Mostrar mensagens com a etiqueta banco alimentar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta banco alimentar. Mostrar todas as mensagens

domingo, novembro 28, 2021

Podemos dar pouco com resultados grandiosos...


Parece que este fim de semana o Banco Alimentar quer a nossa ajuda. Para perceberem que às vezes uma simples moeda faz a diferença, um pequeno exemplo...



sexta-feira, novembro 16, 2012

Sobre caridadezinhas, Bancos Alimentares e comentários desbocados - versão soviética de há 90 anos...

Um passado que não passa

Cartaz sobre a fome, 1921

No dia 16 de novembro de 1922, há precisamente 90 anos, o velho paquete alemão Preussen partia de Petrogrado rumo a Stettin, na Alemanha. Transportava deportados. Ficou na história como “o navio dos filósofos”.
O regime bolchevique estava cada vez mais preocupado com a intelligentsia não alinhada com o regime. O início do século XX fora um período de grande renovação intelectual e espiritual na Rússia. Forças criativas libertaram-se, promovendo o pensamento filosófico que, à maneira russa, surgia intimamente ligado a uma intensificação da consciência religiosa e a propósitos de reforma social.
Nada havia, portanto, de reaccionário nesses movimentos, apesar do apelo à alma russa e aos valores pátrios. Muitos dos seus cultores abandonaram posições mais radicais, abraçando aqueles valores. Do marxismo para o idealismo, do esteticismo para o misticismo, do ateísmo para Cristo, do positivismo para a metafísica, do materialismo para a filosofia cristã, queriam sobretudo mudar sem perder as raízes russas.

N. A. Berdyaev (1874-1948)

O nome mais conhecido era o do filósofo Berdyaev. Mas muitos outros contribuíram então para a revitalização do pensamento russo. Esses homens e mulheres, ávidos de mudança, acompanharam com esperança a revolução de 1905, desiludiram-se com a efémera democratização, iludiram-se com a revolução de Fevereiro mas não deram qualquer crédito à revolução de Outubro. Afinal, os bolcheviques negavam todos os seus valores.
Estes reformadores não quiseram acompanhar a aristocracia e os generais brancos que emigraram. O seu propósito foi o de ficar na Rússia. Em 1918, Berdyaev criou a Academia Livre da Cultura Espiritual. Semyon Frank, Ivanov e Stepun continuavam a ensinar na Universidade de Moscovo. Em 1919, renasceu a Sociedade Filosófica de S. Petersburgo. Lossky e Radov lançaram uma revista filosófica. Assistiu-se, então, a algo de extraordinário. Advogados e comerciantes, operários e marinheiros, encontravam-se, não nas manifestações, mas em pequenas salas onde se lia poesia e se refletia sobre o futuro da Rússia. Falava-se sobre Deus e sobre a alma russa, pensava-se uma democracia verdadeiramente russa, onde as forças espirituais prevalecessem sobre o materialismo.
Algo de extraordinário, com efeito. Estava-se a construir uma nova “obshchestvennost”, ou seja, uma esfera pública não dominada pelas autoridades. Algo de impensável, que assustou profundamente Lenine e o Politburo. Para estes, era claro que, para construir a sociedade socialista, o espaço público tinha de ser uniforme. Por outras palavras, apenas devia existir uma “obshchestvennost” soviética. O que obrigava a dissolver todas as organizações independentes e “afastar”, seja o que for que isso signifique, todo o pensamento não alinhado. Chama-se a isto totalitarismo.
A intenção era destruir a intelligentsia russa e construir uma nova e exclusiva intelligentsia soviética. Nenhuma independência de pensamento seria permitida. Essa foi a primeira prioridade, depois de vencida a guerra civil. Assim se vê a força das ideias.
É interessante analisar como nasce e se desenvolve a ideia de que o Estado soviético se tinha de desembaraçar dos divergentes. Um dos casos mais interessantes é o de Yekaterina Kuskova. Não era uma grande intelectual, mas alguém com ideias muito firmes sobre as mudanças necessárias, o que fez com que nunca abraçasse o marxismo, mas defendesse profundas reformas sociais.

Yekaterina Kuskova (1869-1958)

A fome que ameaçou os campos russos e que em 1921 chegou às portas de Moscovo, levou-a a criar, conjuntamente com outros intelectuais não bolcheviques, o Comité Russo de Ajuda aos Famintos. Por outras palavras, Yekaterina Kuskova criou um Banco Alimentar naquelas paragens. Dada a situação desesperada, a liderança bolchevique não se opôs, mas manteve a vigilância com a maior das desconfianças. Qualquer russo que pudesse ganhar notoriedade por ajudar a resolver problemas que o Estado, por si, não poderia solucionar, transformava-se numa ameaça para a autoridade do Estado e dos seus líderes. Lenine teve de se impor perante os outros membros do Politburo, afirmando mesmo a um deles, o Comissário da Saúde, Nikolai Semashko: “- Não sejas caprichoso, meu caro. Não fiques invejoso da Kuskova. A directiva do Politburo é: tornar a Kuskova completamente inofensiva. (…) vigia essa gente rigorosamente.”
É muito interessante ver de que modo Lenine se queria servir da iniciativa daquelas pessoas de boa vontade. Kuskova pensava que, dada a situação, a ajuda só poderia vir de fora. E que, para as potências ocidentais ajudarem a Rússia, cujo regime há tão pouco tempo tentaram derrubar, esse auxílio só poderia ser obtido se fosse solicitado, não pelo governo mas pela sociedade civil. Lenine, pelos vistos, concordava com ela. Assim, serviu-se desta organização para garantir a intervenção da American Relief Administration, de Herbert Hoover. Mal o conseguiu, mandou prender todos os dirigentes do Comité Russo de Ajuda aos Famintos.

Cartaz saudando a acção da American Relief Administration, 1922

Lenine tinha menos receio dos americanos que tinham prestado auxílio por toda a Europa de leste e que, por exemplo, tinham intervindo na Hungria, enviando alimentos, mas colaborando activamente na queda do soviete de Bela Kun. Os russos de boa vontade faziam-lhe mais medo: corriam o risco de provar que as pessoas podiam, movidas por puro altruísmo e desejo de melhorar a sorte dos desprovidos, fazer muito melhor do que o Estado. Afinal, não seria essa a forma mais radical de demonstrar a falência dos princípios que inspiravam o novo regime?
Yekaterina Kuskova e os seus companheiros foram exilados para longe de Moscovo. Depois, a sanha persecutória voltou a manifestar-se através do inefável Comissário da Saúde: Nikolai Semashko descobriu que havia médicos que se queriam organizar autonomamente. Ora, era evidente que no Estado soviético só se poderia praticar medicina soviética, fosse lá isso o que fosse. Propôs ao Politburo a “remoção” (estes eufemismos são fantásticos) dos médicos dissidentes. Lenine pediu a intervenção de Estaline, que aproveitou para propor um alargamento da “remoção” a todos os dissidentes. O Politburo, onde ainda estavam Kamenev, Rykov e Molotov, aprovou a medida. Entusiasticamente. É bom recordar que também votou a favor um certo Trotsky cujos seguidores continuam a ter uma congénita repulsa por pessoas que fazem bem aos outros sem estarem enquadradas nas organizações que consideram aceitáveis. Os hábitos disfarçam-se, mas nunca se perdem.
Entrou então em ação a OGPU de Dzerzinski, que, pressuroso, apresentou de imediato um relatório intitulado “Dos Grupos Anti-Soviéticos entre a Intelligentsia”. Aí se começou o labor de identificação dos intelectuais a remover. Lá estavam Yekaterina Kuskova, Berdyaev, Stepun e muitos outros. Meses depois, deixariam a Rússia para não mais voltar. Alguns seguiriam no Preussen. Em 16 de novembro de 1922. Há precisamente noventa anos, uma história para os nossos dias.
in Malomil - post de José Luís Moura Jacinto

domingo, dezembro 26, 2010

O estado a que chegámos

(imagem daqui)

Estado social-socialista

«….61 por cento dos 2,2 mil milhões de euros [de ajudas aprovadas em 2009 pelo Governo para combater os efeitos da crise internacional em Portugal], foram para a banca, 36 por cento para as empresas e um por cento para o apoio ao emprego.»(p)
.
é este o estado social que temos e que Sócrates e o seu manga de alpaca Teixeira dos Santos tem sustentando.Uma notícia destas seria capa num país onde a imprensa fosse livre. Ou onde os cidadãos se interessassem em saber porque pagam, para quê e quem beneficia do seu dinheiro.  Mas a bovinidade geral leva a que se aceite que se torrem milhões em benefício de quem andou a fazer asneiras e que devia ter sofrido as consequências no seu património (como qualquer cidadão) mas que viram tal evitado por decisão de Teixeira dos Santos/Sócrates que foram a correr tirar mais dinheiro aos portugueses para ajudar os amigos. É este o estado social : roubar a quem trabalha para dar a parasitas.

in Blasfémias - post de Gabriel Silva

NOTA: se não fosse trágica esta notícia era mesmo humor - mas aproxima-se a data em que as pessoas se aperceberão, desta vez no bolso e na boca, de que se trata aqui neste texto.

domingo, novembro 28, 2010

Notícia no Público sobre Banco Alimentar

(imagem daqui)
 
"O Banco Alimentar Contra a Fome é gerido como uma empresa", diz Isabel Jonet, um "relógio suíço"


O Banco Alimentar é dos mais eficazes da Europa. O seu papel pode ser cada vez mais importante, à medida que a crise se agrava. Mas tem um limite.

NOTA: é favor ler o texto do Público para perceber a enormidade da tarefa do Banco Alimentar e a qualidade do trabalho dos voluntários. Nesta altura em que a fome vai apertar (na minha Escola já o notamos...) todos somos poucos para ajudar - bora lá ajudar o Banco Alimentar...!

sábado, novembro 27, 2010

Enterrar os mortos e cuidar dos vivos

(imagem daqui)

BANCO ALIMENTAR:

Em bom rigor, hoje não faltava nada lá em casa.
Mesmo assim, achei que era minha obrigação descer a um supermercado e fazer compras para o Banco Alimentar. Sugiro que façam o mesmo. Com o que puderem. Com sorte até com desconto em cartão ou produtos em promoção. O que for. Todos não seremos demais para acudir às vítimas da bancarrota Sócrates.

in Mar Salgado
- post de Vasco Lobo Xavier

NOTA: eu fiz o mesmo - ajudei no pouco que posso. E tu aí?

segunda-feira, novembro 15, 2010

A luta contra a fome e as Escolas

Fome
Escolas apoiam pobres

Professores e funcionários ajudam a recolher alimentos para distribuir na escola

O agrupamento de escolas Pedro D’Orey Cunha tem um banco alimentar para apoiar os mais carenciados. Carla Pietra, funcionária, ajuda na recolha. O director, António Gamboa, diz que em 2009 foram doados 400 kg de comida.

in CM - ler notícia