Sir Winston Leonard Spencer-Churchill KG, OM, CH, TD, PC, DL, FRS, Hon. RA (
Oxfordshire,
30 de novembro de
1874 -
Londres,
24 de janeiro de
1965) foi um político
conservador e
estadista britânico, famoso principalmente por sua atuação como
primeiro-ministro do Reino Unido durante a
Segunda Guerra Mundial.
Ele foi primeiro-ministro por duas vezes (1940-45 e 1951-55). Orador e
estadista notável ele também foi Oficial no Exército Britânico,
historiador,
escritor e
artista. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o
Prémio Nobel de Literatura e o primeiro Cidadão Honorário dos Estados Unidos.
Vida pessoal
Dos dois aos seis anos de idade viveu em
Dublin aonde seu avô havia sido indicado como
Vice-Rei
da Irlanda e empregado seu pai como secretário pessoal. Especula-se que
Wisnton pode ter desenvolvido sua fascinação por assuntos militares a
partir de sua convivência e observação de paradas militares passando
pelo
Áras an Uachtaráin (então Pavilhão do Vice-Rei).
Vários autores, escrevendo nas décadas de 1920 e 1930, mencionam uma dificuldade de fala de Churchill como grave e agonizante. Seus
discursos eram preparados para evitar hesitações e diminuir o efeito de
sua dificuldade. A esse respeito Churchill afirmou que sua dificuldade
não o atrapalhava.
A carreira literária de Churchill começou com os relatórios da
campanha: A história do Campo de Malakand Force (1898) e A Guerra do Rio
(1899), uma conta de campanha no Sudão e na batalha de Omdurman.
Em 1900, ele publicou seu único romance, Savrola e, seis anos depois,
sua primeira grande obra, a biografia de seu pai, Lorde Randolph
Churchill.
Vida política
Em 1900, tornou-se um membro do Parlamento, eleito aos vinte e seis anos pelo
Partido Conservador.
Tendo passado para os liberais, foi subscretário das colónias em 1905 e
membro pleno do Gabinete como ministro do Comércio, três anos mais
tarde.
Primeiro
Lorde do Almirantado na
Primeira Guerra Mundial,
teve de renunciar depois da desastrada expedição dos Dardanelos. Depois
de servir na frente de combate na França, retornou ao governo como
ministro do Material Bélico, voltando ao Partido Conservador em seguida e
se tornando ministro das Finanças ("
Chancellor of the Exchequer"), após a guerra.
No período entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, na
Câmara dos Comuns, por uma violenta crítica ao
nazismo alemão,
rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos
recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro
próximo e temendo que o
Reino Unido
não estivesse preparado para resistir. Na ocasião, Churchill foi
acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta
previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser
eleito
primeiro-ministro nove meses após a
invasão da Polónia por
Hitler em setembro de
1939 e consequente
declaração de guerra à
Alemanha pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a
Polónia.
Em
10 de maio de
1940, Churchill chegou ao cargo de
primeiro-ministro britânico,
contando 65 anos de idade. Seus discursos memoráveis, conclamando o
povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então
presidente americano
Franklin Delano Roosevelt, visando a que os
Estados Unidos da América
ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito
dos aliados. O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória
permitiram-lhe manter a coesão do povo britânico nas horas de prova
suprema que significaram os bombardeamentos sistemáticos da
Alemanha sobre
Londres e outras cidades do
Reino Unido. Devido a estes bombardeamentos em
20 de julho de
1944, mesmo dia em que
Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar
gás venenoso
em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra
moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos,
abandonando a ideia ao final.
Nessa época, ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios
simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs
deitado na cama, tomando banho em um cómodo separado de seu quarto, de
forma tal que às vezes oficiais ingleses encontravam-no andando pelo
prédio seminu e molhado. A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo bastantes
whiskies, apavorava seu médico.
Apesar da vitória na
Segunda Guerra Mundial, em
1945 os
conservadores de Churchill perderam as eleições para os trabalhistas, liderados por
Clement Attlee, que se tornou primeiro-ministro. Em
1951, em razão de vitória por ampla maioria dos conservadores nas eleições daquele ano, Churchill voltou ao cargo de primeiro-ministro; tinha então 76 anos de idade.
Recebeu o
Nobel de Literatura de
1953,
por suas memórias de guerra (cinco volumes, também disponível nas
livrarias em versão condensada, em volume único) e seu trabalho
literário e jornalístico, anterior aos tempos de primeiro-ministro. Na
ocasião, ele foi saudado como o maior dos ingleses vivos. Foi o primeiro
a cunhar o termo "
cortina de ferro" para ilustrar a separação entre a
Europa comunista e a ocidental.
Em primeiro de março de
1955, Churchill proferiu seu último discurso na Câmara dos Comuns como
chefe de governo, intitulado "Jamais desesperar" anunciando a sua renúncia ao
mandato de primeiro-ministro, não sem antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco de
guerra nuclear.
Depois, continuou na Câmara dos Comuns até pouco tempo antes de
falecer. Nos últimos anos de vida parlamentar, teve atuação discreta,
proferindo discursos apenas ocasionalmente.
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