Wilde foi criado numa família
protestante (convertendo-se à
Igreja Católica depois), estudou na
Portora Royal School de
Enniskillen e no
Trinity College de
Dublin, onde sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o
Magdalen College de
Oxford .
Wilde saiu de Oxford em
1878. Um pouco antes havia ganhado o prémio "Newdigate" com o poema "Ravenna".
Passou a morar em
Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo caracterizado pelas atitudes extravagantes.
Foi convidado para ir aos
Estados Unidos
a fim de dar uma série de palestras sobre o movimento estético por ele
fundado, o esteticismo, ou dandismo, que defendia, a partir de
fundamentos históricos, o belo como antídoto para os horrores da
sociedade industrial, sendo ele mesmo um
dândi.
Em
1883, vai para
Paris e entra para o mundo literário local, o que o leva a abandonar seu movimento estético. Volta para a
Inglaterra e casa-se com
Constance Lloyd, filha de um rico advogado de
Dublin, indo morar em
Chelsea, um bairro de artistas londrinos. Com Constance teve dois filhos, Cyril, em
1885 e Vyvyan, em
1886. O melhor período intelectual de
Oscar Wilde é o que vai de
1887 a
1895.
Publica contos como
O Príncipe Feliz e
O Rouxinol e a Rosa, que escrevera para os seus filhos, e
O crime de Lord Artur Saville.
Oscar Wilde foi pioneiro na criação do filme de drama e no de ação.
A situação financeira de Wilde começou a melhorar, e, com ela,
conquista uma fama ainda maior. O sucesso literário foi acompanhado de
uma vida bastante mundana, e suas atitudes tornaram-se cada vez mais
excêntricas.
Em Maio de
1895,
após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com
trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes". Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado
Bosie, publicada no livro
De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de Lorde
Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie, o
Marquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a Douglas.
A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza
para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das
críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como
estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a
arte estão presentes na obra de Wilde.
Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso
escritor viu, no cárcere, serem consumidas a saúde e a reputação. No presídio, o autor de
Salomé (1893) produziu, entre outros escritos,
De Profundis, o clássico anarquista,
A Alma do Homem sob o Socialismo e a célebre
Balada do Cárcere de Reading'.
Foi libertado em 19 de maio de
1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior,
Robert Ross.
Passou a morar em
Paris
e a usar o pseudónimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais
simples, e o escritor morava em um lugar humilde, de apenas dois
quartos. A produtividade literária é pequena.
O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.
Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela Igreja Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey (datada de 14 de Dezembro de 1900), disse: Ele
estava consciente de que havia pessoas presentes, e levantou sua mão
quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou nossas mãos. Eu então
fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade
encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo
e a Extrema Unção - Oscar não pode tomar a Eucaristia.
Wilde foi enterrado no
Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o
Cemitério de Père Lachaise em
Paris, sendo o seu túmulo feito pelo escultor
Sir Jacob Epstein, a pedido de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento
para seus próprios restos mortais. O seu corpo foi transferido para o túmulo
em 1950.