terça-feira, março 06, 2012

A primeira mulher a viajar no espaço nasceu há 75 anos

 Selo postal da URSS em homenagem a Valentina Tereshkova, 1963

Valentina Vladimirovna Tereshkova (Maslennikovo, 6 de março de 1937) foi a primeira cosmonauta da história e a primeira mulher a ir ao espaço, em 16 de junho de 1963.

Oriunda de uma família proletária - seu pai era um motorista de trator, desaparecido na guerra russo-finlandesa de 1940 - Valentina só entrou para a escola aos oito anos e começou a trabalhar com dezoito, em uma fábrica têxtil. Na mesma época, começou a participar de um clube de paraquedistas amadores. Aos 24 anos, em 1961, começou a estudar para se qualificar como cosmonauta, no mesmo ano em que o diretor do programa espacial soviético, Sergei Korolev, considerou enviar mulheres ao espaço, numa forma de colocar a primeira mulher em órbita na frente dos Estados Unidos, que, ao mandar ao espaço os primeiros astronautas no ano anterior, dava início à corrida espacial.
Em 1962, ela foi admitida como cosmonauta, junto a mais quatro mulheres - das quais apenas ela acabou indo ao espaço - sendo a menos preparada de todas, sem educação universitária, mas especialista em paraquedismo, considerado condição fundamental para o voo, já que a nave Vostok operava automaticamente, dispensando pilotagem, mas o ocupante era ejetado dela após a reentrada, pousando com um pára-quedas pessoal.
 
Em junho de 1963, a União Soviética colocou duas naves espaciais simultaneamente no espaço, sendo que a primeira foi conduzida por Valery Bykovsky, que bateu o recorde de permanência no espaço, quando completou uma missão de cinco dias. Valentina voou na nave Vostok 6, lançada de Baikonur em 16 de junho, tornando-se a primeira mulher no espaço. Ela completou 48 órbitas ao redor da Terra, no total de 71 horas, quase três dias, apesar das náuseas e do desconforto psicológico que sentiu. Depois de chegarem a permanecer em órbita a uma distância de 5 quilómetros uma da outra, com os cosmonautas trocando impressões e saudações por rádio, ambas as naves aterraram no dia 19 de junho.
Valentina teve problemas em sua descida. Quando ejetada da Vostok VI, esteve próxima de cair dentro de um lago, e ela narra em suas memórias que se isso acontecesse talvez não conseguisse sobreviver, sem forças para nadar até a borda, estando desidatrada, exausta, com fome pelas náuseas que praticamente a impediram de comer em órbita, e psicologicamente afetada pela viagem - em princípio programada para um dia mas alongada para três, pela sensação que causou no mundo seu lançamento. Mas um forte vento mudou a direção do pára-quedas e a fez cair em terra. Mesmo assim, o impacto foi forte e ela ficou com uma grande mancha roxa no nariz, que bateu no capacete, sendo obrigada a usar forte maquilhagem pelos próximos dias de aparições públicas oficiais. Seus três dias a bordo da Vostok eram então mais tempo no espaço que todos os astronautas norte-americanos tinham juntos.
Em 1964, Valentina e o cosmonauta Andrian Nikolayev se casaram e tiveram uma filha, considerada a primeira criança nascida de pais cosmonautas. Divorciada em 1982, casou-se novamente com Yuli Shaposhnikov, morto em 1999. Nos anos seguintes a seu voo, ela graduou-se em engenharia. Só nos anos 80 uma mulher russa voltaria ao espaço.
Ao realizar o primeiro vôo espacial feminino, Valentina recebeu as duas principais condecorações do país, Herói da União Soviética e a Ordem de Lenin, além de outras comendas e homenagens importantes. Ela também foi presidente do Comité das Mulheres Soviéticas e tornou-se membro do Soviete Supremo, o parlamento da URSS, e do Presidium, um grupo especial dentro do governo soviético, tendo sido proeminente na política do país de 1966 a 1991. Atualmente ela vive em Moscovo.

A soprano Kiri Te Kanawa faz hoje 68 anos

(imagem daqui)
 
Kiri Te Kanawa (Gisborne, 6 de março de 1944) é uma soprano neozelandesa, uma das maiores sopranos de todos os tempos. Com sua voz de soprano lírica, Te Kanawa apresenta-se em um repertório que vai do século XVII ao XX. É particularmente associada aos trabalhos de Wolfgang Amadeus Mozart, Richard Strauss, Giuseppe Verdi, George Frideric Handel e Giacomo Puccini.
Atualmente ela raramente apresenta-se em uma ópera, mas frequentemente é vista em recitais e concertos. Em agosto de 2009 o The Daily Telegraph de Londres relatou que Te Kanawa iria aposentar-se das óperas pela disciplina exaustiva. Sua última apresentação operística foi em abril de 2010, na Ópera de Colónia, onde ela cantou Marschallin de Der Rosenkavalier (Richard Strauss).

Na sua adolescência e no começo de sua juventude, Te Kanawa foi uma estrela pop e de entretenimento popular nos clubes em Nova Zelândia. Em 1965 ela venceu o Mobil Song Quest com sua performance de "Vissi d'Arte" de Puccini. Em 1963 ela ganhou o segundo lugar, perdendo para Malvina Major. Como vencedora, ela recebeu uma bolsa de estudos em Londres. Em 1966 ela venceu o prestigioso Australian Melbourne Sun-Aria.
Em 1966, sem uma audição, ela entrou no Centro de Ópera de Londres para estudar com Vera Rózsa e James Robertson.
Sua primeira aparição foi como a Segunda Lady de A Flauta Mágica (Mozart), como em performances de Dido and Aeneas em dezembro de 1968 no Sadler's Wells Theatre. Ela também cantou o papel título Anna Bolenna de Gaetano Donizetti. Em 1969 ela cantou Elena de La Donna del Lago de Gioacchino Rossini, no Camden Festival e Condessa em Le Nozze di Figaro. Após a apresentação o maestro Colin Davis disse: "Não posso acreditar em meus ouvidos. Eu presenciei milhares de audições, mas essa tem uma voz fantasticamente linda". Orgulhoso por Idamante em Idomeneo (Mozart), ele ofereceu três anos de contrato no Royal Opera House, Covent Garden, onde ela fez sua estreia como Xenia em Boris Godunov e Flower Maiden em Parsifal em 1970.

Kiri Te Kanawa apresentou-se como a Condessa em Figaro na Ópera de Santa Fé, no Covent Garden, na Ópera Nacional de Lyon e na Ópera de São Francisco, entre 1971 e 1972. Sua estreia no Metropolitan Opera House foi em 1974 como Desdemona em Otello, apresentando-se no lugar de Teresa Stratas, no último minuto. Ela cantou no Glyndebourne Festival em 1973. Outras estreias memoráveis foram em Paris (1975), Milão e Sidnei (1978), Salzburgo (1979) e Viena (1980).
Em outros anos, ela apresentou-se na Ópera Lírica de Chicago, na Ópera de Paris, na Casa de Ópera de Sydney, na Ópera Estatal de Viena, no La Scala e na Ópera de São Francisco, adicionando os papéis de Donna Elvira, Pamina e Fiordiligi ao seu reportório.
Ela foi vista e ouvida por aproximadamente 600 milhões de pessoas em 1981, quando cantou "Let the Bright Seraphim" de Handel no casamento de Carlos, Príncipe de Gales com Lady Diana Spencer.


O pai do último Rei da Grécia e sogro do Rei de Espanha morreu há 48 anos

Paulo I, Rei dos Helenos (14 de dezembro de 1901 - 6 de março de 1964) foi rei da Grécia (oficialmente, Rei dos Helenos) de 1947 a 1964.
Paulo nasceu em Atenas, o terceiro filho de Constantino I da Grécia e de Sofia da Prússia. Ele foi treinado como oficial naval.
Em 9 de janeiro de 1938, Paulo casou com Frederica de Hanôver em Atenas. Eles tiveram três filhos:
De 1917 a 1920, Paulo viveu no exílio com o seu pai, Constantino I. A partir de 1923 a 1935, e novamente de 1941 a 1946, ele viveu no exílio novamente, desta vez com o seu irmão, Jorge II da Grécia. Durante a maior parte da II Guerra Mundial, quando a Grécia estava sob a ocupação alemã, ele foi com o governo grego em exílio em Londres e Cairo. Do Cairo, ele transmitia mensagens para o povo grego.

O futebolista Morais nasceu há 77 anos

(imagem daqui)

João Pedro Morais, conhecido como Morais, é um antigo futebolista português (Cascais, 6 de março de 1935 - Vila do Conde, 27 de abril de 2010). Jogava na posição de Defesa.

Carreira
Iniciou a sua carreira no Sporting de Alcabideche, tendo passado posteriormente pelo Grupo Desportivo Estoril Praia e Torreense, ingressando no Sporting Clube de Portugal em 1954.
Morais ficaria na história do futebol português ao marcar um belo golo de canto directo na finalíssima da Taça das Taças (1963-64), frente ao MTK FC, que daria ao Sporting a única Taça das Taças conquistada por um clube português. Este feito, conhecido como Cantinho do Morais daria origem à canção homónima popularizada pela cantora Maria José Valério. Deixou o Sporting em 1969, jogando ainda na África do Sul e no Rio Ave FC, clube do qual seria também treinador.

Seleção nacional
Alcançou dez internacionalizações. Fez três jogos na fase final do Mundial de 1966, realizado em Inglaterra, para o qual foi convocado apesar de não ter dado o seu contributo em qualquer dos encontros de qualificação. Estreando-se num jogo de preparação para a fase final do Campeonato do Mundo - um Escócia-Portugal (0-1), disputado a 18 de Maio de 1966, Morais foi utilizado frente à Hungria (3-1), ao Brasil (3-1) e à Coreia do Norte (5-3).
Morais deixou a sua marca no Mundial de 1966 por alegadamente ter lesionado Pelé durante o jogo Portugal 3-1 Brasil, após uma entrada com alguma violência que muitos ainda hoje não esqueceram, tendo sido agredido minutos antes à cabeçada pelo mesmo Pelé. Depois de terminado o Mundial e de assegurado o terceiro posto, Morais ainda seu o seu contributo à selecção por mais quatro vezes, três delas em jogos de qualificação para o Europeu de 1968.
Despedir-se-ia da Seleção Portuguesa de Futebol num desses encontros, o Noruega-Portugal (1-2), jogado a 8 de junho de 1967.


David Gilmour - 66 anos

Sir David Jon Gilmour (Cambridge, 6 de março de 1946) é um guitarrista e cantor britânico, vocalista da banda inglesa Pink Floyd, tendo também editado álbuns a solo bem como colaborado com outros artistas. Depois da saída de Roger Waters a meio da década de 1980 tornou-se a principal figura da banda. Foi considerado o 14º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.


segunda-feira, março 05, 2012

O Massacre de Katyn foi autorizado há 72 anos por Estaline

 Memorial ao Massacre de Katyn

O Massacre de Katyn (em polaco zbrodnia katyńska) foi uma execução em massa de cidadãos da Polónia ordenada por autoridades da União Soviética em 1940. Estima-se que mais de 22 mil pessoas tenham sido mortas.
Os prisioneiros polacos foram assassinados numa floresta nos arredores da vila de Katyn, em prisões e em diversos outros lugares. Cerca de oito mil vítimas eram militares polacos que  tinham sido aprisionados na invasão soviética da Polónia em 1939, sendo os restante cidadãos polacos presos sob alegações de pertencerem a corpos de serviços de inteligência, espionagem, sabotagem, e também proprietários rurais, advogados, padres etc.

Após a invasão da Polônia, que teve início em 1 de setembro de 1939, a União Soviética declarou, em 17 de setembro de 1939, que o governo polaco não estava mais no controle de seu país. Isto fez com que qualquer acordo diplomático em vigor com o Estado Polaco fosse cancelado.
Na mesma data (17/09/1939), o Exército Vermelho ocupou o leste da Polónia, conforme previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop. A ação foi apontada como afronta pelos governos da Inglaterra e França, que afirmaram responder a ação do exército alemão conforme o Pacto Britânico-Polaco de Defesa e a Aliança Militar Franco-Polaco. Este episódio ficou conhecido como a "traição ocidental".
O Exército Soviético rapidamente avançou ao território polaco e encontrou pouca resistência por parte dos militares locais. Entre 250.000 e 454.700 soldados e policiais polacos foram presos. Após isso, cerca de 250 mil foram libertados e 125 mil foram encaminhados ao Comissariado do Povo de Assuntos Internos soviética, o NKVD. O órgão, em um segundo momento, libertou 42.400 soldados de etnia ucraniana e bielorussa que estavam a serviço do Exército Polaco. Já os 43 mil soldados detidos que residiam no oeste da Polónia foram entregues à Alemanha.
Em Novembro de 1939, o NKVD tinha cerca de 40 mil polacos presos, sendo cerca de 8.500 oficiais e subtenentes, 6.500 policiais e 25 mil soldados e sargentos. Estes foram interrogados através de determinação do Comissário do Povo para Assuntos Internos da URSS, Lavrentiy Beria, que criou um órgão de gestão dos prisioneiros de guerra dentro do NKVD.
O NKVD organizou uma rede de campos de trabalho e pontos de transição de presos polacos através de linhas ferroviárias para o Oeste da União Soviética. Os maiores campos estavam localizados em Kozelsk, Ostashkov e Starobelsk. Prisioneiros também foram encaminhados para Jukhnovo, Yuzhe, Tyotkino, Kozelshchyna, Oranki, Vologda e Gryazovets.
Kozelsk e Starobelsk foram utilizados principalmente para os oficiais militares, enquanto Ostashkov foi utilizado principalmente para guardas, policiais e agentes penitenciários. Também foram detidos intelectuais polacos.
De outubro de 1939 a fevereiro de 1940, os prisioneiros polacos foram submetidos a interrogatórios. O processo de entrevistas determinou quais seriam libertados ou condenados. Em 5 de março de 1940, Joseph Stalin e mais três membros do Politburo assinaram a ordem para executar 27.500 polacos sob acusação de contra-revolucionários.
Uma das valas comuns em Katyn

Pedro Homem de Melo morreu há 28 anos

(imagem daqui)

Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai, pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos: Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva de quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.


Últimas Vontades

Na branca praia, hoje deserta e fria,
De que se gosta mais do que de gente,
Na branca praia, onde te vi um dia
Para sonhar, já tarde, eternamente,

Achei (ia jurá-lo!) à nossa espera,
Intacto o rasto dos antigos passos,
Aquela praia, inamovível, era
Espelho de pés leves, depois lassos!

E doravante, imploro, em testamento,
Que, nesta areia, a espuma seja a tiara
Do meu cadáver, preso ao teu e ao vento...

— Vaivém sexual, que o mar lega aos defuntos? —
Se em vida, agora, tudo nos separa
Ó meu amor, apodreçamos juntos!

in Ecce Homo
- Pedro Homem de Melo

O poeta Afonso Duarte morreu há 54 anos

(imagem daqui)


Afonso Duarte (Ereira, 1 de janeiro de 1884 - Coimbra, 5 de março de 1958) foi um poeta português.
Afonso Duarte interessou-se por temas de etnografia e arte popular portuguesa, reflectidos na sua obra poética, ligada às crenças e mitos seculares, aos motivos da terra, vida animal, ao povo e à lide agrária.

Livros publicados
  • Tragédia do Sol Posto (1914)
  • Os Sete Poemas Líricos (1929)
  • Ossadas (1947)
  • Post-Scriptum de um Combatente (1949)
  • Sibila (1950)
  • Canto da Babilónia (1952)
  • Canto de Morte e Amor (1952)
  • Obra Poética (1956)
  • Lápides e Outros Poemas (1960)


Erros Meus a que Chamarei Virtude

Erros meus a que chamarei virtude,
Por bem vos quero, e morro despedido
Sem amor, sem saúde, o chão perdido,
Erros meus a que chamarei virtude.

A terra cultivei, amargo e rude,
No sonho de melhor a ter servido;
Para ilusão de um palmo de comprido,
A terra cultivei, amargo e rude.

E o amor? A saúde? Eis os dois Lagos
Onde os olhos me ficam debruçados
— Azul e roxo, rasos de água os Lagos.

Mas direis, erros meus, ainda amores?
— São bonitos os dias acabados
Quando ao poente o Sol desfolha flores.

in
Sibila - Afonso Duarte

John Frusciante - 42 anos

John Anthony Frusciante (Nova Iorque, 5 de março de 1970) é um guitarrista, cantor, compositor, pintor e produtor musical norte-americano. Trabalhava com a banda Red Hot Chili Peppers com quem gravou 5 álbuns.
O seu trabalho é reconhecido pela revista americana Rolling Stone, que lhe concedeu o 72º lugar dos melhores guitarristas da historia e também foi reconhecido como o melhor guitarrista dos últimos 30 anos (1980-2010) numa votação dos ouvintes, no site, da rádio britânica BBC. John Frusciante também mantém uma carreira a solo, tendo lançado catorze álbuns sob o seu próprio nome, além disso realizou duas colaborações com Josh Klinghoffer e Joe Lally, sob o nome de Ataxia. Os seus álbuns solo incorporam uma variedade de elementos desde o rock experimental, música ambiente até ao New Wave e eletrónica. Retirando influência de guitarristas de vários géneros, Frusciante enfatiza a melodia e a emoção quando toca guitarra favorecendo guitarras antigas e técnicas analógicas de gravação.
Frusciante juntou-se aos Red Hot Chili Peppers aos 18 anos, entrando pela primeira vez no álbum de 1989 Mother's Milk. O seguinte álbum, Blood Sugar Sex Magik foi um completo sucesso. John, então, deixou a banda por um longo período, retornando em 1998, para a gravação do álbum Californication. Em 15 de dezembro de 2009, o músico anunciou, mais uma vez, a sua saída do grupo.


Lucio Battisti nasceu há 69 anos

Lucio Battisti (Poggio Bustone, 5 de março de 1943 - Milão, 9 de setembro de 1998) foi um músico e cantor italiano. É considerado um dos mais importantes autores e intérpretes da história da musica leggera (música popular italiana).
É considerado uma das maiores personalidades da história da música italiana, seja como autor ou intérprete da própria música, seja como como autor para outros artistas. Em toda a carreira vendeu mais de 25 milhões de discos.
A sua produção representou uma reviravolta decisiva na música pop e no rock italiano. De acordo com um ponto de vista estritamente musical, Lucio Battisti personalizou e inovou a forma da canção tradicional e melódica italiana.
Graças às letras escritas por Giulio Rapetti, em arte Mogol, Battisti relançou temas exauridos ou dificilmente renováveis, entre os quais, o envolvimento sentimental e os pequenos acontecimentos da vida quotidiana. Soube explorar também assuntos novos e não usuais, por vezes controversos, gastando até o limite da experimentação pura no sucessivo período de colaboração com Pasquale Panella.


Rosa Luxemburgo nasceu há 141 anos

Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e judia, naturalizada alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Luxemburgo considerou o levante espartaquista de janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro. Entretanto, ela apoiaria a insurreição que Liebknecht iniciou sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e centenas de seus adeptos foram presos, espancados e assassinados sem direito a julgamento. Desde suas mortes, Luxemburgo e Liebknecht atingiram o status de mártires tanto para marxistas quanto para social-democratas.

Churchill forjou a expressão Cortina de Ferro há 66 anos

A divisão da Europa pela Cortina de Ferro

Cortina de Ferro foi uma expressão usada para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-económica distintas, no pós- Segunda Guerra Mundial conhecido como Guerra Fria. Durante este período, a Europa Oriental esteve sob o controle político e/ou influência da União Soviética, enquanto a Europa Ocidental esteve sob o controle político e/ou influência dos Estados Unidos.
A expressão foi celebrizada pelo então primeiro-ministro britânico Sir Winston Churchill, que a usou num discurso em Fulton, em 1946, para designar a política de isolamento adotada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e seus estados-satélites após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, já havia sido usada antes no mesmo contexto por Joseph Goebbels, Lutz Schwerin von Krosigk e pelo próprio Churchill em Maio de 1945.

Extrato do discurso de Churchill no Westminster College, em Fulton, no Missouri, Estados Unidos, em 5 de março de 1946, citando a expressão "iron curtain" ou, em português, "cortina de ferro":
"From Stettin in the Baltic to Trieste in the Adriatic an iron curtain has descended across the Continent. Behind that line lie all the capitals of the ancient states of Central and Eastern Europe. Warsaw, Berlin, Prague, Vienna, Budapest, Belgrade, Bucharest and Sofia; all these famous cities and the populations around them lie in what I must call the Soviet sphere, and all are subject, in one form or another, not only to Soviet influence but to a very high and in some cases increasing measure of control from Moscow."
Numa tradução livre para a língua portuguesa:
"De Stettin, no [mar] Báltico, até Trieste, no [mar] Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Atrás dessa linha estão todas as capitais dos antigos Estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia, Berlim, Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste e Sofia; todas essas cidades famosas e as populações em torno delas estão no que devo chamar de esfera soviética, e todas estão sujeitas, de uma forma ou de outra, não somente à influência soviética mas também a fortes, e em certos casos crescentes, medidas de controle emitidas de Moscovo."
Inicialmente, a Cortina de Ferro era separada da região integrada pelas repúblicas europeias da União Soviética (Rússia, Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Estónia, Geórgia, Cazaquistão, Lituânia, Letónia, Moldávia, Ucrânia) e os estados-satélites da Alemanha Oriental, Polónia, Checoslováquia, Hungria, Bulgária e Romênia. Todos ficavam sob o estrito controle político e económico da URSS. Em 1955 uniram-se militarmente por meio do Pacto de Varsóvia. O bloco se desfez definitivamente em 1991, com a dissolução da URSS.
Os dois blocos de países divididos pela cortina de ferro divergiam em vários aspectos:
  • no plano económico, o Bloco Ocidental buscou a reconstrução no pós-guerra com o Plano Marshall, enquanto o Bloco Oriental utilizou um modelo concorrente, o COMECON;
  • No plano militar, o Bloco Ocidental constituiu a Organização do Tratado do Atlântico Norte em 1948, enquanto que o Bloco Oriental formou o Pacto de Varsóvia de 1955;
  • No plano político, o Bloco Ocidental se manteve como sistema económico o capitalismo liberal, incluindo diferentes tipos de regimes políticos (desde democracias até regimes autoritários), enquanto que o Bloco Oriental adotou o modelo do socialismo e a economia planificada, geralmente sob regimes autoritários de partido único.

Pier Paolo Pasolini nasceu há 90 anos

Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta italiano.




Requiem para Pier Paolo Pasolini


Eu pouco sei de ti mas este crime

torna a morte ainda mais insuportável.

Era novembro,devia fazer frio,mas tu

já nem o ar sentias,o próprio sexo

que sempre fora fonte agora apunhalado.

Um poeta,mesmo solar como tu,na terra

é pouca coisa:uma navalha,o rumor

de abril podem matá-lo - amanhece,

os primeiros autocarros já passaram

as fábricas abrem os portões,os jornais

anunciam greves,repressão,dois mortos na

primeira

página,o sangue apodrece ou brilhará

ao sol,se o sol vier,no meio das ervas.

O assassino,esse seguirá dia após dia

a insultar o amargo coração da vida;

no tribunal insinuará que respondera apenas

a uma agressão (moral) com outra agressão,

como se alguém ignorasse,excepto claro

os meritíssimos juízes,que as putas desta espécie

confundem moral com o próprio cu.

O roubo chega e sobra excelentíssimos senhores

como móbil de um crime que os fascistas,

e não só os de Salô,não se importariam de

assinar.

Seja qual for a razão,e muitas há

que o Capital a Igreja e a Polícia

de mãos dadas estão sempre prontos a justificar,

Pier Paolo Pasolini está morto,

A farsa,a nojenta farsa,essa continua.




Eugénio de Andrade(Novembro,75)

Um dos maiores assassinos da História morreu há 59 anos

Josef Vissarionovitch Stalin (Gori, 18 de dezembro de 1878 - Moscovo, 5 de março de 1953) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até a sua morte em 1953, sendo assim o líder soberano da União Soviética. Seu nome de nascimento era Ioseb Besarionis Dze Džuğashvili e em português seu nome é referido algumas vezes como José Estaline.
Sob a liderança de Stalin, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e passou a atingir o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período, o país também expandiu seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Stalin, Nikita Khrushchov, apresentou seu Discurso secreto oficialmente chamado "Sobre o culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual iniciou-se um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Stalin, alguns o vendo como tirano e outros como líder habilidoso.

Prokofiev morreu há 59 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia), 23 de Abril de 1891Moscovo, 5 de Março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é conhecido mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em tournées, e voltou à terra local, agora União Soviética. Em seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Junto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.
 
 

Heitor Villa-Lobos nasceu há 125 anos


Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 – Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas.


domingo, março 04, 2012

Música para acabar um excelente dia


Miriam Makeba - Mbube

Njalo Ekuseni Uya Waletha Amathamsanqa
Yebo!
Amathamsanqa


Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube

Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube


Uyimbube
Uyimbube Mama We

He! He! He! He!
Uyimbube Mama

We We We We We We
Uyimbube
Uyimbube

Kusukela Kudala Kuloku Kuthiwa
Uyimbube
Uyimbube Mama



Nota: tradução de zulu para inglês:

Every Morning You Bring Us Good Luck
Yes!
Good Luck


Lion
You're A Lion
You're A Lion
You're A Lion

Lion
You're A Lion
You're A Lion
You're A Lion


You're A Lion
You're A Lion, Mama!

Hey! Hey! Hey! Hey!
You're A Lion, Mama

Oh Oh Oh Oh Oh Oh
You're A Lion
You're A Lion

Long, Long Ago People Used To Say
You're A Lion
You're A Lion, Mama

Chico Buarque canta famosa canção de aniversariante de hoje


A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte VII)




in CM de 02.03.2012 (via versão 24horas)

A ética republicana e socialista - o triste caso das mentiras combinadas entre dois aldrabões (parte VI)



in CM de 01.03.2012 (via versão 24horas)

Sócrates? Não falarás...

O silêncio dos responsáveis e o tapete anómico
Esta pequena crónica de Manuela Moura Guedes no Correio da Manhã de hoje resume o estado da arte mediática no nosso país.
O jornal tem divulgado as escutas entre José Sócrates e Luís Arouca, a propósito da licenciatura daquele e do modo como o mesmo pretendeu esconder da opinião pública o assunto, aldrabando, omitindo e procurando manipular a informação a esse respeito. Tudo isso enquanto exercia funções de primeiro-ministro.
Tal como Manuela Moura Guedes refere, poucos ou quase nenhuns comentadores habituais se referem a esta divulgação legítima desses factos e se indignam com o que os mesmos revelam.

A anestesia anómica que atinge uma boa parte dos media encontrou um alfobre bem adubado nas várias direcções de informação. A informação em Portugal e em geral está completamente desviada de assuntos que contendem com ética, moral política ou limpeza de costumes que se liguem a determinados indivíduos de partidos políticos do poder.
Há assuntos que os media em Portugal não abordam, nem tentam sequer uma aproximação tímida e que revele uma realidade que todo o cidadão comum e medianamente inteligente compreende.
Por exemplo, como vivem e de que vivem certas pessoas da ribalta política. Com que dinheiro vivem e como o ganham é sempre uma espécie de tabu que a informação doméstica e suave não sindica nem sequer cheira informativamente.

Antes, durante o consulado governativo daquele mesmo indivíduo, a retracção noticiosa cheirava a medo puro e simples, quando não a sabujice plena e acabada.
Em 2007, altura em que estes factos ocorreram, o governo ainda não tinha entrado na fase descendente e apesar de os mesmos constituírem matéria noticiosa, a importância que lhes foi atribuída reduziu-se à banalidade de factos inconsequentes.

Talvez por isso mesmo, a repristinação do assunto parece não interessar à maioria nem indignar quem deveria. Assim como não interessa indagar o que se passa com os negócios de milhões em que esse indivíduo, enquanto governante, autorizou e promoveu, em nome do interesse colectivo e que prejudicou seriamente esse interesse, por incompetência ou pior ainda. É o caso das PPP e em certos contratos legalmente protegidos mas de contornos duvidosos na área bancária e das grandes empresas (PT, por exemplo).
Os indícios podem aparecer que são rapidamente varridos para debaixo do tapete anómico.

E ainda falam do "fassismo"!

in portadaloja - post de josé

A Ponte Hintze Ribeiro caiu há 11 anos

Monumento em homenagem da Tragédia de Entre-os-Rios

Ficou conhecido como Tragédia de Entre-os-Rios um acidente, ocorrido a 4 de março de 2001, às 21.15 horas, que consistiu no colapso da Ponte Hintze Ribeiro, inaugurada em 1887, e que fazia a ligação entre Castelo de Paiva e a localidade de Entre-os-Rios. Do acidente resultou a morte de 59 pessoas, incluindo os passageiros de um autocarro e três carros que tentavam alcançar a outra margem do rio Douro.
O desastre levou a acusações quanto a negligência do governo português, levando à demissão do Ministro do Equipamento Social da altura, Jorge Coelho.


NOTA: não é curioso que o ministro que, com grande dignidade, se despediu do cargo político por causa de um acidente com uma infraestrutura rodoviária, seja hoje um dos principais responsáveis pela empresa que tem monopolizado os concursos de vias rodoviárias (e não só...) no nosso país...?!?

O mais famoso ballet foi apresentado em público pela 1ª vez há 135 anos

 Principe Siegfried e Odette, selo russo de 1993

O Lago dos Cisnes é um ballet dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. A sua estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscovo no dia 20 de fevereiro de 1877 (4 de março de 1877 no nosso calendário gregoriano) sendo um fracasso não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O ballet foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor começou logo a escrevê-lo.