O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Nascido na pequena aldeia de Kukarka (atual Sovietsk, no Óblast de Kirov), Molotov era filho de um pequeno comerciante judeu, e foi educado numa escola secundária em Kazan, onde se juntou à facção bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo, em 1906. Adotou o pseudónimo de Molotov (do russo molot, "martelo"). Foi preso em 1909 e passou dois anos no exílio na Sibéria. Em 1911 se inscreveu na Universidade Politécnica de São Petersburgo, e tornou-se um dos editores do Pravda, o jornal bolchevique clandestino do qual Estaline também era editor. Em 1913 Molotov foi preso novamente, e deportado para Irkutsk, de onde escapou em 1915 e regressou à capital. Em 1920 ingressou no Comité Central do PCUS, foi dirigente da Internacional Socialista no período 1928-1934.
Na qualidade de membro do Politburo, foi responsável pela campanha de requisições das colheitas na Ucrânia, causando a fome-genocídio de 1932-1933, o Holodomor. Sendo um dos principais colaboradores de Estaline, foi Ministro de Relações Exteriores da URSS no período 1939-1949 e 1953-1956. Em 1957, foi afastado da direção do Partido por Nikita Khrushchov, em virtude da sua oposição à "desestalinização" e nomeado embaixador na Mongólia, cargo que exerceu entre 1957 e 1960 tendo logo após sido indicado para chefiar a representação da URSS na Organização Internacional de Energia Atómica, sediada em Viena, tendo permanecido neste cargo até 1962, até ser excluído do Partido Comunista. Foi readmitido no Partido em 1984.
O seu nome tornou-se célebre pela popularidade do Cocktail Molotov, arma química artesanal incendiária muito utilizada em guerrilhas e manifestações urbanas, batizada humoristicamente com o seu nome.
Mas a sua mais relevante participação na história mundial foi a assinatura do Tratado Molotov-Ribbentrop, o pacto de não-agressão firmado entre a União Soviética e a Alemanha Nazi em 1939. O tratado perdurou até o dia 22 de junho de 1941, quando Adolf Hitler quebrou o pacto, ordenando a invasão do território soviético na chamada Operação Barbarossa.
Soldado finlandês com um Cocktail Molotov durante a Guerra de Inverno
O Cocktail Molotov é uma arma química incendiária geralmente utilizada em protestos e guerrilhas urbanas.
A sua composição inclui uma mistura líquida inflamável e perigosa ao ser transportada, como petróleo, gasolina, ácido sulfúrico, clorato de potássio, álcool e éter etílico, misturados no interior de uma garrafa de vidro, e pano embebido do mesmo combustível na mistura dum pavio.
O pavio pode ser desnecessário, dependendo da mistura se for arremessado
sobre o alvo, devido à composição química no interior e à faísca
produzida no choque da garrafa ao se arremessar contra o alvo.
O nome deriva do diplomata soviéticoVyacheslav Mikhailovich Molotov. Esse nome foi atribuído, por ironia, pelos finlandeses durante a invasão da Finlândia pela União Soviética, na Guerra de Inverno em 1939.
O então comissário de Relações Exteriores afirmou em programas de rádio
que os soviéticos não estavam a atirar bombas sobre os finlandeses, e
sim lhes fornecendo alimentos. Esses últimos passaram a chamar às suas bombas de cesto de pães de Molotov, e a denominar as suas bombas artesanais de "Cocktails Molotov".
Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro (Ponta Delgada, 7 de novembro de 1849 - Lisboa, 1 de agosto de 1907) foi um políticoportuguês de origem açoriana. O seu nome aparece por vezes grafado como Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro, Ernesto Rudolfo Hintze Ribeiro, Ernesto Rudolpho Hintze Ribeiro e Ernst Rudolf Hintze Ribeiro.
Distinto parlamentar e par do Reino, procurador-geral da Coroa,
ministro das obras públicas, das finanças e dos negócios estrangeiros e
líder incontestado do Partido Regenerador, por três vezes assumiu o cargo de Presidente do Conselho
(equivalente hoje ao lugar de primeiro-ministro). Foi um dos políticos
dominantes da fase final da Monarquia Constitucional, ocupando a
presidência do ministério mais tempo que qualquer outro naquele período.
A ele se devem importantes reformas, algumas das quais ainda perduram, tais como as autonomias insulares
(1895), o regime das farmácias e a criação do regime florestal (1901). O
Decreto de 24 de dezembro de 1901, que regula o regime florestal, ainda
está em vigor. Feito Conselheiro de Estado efectivo em 1891, recebeu
múltiplas condecorações, entre as quais a grã-cruz da Torre e Espada.
A insurreição bolchevique começou em 24 de outubro,
quando as forças contra-revolucionárias tomaram medidas modestas para
proteger o governo. O CMR enviou grupos armados para tomar as principais
agências telegráficas e baixar as pontes sobre o rio Neva. A ação foi
rápida e sem impedimentos.
Um comunicado declarando o fim do Governo Provisório e a transferência do poder para o Soviete de Petrogrado foi emitida pelo CMR às 10 horas de 25 de outubro – de facto escrito por Lenine. À tarde uma sessão extraordinária do Soviete de Petrogrado foi presidida por Trotsky.
Ela estava cheia de deputados bolcheviques e socialistas de esquerda. O
Segundo Congresso de Sovietes abriu naquela noite, escolhendo um Conselho de Comissários do Povo
composto por três mencheviques e 21 bolcheviques e socialistas de
esquerda, e que formaria a base de um novo governo. O Comité Executivo
do Soviete de Petrogrado rejeitou a decisão daquele congresso e convocou
os sovietes e o exército para defender a Revolução.
Na noite do dia 26 o Congresso aprovou o Decreto da Paz, propondo a retirada imediata da Rússia da Primeira Guerra Mundial, e o Decreto da Terra, que propunha a abolição da propriedade privada e a redistribuição de terras entre os camponeses.
As tentativas de tomada de poder dos bolcheviques tiveram sucesso na
maior parte da Rússia. Entretanto, o mesmo não se deu em regiões etnicamente diferentes, como na Ucrânia.
O conflito entre os bolcheviques e os vários grupos não-bolcheviques à
direita (czaristas, liberais, nacionalistas) e à esquerda (socialistas
democráticos e anarquistas) levaram à Guerra Civil Russa, que duraria até o final de 1922.
Mostrando desde cedo uma grande aptidão para o Fado, começou por cantar em festas de família e amigos. Depois que passou a atuar nos retiros de Fado tornar-se-ia a ser conhecida a sua expressão artística, ganhando muitos admiradores autênticos, entre eles, vários conhecedores do Fado. Em 1939 grava o seu primeiro álbum O Fado dos Cinco Estilos, o seu primeiro single. Um ano antes já a Emissora Nacional convidara Maria Teresa a atuar, tendo sido acompanhada pelo guitarrista Fernando Freitas e pelo violista Abel Negrão, numa apresentação aos ouvintes feita por D. João da Câmara. O êxito obtido levou-a a iniciar o programa semanal Fados e Guitarradas, que foi um substituto do programa de fados Retiro da Severa e esteve no ar 23 anos seguidos, sendo realizado de 15 a 15 dias, com o alinhamento de quatro fados e uma guitarrada.
Canções como Fado da Verdade, Fado Hilário e Fado Anadia foram êxitos que muito agradaram ao grande público, assim como outros fados do seu repertório, entre os quais: Nosso Fado, Fado Menor e Maior, Minhas Penas, Pintadinho, Pombalinho ou Fado Rio Maior.
Em 1961 decide acabar o programa Fados e Guitarradas e abandonar a Emissora Nacional. Contudo, continuará a cantar em privado, com transmissão na Emissora. De entre as suas actuações no estrangeiro destaca-se a sua deslocação a Espanha em 1946, por ocasião do Festival da Feira do Livro de Barcelona, e ainda a Madrid, a convite do Governo espanhol, para actuar no Hotel Ritz, onde obteve um êxito estrondoso. Ainda em 1946 vai ao Brasil e é igualmente muito apreciada. Actuou no Mónaco para Grace Kelly e Rainer III e, em 1964, desloca-se a Londres para actuar na BBC.
A sua dicção, a sua maneira de se expressar, a forma como dominava as figurações intrincadas como os pianinhos e os roubados tornou-a criadora de um estilo muito próprio, que fez escola e está relacionada com o chamado fado aristocrático.
Sorge nasceu em Sabunchi, uma comuna da aglomeração de Baku, no Azerbaijão, que então fazia parte do Império Russo. Era um dos nove filhos do engenheiro alemão Wilhelm Sorge e da sua esposa russa, Nina. A família mudou-se para a Alemanha quando ele tinha 3 anos. O seu tio tinha sido um secretário de Karl Marx.
Em outubro de 1914, Sorge voluntariou-se para combater na Primeira Guerra Mundial. Entrando para um batalhão de artilharia. Durante o serviço foi gravemente ferido quando, em março de 1916, fragmentos de projéteis de artilharia feriram-lhe ambas as pernas. Foi promovido a cabo, recebeu uma Cruz de Ferro e foi enviado para casa.
Em 1925, instala-se em Moscovo e torna-se membro do Partido Comunista Soviético. Em 1930, é enviado para a China, pelo serviço de espionagem do Exército Vermelho. Ao longo de três anos de estadia no país, ganha reputação como jornalista independente e familiariza-se com a Ásia.
Em 1933, os dirigentes soviéticos, interessados em conhecer melhor as intenções do governo japonês, enviam Sorge para o Japão, país que havia vencido a Rússia por várias vezes - como na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905). A sua missão era simples mas fulcral: descobrir se os japoneses tinham a intenção de cumprir com o Pacto Anti-Komintern e atacar a Rússia. Além disso, Sorge deveria aproveitar a oportunidade para reunir informações sobre as relações entre o Japão e a Alemanha e também sobre a indústria pesada e o exército japoneses.
Sorge, com uma brilhante reputação como jornalista do Frankfurter Zeitung, rapidamente tornou-se amigo próximo e confidente do general Eugen Ott, que seria o futuro embaixador alemão em Tóquio.
Ao mesmo tempo, era amante da mulher do militar. Para a nomeação de Ott
como embaixador no Japão, a ajuda de Sorge foi fundamental. Com o apoio
de sua vasta biblioteca sobre o país, forneceu grande quantidade de
informação a Ott, auxiliando-o também nas análise do material.
Hedonista, amante de mulheres e bebidas fortes, Sorge passava despercebido aos serviços de contra-espionagem
japoneses, não deixando perceber que, por sob a aparência do herói de
guerra alemão, estaria um eficiente espião soviético. Recluso no Japão, após recusar-se a regressar à Alemanha - cumprindo ordens de Estaline -, em 1937 Sorge passa informações da maior importância a Moscovo, tais como a data do início da Operação Barbarossa - desacreditada por Estaline - e, principalmente, a de que o Japão não atacaria a URSS, o que permitiu o reposicionamento dos exércitos russos que se encontravam na fronteira com o Japão para oeste, o que possibilitou deter, em Estalingrado, a operação alemã de invasão da URSS.
Ozaki Hozumi, um jornalista japonês do Asahi Shimbun que trabalhava para Sorge, foi preso no dia 14 de outubro de 1941. Interrogado, acabou entregando Sorge, que foi preso a 18 de outubro de 1941, em Tóquio, e posteriormente encarcerado na prisão de Sugamo. Inicialmente, os japoneses pensaram que, devido à sua condição de membro do Partido Nazi e pelos seus laços com a Alemanha, Sorge fosse um agente da Abwehr, o que a Abwehr negou. Mesmo sob tortura, Sorge negou os seus vínculos com os soviéticos.
No dia 7 de novembro de 1944 - ironicamente o dia da Revolução de Outubro, o feriado mais importante da URSS
- ambos os prisioneiros são enforcados. Os japoneses chegaram a fazer
três ofertas de negociação aos soviéticos, oferecendo a troca de Sorge
por um dos seus espiões. Contudo, os soviéticos recusaram negociar,
alegando que Sorge era um desconhecido para eles. Muito provavelmente
isto ocorreu devido ao receio de Estaline de que se soubesse que ele havia
ignorado os avisos de Sorge sobre a Operação Barbarossa. Assim, a contribuição de Richard Sorge permaneceu ignorada durante duas décadas, até que, em 1964, recebeu o título de Herói da União Soviética, sendo erguidos monumentos em sua homenagem, em Baku e em pleno centro de Moscovo.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Tama, em Fuchū (Tóquio).
Ella Marija Lani Yelich-O'Connor (Devonport, 7 de novembro de 1996), mais conhecida pelo nome artístico Lorde, é uma cantora e compositoraneozelandesa. Ela foi eleita a jovem mais influente do mundo pela revista norte-americana Time, e nomeada "Mulher do Ano" pela MTV, em 2013. Tornou-se conhecida a partir do single "Royals", que lhe rendeu o título de a mais jovem artista a conquistar o primeiro lugar da Billboard Hot 100, dos Estados Unidos, e venceu o Grammy Awards de "Canção do Ano", em 2014.
Afastado por Estaline do controle do partido, Trótski foi
expulso deste e exilado da União Soviética, refugiando-se no México, onde veio a ser assassinado por Ramón Mercader, agente da polícia de Estaline. As suas ideias políticas, expostas numa obra escrita de grande extensão, deram origem ao trotskismo, corrente ainda hoje importante no marxismo.
A 3 de setembro de 1938, numa reunião com 25 delegados de 11 países, Trotsky e seus seguidores fundam a Quarta Internacional, como alternativa à Terceira Internacional
estalinista. Trotsky tinha entrado entretanto em conflito com Diego
Rivera - numa disputa que tinha tanto a ver com as pretensões políticas
de Rivera no movimento trotskista, que Trótski desfavorecia, quanto com a
breve ligação de Trotsky com Frida Kahlo - e mudara-se em 1939 para uma casa própria no bairro de Coyoacán, na Cidade do México. A 24 de maio de 1940
sobrevive a um ataque à sua casa por assassinos alegadamente a mando de Estaline. Não sobreviverá, no entanto, ao segundo ataque de Estaline: a 20 de agosto de 1940, o agente Ramón Mercader
consegue, sob disfarce, entrar pacificamente na sua sala para um
encontro, e, aproveitando um momento de distracção, aplica com uma
picareta um golpe fatal no seu crânio.
Ninguém me Venha Dar Vida Ninguém me venha dar vida, que estou morrendo de amor, que estou feliz de morrer, que não tenho mal nem dor, que estou de sonho ferida, que não me quero curar, que estou deixando de ser e não me quero encontrar, que estou dentro de um navio que sei que vai naufragar, já não falo e ainda sorrio, porque está perto de mim o dono verde do mar que busquei desde o começo, e estava apenas no fim. Corações, por que chorais? Preparai meu arremesso para as algas e os corais. Fim ditoso, hora feliz: guardai meu amor sem preço, que só quis a quem não quis. in Poemas (1947) - Cecília Meireles
Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão. Porque os outros têm medo mas tu não. Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam mas tu não. Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam mas tu não.
John Philip Sousa (Washington, 6 de novembro de 1854 - Reading, 6 de março de 1932) foi um compositor e maestro de banda norte-americano, do romantismo tardio, popularmente conhecido como O Rei das Marchas, como The Stars and Stripes Forever, marcha oficial dos Estados Unidos. A sua produção musical inclui cerca de 15 operetas e várias canções, sendo conhecido por ter idealizado e dado nome ao sousafone.
Um sousafone
Biografia
John Philip Sousa nasceu nos Estados Unidos da América, terceiro de dez filhos e filhas de pai português de origem açoriana e mãe bávara, de nome: João António de Sousa (John Anthony Sousa) (Sevilha, 22 de setembro de 1824 - 27 de abril de 1892) e Maria Elisabeth Trinkhaus (Darmstadt, 20 de maio de 1826 - 25 de agosto de 1908). Os seus pais eram descendentes de portugueses, espanhóis e hessianos (alemães); os seus avós paternos eram português e espanhola, refugiados. Sousa iniciou a sua educação musical, tocando violino, como pupilo de John Esputa e George Felix Benkert, de harmonia e composição musical, com seis anos.
Com a sua própria banda, entre 1892-1931, realizou 15.623 concertos. Em 1900, a sua banda representa os Estados Unidos na Exposição Universal de Paris (1900).
Morreu de insuficiência cardíaca com 78 anos, a 6 de março de 1932, no seu quarto no Hotel Abraham Lincoln, em Reading, Pensilvânia, quando tinha acabado de conduzir um ensaio de "Stars and Stripes Forever". Ele encontra-se enterrado em Washington, DC, no Cemitério do Congresso.
A Forma Justa Sei que seria possível construir o mundo justo As cidades poderiam ser claras e lavadas Pelo canto dos espaços e das fontes O céu o mar e a terra estão prontos A saciar a nossa fome do terrestre A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia Cada dia a cada um a liberdade e o reino — Na concha na flor no homem e no fruto Se nada adoecer a própria forma é justa E no todo se integra como palavra em verso Sei que seria possível construir a forma justa De uma cidade humana que fosse Fiel à perfeição do universo Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo in O Nome das Coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen
Frey conheceu o bateristaDon Henley em 1970 e reuniram a banda em 1971, lançando o primeiro álbum em 1972. Glenn Frey tocava viola, bem como piano e teclados
e compartilhava os vocais com Don Henley. A banda separou-se em 1980
depois de tornar-se uma das mais bem sucedidas de todos os tempos. Frey
interpretou muitos dos sucessos do Eagles como "Take It Easy", "Peaceful Easy Feeling", "Tequila Sunrise", "Already Gone", "Lyin' Eyes", "New Kid in Town" e "Heartache Tonight".
Após a dissolução da banda em 1980, Frey iniciou uma bem sucedida
carreira a solo. Lançou o seu álbum de estreia em 1982 e viria a gravar
diversos hits como "The One You Love", "Smuggler's Blues", "Sexy Girl", "The Heat Is On" e "You Belong to the City". Como um membro dos Eagles, Frey ganhou seis prémios Grammy e cinco American Music Awards. O Eagles venderam mais de 120 milhões de álbuns em todo o mundo e foram colocados na Rock and Roll Hall of Fame em 1998. Como artista a solo e com os Eagles combinados, Frey teve 24 singles Top 40 na tabela musical Billboard Hot 100. Veio a falecer em 18 de janeiro de 2016, aos 67 anos. Sofria de pneumonia, artrite reumatoide e inflamaçãointestinal, de acordo com comunicado da banda.
Adolphe Sax nasceu em Dinant, Bélgica. O pai, Charles-Joseph Sax, também era construtor de instrumentos. Adolphe cedo começou a construir os seus instrumentos.
Quando deixou a escola, Sax começou as experiências para descobrir novos instrumentos, a sua primeira invenção importante foi um melhoramento no clarinete baixo, que patenteou, apenas com 20 anos de idade
Em 1840 inventou o saxofone. Em 1841 Sax mudou-se para Paris, onde continuou a trabalhar na construção e invenção de instrumentos.
A sua invenção mais famosa foi o saxofone, destinada a ser usado nas bandas militares. O instrumento tem o corpo metálico, com uma palheta de madeira, semelhante ao clarinete.
O compositor Hector Berlioz escreveu aprovando o novo instrumento em 1842, mas Sax apenas patenteou o instrumento em 1846, depois de desenhar e construir toda a família de saxofones (do soprano ao contrabaixo).
Diz Veríssimo Serrão que «a historiografia liberal procurou
denegri-lo na acção de governo, mas as fontes permitem hoje assentar um
juízo histórico completamente diferente. (...) Deve pôr-se em relevo a
acção do monarca na defesa das fronteiras do Reino (....). Também
providenciou no envio de várias embaixadas às cortes europeias, para a
assinatura de tratados de paz ou de trégua, a obtenção de auxílio
militar e financeiro e a justificação legítima de 1640.»
Deve-se-lhe a criação do Conselho de Guerra (1640), da Junta dos Três Estados (1643), do Conselho Ultramarino (1643) e da Companhia da Junta de Comércio (1649), além da reforma em 1642 do Conselho da Fazenda. E a regulamentação dos negócios da Secretaria de Estado, para melhor coordenação das tarefas de Governo. Esta em 29 de novembro
de 1643 foi dividida em Secretaria de Estado, de um lado, que
coordenava toda a política interna e externa, e à «das Mercês e
Expediente», do outro, que tratava de «consultas, despachos, decretos e
ordens» não dependentes da outra Secretaria.
Promulgou abundante legislação para satisfazer as carências de
governo na Metrópole e no Ultramar. E, para além do monarca e do
restaurador, impõe-se considerar nele o artista e o letrado, o amador de
música que, no seu tempo, compondo o hino Adeste Fideles, esteve à altura dos maiores de Portugal.»
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro de 1919 no
Porto. Sophia era filha de Maria Amélia de Mello Breyner e de João
Henrique Andresen, com origem dinamarquesa
pelo lado paterno, pois o seu bisavô, Jan Heinrich Andresen,
desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o
seu filho João Henrique comprado, em 1895, a Quinta do Campo Alegre,
hoje Jardim Botânico do Porto. Como afirmou em entrevista, em 1993, essa quinta "foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa". A mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, é filha do Tomás de Mello Breyner, conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos. Maria Amélia é também neta do conde Henrique de Burnay, um dos homens mais ricos do seu tempo.
Criada na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores
tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários
católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-1939) que nunca chegou a concluir. Colaborou na revista Cadernos de Poesia, onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos: Ruy Cinatti e Jorge de Sena. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção
dos Católicos Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e
chamada pelo seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos
ignorar!"
Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor (Miguel Sousa Tavares),
um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e
herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de julho
de 2004, em Lisboa, no Hospital da Cruz Vermelha. O seu corpo foi
sepultado no Cemitério de Carnide. Em 20 de fevereiro de 2014, a Assembleia da República decidiu homenagear por unanimidade a poetisa com honras de Panteão e a cerimónia de trasladação teve lugar a 2 de julho de 2014.
Desde 2005, no Oceanário de Lisboa,
os seus poemas, com ligação forte ao Mar foram colocados para leitura
permanente nas zonas de descanso da exposição, permitindo aos
visitantes absorverem a força da sua escrita enquanto estão imersos
numa visão de fundo do mar.
Da sua infância e juventude, a autora recorda sobretudo a importância
das casas, lembrança que terá grande impacto na sua obra, ao descrever
as casas e os objectos dentro delas, dos quais se lembra. Explica isso
do seguinte modo: "Tenho muita memória visual e lembro-me sempre das
casas, quarto por quarto, móvel por móvel e lembro-me de muitas casas
que desapareceram da minha vida (…). Eu tento «representar», quer dizer,
"voltar a tornar presentes» as coisas de que gostei e é isso o que
se passa com as casas: quero que a memória delas não vá à deriva, não
se perca".
Está presente em Sophia também uma ideia da poesia
como valor transformador fundamental. A sua produção corresponde a
ciclos específicos, com a culminação da actividade da escrita durante a
noite: "não consigo escrever de manhã, (…) preciso daquela concentração especial que se vai criando pela noite fora.".
A vivência nocturna da autora é sublinhada em vários poemas ("Noite",
"O luar", "O jardim e a noite", "Noite de Abril", "Ó noite"). Aceitava a
noção de poeta inspirado, afirmava que a sua poesia lhe acontecia, como a Fernando Pessoa:
"Fernando Pessoa dizia: «Aconteceu-me um poema». A minha maneira de
escrever fundamental é muito próxima deste «acontecer». (…) Encontrei a
poesia antes de saber que havia literatura.
Pensava mesmo que os poemas não eram escritos por ninguém, que
existiam em si mesmos, por si mesmos, que eram como que um elemento do
natural, que estavam suspensos imanentes (…). É difícil descrever o
fazer de um poema. Há sempre uma parte que não consigo distinguir, uma
parte que se passa na zona onde eu não vejo". A sua própria vida e as
suas próprias lembranças são uma inspiração para a autora, pois, como
refere Dulce Maria Quintela, ela "fala de si, através da sua poesia".
Sophia de Mello Breyner Andresen fez-se poeta já na sua infância,
quando, tendo apenas três anos, foi ensinada "A Nau Catrineta" pela sua
ama Laura):
"Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava
muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a
"Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito
aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse
atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais
encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da
"Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco
mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava
alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e
magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas
coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha
primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa
governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para
que eles cheguem a terra» (…)."
Baseando-nos nas observações de Luísa Pessoa, desenvolvamos alguns dos tópicos mais relevantes na sua criação literária:
A infância e juventude – constituem para a Autora um espaço de referência ("O jardim e a casa", Poesia, 1944; "Casa", Geografia, 1967; "Casa Branca", Poesia, 1944; "Jardim Perdido", Poesia, 1944; "Jardim e a Noite", Poesia, 1944).
O contacto com a Natureza também marcou profundamente a sua
obra. Era para a Autora um exemplo de liberdade, beleza, perfeição e de
mistério e é largamente citada da sua obra, quer citada pelas alusões à
terra (árvores, pássaros, o luar), quer pelas referências ao mar
(praia, conchas, ondas).
O Mar é um dos conceitos-chave na criação literária de 'Sophia
de Mello Breyner Andresen: "Desde a orla do mar/ Onde tudo começou
intacto no primeiro dia de mim". O efeito literário da inspiração no
Mar pode se observar em vários poemas, como, por exemplo, "Homens à
beira-mar" ou "Mulheres à beira-mar". A autora comenta isso do seguinte
modo:
"Esses poemas têm a ver com as manhãs da Granja, com as manhãs da praia. E também com um quadro de Picasso. Há um quadro de Picasso chamado Mulheres à beira-mar.
Ninguém dirá que a pintura do Picasso e a poesia de Lorca tenham tido
uma enorme influência na minha poesia, sobretudo na época do Coral… E uma das influências do Picasso em mim foi levar-me a deslocar as imagens."
Outros exemplos em que claramente se percebe o motivo do mar são: "Mar" em Poesia, 1944; "Inicial" em Dual, 1972; "Praia" em No Tempo dividido; "Praia" em Coral, 1950; "Açores" em O Nome das Coisas, 1977. Neles exprime-se a obsessão do mar, da sua beleza, da sua serenidade e dos seus mitos. O Mar surge aqui como símbolo da dinâmica da vida. Tudo vem dele e tudo a ele regressa. É o espaço da vida, das transformações e da morte.
A cidade constitui outro motivo frequentemente repetido na obra de SMB ("Cidade" em Livro Sexto, 1962; "Há Cidades Acesas", Poesia, 1944; "Cidade" em Livro Sexto, 1962; "Fúrias", Ilhas, 1989). A cidade é aqui um espaço negativo. Representa o mundo frio, artificial, hostil e desumanizado, o contrário da natureza e da segurança.
Outro tópico acentuado com frequência na obra de Sophia é o tempo:
o dividido e o absoluto que se opõem. O primeiro é o tempo da solidão,
medo e mentira, enquanto o tempo absoluto é eterno, une a vida e é o
tempo dos valores morais ("Este é o Tempo", Mar Novo, 1958; "O Tempo Dividido", No Tempo Dividido, 1954). Segundo Eduardo Prado Coelho,
o tempo dividido é o tempo do exílio da casa, associado com a cidade,
porque a cidade é também feita pelo torcer de tempo, pela degradação.
'Sophia de Mello Breyner Andresen era admiradora da literatura clássica. Nos seus poemas aparecem frequentemente palavras de grafia antiga (Eurydice, Delphos, Amphora). O culto pela arte e tradição próprias da civilização grega são lhe próximos e transparecem pela sua obra ("O Rei de Itaca", O Nome das Coisas, 1977; "Os Gregos", Dual, 1972; "Exílio", O Nome das Coisas, 1977; "Soneto de Eurydice", No Tempo Dividido, "Crepúsculo dos Deuses", Geografia; "O Rei de Itaca", O Nome das Coisas, 1977; "Ressurgiremos", Livro Sexto, 1962).
Além dos aspectos temáticos referidos acima, vários autores sublinham a enorme influência de Fernando Pessoa na obra de 'Sophia de Mello Breyner Andresen. O que os dois autores têm em comum é: a influência de Platão, o apelo ao infinito, a memória de infância, o sebastianismo e o messianismo, o tom formal que evoca Álvaro de Campos. A figura de Pessoa encontra-se evocada múltiplas vezes nos poemas de Sophia ("Homenagem a Ricardo Reis", Dual, 1972; "Cíclades (evocando Fernando Pessoa)", O Nome das Coisas, 1977).
De modo geral, o universo temático da autora é abrangente e pode ser representado pelos seguintes pontos resumidos:
A busca da justiça, do equilíbrio, da harmonia e a exigência do moral
Tomada de consciência do tempo em que vivemos
A Natureza e o Mar – espaços eufóricos e referenciais para qualquer ser humano
Quanto ao estilo de linguagem de 'Sophia de Mello Breyner Andresen,
podemos constatar que Sophia de Mello Breyner tem um estilo
característico, cujas marcas mais evidentes são: o valor hierático da palavra, a expressão rigorosa, o apelo à visão clarificadora, riqueza de símbolos e alegorias, sinestesias e ritmo evocador de uma dimensão ritual. Nota-se uma "transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita".
A opinião sobre ela de alguns dos mais importantes críticos literários
portugueses é a mesma: o talento da autora é unanimemente apreciado. Eduardo Lourenço afirma que a Sophia de Mello Breyner tem uma sabedoria "mais funda do que o simples saber",
que o seu conhecimento íntimo é imenso e a sua reflexão, por mais
profunda que seja, está exposta numa simplicidade original. Seguem
alguns exemplos de outros estudiosos a comprovar essa opinião:
"A sua sensibilidade de poeta oscila entre o modernismo de expressão
e um classicismo de tom, caracterizado por uma sobriedade extremamente
dominada e por uma lucidez dialéctica que coloca muitas das suas
composições na linha dos nossos melhores clássicos."
Álvaro Manuel Machado, Quem é Quem na Literatura Portuguesa
"Sophia de Mello Breyner Andresen é, quanto a nós, um caso ímpar na
poesia portuguesa, não só pela difusa sedução dos temas ou pelos
rigores da expressão, mas sobretudo por qualquer coisa, anterior a isso
tudo, em que tudo isso se reflecte: uma rara exigência de
essencial-idade".
David Mourão-Ferreira, Vinte Poetas Contemporâneos
"A poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen é (…) uma das vozes
mais nobres da poesia portuguesa do nosso tempo. Entendamos, por sob a
música dos seus versos, um apelo generoso, uma comunhão humana, um calor
de vida, uma franqueza rude no amor, um clamor irredutível de
liberdade – aos quais, como o poeta ensina, devemos erguer-nos sem
compromissos nem vacilações."
Meditação do Duque de Gandia sobre a morte de Isabel de Portugal
Nunca mais a tua face será pura limpa e viva, nem teu andar como onda fugitiva se poderá nos passos do tempo tecer. E nunca mais darei ao tempo a minha vida. Nunca mais servirei senhor que possa morrer. A luz da tarde mostra-me os destroços do teu ser. Em breve a podridão beberá os teus olhos e os teus ossos tomando a tua mão na sua mão. Nunca mais amarei quem não possa viver sempre, porque eu amei como se fossem eternos a glória, a luz e o brilho do teu ser, amei-te em verdade e transparência e nem sequer me resta a tua ausência, és um rosto de nojo e negação e eu fecho os olhos para não te ver. Nunca mais servirei senhor que possa morrer.