organização de solidariedade católica, a Franche Cordée, de ajuda aos doentes, pobres, órfãos e velhos. É aqui, e não no seu ambiente familiar ou escolar, que se inicia a sua formação cultural.
Entre as atividades desta organização contava-se a realização de
recitais onde Brel se iniciou nas apresentações públicas,
acompanhando-se a si próprio à viola. É aqui que conhece Thérèse Michielsen ("Miche"), com quem se casa em 1950.
Carreira
No início dos anos 50, não se entusiasmando pelo trabalho na fábrica de cartão do pai (dizia-se "encartonado" neste trabalho), continua a escrever canções, que vai mostrando aos amigos e cantando pelos bares de Bruxelas sempre que se proporciona.
A pequena mas sólida fama na sua terra natal proporciona-lhe a gravação em 1953, do primeiro single, um 78 rpm,
contendo as canções "Il y a" e "La foire". Persistente na sua ideia
de fazer carreira com as suas canções, Brel deixa o emprego, a
família, a sociedade burguesa de Bruxelas (que ele viria a retratar em
"Les Bourgeois") e vai tentar a sorte na capital francesa, onde consegue ao fim de algum tempo ser ouvido pelo descobridor de talentos Jacques Canetti (irmão de Elias Canetti, o prémio Nobel da literatura de 1981). É apresentado no célebre cabaré parisiense Les Trois Baudets, do próprio Canneti, onde pouco tempo antes havia atuado em grande estilo Georges Brassens. Em 1959 é vedeta no Bobino, em Paris e canta em Bruxelas no "L’Ancienne Belgique" com Charles Aznavour.
A segunda metade da década de 50 é passada num grande ritmo de
espetáculos (chega a participar em 7 espetáculos numa única noite).
Para além dos sucessos conseguidos no Olympia e no Bobino, em Paris, vai fazendo espetáculos por todo o mundo. Em 1954 é publicado o seu primeiro álbum "Jacques Brel et ses chansons". Torna-se notado por Juliette Gréco,
que grava uma das suas canções, "Le diable". Este encontro é marcante
no futuro da carreira de Brel pois é então que se inicia uma
frutuosa colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. Em 1955
conhece Georges Pasquier ("Jojo"), percussionista no Trio Milson e
de quem se torna amigo. O seu primeiro grande sucesso ocorre em 1956 com a música "Quand on a que l’amour". Em 1957 é laureado com o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros e a sua digressão faz grande sucesso pela França. Em 1958 Miche, a mulher, retorna a Bruxelas. Desde então ele e a família vivem vidas separadas.
Sob a influência do seu amigo "Jojo" e dos pianistas Gérard Jouannest
(que o acompanhava em palco) e François Raubert (orquestrador e
pianista de estúdio), o estilo de Brel foi mudando. A música tornou-se
mais complexa e os temas mais diversificados. Um apurado sentido de
observação, de ironia e de humor, associado à sua capacidade poética,
permitiram-lhe criar temas que abordam, das mais diferentes maneiras,
várias das realidades do dia a dia. Nele encontram-se canções cómicas
como Les bonbons, Le lion ou Comment tuer l’amant de sa femme, mas também canções mais emotivas como Voir un ami pleurer, Fils de, Jojo. Os temas vão desde o amor, com Je t’aime, Litanies pour un retour, Dulcinéa, até à sociedade, com Les singes, Les bourgeois, Jaurès, passando por preocupações espirituais, como em Le bon Dieu, Si c’était vrai, Fernand.
O ritmo de espectáculos anuais continua intenso, chegando a ultrapassar os 365 num único ano. Em 1966 anuncia que irá deixar de actuar em público como cantor. Seguem-se vários espectáculos de despedida nomeadamente em Paris (Olympia) e em Bruxelas (Palais des Beaux-Arts). Apesar da insistência dos seus amigos, Brel não muda de ideias e, em 16 de maio de 1967 dá a sua última actuação ao vivo, em Roubaix.
Cinema e teatro
O teatro torna-se a sua primeira experiência, com a adaptação da peça "L’homme de la manche". A personagem de Dom Quixote, que desempenhava, estava bem de acordo com o seu idealismo. A peça estreia em 1968
no Theatre Royal de la Monnaie, em Bruxelas e no mesmo ano no
Theatre des Champs-Elysées em Paris, tendo ultrapassado as 150
representações. Entretanto volta-se para o cinema, participando
durante os cinco anos seguintes como actor em mais de uma dezena de
filmes e como realizador em dois deles Franz e Le Far West.
Após este último filme, Brel diz um novo adeus ao espectáculo, desta
vez muito mais radical: deixa Paris, a França, os seus próprios
afectos.
Vagueando pelo mundo
Os seus brevets aéreos e marítimos abrem-lhe a porta à possibilidade de vaguear pelo mundo por ar ou por mar. Voa pela Europa, qual Saint-Exupéry (mito que o acompanhava desde há muito). Em 1974, após comprar um veleiro de 19 metros decide partir com Madly Bamy, que tinha conhecido na rodagem do filme L'Aventure c'est l'aventure para uma volta ao mundo de 3 anos. Em setembro, ao aportar nos Açores,
toma conhecimento do falecimento do seu grande amigo Jojo, a quem
vem a dedicar uma canção. Em outubro é-lhe detectado um pequeno tumor no pulmão
e, no mês seguinte, é efectuada a ablação do lobo pulmonar superior
esquerdo. Em dezembro, após um pequeno repouso, desloca-se ao local
onde está o seu veleiro e decide prosseguir a sua viagem. Em novembro
de 1975 chega à baía de Atuona, na ilha Hiva Oa, no arquipélago das Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.
Naquelas ilhas isoladas Brel não procura o isolamento mas antes o
contacto com uma realidade totalmente desconhecida, e sob certos
aspectos ainda não contaminada pela "civilização". Em 1976
aluga uma pequena casa em Hiva Oa, vende o veleiro e decide adquirir
um pequeno avião bimotor. Ajuda a combater o isolamento das ilhas
mais remotas do arquipélago, disponibilizando o seu avião para
transporte de correio ou de pessoas.
Em 1977
desloca-se a Paris, onde grava discretamente em estúdio doze canções
das dezassete que havia escrito, e que virão a integrar o seu último
álbum, esperado há mais de dez anos, e chamado, simplesmente, "Brel".
Gravado nas difíceis condições físicas e psicológicas de Brel que se
pode antever, torna-se perturbador ler as últimas palavras da sua
canção “Les Marquises”: "Veux-tu que je te dise / Gémir n'est pas de
mise / Aux Marquises" ("Se queres que te diga / Gemer não é opção /
Nas Ilhas Marquesas"). O disco teve um sucesso imediato: apesar de
Brel ter pedido que não houvesse publicidade, mais de um milhão de
exemplares estavam reservados antes da edição e setecentos mil foram
adquiridos logo no primeiro dia da sua venda ao público. Alheio a
esse sucesso, volta à ilha pela penúltima vez. Em 1978
a saúde começa-se a degradar e retorna a Paris, em julho, para novos
tratamentos. Em outubro é internado no Hospital com uma embolia
pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, às 04.10 horas da madrugada do
dia 9 de outubro de 1978. O regresso a Hiva Oa, dá-se uma última vez:
Jacques Brel é sepultado no cemitério local.
T'as voulu voir Vierzon Et on a vu Vierzon T'as voulu voir Vesoul Et on on a vu Vesoul T'as voulu voir Honfleur Et on a vu Honfleur T'as voulu voir Hambourg Et on a vu Hambourg J'ai voulu voir Anvers Et on a revu Hambourg J'ai voulu voir ta sœur Et on a vu ta mère Comme toujours
T'as plus aimé Vierzon Et on a quitté Vierzon T'as plus aimé Vesoul Et on a quitté Vesoul T'as plus aimé Honfleur Et on a quitté Honfleur T'as plus aimé Hambourg Et on a quité Hambourg T'as voulu voir Anvers Et on n'a vu qu'ses faubourgs Tu n'as plus aimé ta mère Et on a quitté sa sœur Comme toujours
Mais je te le dis Je n'irai pas plus loin Mais je te préviens J'irai pas à Paris D'ailleurs j'ai horreur De tous les flons flons De la valse musette Et de l'accordéeon
T'as voulu voir Paris Et on a vu Paris T'as voulu voir Dutronc Et on a vu Dutronc J'ai voulu voir ta sœur J'ai vu le mont Valérien T'as voulu voir Hortense Elle était dans l'Cantal J'ai voulu voir Byzance Et on a vu Pigalle À la gare Saint-Lazare J'ai vu les Fleurs du Mal Par hasard
T'as plus aimé Paris Et on a quité Paris T'as plus aimé Dutronc Et on a quitté Dutronc Maintenant je confonds ta sœur Et le mont Valérien De ce que je sais d'Hortense J'irai plus dans l'Cantal Et tant pis pour Byzance Puisque j'ai vu Pigalle Et la gare Saint-Lazare C'est cher et ça fait mal Au hasard
Mais je te le redis chauffe Marcel Je n'irai pas plus loin Mais je te préviens kaï kaï Le voyage est fini D'ailleurs j'ai horreur De tous les flons flons De la valse musette Et de l'accordéon
T'as voulu voir Vierzon Et on a vu Vierzon T'as voulu voir Vesoul Et on on a vu Vesoul T'as voulu voir Honfleur Et on a vu Honfleur T'as voulu voir Hambourg Et on a vu Hambourg J'ai voulu voir Anvers Et on a revu Hambourg J'ai voulu voir ta sœur Et on a vu ta mère Comme toujours
T'as plus aimé Vierzon Et on a quitté Vierzon... Chauffe... Chauffe T'as plus aimé Vesoul Et on a quitté Vesoul T'as plus aimé Honfleur Et on a quitté Honfleur T'as plus aimé Hambourg Et on a quité Hambourg T'as voulu voir Anvers Et on n'a vu qu'ses faubourgs Tu n'as plus aimé ta mère Et on a quitté sa sœur Comme toujours... Chauffez les gars
Mais mais je te le reredis... Kaï Je n'irai pas plus loin Mais je te préviens J'irai pas à Paris D'ailleurs j'ai horreur De tous les flons flons De la valse musette Et de l'accordéon
T'as voulu voir Paris Et on a vu Paris T'as voulu voir Dutronc Et on a vu Dutronc J'ai voulu voir ta sœur J'ai vu le mont Valérien T'as voulu voir Hortense Elle était dans l'Cantal J'ai voulu voir Byzance Et on a vu Pigalle À la gare Saint-Lazare J'ai vu les Fleurs du Mal Par hasard
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Moi je t'offrirai
Des perles du pluie
Venues de pays
Ou il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumiere
Je ferai un domaine
Ou l'amour sera roi
Ou l'amour sera loi
Ou tu seras reine
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Mais de 70 mil pessoas saíram à rua a 9 de outubro de 1989 em Leipzig
Foi em Leipzig que a manifestação de 70 mil pessoas no dia 9 de
outubro de 1989 deixou o regime da RDA sem resposta. Ninguém imaginava
que um mês depois o muro caísse.
A polícia estava na rua, com escudos, bastões, e cães. O jornal oficial
do partido avisara que o exército estava de armas na mão, pronto a
esmagar qualquer ameaça à ordem socialista. Os hospitais de Leipzig
tinham recebido sangue extra. A imagem na cabeça das pessoas da cidade
do Leste da Alemanha era uma: Tiananmen.
Apesar disso, mais de 70 mil pessoas saíram à rua a 9 de outubro de
1989 em Leipzig, e é essa data que o Presidente alemão, Joachim Gauck,
vai assinalar esta quinta-feira nas comemorações dos 25 anos da queda
do Muro de Berlim. Não o 9 de novembro, o dia em que a barreira foi
finalmente derrubada, mas sim um mês antes, quando se deu a
manifestação que tudo mudou, em Leipzig.
No dia 9 de outubro de 1989, Irmtraut Hollitzer saiu de casa para ir,
como ia sempre, à oração pela paz numa das igrejas de Leipzig. Nestes
círculos de relativa liberdade que eram as igrejas e nestes encontros
eram há alguns anos discutidas questões decisivas para o Estado – dos
problemas ambientais à proibição de viajar. Estes encontros começaram a
chamar a atenção e em setembro saíram do interior das igrejas.
“Imagine, na RDA era tudo sempre sossegado, não se passava nada, e de
repente todas as segundas-feiras acontecia alguma coisa na Igreja de S.
Nicolau”, contou Irmtraut numa conversa telefónica com o PÚBLICO. Na
segunda-feira, dia 2 de outubro, o regime achou que chegava e mandou a
polícia reprimir uma manifestação no exterior da igreja à bastonada.
Na segunda-feira seguinte, dia 9, as quatro principais igrejas da
cidade estavam cheias. Irmtraut estava na Igreja de S. Tomás. “Não
cabia nem mais uma pessoa. Havia gente no pátio, cá fora.” Com todas as
ameaças do regime, o ambiente era muito tenso. “Falou-se sobre quão
difícil estava a situação. Os nossos sentimentos, as nossas emoções,
estavam todas dominadas pelo medo”, lembra.
As portas da igreja abriram-se e Irmtraut teve de decidir: “Ou ia para a
esquerda, para casa, ou para a direita.” Viu a polícia, “pronta para
atacar, com escudos, com cães”. Lembrou-se dos avisos: “O exército
estava com armas na mão para reprimir a manifestação.” O Presidente da
RDA, Erich Honecker, tinha elogiado as autoridades chinesas pelo modo
como acabaram com o protesto de Tiananmen. “Eu tinha quatro filhos.
Estava cheia de medo.” Irmtraut decidiu e acelerou o passo: “Para casa,
para casa.”
Muitas outras pessoas foram, apesar disso, para o lado oposto, “com
incrível coragem”, sublinha Irmtraut. Juntaram-se a pessoas vindas das
outras igrejas, incluindo a Igreja de S. Nicolau, onde havia orações
pela paz desde 1982. Tinham velas na mão. Diziam “Somos o povo” ou “não
à violência”.
Não sabiam se iam ser atacadas, espancadas, se ia haver tiros. Não
sabiam se no dia a seguir iam ter emprego. “Para mim foi espantoso como
foram”, resume Irmtraut. “Se tivessem sido menos, certamente a
manifestação teria sido reprimida.”
A polícia, que na semana anterior tinha sido violenta, não soube reagir
a tanta gente. Os agentes da Stasi infiltrados que tentaram causar
problemas foram isolados pelos manifestantes. Na superordenada RDA, o
trânsito estava caótico, condutores deixaram carros no meio da rua para
se juntar à marcha, as forças do regime não sabiam o que fazer –
então acabaram por não fazer nada. “Eles estavam prontos para tudo”,
comentou Christian Führer, um dos padres da Igreja de S. Nicolau que
liderou as orações pela paz desde 1982 (e que morreu este ano).
“Exceto para orações e velas.”
Irmtraut chegou a casa e ligou a televisão num canal da Alemanha
Ocidental. “Passado um bocado falou-se de Leipzig e de uma manifestação
pacífica. E foi como uma libertação.”
Na segunda-feira seguinte, tudo era diferente. “Já não tínhamos medo”,
conta Irmtraut. Não foi preciso decidir, se a seguir à oração, ia para a
casa ou para a manifestação: “Lembro-me de um sentimento in-crí-vel,
estar ligada a esta massa de pessoas e podermos fazer alguma coisa,
demonstrar a nossa oposição a este sistema, dizer: ‘Basta de
mentiras.’”
Imagens de Leipzig chegaram a outras cidades e as manifestações
multiplicavam-se de cidade em cidade e cresciam. A pressão sobre o
regime continuava.
Na altura, o máximo que Irmtraut imaginou foi que o regime da RDA
mudasse. Até que umas semanas mais tarde alguém gritou numa
manifestação: “Fora com o muro.” E eu pensei: ‘Oh meu Deus, será que é
possível?’ Para mim o muro acabar era como um sonho.”
E a 9 de novembro, depois de 28 anos de existência, o muro caiu.
Irmtraut tinha 46 anos. “A reunificação foi a maior sorte da minha
vida. Vinte e cinco anos em liberdade, não é nada mau!”, diz a rir.
Esta quinta-feira, dezenas de milhares de pessoas vão reviver, levando
velas, o percurso da manifestação. O Presidente Gauck convidou os
chefes de Estado da Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria para
a cerimónia.
A queda do Muro de Berlim foi tão inesperada como fruto de uma complexa
teia de circunstâncias, desde em Moscovo ser Presidente Gorbatchov,
ao surgimento do movimento Solidariedade na Polónia (na comemoração
dos vinte anos da queda do muro, Lech Walesa, o líder do Solidariedade,
deitou abaixo o primeiro dominó de uma cadeia simbolizando o Muro de
Berlim), passando pela abertura das fronteiras da Hungria e
Checoslováquia que levaram a uma saída em massa de alemães de leste
para o oeste.
Como resumiu em 2009 o jornalista da BBC que era o correspondente em
Moscovo, Brian Hanrahan (e que entretanto morreu): “Uma semana depois
Honecker foi-se embora, um mês depois foi-se o Muro de Berlim, deitado
abaixo pela coragem dos manifestantes de Leipzig.”
Para o padre Christian Führer, citado pela revista Spiegel, não há dúvidas: “Foi uma auto-libertação.” A queda do muro “foram as pessoas daqui que a fizeram”.
João Cabral de Melo Neto (Recife, 9 de janeiro de 1920 - Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1999) foi um poeta e diplomatabrasileiro. A sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista
até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com
poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes,
inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.
A Educação pela Pedra Uma educação pela pedra: por lições; Para aprender da pedra, frequentá-la; Captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria Ao que flui e a fluir, a ser maleada; A de poética, sua carnadura concreta; A de economia, seu adensar-se compacta: Lições da pedra (de fora para dentro, Cartilha muda), para quem soletrá-la. Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática). No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada; Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma.
Andrade foi a figura central do movimento de vanguarda de São Paulo por vinte anos.
Treinado como músico e mais conhecido como poeta e romancista, Andrade
se envolveu pessoalmente em praticamente todas as disciplinas
relacionadas ao modernismo paulistano e se tornou o polímata
nacional do Brasil. As suas fotografias e ensaios sobre uma ampla
variedade de assuntos, da história à literatura e à música, foram
amplamente publicados.
Ele foi a força motriz por trás da Semana de Arte Moderna, o evento de 1922 que reformulou a literatura e as artes visuais
no Brasil, e um membro do vanguardista "Grupo dos Cinco". As ideias por
trás da semana foram exploradas no prefácio de sua coleção de poesia Pauliceia Desvairada e nos próprios poemas.
Depois de trabalhar como professor de música e colunista de jornal, publicou o seu grande romance, Macunaíma,
em 1928. Os trabalhos sobre música folclórica brasileira, poesia e
outras temáticas foram seguidos de maneira desigual, muitas vezes
interrompidos pela mudança na relação de Andrade com o governo
brasileiro. No final de sua vida, ele se tornou o diretor fundador do
Departamento de Cultura de São Paulo, formalizando um papel que exercia
há muito tempo como catalisador da entrada da cidade - e da nação - na
modernidade artística.
(...)
O projeto final de Andrade foi um longo poema chamado "Meditação
Sôbre o Tietê". O trabalho é denso e difícil, e foi descartado pelos
primeiros críticos como "sem sentido", embora trabalhos recentes tenham
sido mais entusiasmados. Um crítico, David T. Haberly, o comparou
favoravelmente ao Paterson, deWilliam Carlos Williams, um épico inacabado denso, mas influente, que usa uma construção composta. Como Paterson, é um poema sobre uma cidade; a "Meditação" está centrada no rio Tietê,
que corre por São Paulo. O poema é simultaneamente um resumo da
carreira de Andrade, comentando poemas escritos muito antes, e um poema
de amor dirigido ao rio e à própria cidade. Nos dois casos, o poema
sugere um contexto mais amplo: compara o rio ao Tejo, em Lisboa, e ao Sena, em Paris,
como se estivesse reivindicando uma posição internacional para Andrade
também. Ao mesmo tempo, o poema associa a voz de Andrade e o rio ao
banzeiro, palavra da tradição musical afro-brasileira: música que pode
unir homem e rio. O poema é a afirmação definitiva e final da ambição de Andrade e de seu nacionalismo.
Andrade morreu na sua casa em São Paulo, de um ataque cardíaco, em 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos. Dadas as suas divergências com a ditadura varguista, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. No entanto, a publicação de seus Poemas Completos,
em 1955, marcou o início da canonização
de Andrade como um dos heróis culturais do Brasil. Em 15 de fevereiro
de 1960, a biblioteca municipal de São Paulo foi renomeada para Biblioteca Mário de Andrade.
Chove? Sorri uma garoa de cinza, Muito triste, como um tristemente longo... A Casa Kosmos não tem impermeáveis em liquidação... Mas neste Largo do Arouche Posso abrir o meu guarda-chuva paradoxal, Este lírico plátano de rendas mar...
Ali em frente... - Mário, põe a máscara! -Tens razão, minha Loucura, tens razão. O rei de Tule jogou a taça ao mar...
Os homens passam encharcados... Os reflexos dos vultos curtos Mancham o petit-pavé... As rolas da Normal Esvoaçam entre os dedos da garoa... (E si pusesse um verso de Crisfal No De Profundis?...) De repente Um raio de Sol arisco Risca o chuvisco ao meio.
John Lennon ganhou notoriedade mundial como um dos fundadores do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com Paul McCartney o que seria uma das melhores e mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney. John Lennon foi casado com Cynthia Powell, e com ela teve o filho Julian. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono. Em 1968, Lennon e Yoko produziram um álbum experimental, Unfinished Music No.1: Two Virgins,
que causou controvérsia por apresentar o casal nu, de frente e de
costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko
iniciariam uma parceria artística e amorosa. Cynthia Powell pediu o
divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 1969,
o casal se casou numa cerimónia privada em Gibraltar. Usaram a
repercussão de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado
de "Bed in",
ou "John e Yoko na cama pela paz", como um resultado prático de sua
lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amesterdão. No final do mesmo
ano, Lennon comunicou aos seus parceiros de banda que estava deixando
os Beatles. Ainda no mesmo período, Lennon devolveu a sua medalha de Membro do Império Britânico à Rainha Elizabeth, como uma forma de protesto contra o apoio do Reino Unido à guerra do Vietname, o envolvimento do Reino Unido no conflito de Biafra e "as fracas vendas de Cold Turkey nas paradas de sucesso britânicas".
Em 10 de abril de 1970,
Paul McCartney anunciou oficialmente o fim dos Beatles. Antes disso,
John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, Life with lions e Wedding album. Também lançara o compacto "Cold Turkey" e o disco ao vivo Live peace in Toronto, creditados à banda Plastic Ono Band, com a participação de Eric Clapton. No final do ano, sai o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.
Durante a década de 70, John e Yoko envolveram-se em vários eventos
políticos, como promoção à paz, pelos direitos das mulheres e
trabalhadores e também exigindo o fim da Guerra do Vietname. O seu
envolvimento com líderes da extrema-esquerda norte-americana, com Jerry
Rubin, Abbie Hoffman e John Sinclair, além do seu apoio formal ao Partido dos Panteras Negras,
deu início a uma perseguição ilegal do governo Nixon ao casal. A
pedido do Governo, a imigração deu início a um processo de extradição
de John Lennon dos EUA, que durou cerca de três anos, período em que
John ficou separado de Yoko Ono por 18 meses, entre 1973 e 1975.
Após reconciliar-se com Yoko, vencer o processo de imigração e conseguir o Green Card,
Lennon decidiu afastar-se da música para dedicar-se à criação de seu
filho Sean Taro Ono Lennon, nascido no mesmo dia de seu aniversário,
em 1975. O casal voltou aos estúdios em 1980, para gravar um novo álbum, Double Fantasy, lançado em novembro. Era como um recomeço. Porém, a 8 de dezembro do mesmo ano, John foi assassinado, em Nova York, por Mark David Chapman, quando regressava do estúdio de gravação, com a mulher.
Recentemente, em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone o 5º melhor cantor de todos os tempos e o o 55º melhor guitarrista de todos os tempos, pela mesma revista norte-americana.
A sua sonoridade agressiva no instrumento influenciou várias gerações
de baixistas, levando-o a ser definido como "o maior baixista da
história do rock" por publicações como Greenwich Time e The Ledger.
A base de seu instrumento era alcançada através da utilização de linhas pentatónicas
e um som agudo pouco comum, alcançado através da utilização de cordas
de aço RotoSound. Entwistle possuía uma coleção de mais de 200 instrumentos, refletindo as diferentes marcas que utilizou durante sua carreira: baixos Fender e Rickenbacker nos anos 60, Gibson e Alembic nos anos 70, Warwick nos anos 80 e baixos Status de fibra de carbono nos anos 90.
John Entwistle morreu em Las Vegas no dia 27 de junho de 2002, um dia antes do início de mais uma turnê norte-americana dos The Who.
O legista determinou que a sua morte foi devido a um ataque cardíaco provocado por uma quantidade não determinada de cocaína. Embora a quantidade no seu sangue fosse mínima, a droga fez com que as suas artérias coronárias
- já prejudicadas por um problema cardíaco não tratado - se
contraíssem, o que levou ao ataque cardíaco fatal. Entwistle, assim como
Townshend, lutou contra o vício do álcool e drogas durante a maior
parte da sua vida adulta.
Ao longo de 46 anos, a governar os Reinos de Portugal e dos Algarves, foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares
no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um
sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política
centralizadora foi articulada com importantes ações de fomento
económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis
ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e
organizou a exportação da produção excedente para outros países
europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1ºAlmirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.
Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso trovador, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca
na península Ibérica. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português
verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo.
Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução
de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados do seu avô, o Rei de Castela Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do atual Largo do Carmo, em Lisboa e por si transferida, pela primeira vez, para Coimbra, em 1308. Esta universidade, que foi transferida várias vezes entre as duas cidades, ficou definitivamente instalada em Coimbra em 1537, por ordem de D. João III.
Entre 1320 e 1324 houve uma guerra civil que opôs o rei ao futuro Afonso IV. Este julgava que o pai pretendia dar o trono a Afonso Sanches.
Nesta guerra, o rei contou com pouco apoio popular, pois nos últimos
anos de reinado deu grandes privilégios aos nobres. O infante contou com
o apoio dos concelhos. Apesar dos motivos da revolta, esta guerra foi
no fundo um conflito entre grandes e pequenos.
Dorme na tua glória, grande rei Poeta! Não acordes agora. A hora Não te merece. A pátria continua, Mas não parece A mesma que te viu a majestade. Dorme na eternidade Paciente De quem num areal Semeou um futuro Portugal, Confiado na graça da semente.
Em 26 de setembro de 2011, Welsh escreveu no Twitter: "Sonhei que morria em Chicago na próxima semana (ataque cardíaco enquanto dormia). Preciso escrever meu testamento hoje" (sic). Em 8 de outubro de 2011, Welsh foi encontrado morto num quarto de hotel em Chicago, com suspeita de overdose de heroína, levando a um ataque cardíaco.
Foi diretor da série de Ciências Naturais da revista Brotéria entre 1962 e 1979. Entre 1980 e 2002 dirigiu a Brotéria-Genética, instituída em 1980 como órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Genética, de que foi presidente entre 1978 e 1981.
No final dos anos setenta, e sem que abandonasse a sua atividade
científica, Luís Archer começou a dirigir os seus interesses
intelectuais para a Bioética, área em que desempenharia um papel pioneiro em Portugal. A sua obra concentrou-se em três grandes áreas: a reprodução humana artificial; a terapia génica; e o conhecimento do genoma humano e suas implicações éticas.
C. J. Ramone é o pseudónimo de Christopher Joseph Ward (Nova Iorque, 8 de outubro de 1965), é um músico norte-americano, conhecido como baixista da banda de punk rockRamones, na qual entrou em substituição de Dee Dee Ramone após a gravação de Brain Drain (1989) e onde ficou até o fim da banda, em 1996. Assim como o seu antecessor Dee Dee, CJ também atuou como vocalista em algumas músicas, vindo a gravar Strengh to Endure, Cretin Family e Main Man, entre outras, além de dizer One, two, three, four!
em shows da banda, para introduzir as músicas. Além disso, ficou
responsável por cantar todas as músicas que o seu antecessor cantava.
Farrell nasceu e viveu na ilha de Aruba, nas Antilhas,
até aos 16 anos. Terminada a escola, ele trabalhou como
um marinheiro durante 1 ano e 9 meses, viajando pelos oceanos até que se
estabeleceu na Noruega. Da Noruega viajou para a Holanda, onde
começou a trabalhar como DJ até encontrar melhores oportunidades na
Alemanha.
Na Alemanha trabalhou principalmente como DJ, até que o produtor Frank Farian
o selecionou para o seu recém-criado grupo Boney M.. Bobby tornar-se-ia
o único cantor masculino do grupo, apesar de Farian revelar, mais
tarde, que Bobby não contribuiu em quase nada para as suas músicas, sendo o
próprio Farian responsável pelas partes masculinas do vocal. Liz Mitchell alegou que apenas ela, Marcia Barrett
e Farian produziram o vocal das aclamadas músicas do grupo. Farrell,
entretanto, cantou e atuou ao vivo em várias das apresentações,
inclusive na formação completa do grupo.
Ele também apareceu como dançarino, no ano de 2005, no videoclipe "Turn on the Music" de Roger Sanchez.
Weaver rose to prominence for playing Ellen Ripley in the science fiction film Alien (1979), which earned her a nomination for the BAFTA Award for Most Promising Newcomer. She reprised the role with a critically acclaimed performance in Aliens (1986), for which she received her first Academy Award nomination. She returned to the role in two more sequels: Alien 3 (1992) and Alien Resurrection (1997). The character is regarded as a significant female protagonist in cinema history. Her other franchise roles include Dana Barrett in Ghostbusters (1984), Ghostbusters II (1989), Ghostbusters (2016), and Ghostbusters: Afterlife (2021), and Dr. Grace Augustine in Avatar (2009) - which remained the highest-grossing film of all time for a decade - and its multiple sequels
scheduled to be released throughout the 2020s. Although Dr. Augustine
died in the first film, Weaver has been retained to portray a different
character via motion capture in upcoming installations. Her work in the Broadway play Hurlyburly (1984) earned her a Tony Award nomination.
Vítor Damas foi um dos melhores guarda-redes portugueses de sempre. Entre 1966/67 e 1974/75 representou o Sporting, clube do qual era adepto confesso. Transferiu-se depois para a equipa espanhola do Racing de Santander,
onde jogou entre 1975/76 e 1979/80, tendo sido por uma vez
considerado o melhor estrangeiro a jogar em Espanha. Voltou a Portugal
para jogar pelo Vitória de Guimarães, entre 1980/81 e 1982/83, e no Portimonense, em 1983/84. Regressou ao seu clube do coração, o Sporting, entre 1984/85 e 1988/89, onde naturalmente terminou a sua carreira.
Damas jogou 29 vezes pela equipa nacional, tendo-se estreado a 6 de abril de 1969 e fazendo o último jogo pela seleção em 11 de julho de 1986, tendo a sua carreira na seleção comprometida pelos anos passados em Espanha. Foi reservista durante o Campeonato da Europa de 1984 e jogou no Campeonato do Mundo de 1986, substituindo Manuel Bento, quanto este fraturou uma perna.
NOTA: uma das balizas do Estádio de Alvalade chama-se, naturalmente, Vítor Damas. Este jogador divide, com Azevedo e Carvalho,
o lugar de melhor guarda-redes de sempre de Portugal e foi o 2º mais
utilizado de sempre, a seguir a Hilário, na equipa principal do
Sporting. Foi o guarda-redes de Sporting no derby mais desnivelado de sempre - o 7 a 1 ao Benfica no antigo Estádio José de Alvalade - ver AQUI.
No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.
É a figura mais representativa da cidade e visto como o herói local, tinha como marca familiar o meio-sarilho. Era pescador sardinheiro. Nasceu na Rua dos Ferreiros e faleceu na sua casa na Rua de Poça da Barca (expansão da Rua da Areia), hoje denominada Rua 31 de janeiro. Aquando da sua morte, as câmaras da Póvoa de Varzim e Esposende lançaram votos de pesar.
Galardoado com a mais alta condecoração do Estado, o Colar de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e a medalha de ouro da Real Sociedade Humanitária do Porto, colocadas pessoalmente pelo Rei D. Luís I pelas vidas que salvou no mar da Póvoa de Varzim.
Contam as gentes da Póvoa que quando Sua Alteza o condecorou, o Cego do Maio
retribuiu o seu presente com um punhado de conchinhas, dizendo: "Tome
lá, ó Ti' Rei, uns beijinhos para as suas criancinhas brincarem!".
O meio-sarilho, que provem do sarilho, utensílio com que se faziam meadas de lã ou linho, sigla poveira do Cego do Maio
O Grande Incêndio de Chicago foi um incêndio de grandes proporções que ocorreu na cidade americana de Chicago de 8 a 10 de outubro de 1871. O incêndio matou aproximadamente 300 pessoas, destruiu cerca de 9 km2 da cidade e deixou mais de 100.000 residentes sem casa.
Começou num bairro a sudoeste do centro da cidade. Um longo período
de condições ventosas, quentes e secas, e a construção de madeira
predominante na cidade, levaram a catástrofe. O fogo atingiu o braço sul
do rio Chicago e destruiu grande parte do centro de Chicago e, em seguida, atingiu o braço principal do rio, consumindo o lado norte próximo.
Muita ajuda fluiu para a cidade de localidades próximas e de
longínquas após o incêndio. O governo da cidade melhorou os códigos de
construção para impedir a rápida propagação de futuros incêndios e
reconstruiu rapidamente para esses padrões mais elevados.