"O Banco Alimentar Contra a Fome é gerido como uma empresa", diz Isabel Jonet, um "relógio suíço"
O Banco Alimentar é dos mais eficazes da Europa. O seu papel pode ser cada vez mais importante, à medida que a crise se agrava. Mas tem um limite.
domingo, novembro 28, 2010
Notícia no Público sobre Banco Alimentar
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Humor - a crise vista pelo Bandeira
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sábado, novembro 27, 2010
Semana da Ciência e da Tecnologia - Tertúlia on-line (III)
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
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Semana da Ciência e da Tecnologia - Tertúlia on-line (II)
Adriano Correia de Oliveira - Fala do Homem Nascido
Poema: António Gedeão
Música: José Niza
Venho da terra assombrada,
Do ventre de minha mãe;
Não pretendo roubar nada
Nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui,
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci.
Trago boca para comer
E olhos para desejar.
Tenho pressa de viver,
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
Não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
Solta o pano rumo ao norte;
Meu desejo é passaporte
Para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
Nem marés que não convenham,
Nem forças que me molestem,
Correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
Que a Natureza sou eu,
E as forças da Natureza
Nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.
(in "Cantaremos", Orfeu, 1970, reed. Movieplay, 1999)
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Enterrar os mortos e cuidar dos vivos
BANCO ALIMENTAR:Em bom rigor, hoje não faltava nada lá em casa.
Mesmo assim, achei que era minha obrigação descer a um supermercado e fazer compras para o Banco Alimentar. Sugiro que façam o mesmo. Com o que puderem. Com sorte até com desconto em cartão ou produtos em promoção. O que for. Todos não seremos demais para acudir às vítimas da bancarrota Sócrates.
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Sismo ao largo do Algarve
Recebido via e-mail do IM:
Aviso de Sismo no Continente 27-11-2010 07:14
O Instituto de Meteorologia informa que no dia 27-11-2010 pelas 07:14 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 3.3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 35 km a Oeste-Noroeste de Aljezur.
Até à elaboração deste comunicado não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido.
Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados. Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).
A crise e as fardas baratinhas do Hospital de São João
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A crise e a adaptação dos boys
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A crise como pretexto para calar vozes incómodas
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Maqueta da Lisboa ante sismo de 1755 disponível para visita
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Notícia astronómica no Correia da Manhã
As plantas não respiram CO2 - Correcção à notícia!
As plantas respiram, à semelhança dos restantes seres vivos aeróbios (que usam oxigénio no processo de obtenção de energia - respiração aeróbia), oxigénio. O dióxido de carbono é incorporado pelas plantas e demais seres fotossintéticos num processo chamado fotossíntese, que ocorre, neste caso, num organito celular chamado cloroplasto. Na fotossíntese as plantas vão buscar água e elementos minerais ao solo, incorporam um fonte de carbono inorgânico (neste caso o dióxido de carbono) e utilizando a energia do SOL (no espectro do visível) sintetizam compostos orgânicos que vão servir para a sua nutrição, crescimento e ainda estão na base da alimentação das cadeias e redes alimentares. Num outro processo, a respiração aeróbia, as plantas consomem oxigénio para permitir um conjunto de reacções que ocorrem a nível celular, num organito chamado mitocôndria, onde os compostos orgânicos sintetizados na fotossíntese, são agora mobilizados para a produção de energia utilizável pela célula, sob a forma de ATP. Neste processo liberta-se como subproduto o dióxido de carbono, que poderá ser captado para o processo de fotossíntese.
Os nossos agradecimentos...
sexta-feira, novembro 26, 2010
Burros e mentirosos...
Costa Pina: “A pressão está agora centrada em Espanha”
Secretário de Estado do Tesouro e Finanças disse hoje que Portugal tem “conseguido resistir de forma notável à pressão dos mercados” e que a pressão “está agora centrada em Espanha”.
.
- Taxa de juro das obrigações portuguesas a 10 anos: 7%
- Taxa de juro das obrigações espanholas a 10 anos: 5.2%
in Blasfémias - post de João Miranda
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Burros ou mentirosos...?!?
Saberão o que andam a fazer?
Muito bem observado pelo blog Ecotretas. Em Setembro Sócrates dizia que as energias renováveis permitem a Portugal poupar 100 milhões de euros anuais em importações de petróleo. Em Outubro Sócrates já dizia que a poupança era de 700 milhões. Em Abril, Carlos Zorrinho tinha dito que a poupança era de 500 milhões. Ontem, o mesmo Carlos Zorrinho dizia que a poupança é de 800 milhões.
.Como é evidente, comparar, como faz Carlos Zorrinho, o sobrecusto das renováveis com o que eventualmente se poupará em importações não faz qualquer sentido. O sobrecusto é já a diferença entre o que se gasta em renováveis e o que se poupa em combustíveis. A redução de importações de combustíveis não constitui um ganho para a economia nacional se essa redução for conseguida à custa de energia mais cara para o consumidor. Por detrás desse aumento de custos está um aumento do endividamento e da importação de equipamentos para construir eólicas.
in Blasfémias - post de João Miranda
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Humor no 31 da Armada - três exemplos
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XVI Feira Internacional de Minerais de Coimbra
Entrada Livre
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Semana da Ciência e da Tecnologia - Tertúlia on-line
(Lisboa, 24.11.1906 - Lisboa, 17.02.1997)
Filho de um funcionário dos correios e telégrafos e de uma dona de casa, Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu a 24 de Novembro de 1906 na lisboeta freguesia da Sé. Aí cresceu, juntamente com as irmãs, numa casa modesta da rua do Arco do Limoeiro (hoje rua Augusto Rosa), no seio de um ambiente familiar tranquilo, profundamente marcado pela figura materna, cuja influência foi decisiva para a sua vida.
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Sugestão de prenda de Natal
- Preços apresentados incluem IVA à taxa actual
- Portes não incluídos
- Encomendas para encomendas@galactica.pt
- Válido entre 02.11.2010 e 30.11.2010
Informação: Galáctica - Espaço M51
NOTA: post em estereofonia com o blog AstroLeiria.
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Um grande cantor faz hoje anos
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Semana da Ciência e da Tecnologia 2010
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O cantor Fausto faz hoje 62 anos!
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quinta-feira, novembro 25, 2010
Observação astronómica em Leiria
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O 25 de Novembro - há 35 anos
OpiniãoO 'mistério' do 25 de Novembro de 1975
por José Manuel Barroso - 21 Novembro 2006
É sabido: no dia 25 de Novembro de 1975, no final do período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, Portugal esteve à beira de uma guerra civil. Depois de um período de disputa pelo poder político-militar, que abrange todo o Verão de 1975, as forças democráticas (PS, PSD e CDS, na ala partidária, os moderados do Movimento das Forças Armadas, o MFA, liderados pelos Grupo dos Nove, e a Igreja Católica), que lutavam por uma democracia do tipo europeu, e as forças pró-comunistas (PCP, extrema-esquerda e a Esquerda Militar), que procuravam impor ao País um regime autoritário próximo do dos países comunistas, enfrentaram-se em Lisboa.
Venceram os moderados e o caminho para a democracia foi reaberto. Mas a data, isto é, o "quem é quem" e o "quem faz o quê" nos acontecimentos que levaram os radicais do MFA a marchar com a unidade pára-quedista de Tancos sobre a capital e as principais bases aéreas em seu redor, ainda permanece envolto em "mistério". E nem um simples e linear raciocínio de mediana inteligência desata, 30 anos depois, esse "mistério". O "mistério" resume-se a uma pergunta: é, ou não, o PCP, com o apoio operacional da Esquerda Militar, a organização que avança para o confronto e porquê?
Têm-se colocado dúvidas sobre a coerência (ou a "incoerência") de um plano militar "tão frouxo" como o dos revoltosos de Tancos. E, no plano político, sobre as verdadeiras intenções e acção do PCP nessa data. Em suma, perguntam os que alimentam esse "mistério": como poderia o PCP avançar para uma tentativa de mudança do poder político-militar com tal plano militar tão débil? E que quereria ele fazer, de facto, um golpe militar, tomar o poder? As respostas, mesmo com base em depoimentos que não incluem as "memórias" do PCP, são, para mim, simples.
Era o plano militar de quem comandava o 25 de Novembro frouxo? Não. Qualquer aprendiz de militar verifica que uma acção de ocupação do quartel-general (QG) operacional da Força Aérea e das suas principais bases aéreas operacionais não é um plano qualquer. É um plano inteligente e necessário para fazer de novo bascular a balança do poder para a esquerda pró-comunista. Porquê? Porque, estando a principal força de actuação - o Exército - maioritariamente dominada pelos moderados, só o desequilíbrio dos restantes dois ramos das Forças Armadas - Marinha e Força Aérea - poderiam impor ao Exército um realinhamento político-militar e impedir uma eventual acção deste para repor a ordem no País. Tomar o comando da Força Aérea e as suas principais bases significava, "apenas", subtrair ao Exército o seu principal apoio. E era também uma forma de incitar e libertar a Marinha - nomeadamente os fuzileiros - para uma acção ao lado dos radicais.
Que falhou neste plano militar? Duas coisas. Uma, e muito importante, o alinhamento do então comandante operacional do Copcon (QG operacional do MFA), general Otelo Saraiva de Carvalho, ao lado dos pára-quedistas (isto é: da Esquerda Militar). Otelo, que o PCP mais voluntarista contava como aliado e comandante militar "independente" para o golpe, foi para casa nessa madrugada, deixando os revoltosos sem um comando visível (e daí o ódio, que ainda hoje persiste, do PCP a Otelo). Outra, a acção do presidente da República, general Costa Gomes, que se opõe sinceramente a uma guerra civil e dá ordens de fidelidade hierárquica a unidades e cobertura aos militares moderados.
Que falhou no plano político? Otelo e Costa Gomes, de novo. O general Otelo Saraiva de Carvalho, comandante operacional do MFA no 25 de Abril, fora preparado, depois de Março de 1975, para ser o "grande líder" da revolução. É namorado pelo PCP e por Cuba. Tem encontros a sós com Cunhal e Fidel Castro convida-o repetidamente para visitar a ilha. Otelo acaba por lá ir em Julho. É recebido como um herói, é-lhe incentivado um papel de caudilho. Otelo regressa aparentemente convencido, diz que vai mandar os "contra-revolucionários" para a praça de touros do Campo Pequeno e é portador de uma mensagem de Fidel para Costa Gomes anunciando a intervenção cubana em Angola. Mas, depois, Otelo falha sempre: não apoia o primeiro-ministro comunista Vasco Gonçalves nem os pára-quedistas. Costa Gomes também "falha". Deixa Cuba avançar em Angola, até porque Portugal era frágil aí. Mas não dá possibilidade ao golpe do 25 de Novembro de avançar em Lisboa. Homem da Guerra Fria e estratego inteligente, deixa Angola para as superpotências e Portugal para a NATO. Um mês antes do 25 de Novembro, o líder soviético Leonid Breznev, numa conversa a sós de quatro horas, em Moscovo, explicara-lhe que a União Soviética não combateria os EUA na Península Ibérica. Por isso, a primeira preocupação de Costa Gomes, na manhã do 25 de Novembro, é falar com Cunhal e o seu braço popular (não armado, mas armável), a Intersindical. Cunhal aceita, mas ganha tempo para negociar o futuro, sem grandes perdas para o PCP.
Dir-se-ia não haver depoimentos ou provas suficientes do que afirmo. Mas há. Não se conhece tudo, mas o que se apurou, nestes anos de investigação e de recolha de relatos, é suficiente. Explicarei isso em próximo artigo.
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O 25 de Novembro - há 90 anos
A 25 de Novembro a Academia de Coimbra comemora o dia da “TOMADA DA BASTILHA”, feriado da Universidade, e cuja história, passada em 1920, nunca é demais recordar: em tempos, tinha o Senado Universitário cedido à Associação Académica o rés-do-chão do Colégio de São Paulo, na Rua Larga, para sede das suas actividades, onde nos restantes andares do mesmo edifício estava instalado o Clube dos Lentes com espaçosas e requintadas instalações. Com o desenvolvimento da actividade associativa, iam sendo feitas diligências para que fosse cedido mais espaço, que só resultavam em promessas sempre adiadas. Até que um grupo de “Conjurados” combinou em grande secretismo tomar a iniciativa de resolver de vez o problema e ocupar a restante área do edifício para uso dos estudantes. Traçado o plano, caberia a um grupo tomar o Clube dos Lentes, a outro ocupar a Torre da Universidade e aos restantes controlar a área e distrair as autoridades civis e académicas que pudessem ali aparecer. Um ferreiro amigo já teria previamente estudado as fechaduras e fabricado as necessárias chaves, pois não convinha estar a causar danos desnecessários. E na madrugada de 25 de Novembro desencadeou-se a operação, com a tomada das novas instalações. Logo foi lançado um morteiro, dando sinal aos ocupantes da Torre para tocarem a “cabra” a rebate a fim de mobilizar a restante Academia, que na época residia toda ali nas imediações da Universidade, muitos deles em "Repúblicas", para consolidar a acção e festejar o acontecimento. Nesse dia, foi enviado um telegrama ao Presidente da República a dar a notícia da obtenção de uma nova sede para a Academia, tendo ele, que desconhecia as circunstâncias, respondido a congratular-se com o facto, E com tal "despacho Presidencial" o Senado Universitária só teria que se conformar. Assim decorreu o que veio a ser designado por “Tomada da Bastilha”, tornando-se esta data o feriado da Universidade, rijamente comemorado todos os anos. E até à construção dos novos edifícios das Faculdades, que destruiu a “velha Alta”, a festa terminava sempre com um monumental magusto que se prolongava até ao romper o dia. Os "Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa" fazem nessa altura a habitual jantarada no Salão do Casino Estoril, com a comparência do "Magnífico Reitor", representantes das diversas secções, grupos corais, de fados etc.... E no final, um caloroso F-R-A. !
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Novidades da fauna cavernícola Portuguesa
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O 25 de Novembro - há meio milénio Afonso de Albuquerque conquistou Goa
Goa foi cobiçada por ser o melhor porto comercial da região. A primeira investida portuguesa deu-se em 1510, de 4 de Março a 20 de Maio. Nesse mesmo ano, em uma segunda expedição, a 25 de Novembro, Afonso de Albuquerque, auxiliado pelo corsário hindu Timoja, tomou Goa aos árabes, que se renderam sem combate, por o sultão se achar em guerra com o Decão.in Wikipédia
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quarta-feira, novembro 24, 2010
We Will Rock You
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Hoje a música popular portuguesa está de luto
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Marcadores: carpideira, Chula, Michel Giacometti, música, música popular
Recordar Michel Giacometti
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Marcadores: adufe, Catarina Chitas, Michel Giacometti, música popular
Hoje é dia de Greve Geral...
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Marcadores: Annie Lennox, David Bowie, greve, música, Under Pressure
Michel Giacometti morreu há 20 anos
Michel Giacometti (Ajaccio, Córsega, 8 de Janeiro de 1929 - Faro, 24 de Novembro de 1990) foi um etnomusicólogo corso que fez importantes recolhas etno-musicais em Portugal.
(...)
Giacometti interessou-se pela música popular portuguesa após visitar o Museu do Homem em Paris. Veio viver para Portugal em 1959 quando soube que tinha tuberculose.Acaba por se fixar em Bragança. Fundou os Arquivos Sonoros Portugueses em 1960. Percorreu o país nas décadas seguintes, até 1982, tendo gravado cantores e músicas tradicionais que o povo cantava no seu quotidiano.Com Fernando Lopes Graça lançou a "Antologia da Música Regional Portuguesa", os conhecidos discos de sarapilheira, editados pela Arquivos Sonoros Portugueses em cinco volumes.A partir de 1970 apresentou na RTP, durante três anos, o programa "Povo que Canta", realizado por Alfredo Tropa.Em 1981 foi editado, pelo Círculo de Leitores, o "Cancioneiro Popular Português" que contou com a colaboração de Fernando Lopes Graça.Em 1987 foi inaugurado em Setúbal o Museu do Trabalho. O museu teve importante colaboração de Giacometti na elaboração da exposição "O Trabalho faz o Homem".Morreu em Faro no dia 24 de Novembro de 1990. Está sepultado na pequena aldeia de Peroguarda, no concelho de Ferreira do Alentejo.Em 1991, o Museu do Trabalho de Setúbal, com uma vasta colecção de instrumentos agrícolas e objectos do quotidiano recolhidos por Giacometti, passou a denominar-se Museu do Trabalho Michel Giacometti. A reabertura foi em 18 de Maio de 1995. O seu espólio encontra-se também noutros museus, como o Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, o Museu da Música Portuguesa (Casa Verdades de Faria, no Monte Estoril) e ainda o Museu Nacional de Etnologia.
in Wikipédia
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Freddie Mercury morreu há 19 anos
Freddie Mercury, nome artístico de Farokh Bulsara (Stone Town, 5 de Setembro de 1946 — Londres, 24 de Novembro de 1991), foi o vocalista e líder da banda de rock britânica Queen. É considerado pelos críticos e por diversas votações populares um dos melhores cantores de todos os tempos e uma das vozes mais conhecidas do mundo.
in Wikipédia
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terça-feira, novembro 23, 2010
Palestra sobre Astronomia e Observação Astronómica em Lisboa
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Seminário em Évora
M. BAHIR
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O país do faz de conta e a bancarrota
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Celebrar Herberto Helder no dia do seu aniversário
O Poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne.
Sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
rios, a grande paz exterior das coisas,
folhas dormindo o silencio
a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
insustentável, único,
invade as casas deitadas nas noites
e as luzes e as trevas em volta da mesa
e a força sustida das cisas
e a redonda e livre harmonia do mundo.
Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério
- E o poema faz-se contra a carne e o tempo.
Herberto Helder
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Poema do aniversariante de hoje
Deixarei os jardins a brilhar com seus olhos
Deixarei os jardins a brilhar com seus olhos
detidos: hei-de partir quando as flores chegarem
à sua imagem. Este verão concentrado
em cada espelho. O próprio
movimento o entenebrece. Mas chamejam os lábios
dos animais. Deixarei as constelações panorâmicas destes dias
internos.
Vou morrer assim, arfando
entre o mar fotográfico
e côncavo
e as paredes com as pérolas afundadas. E a lua desencadeia nas grutas
o sangue que se agrava.
Está cheio de candeias, o verão de onde se parte,
ígneo nessa criança
contemplada. Eu abandono estes jardins
ferozes, o génio
que soprou nos estúdios cavados. É a cólera que me leva
aos precipícios de agosto, e a mansidão
traz-me às janelas. São únicas as colinas como o ar
palpitante fechado num espelho. É a estação dos planetas.
Cada dia é um abismo atómico.
E o leite faz-se tenro durante
os eclipses. Bate em mim cada pancada do pedreiro
que talha no calcário a rosa congenital.
A carne, asfixiam-na os astros profundos nos casulos.
O verão é de azulejo.
É em nós que se encurva o nervo do arco
contra a flecha. Deus ataca-me
na candura. Fica, fria,
esta rede de jardins diante dos incêndios. E uma criança
dá a volta à noite, acesa completamente
pelas mãos.
Herberto Helder
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