sexta-feira, março 05, 2021

Eddy Grant - 73 anos!

    
Eddy Grant ou Edmond Montague Grant (Plaisance, 5 de março de 1948) é um músico da Guiana. Quando era muito jovem, os seus pais emigraram para o Reino Unido, onde ele se estabeleceu. Em 1968, como guitarrista e compositor do grupo multi-racial The Equals, alcançou pela primeira vez o topo das paradas de sucesso, com a canção "Baby Come Back".
Muitas de suas composições têm forte cunho político, especialmente as que escreveu contra o apartheid da África do Sul. Entre essas canções, destaca-se "Gimme Hope Jo'anna" (em que Jo'anna se refere a Joanesburgo), que foi banida pelo regime daquele país.
Dois grandes sucessos seus são "Electric Avenue", e "I Don't Wanna Dance".
Eddy Grant é um dos poucos compositores provenientes da Guiana a alcançar sucesso mundial. Ficou também conhecido pelas suas atividades contra o regime do apartheid na África do Sul. Cantou juntamente com Kurt Darren nos noventa anos de Nelson Mandela (também ele um grande ativista) a canção "Gimme Hope Jo'anna", um dos seus temas mais conhecidos.
    
    

 


O maior carrasco do século XX, Estaline, morreu há 68 anos


Estaline com o ministro nazi Joachim von Ribbentrop no Kremlin, 1939

   

Josef Vissarionovitch Stalin (Gori, 18 de dezembro de 1879 - Moscovo, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili e conhecido como Estaline em língua portuguesa, foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até à sua morte, em 1953, sendo assim o líder da União Soviética neste período.
Sob a liderança de Estaline, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu o seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Estaline, Nikita Khrushchov, apresentou o seu discurso secreto, oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual se iniciou um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Estaline e do seu governo, alguns vendo-o como um ditador e tirano e outros como um líder habilidoso.
  
(...)
  
A Grande Purga
Em 1928 iniciou um programa de industrialização intensiva e de coletivização da agricultura soviética (plano quinquenal), impondo uma grande reorganização social e provocando a fome - genocídio na Ucrânia (Holodomor), em 1932 - 1933. Esta fome foi imposta ao povo ucraniano pelo regime soviético, tendo causado um mínimo de 4,5 milhões de mortes na Ucrânia, além de 3 milhões de vítimas noutras regiões da U.R.S.S. Nos anos 30 consolidou a sua posição através de uma política de modernização da indústria. Como arquitecto do sistema político soviético, criou uma poderosa estrutura militar e de policiamento. Mandou prender e deportar opositores, ao mesmo tempo que cultivava o culto da personalidade como arma ideológica.
A ação persecutória de Estaline, supõe-se, estendeu-se mesmo a território estrangeiro, uma vez que o assassinato de Leon Trótski, então exilado no México é-lhe creditado. Por mais providências que Trótski tomasse para proteger-se de agentes secretos, Ramón Mercader, membro do Partido dos Comunistas da Catalunha, foi para o México e conseguiu ganhar a confiança do dissidente, para executá-lo com um golpe de picareta. No momento do assassinato, Trótski escrevia uma biografia reveladora sobre Estaline. Esta seria uma das motivações para o crime, uma vez que o dirigente soviético desejava ocultar seu passado pré-revolucionário.
Desconfiando que as reformas económicas que implantara produziam descontentamento entre a população, Estaline dedicou-se, nos anos 30, a consolidar seu poder pessoal. Tratou de expulsar toda a oposição política. Se alguém lhe parecesse indesejável desse ponto de vista, ele se encarregava de desacreditá-lo perante a opinião pública.
Em 1934, Sergei Kirov, principal líder do Partido Comunista em Leningrado - e tido como sucessor presuntivo de Estaline - foi assassinado por um anónimo, Nikolaev, de forma até agora obscura; muitos consideram até hoje que Estaline não teria sido estranho a este assassinato. Seja como for, Estaline utilizou o assassinato como pretexto imediato para uma série de repressões que passaram para a história como a "Grande Purga". No dia 1 de dezembro de 2009 foi divulgado um diário de Nikolaev segundo ao qual se supôs que Nikolaev decidiu se vingar da sua demissão feita por Kirov do Instituto de História, e que o levou a ficar desempregado.
Estes deram-se no período entre 1934 e 1938 no qual Estaline concedeu tratamento duro a todos que lutassem contra o Estado soviético, ou mesmo supostos inimigos do Estado. Entre os alvos mais destacados dessa ação, estava o Exército Vermelho: parte de seus oficiais acima da patente de major foi presa, inclusive treze dos quinze generais-de-exército. Entre estes, Mikhail Tukhachevsky foi uma de suas mais famosas vítimas. Sofreu a acusação de ser agente do serviço secreto alemão. Com base em documentos entregues por Reinhard Heydrich, chefe do Serviço de Segurança das SS, Tukhachevsky foi executado, além de deportar muitos outros para a Sibéria. Com isso foi enfraquecido o comando militar soviético; ou seja, Estaline acreditou nas informações de Heydrich, e a sua atitude acabou debilitando a estrutura militar russa, que no entanto, conseguiu resistir ao ataque das tropas da Alemanha.
O principal instrumento de perseguição foi a NKVD. De acordo com Alan Bullock, o uso de espancamentos e tortura era comum, um facto francamente admitido por Khrushchev em seu famoso discurso posterior à morte de Estaline, onde ele citou uma circular de Estaline para os secretários regionais em 1939, confirmando que isto tinha sido autorizado pelo Comité Central em 1937.
  
Depurações
A condenação dos contra-revolucionários nos julgamentos de 1937-38 depois das depurações no Partido, exército e no aparelho estatal, tem raízes na história inicial do movimento revolucionário da Rússia.
Milhões de pessoas participaram no quê acreditavam ser uma batalha contra o czar e a burguesia. Ao ver que a vitória seria inevitável, muitas pessoas entraram para o partido. Entretanto nem todos haviam se tornado bolcheviques porque concordavam com o socialismo. A luta de classes era tal que muitas vezes não havia tempo nem possibilidades para pôr à prova os novos militantes. Até mesmo militantes de outros partidos inimigos dos bolcheviques foram aceites depois triunfo da revolução. Para uma parcela desses novos militantes foram dados cargos importantes no Partido, Estado e Forças Armadas, tudo dependendo da sua capacidade individual para conduzir a luta de classes.
Eram tempos muito difíceis para o jovem Estado soviético e a grande falta de comunistas, ou simplesmente de pessoas que soubessem ler, o Partido era obrigado a não fazer grandes exigências no que diz respeito à qualidade dos novos militantes. De todos estes problemas formou-se com o tempo uma contradição que dividiu o Partido em dois campos - de um lado os que queriam reduzir o socialismo para atuação de fortalecimento da URSS, ou seja, socialismo em um só país, por outro lado, aqueles que defendiam a ideia de que o socialismo deveria ser espalhado por todo o mundo e que a URSS não deveria se limitar a si própria. A origem destas últimas ideias vinha de Trótski, que foi caçado por Estaline após assumir o poder da URSS.
Trótski foi com o tempo obtendo apoio de alguns dos bolcheviques mais conhecidos. Esta oposição unida contra os ideais defendidas pelos marxistas-estalinistas, eram uma das alternativas na votação partidária sobre a política a seguir pelo Partido, realizada em 27 de dezembro de 1927. Antes desta votação foi realizada uma grande discussão durante vários anos e não houve dúvida quanto ao resultado. Dos 725.000 votos, a oposição só obteve 6.000 - ou seja, menos de 1% dos militantes do Partido apoiaram a oposição trotskista.
  
Deportações
Antes, durante e depois da Segunda Guerra, Estaline conduziu uma série de deportações em grande escala que acabaram por alterar o mapa étnico da União Soviética. Estima-se que entre 1941 e 1949 cerca de 3,3 milhões de pessoas foram deportadas para a Sibéria ou para repúblicas asiáticas. Separatismo, resistência/oposição ao governo soviético e colaboração com a invasão alemã eram alguns dos motivos oficiais para as deportações.
Durante o governo de Estaline os seguintes grupos étnicos foram completamente ou parcialmente deportados: ucranianos, polacos, coreanos, alemães, checos, lituanos, arménios, búlgaros, gregos, finlandeses, judeus entre outros. Os deportados eram transportados em condições espantosas, frequentemente em camiões de gado, milhares de deportados morriam no caminho. Aqueles que sobreviviam eram mandados a Campos de Trabalho Forçado.
Em fevereiro de 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, Nikita Khrushchov condenou as deportações promovidas por Estaline, no seu relatório secreto. Nesse momento começa a chamada desestalinização, que, de chofre, engloba todos os partidos comunistas do mundo. Na verdade, esta desestalinização foi a afirmação de que Estaline cometeu excessos graças ao culto à personalidade que fora promovido ao longo de sua carreira política. Para vários autores anticomunistas, teria sido somente neste sentido que teria havido desestalinização, porquanto o movimento comunista na URSS deu prosseguimento à prática estalinista sem a figura de Estaline. De fato, a desestalinização não alterou em nada o caráter unipartidário do estado soviético e o poder incontestado exercido pelo Partido e pelos seus órgãos de repressão, mas significou também o fim da repressão policial em massa (a internação maciça de presos políticos em campos de concentração sendo abandonada, muito embora os campos continuassem como parte do sistema penal, principalmente para presos comuns), a suspensão de grande parte das sentenças estalinistas e o retorno e reintegração à vida quotidiana de grande massa de presos políticos e deportados. A repressão política, muito embora tenha continuado, não atingiu jamais, durante o restante da história soviética, os níveis de violência do estalinismo, principalmente porque foi abandonada a prática das purgas internas em massa no Partido.
As deportações acabaram por influenciar o surgimento de movimentos separatistas nos estados bálticos, no Tartaristão e na Chechénia, até os dias de hoje.
   
Número de vítimas
Após a extinção do regime comunista na União Soviética, historiadores passaram a estimar que, excluindo os que morreram por fome, entre 4-10 milhões de pessoas morreram sob o regime de Estaline. O escritor russo Vadim Erlikman, por exemplo, faz as seguintes estimativas:
Quantidade de pessoas Razão da morte
1,5 milhão Execução
5 milhões Gulags
1,7 milhão Deportados¹
1 milhão Países ocupados²
¹ Erlikman estima um total de 7,5 milhões de deportados
² Diz respeito aos mortos civis durante a ocupação russa

Este total estimado de 9 milhões, para alguns pesquisadores, deve ainda ser somado a 6-8 milhões dos mortos na fome soviética de 1932-1933, episódios também conhecidos como Holodomor. Existe controvérsia entre historiadores a respeito desta fome ter sido ou não provocada deliberadamente por Stalin para suprimir opositores de seu regime. Muitos argumentam que a fome ocorreu por questões circunstanciais não desejadas por Estaline ou que foi uma consequência acidental de uma tentativa de forçar a coletivização naquelas áreas afetadas pela fome. Todavia, também existem argumentos no sentido contrário, de que a fome foi sim provocada por Estaline. Para a última corrente, uma prova de que a fome foi provocada seria o facto de que a exportação de cereais da União Soviética para a Alemanha Nazi aumentou consideravelmente no ano de 1933, o que provaria que havia alimento disponível. Esta versão da história é retratada pelo documentário The Soviet Story.
Sendo assim, se o número de vítimas da fome for incluído, chega-se a um número mínimo de 10 milhões de mortes (mínimo de 4 milhões de mortos por fome e mínimo de 6 milhões de mortos pelas demais causas expostas). No entanto, Steven Rosefielde tem como mais provável o número de 20 milhões de mortos, Simon Sebag Montefiores sugere número um pouco acima de 20 milhões, no que é acompanhado por Dmitri Volkogonov (autor de Estaline: Triunfo e Tragédia), Alexander Nikolaevich Yakovlev, Stéphane Courtois e Norman Naimark. O pesquisador Robert Conquest recentemente reviu a sua estimativa original de 30 milhões de vítimas para cerca de 20 milhões, afirmando ainda ser muitíssimo pouco provável qualquer número abaixo de 15 milhões de vidas ceifadas pelo regime de Estaline.
 
(...)
  
Morte
Na manhã de 1 de março de 1953, depois de um jantar que durou a noite toda, e ter visto um filme, Estaline chegou à sua casa em Kuntsevo, a 15 km a oeste do centro de Moscovo, com o Ministro do Interior, Lavrentiy Beria, e os futuros ministros Georgy Malenkov, Nikolai Bulganin e Nikita Khrushchev, retirando-se para o quarto para dormir. À tarde, Estaline não saiu do quarto.
Embora os seus guardas estranhassem que não se levantasse à hora usual, tinham ordens estritas para não o perturbar e deixaram-no sozinho o dia inteiro. Cerca das 22.00 horas Peter Lozgachev, o comandante de Kuntsevo, entrou no quarto e viu Estaline caído de costas no chão, perto da cama, ainda com o pijama e ensopado em urina. Assustado, Lozgachev perguntou a Estaline o que aconteceu, mas só obteve respostas ininteligíveis. Lozgachev usou o telefone do quarto para chamar oficiais, dizendo-lhes que Estaline tinha tido um ataque e pedia que mandassem doutores para a residência de Kuntsevo imediatamente. Lavrentiy Beria foi informado e chegou algumas horas depois, mas os doutores só chegaram no início da manhã de 2 de março, mudando as roupas da cama e deitando-o. O acamado líder morreu quatro dias depois, a 5 de março de 1953. Estaline morreu de hemorragia cerebral (derrame), em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas, com 74 anos de idade, sendo embalsamado a 9 de março. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Estaline morreu de causas naturais.
 
  
(imagem daqui)
   

quinta-feira, março 04, 2021

Glenn Hughes, dos Village People, morreu há vinte anos


Glenn M. Hughes (Nova Iorque, 18 de julho de 1950 – Nova Iorque, 4 de março de 2001) era o integrante do grupo Village People que interpretava o motociclista. Morreu no seu apartamento em Manhattan, aos 50 anos de idade, em março de 2001, vítima de cancro nos pulmões. 

 

A partir da esquerda: Randy Jones, Glenn Hughes, Felipe Rose, Victor Willis, David Hodo e Alex Briley (1978)

 

in Wikipédia

 


Alfredo Bensaúde nasceu há 165 anos

Busto de Alfredo Bensaúde, esculpido por António Duarte - Instituto Superior Técnico

 

Alfredo Bensaúde (Ponta Delgada, 4 de março de 1856 - Ponta Delgada, 1 de janeiro de 1941) foi um mineralogista, engenheiro e professor universitário de ciências geológicas, reformador do ensino tecnológico em Portugal no início do século XX. Foi o fundador e primeiro director do Instituto Superior Técnico (IST) em Lisboa.  


Biografia

Nasceu em Ponta Delgada, primeiro filho de José Bensaude (1835-1922), importante e culto industrial açoriano de origem judaica e de Raquel Bensliman (1836-1934). Foi irmão de Joaquim Bensaude (1859-1952), destacado historiador dos Descobrimentos Portugueses e de Raul Bensaude, famoso médico em Paris.

Depois de fazer os seus estudos preparatórios em Ponta Delgada, aos 15 anos de idade foi enviado pelo pai para a Alemanha, a fim de se educar nesse país e onde prosseguiu os estudos. Começou por frequentar as classes preparatórias da Escola Técnica Superior de Hanôver, em Hanôver, passando, depois, para o curso de Engenharia na Escola de Minas de Clausthal, em Clausthal, hoje Clausthal-Zellerfeld, obtendo o grau de Engenheiro de Minas em 1878.

Permaneceu na Alemanha, prosseguindo e terminando os seus estudos na Georg-August-Universität Göttingen, em Göttingen, onde, em 1881, obteve o grau de Doutor em Filosofia na especialidade de Mineralogia. No ano seguinte, em 1882, premiou a mesma Universidade uma memória sua. A sua dissertação versa a cristalografia do mineral perovskite, então descoberto na Rússia e foi premiada e publicada pelo Governo Alemão.

A partir de 1884 fixou-se em Lisboa, sendo nomeado Professor de Mineralogia e Geologia no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, função que exerceu seguidamente. Imbuído dos métodos práticos com que estudara na Alemanha, introduziu os métodos laboratoriais de ensino, revolucionando a forma de ensino das disciplinas que regia. Foi o introdutor em Portugal do ensino da Cristalografia e das modernas técnicas de Petrografia.

Após a Implantação da República Portuguesa, em 1910, foi convidado e confiou-lhe o Dr. Manuel de Brito Camacho, Ministro do Fomento do Governo Provisório, o encargo de instalar, dirigir e reformar o Instituto Superior Técnico, de que foi Professor e o primeiro Director, empreendimento que levou a cabo de maneira muito notável, tendo a oportunidade de renovar também nestas funções os métodos de ensino da Engenharia em Portugal e o pessoal docente. Dirigiu a instituição desde a sua fundação em 1911 até 1922, ano em que se retirou para Ponta Delgada, onde, aquando e devido ao falecimento de seu pai, lhe coube a missão de lhe suceder e de assumir a administração da empresa industrial que este havia fundado na ilha de São Miguel.

Residindo em Ponta Delgada, mas de onde se ausentava com frequência em visitas ao estrangeiro, manteve a sua actividade intelectual, colaborando com diversas instituições locais e dedicando-se ao estudo da mineralogia açoriana. Neste período descreveu a açorite, um mineral aparentado com o zircónio comum nas rochas vulcânicas.

Alfredo Bensaude foi admitido como Sócio Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa em 1893 e como sócio efectivo em 1911. Em 1929 foi declarado Académico Emérito.

Publicou múltiplos artigos sobre assuntos da sua especialidade e trabalhos sobre reforma pedagógica do ensino das ciências naturais e da engenharia. Algumas das suas obras são marcos importantes no património pedagógico de Portugal, entre elas as Notas Histórico-Pedagógicas sobre o Instituto Superior Técnico (1922), onde criticou inúmeras deficiências do ensino técnico em sobre os cursos de engenharia, propondo uma reestruturação pedagógica profunda, com destaque para o aumento do número de laboratórios. Tentou provar que a associação da teoria a prática era importante até mesmo aos cursos de Arquitectura. Foi o responsável pelo surgimento das primeiras disciplinas que envolviam técnicas de desenho.

Entre os seus trabalhos, contam-se, além da Tese de Doutoramento e memória laureada pela Universidade, Relatórios sôbre vários jazigos minerais de Portugal, notícias várias sobre mineralogia, publicadas em revistas Alemãs, Francesas e Portuguesas, uma monografia sobre o diamante na revista portuense da Sociedade Carlos Ribeiro, precursora da "Portugália", de Ricardo Severo, um estudo sobre o Ensino Tecnológico, de 1892, cujas ideias pôs em prática quando tomou a Direcção do Instituto Superior Técnico: Études sur le séisme du Ribatejo du 23 Avril 1909, em colaboração com Paulo Choffat e impresso pela Comissão dos Trabalhos Geológicos de Portugal.

Paralelamente à sua actividade científica e empresarial, teve como hobby a construção e restauro de violinos. A paixão pelos violinos terá surgido quando assistiu em Hanôver à repetição das experiências de acústica do médico e físico francês Félix Savart (1791-1841). Construiu o seu primeiro violino em 1874, ano em que frequentou a oficina, em Hanover, do construtor de violinos dinamarquês Jacob Eritzoe, que fora durante muitos anos contramestre da oficina de August Riechers, em Berlin. Chegou a interromper os estudos no ano lectivo de 1874/1875 para aprender a arte de construir violinos. Os seus instrumentos eram simétricos na curvatura dos tampos e no contorno da costilha, diferente dos tradicionais, aos quais aplicava verniz de composição sua, com elasticidade, transparência e brilho característicos. Entre os seus trabalhos nesta área, contam-se: Uma concepção evolucionista da música e As canções de F. Schubert, ambas de 1905.

Escreveu, ainda, a biografia de seu pai, Vida de José Bensaude, de 1936.

A 6 de novembro de 1929 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 14 de novembro de 1936 foi feito Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.

Em sua homenagem, foi criado o Museu Alfredo Bensaúde, no Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos do Instituto Superior Técnico e foi dado o seu nome à Avenida Doutor Alfredo Bensaude, em Santa Maria dos Olivais, Lisboa.

Casou com Jane Oulman Bensaude (1862-1938), autora de livros didácticos e infantis. Foi pai da bióloga Matilde Bensaude (1890-1969).

 

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Christian Leopold von Buch, importante geólogo alemão, morreu há 168 anos

 
Christian Leopold Freiherr von Buch (Stolpe an der Oder, 26 de abril de 1774 - Berlim, 4 de março de 1853) foi um geólogo e paleontólogo alemão, considerado como um dos mais importantes contribuidores para o progresso da Geologia na primeira metade do século XIX.
Von Buch estudou com Alexander von Humboldt e Abraham Gottlob Werner e viajou muito depois. O seu interesse científico era voltado para um largo espectro de tópicos geológicos: vulcanismo, fósseis, estratigrafia, etc. O seu feito mais lembrado foi a definição científica do sistema jurássico.
A Sociedade Geológica Alemã (Deutsche Gesellschaft für Geowissenschaften) nomeou o seu prémio anual de Leopold-von-Buch-Plakette em sua homenagem.
Foi laureado com a Medalha Wollaston de 1842, concedida pela Sociedade Geológica de Londres.
 

Abraham Lincoln assumiu a presidência dos Estados Unidos há 160 anos

      
Abraham Lincoln (Hodgenville, 12 de fevereiro de 1809Washington, 15 de abril de 1865) foi um político norte-americano, 16° presidente dos Estados Unidos de 4 de março de 1861 até ao seu assassinato, em 15 de abril de 1865.
Liderou o país de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra de Secessão, preservando a União e abolindo a escravidão. Antes de sua eleição em 1860 como o primeiro presidente Republicano, Lincoln actuou como advogado de condado, legislador pelo estado de Illinois, membro da Câmara dos Representantes e duas vezes candidato derrotado ao Senado dos Estados Unidos. Oponente declarado à expansão da escravidão nos Estados Unidos, Lincoln venceu a pré-candidatura do Partido Republicano em 1860, sendo eleito presidente no final do mesmo ano. Grande parte de seu mandato foi dedicado ao combate aos separatistas dos Estados Confederados da América durante a Guerra da Secessão. Ele introduziu medidas que levaram à abolição da escravidão, promulgando a Proclamação de Emancipação em 1863 e promovendo a aprovação da Décima terceira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.
Lincoln supervisionou ostensivamente os esforços vitoriosos de guerra, especialmente na selecção dos melhores generais, como Ulysses S. Grant. Historiadores concluíram que ele conseguiu se sobrepor às diversas facções do Partido Republicano, negociando a cooperação dos líderes de cada uma delas pessoalmente em seu gabinete. Sob sua liderança, a União obteve controle dos estados escravocratas de fronteira durante a guerra, ao mesmo tempo em que ele conseguia se reeleger na eleição presidencial de 1864.
Opositores políticos e outros oponentes à guerra criticaram Lincoln por se recusar a chegar a um denominador comum na questão da escravidão. Por outro lado, os Republicanos Radicais, uma facção abolicionista do Partido Republicano, o criticou pelo avanço lento na abolição da escravatura. Mesmo com esses adversários, Lincoln conseguiu conquistar a opinião pública através de sua retórica e discursos; o seu Discurso de Gettysburg, de 1863, tornou-se um símbolo icónico dos deveres de sua nação. Nas etapas finais da guerra, Lincoln tinha uma visão moderada da Reconstrução, procurando reunir o seu país de forma mais rápida através de uma política generosa de reconciliação.
Seis dias após a rendição em larga escala das forças confederadas sob o comando do General Robert E. Lee, Lincoln tornou-se o primeiro Presidente dos Estados Unidos a ser assassinado.
   

O Lago dos Cisnes foi estreado há uma grosa de anos

  
O Lago dos Cisnes é um ballet dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. A sua estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscovo no dia 4 de março de 1877, sendo um fracasso, não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O ballet foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor começou logo a escrever.

 

Música adequada à data...!

Saladino morreu há 828 anos

  
Nácer Salá Adim Iúçufe ibne Aiube (Tikrit, circa1138 - Damasco, 4 de março de 1193), melhor conhecido como Saladino (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, o seu domínio se estendia pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iémem e pelo Hejaz. Foi responsável por reconquistar Jerusalém ao Reino de Jerusalém, após a sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época pela sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o cerco de Kerak em Moabe, e apesar de ser a némesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

Miriam Makeba, a Mama Africa, nasceu há 89 anos

 
Zenzile Miriam Makeba
(Joanesburgo, 4 de março de 1932 - Castel Volturno, 10 de novembro de 2008) foi uma cantora sul-africana também conhecida como "Mama África" e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal.
       

  


 

Miriam Makeba - Mbube

Njalo Ekuseni Uya Waletha Amathamsanqa
Yebo!
Amathamsanqa


Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube

Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube


Uyimbube
Uyimbube Mama We

He! He! He! He!
Uyimbube Mama

We We We We We We
Uyimbube
Uyimbube

Kusukela Kudala Kuloku Kuthiwa
Uyimbube
Uyimbube Mama



Nota: tradução de zulu para inglês:

Every Morning You Bring Us Good Luck
Yes!
Good Luck


Lion
You're A Lion
You're A Lion
You're A Lion

Lion
You're A Lion
You're A Lion
You're A Lion


You're A Lion
You're A Lion, Mama!

Hey! Hey! Hey! Hey!
You're A Lion, Mama

Oh Oh Oh Oh Oh Oh
You're A Lion
You're A Lion

Long, Long Ago People Used To Say
You're A Lion
You're A Lion, Mama 

Chris Squire, o falecido baixista dos Yes, nasceu há 73 anos

  
Christopher Russell Edward Squire, conhecido como Chris Squire (Londres, 4 de março de 1948 - Phoenix, 27 de junho de 2015) foi um músico britânico, famoso pelo seu trabalho como baixista da banda de rock progressivo Yes, da qual foi co-fundador e o único membro constante em todas as formações.
O estilo do baixo de Squire era melódico, dinâmico e agressivo, a sua marca pessoal. Ele usava caracteristicamente o baixo Rickenbacker 4001, que, com os seus ajustes pessoais, gerava um timbre inconfundível. Squire foi considerado o 18º melhor baixista do milénio numa lista divulgada pela revista Guitar há poucos anos.
Em maio de 2015 foi-lhe diagnosticada leucemia e por isso afastou-se das atividades dos Yes para fazer tratamento. Em 28 de junho de 2015, o teclista Geoff Downes postou na sua conta de Twitter que Squire falecera de complicações decorrentes da doença.
 

 


Lucio Dalla nasceu há 78 anos

 
Era também teclista e clarinetista, sendo um dos mais célebres cantautores italianos, considerando que a sua carreira ultrapassou 50 anos de atividade artística.
Músico cuja formação foi ao som de jazz, reconhecido então como autor de suas canções já numa fase madura, toca como clarinetista e saxofonista, e às vezes como teclista. A sua produção musical atravessou muitas fases, desde a estação beat à experimentação rítmica e musical, até à canção de autor, indo além do limite das letras e canções italianas.
Morreu aos 68 anos, vítima de um enfarte.
  
   

O músico Chris Rea faz hoje setenta anos


Christopher Anton Rea, mais conhecido como Chris Rea (Middlesbrough, 4 de março de 1951) é um cantor da Inglaterra, vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo.

Alguns dos seus maiores sucessos são On The Beach, Josephine, Looking for the Summer, Julia, Auberge e Road to Hell


in Wikipédia



Henrique, o Infante de Sagres, nasceu há 627 anos

Possível representação do Infante de Sagres num dos Painéis de São Vicente de Fora
     
O Infante D. Henrique de Avis, 1.º Duque de Viseu e 1.º senhor da Covilhã (Porto, 4 de março de 1394Sagres, 13 de novembro de 1460), foi um infante português e a mais importante figura do início da era das descobertas, popularmente conhecido como Infante de Sagres ou O Navegador.
   
Brasão do Infante D. Henrique
      

Umberto Tozzi - 69 anos

 
Umberto Tozzi (Turim, 4 de março de 1952) é um cantor, compositor, filosofo, poeta, dramaturgo e produtor musical italiano de Rock Opera. Com mais de 80 milhões de álbuns vendidos, é um dos cantores italianos mais famosos de todo o mundo juntamente com seu maior parceiro musical, Marco Masini.
  

  


O pintor inglês William Dobson nasceu há 410 anos

Autorretrato

 

William Dobson, (Londres, 4 de março de 1611 - Londres, 28 de outubro de 1646) foi um retratista e um dos primeiros pintores notáveis ingleses, elogiado pelo seu contemporâneo John Aubrey como "o melhor pintor que a Inglaterra já criou".

 

O príncipe de Gales, futuro Carlos II

  

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O ditador Mugabe ganhou as eleições que o levaram ao poder há 41 anos

Robert Gabriel Mugabe (Harare, 21 February 1924Gleneagles Hospital, Singapore, 6 September 2019) was a Zimbabwean revolutionary and politician who served as Prime Minister of Zimbabwe from 1980 to 1987 and then as President from 1987 to 2017. He served as Leader of the Zimbabwe African National Union (ZANU) from 1975 to 1980 and led its successor political party, the ZANU – Patriotic Front (ZANU–PF), from 1980 to 2017. Ideologically an African nationalist, during the 1970s and 1980s he identified as a Marxist–Leninist, and as a socialist after the 1990s.
Robert Mugabe rose to prominence in the 1960s as the Secretary General of ZANU during the conflict against the conservative white minority government of Rhodesia. Mugabe was a political prisoner in Rhodesia for more than 10 years between 1964 and 1974. Upon release Mugabe, along with Edgar Tekere, left Rhodesia in 1975 to re-join the fight during the Rhodesian Bush War from bases in Mozambique.
At the end of the war in 1979, Mugabe emerged as a hero in the minds of many Africans. He won the general elections of 1980 after calling for reconciliation between the former belligerents, including white Zimbabweans and rival political parties, and thereby became Prime Minister on Zimbabwe's independence in April 1980.

 



Vivaldi nasceu há 343 anos

   
Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 - Viena, 28 de julho de 1741) foi um grande compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il prete rosso ("o padre ruivo") por ser um sacerdote católico de cabelos ruivos. Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo reconhecido popularmente como o autor da série de concertos para violino e orquestra Le quattro stagioni ("As Quatro Estações").
Filho de Camilla Calicchio e Giovanni Battista Vivaldi, era o mais velho de sete irmãos. O seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um virtuoso), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar os seus conhecimentos musicais e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo. Em 1703, Vivaldi tornou-se padre. Em 1704, foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde frágil (aparentemente sofreria de asma), tendo-se voltado para o ensino de violino num orfanato de raparigas chamado Ospedale della Pietà em Veneza. Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas. Em 1705 a primeira colecção (raccolta) dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. No orfanato, desempenhou diversos cargos interrompidos apenas pelas suas muitas viagens. Em 1712 compôs o "Estro armonico", uma coleção de 12 concertos que repercutiu em toda a Europa e mais tarde teve seis obras transcritas por Bach, em 1713, tornou-se responsável pelas actividades musicais da instituição. Em paralelo com as suas atividades sacras, Vivaldi obteve permissão para apresentar no teatro de Santo Ângelo as suas primeiras óperas e alguns concertos: "Outtone in villa" e "Orlando Furioso" e entre outros concertos, "La Stravaganza". Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", a sua obra mais conhecida.
Apesar do seu estatuto de sacerdote teve vários casos amorosos, um dos quais com uma de suas alunas, a cantora Anna Giraud, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante. Este negócio causou-lhe alguns dissabores com outros músicos, como Benedetto Marcello, que terá escrito um panfleto contra ele.
Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou a sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena. As razões da partida de Vivaldi para essa cidade não são claras, mas parece provável que terá querido conhecer Carlos VI, que adorava as suas composições (Vivaldi dedicou La Cetra a Carlos em 1727), e assumiu a posição de compositor real na Corte Imperial. Contudo, pouco depois da sua chegada a Viena, Carlos VI viria a morrer. Este trágico golpe de azar deixou o compositor desprovido da protecção real e de fonte de rendimentos. Vivaldi teve que vender mais manuscritos para sobreviver. Faleceu pouco tempo depois, no dia 28 de julho de 1741. Encontra-se sepultado na Universidade Tecnológica de Viena, Viena na Áustria. Foi-lhe dada sepultura anónima de pobre (a missa de Requiem na qual o jovem Joseph Haydn terá cantado, no coro). Igualmente desafortunada, a sua música viria a cair na obscuridade até ao início do século XX.