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domingo, julho 14, 2024

A Tomada da Bastilha foi há 235 anos...

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël
    
A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a multidão incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
    

   

Miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
     
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
        

sábado, novembro 25, 2023

A Tomada da Bastilha, pela Academia de Coimbra, foi há 103 anos...!


Tomada da Bastilha, Coimbra, 25 de novembro de 1920
 

A 25 de novembro a Academia de Coimbra comemora o dia da “TOMADA DA BASTILHA”, feriado da Universidade, e cuja história, passada em 1920, nunca é demais recordar: em tempos, tinha o Senado Universitário cedido à Associação Académica o rés-do-chão do Colégio de São Paulo, na Rua Larga, para sede das suas atividades, onde nos restantes andares do mesmo edifício estava instalado o Clube dos Lentes com espaçosas e requintadas instalações. Com o desenvolvimento da atividade associativa, iam sendo feitas diligências para que fosse cedido mais espaço, que só resultavam em promessas sempre adiadas. Até que um grupo de “Conjurados” combinou em grande secretismo tomar a iniciativa de resolver de vez o problema e ocupar a restante área do edifício para uso dos estudantes. Traçado o plano, caberia a um grupo tomar o Clube dos Lentes, a outro ocupar a Torre da Universidade e aos restantes controlar a área e distrair as autoridades civis e académicas que pudessem ali aparecer. Um ferreiro amigo já teria previamente estudado as fechaduras e fabricado as necessárias chaves, pois não convinha estar a causar danos desnecessários. E na madrugada de 25 de novembro desencadeou-se a operação, com a tomada das novas instalações. Logo foi lançado um morteiro, dando sinal aos ocupantes da Torre para tocarem a “cabra” a rebate a fim de mobilizar a restante Academia, que na época residia toda ali nas imediações da Universidade, muitos deles em "Repúblicas", para consolidar a ação e festejar o acontecimento. Nesse dia, foi enviado um telegrama ao Presidente da República a dar a notícia da obtenção de uma nova sede para a Academia, tendo ele, que desconhecia as circunstâncias, respondido a congratular-se com o facto, E com tal "despacho Presidencial" o Senado Universitária só teria que se conformar. Assim decorreu o que veio a ser designado por “Tomada da Bastilha”, tornando-se esta data o feriado da Universidade, rijamente comemorado todos os anos. E até à construção dos novos edifícios das Faculdades, que destruiu a “Velha Alta”, a festa terminava sempre com um monumental magusto que se prolongava até ao romper o dia. Os "Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa" fazem nessa altura a habitual jantarada no Salão do Casino Estoril, com a comparência do "Magnífico Reitor", representantes das diversas secções, grupos corais, de fados etc.... E no final, um caloroso F-R-A. !
      
Texto roubado daqui 

sexta-feira, julho 14, 2023

A Tomada da Bastilha foi há 234 anos...

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël
    
A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a multidão incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
    
   

Miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
     
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
        

sexta-feira, novembro 25, 2022

A Tomada da Bastilha, em Coimbra, foi há 102 anos - venha outra...!


Tomada da Bastilha, Coimbra, 25 de novembro de 1920
 

A 25 de novembro a Academia de Coimbra comemora o dia da “TOMADA DA BASTILHA”, feriado da Universidade, e cuja história, passada em 1920, nunca é demais recordar: em tempos, tinha o Senado Universitário cedido à Associação Académica o rés-do-chão do Colégio de São Paulo, na Rua Larga, para sede das suas atividades, onde nos restantes andares do mesmo edifício estava instalado o Clube dos Lentes com espaçosas e requintadas instalações. Com o desenvolvimento da atividade associativa, iam sendo feitas diligências para que fosse cedido mais espaço, que só resultavam em promessas sempre adiadas. Até que um grupo de “Conjurados” combinou em grande secretismo tomar a iniciativa de resolver de vez o problema e ocupar a restante área do edifício para uso dos estudantes. Traçado o plano, caberia a um grupo tomar o Clube dos Lentes, a outro ocupar a Torre da Universidade e aos restantes controlar a área e distrair as autoridades civis e académicas que pudessem ali aparecer. Um ferreiro amigo já teria previamente estudado as fechaduras e fabricado as necessárias chaves, pois não convinha estar a causar danos desnecessários. E na madrugada de 25 de novembro desencadeou-se a operação, com a tomada das novas instalações. Logo foi lançado um morteiro, dando sinal aos ocupantes da Torre para tocarem a “cabra” a rebate a fim de mobilizar a restante Academia, que na época residia toda ali nas imediações da Universidade, muitos deles em "Repúblicas", para consolidar a ação e festejar o acontecimento. Nesse dia, foi enviado um telegrama ao Presidente da República a dar a notícia da obtenção de uma nova sede para a Academia, tendo ele, que desconhecia as circunstâncias, respondido a congratular-se com o facto, E com tal "despacho Presidencial" o Senado Universitária só teria que se conformar. Assim decorreu o que veio a ser designado por “Tomada da Bastilha”, tornando-se esta data o feriado da Universidade, rijamente comemorado todos os anos. E até à construção dos novos edifícios das Faculdades, que destruiu a “Velha Alta”, a festa terminava sempre com um monumental magusto que se prolongava até ao romper o dia. Os "Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa" fazem nessa altura a habitual jantarada no Salão do Casino Estoril, com a comparência do "Magnífico Reitor", representantes das diversas secções, grupos corais, de fados etc.... E no final, um caloroso F-R-A. !
      
Texto roubado daqui 

quinta-feira, julho 14, 2022

A Tomada da Bastilha foi há 233 anos

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël
    
A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a multidão incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
    
   
Gravure de 1789 dépeignant des miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
     
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
        

quinta-feira, novembro 25, 2021

A Tomada da Bastilha, em Coimbra, foi há 101 anos!


Tomada da Bastilha, Coimbra, 25 de novembro de 1920
 

A 25 de novembro a Academia de Coimbra comemora o dia da “TOMADA DA BASTILHA”, feriado da Universidade, e cuja história, passada em 1920, nunca é demais recordar: em tempos, tinha o Senado Universitário cedido à Associação Académica o rés-do-chão do Colégio de São Paulo, na Rua Larga, para sede das suas actividades, onde nos restantes andares do mesmo edifício estava instalado o Clube dos Lentes com espaçosas e requintadas instalações. Com o desenvolvimento da actividade associativa, iam sendo feitas diligências para que fosse cedido mais espaço, que só resultavam em promessas sempre adiadas. Até que um grupo de “Conjurados” combinou em grande secretismo tomar a iniciativa de resolver de vez o problema e ocupar a restante área do edifício para uso dos estudantes. Traçado o plano, caberia a um grupo tomar o Clube dos Lentes, a outro ocupar a Torre da Universidade e aos restantes controlar a área e distrair as autoridades civis e académicas que pudessem ali aparecer. Um ferreiro amigo já teria previamente estudado as fechaduras e fabricado as necessárias chaves, pois não convinha estar a causar danos desnecessários. E na madrugada de 25 de novembro desencadeou-se a operação, com a tomada das novas instalações. Logo foi lançado um morteiro, dando sinal aos ocupantes da Torre para tocarem a “cabra” a rebate a fim de mobilizar a restante Academia, que na época residia toda ali nas imediações da Universidade, muitos deles em "Repúblicas", para consolidar a acção e festejar o acontecimento. Nesse dia, foi enviado um telegrama ao Presidente da República a dar a notícia da obtenção de uma nova sede para a Academia, tendo ele, que desconhecia as circunstâncias, respondido a congratular-se com o facto, E com tal "despacho Presidencial" o Senado Universitária só teria que se conformar. Assim decorreu o que veio a ser designado por “Tomada da Bastilha”, tornando-se esta data o feriado da Universidade, rijamente comemorado todos os anos. E até à construção dos novos edifícios das Faculdades, que destruiu a “Velha Alta”, a festa terminava sempre com um monumental magusto que se prolongava até ao romper o dia. Os "Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa" fazem nessa altura a habitual jantarada no Salão do Casino Estoril, com a comparência do "Magnífico Reitor", representantes das diversas secções, grupos corais, de fados etc.... E no final, um caloroso F-R-A. !
      
Texto roubado daqui 

quarta-feira, julho 14, 2021

A Tomada da Bastilha foi há 232 anos

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël
    
A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a multidão incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
    
   
Gravure de 1789 dépeignant des miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
     
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
        

quarta-feira, novembro 25, 2020

Em Coimbra, a Tomada da Bastilha foi há um século...!


Tomada da Bastilha, Coimbra, 25 de novembro de 1920
 
A 25 de novembro a Academia de Coimbra comemora o dia da “TOMADA DA BASTILHA”, feriado da Universidade, e cuja história, passada em 1920, nunca é demais recordar: em tempos, tinha o Senado Universitário cedido à Associação Académica o rés-do-chão do Colégio de São Paulo, na Rua Larga, para sede das suas actividades, onde nos restantes andares do mesmo edifício estava instalado o Clube dos Lentes com espaçosas e requintadas instalações. Com o desenvolvimento da actividade associativa, iam sendo feitas diligências para que fosse cedido mais espaço, que só resultavam em promessas sempre adiadas. Até que um grupo de “Conjurados” combinou em grande secretismo tomar a iniciativa de resolver de vez o problema e ocupar a restante área do edifício para uso dos estudantes. Traçado o plano, caberia a um grupo tomar o Clube dos Lentes, a outro ocupar a Torre da Universidade e aos restantes controlar a área e distrair as autoridades civis e académicas que pudessem ali aparecer. Um ferreiro amigo já teria previamente estudado as fechaduras e fabricado as necessárias chaves, pois não convinha estar a causar danos desnecessários. E na madrugada de 25 de novembro desencadeou-se a operação, com a tomada das novas instalações. Logo foi lançado um morteiro, dando sinal aos ocupantes da Torre para tocarem a “cabra” a rebate a fim de mobilizar a restante Academia, que na época residia toda ali nas imediações da Universidade, muitos deles em "Repúblicas", para consolidar a acção e festejar o acontecimento. Nesse dia, foi enviado um telegrama ao Presidente da República a dar a notícia da obtenção de uma nova sede para a Academia, tendo ele, que desconhecia as circunstâncias, respondido a congratular-se com o facto, E com tal "despacho Presidencial" o Senado Universitária só teria que se conformar. Assim decorreu o que veio a ser designado por “Tomada da Bastilha”, tornando-se esta data o feriado da Universidade, rijamente comemorado todos os anos. E até à construção dos novos edifícios das Faculdades, que destruiu a “Velha Alta”, a festa terminava sempre com um monumental magusto que se prolongava até ao romper o dia. Os "Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa" fazem nessa altura a habitual jantarada no Salão do Casino Estoril, com a comparência do "Magnífico Reitor", representantes das diversas secções, grupos corais, de fados etc.... E no final, um caloroso F-R-A. !
    
Texto roubado daqui 
  

terça-feira, julho 14, 2020

A Tomada da Bastilha foi há 231 anos

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël
   
A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
   
   
Gravure de 1789 dépeignant des miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
     
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
      

domingo, julho 14, 2019

A Tomada da Bastilha foi há 230 anos

A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
  

Gravure de 1789 dépeignant des miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
  
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
  

terça-feira, julho 14, 2015

A Tomada da Bastilha foi há 226 anos

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël

A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille) foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789 que ocorreu antes dos estados gerais. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão, contivesse apenas sete prisioneiros na época, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa.

domingo, julho 14, 2013

A Tomada da Bastilha foi há 224 anos

A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.

A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.

A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das 18 horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.

sábado, julho 14, 2012

A Queda da Bastilha foi há 223 anos

A Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.


Gravure de 1789 dépeignant des miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques

La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.