O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Tomás de Torquemada (Valladolid, 1420 - Ávila, 16 de setembro de 1498) ou O Grande Inquisidor foi o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão no século XV e confessor da rainha Isabel a Católica. Ele foi descrito pelo cronista espanhol Sebastián de Olmedo
como "O martelo dos hereges, a luz de Espanha, o salvador do seu país,
a honra do seu fim". Torquemada é conhecido por sua campanha contra os
judeus e muçulmanos convertidos da Espanha. O número de autos-de-fé durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceite é normalmente de 2.200 vítimas.
Carlos Gomes nasceu em Campinas e ficou conhecido por Nhô Tonico, nome com que assinava, até, suas dedicatórias. Nasceu numa segunda-feira numa humilde casa da Rua da Matriz Nova, na "cidade das andorinhas". Foram seus pais Manuel José Gomes (Maneco Músico) e dona Fabiana Jaguari Gomes.
A
vida de Antônio Carlos Gomes foi, sempre, marcada pela dor. Muito
criança ainda, perdeu a mãe, tragicamente, assassinada aos vinte e oito
anos. O seu pai vivia em dificuldades, com diversos filhos para
sustentar. Com eles, formou uma banda musical, onde Carlos Gomes
iniciou seus passos artísticos. Desde cedo, revelou os seus pendores
musicais, incentivado pelo pai e depois por seu irmão, José Pedro de
Sant'Ana Gomes, fiel companheiro das horas amargas.
É na banda
do pai, que mais tarde Carlos Gomes viria a substituir, que ele vai
fazer, em conjunto com os seus irmãos, as primeiras apresentações em
bailes e em concertos. Nessa época, Antônio Carlos Gomes alternava o
tempo entre o trabalho numa alfaiataria costurando calças e casacos, e o
aperfeiçoamento dos seus estudos musicais.
Aos quinze anos de idade, compõe valsas, quadrilhas e polcas. Aos dezoito anos, em 1854, compõe a primeira Missa, Missa de São Sebastião, dedicada ao pai e repleta de misticismo. Na execução cantou alguns solos.
A emoção que lhe embargava a voz comoveu a todos os presentes,
especialmente ao irmão mais velho, que lhe previa os triunfos. Em 1857, compõe a modinhaSuspiro d'Alma com versos do poeta romântico português Almeida Garrett.
Ao
completar 23 anos, já apresentara vários concertos, com o pai. Moço
ainda, lecionava piano e canto, dedicando-se, sempre, com afinco, ao
estudo das óperas, demonstrando preferência por Giuseppe Verdi. Era conhecido também em São Paulo, onde realizava, frequentemente, concertos, e onde compôs o Hino Académico, ainda hoje cantado pela mocidade da Faculdade de Direito.
Aqui, recebeu os mais amplos estímulos e todos, sem discrepância,
apontavam-lhe o rumo da Corte, em cujo conservatório poderia
aperfeiçoar-se. Todavia, Carlos Gomes não podia viajar porque não tinha
recursos.
Primeira ópera
Em 4 de setembro de 1861, foi cantada, no Teatro da Ópera Nacional, A Noite do Castelo, o primeiro trabalho de fôlego de Antônio Carlos Gomes, baseado na obra de Antônio Feliciano de Castilho.
Constituiu uma grande revelação e um êxito sem precedentes, nos meios
musicais do País. Carlos Gomes foi levado para casa em triunfo por uma
entusiástica multidão, que o aclamava sem cessar. O Imperador, também
entusiasmado com o sucesso do jovem compositor, agraciou-o com a Imperial Ordem da Rosa.
Carlos
Gomes conquistou logo a Corte. Tornou-se uma figura querida e popular.
Os seus cabelos compridos eram motivo de comentários, e até ele ria
das piadas. Certa vez, viu um anúncio, que fora emendado: de "Tônico
para cabelos", fizeram "Tonico, apara os cabelos!". Virou-se para seu
inseparável amigo Salvador de Mendonça
e disse, sorrindo: - Será comigo? Francisco Manuel costumava dizer, a
respeito do jovem músico: "O que ele é, só a Deus e a si o deve!"
A
saudade de sua querida Campinas e de seu velho pai atormentava-lhe o
coração. Pensando também na sua amada Ambrosina, com quem namorava,
moça da família Correia do Lago, Carlos Gomes escreveu essa jóia que se
chama Quem sabe?, de uma poesia de Bittencourt Sampaio, cujos versos "Tão longe, de mim distante… " ainda são cantados pela nossa geração.
Dois anos depois desse memorável triunfo, Carlos Gomes apresenta sua segunda ópera, Joana de Flandres, com libreto de Salvador de Mendonça, levada à cena em 15 de setembro de 1863.
Como corolário do êxito, na Congregação da Academia Imperial de Belas Artes, foi lido um ofício do diretor do Conservatório de Música, comunicando ter sido escolhido o aluno Antônio Carlos Gomes para ir à Europa, às expensas da Empresa de Ópera Lírica Nacional, conforme contrato com o Governo Imperial. Estava, assim, concretizada a velha aspiração do moço campineiro,
que, mesmo comovido, ao ir agradecer ao Imperador a magnanimidade,
ainda se lembrou do seu velho pai e solicitou para este o lugar de
mestre da Capela Imperial. Dom Pedro II, enternecido ante aquele gesto de amor filial, acedeu.
Europa
O Imperador preferia que Carlos Gomes fosse para a Alemanha, onde pontificava o grande Wagner, mas a Imperatriz, Dona Teresa Cristina, napolitana, sugeriu-lhe a Itália.
A 8 de novembro de 1863,
o estudante partiu, a bordo do navio inglês Paraná, entre calorosos
aplausos dos amigos e admiradores, que se comprimiam no cais. Levava
consigo recomendações do Imperador Dom Pedro II para o Rei Fernando, de Portugal, pedindo que apresentasse Carlos Gomes ao diretor do Conservatório de Milão, Lauro Rossi. O jovem compositor passou por Paris, onde assistiu a alguns espetáculos líricos, mas seguiu logo para Milão.
Lauro Rossi, encantado com o talento do jovem aluno, passou a protegê-lo e a recomendá-lo aos amigos. Em 1866,
Carlos Gomes recebia o diploma de mestre e compositor e os maiores
elogios de todos os críticos e professores. A partir dessa data, passou a
compor. A sua primeira peça musicada foi Se sa minga, em dialeto milanês, com libreto de Antonio Scalvini, estreada, em 1 de janeiro de 1867, no Teatro Fossetti. Um ano depois, surgia Nella Luna, com libreto do mesmo autor, levada à cena no Teatro Carcano.
Carlos
Gomes já gozava de merecido renome na cidade de Milão, grande centro
artístico, mas continuava saudoso da pátria e procurava um argumento
que o projetasse definitivamente. Certa tarde, em 1867, passeando pela
Praça do Duomo, ouviu um garoto apregoando: "Il Guarany! Il Guarany!
Storia interessante dei selvaggi del Brasile!" Tratava-se de uma
péssima tradução do romance de José de Alencar, mas aquilo interessou
de súbito o maestro, que comprou o folheto e procurou logo Scalvini,
que também se impressionou pela originalidade da história. E, assim,
surgiu O Guarani, que apesar de não ser a sua maior nem a melhor obra, foi aquela que o imortalizou. A noite de estreia da nova ópera foi 19 de março de 1870.
Não
há quem não conheça os maravilhosos acordes de sua estupenda abertura.
A ópera ganhou logo enorme projeção, pois se tratava de música
agradável, com sabor bem brasileiro, onde os índios tinham papel de
primeiro plano. Foi representada em toda a Europa e na América do Norte.
O grande Verdi, já glorioso e consagrado, teria dito de Carlos Gomes, nessa noite memorável: "Questo giovane comincia dove finisco io!" ("Este jovem começa de onde eu termino!").
E, na noite de 2 de dezembro
de 1870, aniversário do Imperador D. Pedro II, em grande gala, foi
estreada a ópera no Teatro Lírico Provisório, no Rio de Janeiro. Os
principais trechos foram cantados por amadores da Sociedade Filarmónica.
O maestro viveu horas de intensa consagração e emoção. Depois, O Guarani
foi levado à cena nos dias 3 e 7 de dezembro, sendo que, nesta última
noite, em benefício do autor. Nesta data, o maestro ficou conhecendo André Rebouças. Após o espetáculo, houve uma alegre marche au flambeaux, com música, até ao Largo da Carioca,
onde estava hospedado Carlos Gomes, em casa de seu amigo Júlio de
Freitas. Por intermédio de André Rebouças, o compositor foi apresentado
ao ministro do Império, João Alfredo Correia de Oliveira, em sua casa, nas Laranjeiras. Em 1871, a 1 de janeiro, Carlos Gomes vai a Campinas, visitar o seu irmão e protetor José Pedro Santana Gomes. Em 18 de fevereiro, com André Rebouças, despede-se do Imperador, em São Cristóvão. E, no dia 23, segue para a Europa novamente.
Outros triunfos
Na
Itália, Carlos Gomes casou-se com Adelina Péri, que devotou toda a sua
vida ao maestro. Desse casamento nasceram cinco filhos, muito amados
pelo compositor. Todavia, um a um foram morrendo em tenra idade, tendo
restado somente Ítala Gomes Vaz de Carvalho, que escreveu um livro, em
que honrou a memória do seu glorioso pai. Na península itálica, Carlos
Gomes escreveu, a seguir, Fosca, considerada por ele sua melhor obra, Salvador Rosa e Maria Tudor.
Em 1866, recebeu Carlos Gomes, de novo no Brasil, uma justa consagração na Bahia, onde, a pedido do grande pianista português, Artur Napoleão, compôs o Hino a Camões, para o Quarto Centenário Camoniano, executado simultaneamente ali e na Corte, com grande sucesso.
Carlos
Gomes, porém, não mais perseguia somente a glória. Abalado por
seguidos e profundos desgostos, doente, desiludido, procurava uma
situação que lhe permitisse viver em sua pátria e ser-lhe útil. Seu
estado, contudo, era mais grave do que supunha.
De volta à Itália, compôs a grande ópera Lo Schiavo, que entretanto, por vários motivos, não pôde ser representada ali. Foi levada à cena, pela primeira vez, em 27 de setembro de 1887, no Rio de Janeiro, em homenagem à Princesa Isabel,
a Redentora, com esplêndido sucesso. Interessante dizer que a abertura
desta ópera, Alvorada, foi composta na Ilha de Paquetá, no Município
do Rio de Janeiro, onde se encontra um busto de Carlos Gomes, pouco
conhecido.
Final
Em 3 de fevereiro de 1891, outra vez na Itália, Carlos Gomes estreia, no Scala de Milão, a ópera Condor, com grande êxito, pois, nessa peça, apresentara uma nova forma, muito mais próxima do recitativo moderno.
O
tumor maligno na língua e garganta que o levaria ao túmulo, nessa
época, fazia-o sofrer dolorosamente. Todavia, as desilusões, as
decepções, a ingratidão de seus compatriotas e as dores físicas ainda
não lhe haviam quebrado a resistência. Ainda estava à espera de sua
nomeação para o cargo de diretor do Conservatório de Música, no Brasil.
Nesse tempo foi proclamada a República, e o seu grande amigo e protetor, Dom Pedro II, é exilado, com grande mágoa de Carlos Gomes. Compôs, ainda, Colombo em 1892, poema sinfónico que, incompreendido pelo grande público, não obteve êxito.
Finalmente, após tanto sofrimento, chegou-lhe um convite. Lauro Sodré, então governador do Pará,
pediu-lhe para organizar e dirigir o Conservatório daquele Estado.
Carlos Gomes volta para a Itália, a fim de pôr em ordem suas coisas,
despedir-se dos filhos e reunir elementos para uma obra grandiosa que,
apesar de seu estado, sempre mais grave, ainda conseguiu realizar.
Amigos aconselharam-no a fazer uma estação em Salso Maggiore, mas ele
desejava partir, quanto antes, para sua pátria. Chegou a Lisboa, por estrada de ferro, e recebeu comovedora homenagem. A 8 de abril de 1895,
nessa mesma cidade, sofre a primeira intervenção cirúrgica na língua,
sem resultados animadores. Embarca, no vapor Óbidos, para o Brasil. De
passagem por Funchal, tem o prazer de abraçar o seu velho amigo André Rebouças, ali exilado.
Em 14 de maio,
foi recebido pelo povo paraense com enternecedoras manifestações de
apreço. No entanto os últimos dias de Carlos Gomes em Belém foram de
grande sofrimento. Seu mal era muito grave, e os esforços médicos não
conseguiam diminuir as dores.Uma única vez ele saiu de casa, quando foi
ao Conservatório de Música, que não chegou a dirigir. No dia 11 de julho,
data de seu aniversário, as homenagens tributadas ao compositor davam a
medida da afetividade que inspirava. Em vários pontos da cidade
ouviam-se os acordes da protofonia de O Guarani,
e os jornais alimentavam a dor pública com o relatório constante do
agravamento do estado geral do compositor. Estava montado o cenário onde
aconteceria a representação final do pathos do artista genial, do
brasileiro ilustre, do consagrado testa di leone (cabeça de leão,
devido à farta cabeleira), como algumas publicações italianas o
chamavam. Cercado por autoridades e amigos, com o governador Lauro Sodré
à cabeceira, Carlos Gomes morreu às 22.20 horas de 16 de setembro de
1896. O seu corpo foi embalsamado, fotografado e, em seguida, exposto
para a visitação pública, cercado de flores e objetos como partituras e
instrumentos, bem de acordo com a idealizada "morte bela" do
Romantismo. Descrevendo os cenários da morte, os joranaizadas ratavam
com solenidade o acontecimento, destacando o repouso, o sono intérmino,
o triunfo silente do grande artista. Diziam os jornais, o maestro não
morrera; antes, cruzara os umbrais da Fama!
Dois
dias depois do falecimento, o corpo do maestro foi transferido para o
Conservatório de Música. O cortejo varou a noite de Belém. Desatrelado
das parelhas de animais, o carro funerário era conduzido pelo povo,
numa insólita romaria colonial anunciada pelos acordes de O Guarani e
iluminado pelas velas e archotes levados no préstito ou dispostos nas
varandas das casas. De 18 a 20 de setembro de 1896, o corpo ficou
exposto em câmara ardente nos salões do Conservatório de Música, que se
transformou em santuário cívico e espaço para as representações do
afeto coletivo pelo compositor, como registram as imagens de época. Em
seguida, foi levado para o Cemitério da Soledade, um misto de panteão e cemitério-jardim, onde estavam sepultados heróis da guerra do Paraguai,
como o general Henrique Gurjão, acompanhado por aproximadamente 70 mil
pessoas, que levavam andores, quadros, alegorias e guirlandas. Numa
Belém cujos círculos letrados eram fortemente influenciados pelo
positivismo, mas a gente do povo cristã, o cortejo fúnebre tornou-se uma
verdadeira procissão cívica, em grande parte por iniciativa também do
governo do Pará, que instrumentalizou a morte de Carlos Gomes.
O maestro porém, não foi sepultado em Belém. A pedido do presidente do Estado de São Paulo, Campos Sales, o compositor foi levado para lá, com honras e transporte militares, a bordo do vapor Itaipu. Antes, na setecentista Catedral da Sé
no Pará, foi celebrada uma missa de réquiem entoando-se uma Elegia a
Carlos Gomes. O seu ataúde dominava o centro de um monumento funerário
de quatorze metros de altura, em um catafalco encomendado por Lauro
Sodré. O culto aos grandes homens dava forma à religião cívica do
positivismo e exaltava os nomes reconhecidos pela Humanidade. Ao final
das cerimónias litúrgicas e ao deixar o porto de Belém rumo a Santos, o
Itaipu não transportava apenas os restos de Carlos Gomes. Também
conduzia o corpo de um mito que alimentara a imaginação de um Brasil
singular até mesmo em suas representações.
Diante
de seu estado, pouco antes de morrer o governo de São Paulo autorizou
uma pensão mensal de dois contos de réis, enquanto ele vivesse e, por
sua morte, de quinhentos mil réis, aos seus filhos, até completarem a
idade de 25 anos. Nessa ocasião, existiam somente dois filhos do
glorioso maestro.
Dias antes de sua morte, Carlos Gomes diria, fatalista: "Qual, o mano Juca não chega… eu sou mesmo o mais caipora dos caipiras…"
Os gloriosos despojos do maestro, se encontram hoje no magnífico monumento-túmulo, em Campinas, sua terra natal, na Praça Antônio Pompeu. A duas ruas dali está o Museu Carlos Gomes, que reúne objetos e partituras do compositor.
Em 1936, em todo o País, foi comemorado o centenário de seu nascimento, com grandes solenidades.
La figura de Víctor Jara es un referente internacional de la canción protesta y de cantautor, y uno de los artistas más emblemáticos del movimiento músico-social llamado «Nueva Canción Chilena». Su ideología comunista se refleja en su obra artística, de la que fue pieza central.
Tras el golpe de Estado que derrocó al gobierno de Salvador Allende el 11 de septiembre de 1973, Jara fue detenido por las fuerzas represivas de la dictadura militar recién establecida. Fue torturado y posteriormente asesinado en el antiguo Estadio Chile, que con el retorno de la democracia fue renombrado «estadio Víctor Jara».
Muerte
El golpe de Estado encabezado por el general Augusto Pinochet contra el presidente Salvador Allende, el 11 de septiembre de ese año, lo sorprende en la Universidad Técnica del Estado. Fue detenido junto a profesores y alumnos. Lo llevaron al Estadio Chile
(actualmente estadio Víctor Jara, lugar en el que hay una placa en su
honor con su último poema), donde permaneció detenido durante
cuatro días. Lo torturaron durante horas (entre otras torturas le
realizaron quemaduras con cigarrillo y simulacros de fusilamiento), le
cortaron los dedos y la lengua, y finalmente el 16 de septiembre
lo acribillaron junto al director de la Empresa de Ferrocarriles del
Estado. El cuerpo fue encontrado el día 19 del mismo mes con
44 impactos de bala.
Estando preso escribió su último poema y testimonio «Somos cinco mil», también conocido como «Estadio Chile».
Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad.
Somos cinco mil
¿Cuántos seremos en total
en las ciudades y en todo el país?
Solo aquí
diez mil manos siembran
y hacen andar las fábricas.
¡Cuánta humanidad
con hambre, frío, pánico, dolor,
presión moral, terror y locura!
A Papua-Nova Guiné é um dos países com maior diversidade cultural no
mundo. De acordo com dados recentes, 848 línguas diferentes são listadas
no país, das quais 12 não possuem nenhum falante vivo. A maior parte
da população, estimada em pouco mais de 7 milhões de habitantes, vive
em comunidades, que são tão diversas quanto os idiomas. Possui, ainda,
um dos menores percentuais de população vivendo em centros urbanos, já
que 82% de sua população vive em áreas rurais. O país ainda é pouco
explorado, cultural e geograficamente, e muitas espécies existentes na
sua flora e fauna ainda são desconhecidas.
O forte crescimento da atividade mineira e os recursos provenientes da exploração deste setor levaram o país a tornar-se uma das economias de mais rápido crescimento no mundo,
a partir de 2011. Apesar disso, o país enfrente inúmeros problemas
sociais, como a extrema pobreza, e cerca de um terço da população vive
com menos de 1,25 dólares americanos por dia.
Depois de ter sido governada por três poderes externos desde 1884, a
Papua-Nova Guiné estabeleceu a sua soberania em 16 de setembro de 1975,
após 70 anos de administração australiana. Tornou-se um reino da Commonwealth separado, com a rainha Isabel II como chefe de Estado, além de ser um membro da Comunidade das Nações pelo seu próprio direito.
Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica norte-americana de ascendênciagrega, considerada a mais influente cantora de ópera
de renome do século XX e a maior soprano de todos os tempos. Apesar de também
famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao
impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à
raridade e distinção do seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito
esquecidas do bel canto cantadas por ela.
Ketevan (Katie) Elizabeth Melua (Kutaisi, 16 de setembro de 1984) é uma cantora e compositora de nacionalidade britânico-georgiana. Nasceu em Kutaisi (Geórgia) mas, com oito anos, partiu para a Irlanda do Norte e desde os catorze vive na Inglaterra. Em novembro de 2003, com dezanove anos, gravou o seu primeiro álbum, intitulado Call Off the Search, que atingiu um milhão de cópias, vendidas em cinco semanas.
Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, (Itta Bena, 16 de setembro de 1925 – Las Vegas, 14 de maio de 2015) foi um guitarrista de blues, compositor e cantor norte-americano. O "B. B." do seu nome artístico significa Blues Boy, o seu pseudónimo como moderador na rádio W. Foi considerado, ao lado de Eric Clapton e Jimi Hendrix, um dos melhores guitarristas do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone. Ao longo da sua carreira, B.B. King foi distinguido com 15 prémios Grammy, tendo sido o criador de um estilo musical único e que faria dele um dos músicos mais respeitados e influentes de blues, tendo ganho o epíteto de Rei dos Blues.
Era apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de muitos
guitarristas, preferia usar poucas notas. Certa vez, B.B. King teria
dito: "posso fazer uma nota valer por mil".
O Protocolo de Montreal sobre substâncias que empobrecem a camada de ozono
é um tratado internacional em que os países signatários comprometem-se a
substituir as substâncias que se demonstrar serem responsáveis pela
destruição do ozono, a partir de 16 de setembro de 1987,
entrando em vigor em 1 de janeiro de 1989. Ele teve adesão de 150
países e foi revisto em 1990, 1992, 1995, 1997 e 1999. Devido à
grande adesão mundial, Kofi Annan disse sobre ele: "Talvez seja o mais bem sucedido acordo internacional de todos os tempos…"
Em comemoração, a ONU declarou a data de 16 de Setembro como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono.
O Yom Kipur ou Kippur é um dos dias mais importantes do judaísmo. No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com setembro ou outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol. Os judeus tradicionalmente observam esse feriado com um período de jejum de 25 horas e oração intensa.
Proibições
Existem 5 proibições no Yom Kipur:
Comer (come-se um pouco antes do pôr-do-sol ainda na véspera do dia até o nascer das estrelas do dia de Yom Kipur);
Usar calçados de couro;
Manter relações conjugais;
Pôr cremes, desodorizante, etc. no corpo;
Banhar-se por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yetzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yetzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o yetzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
Orações
Durante as orações fala-se o Vidui, uma confissão, e Al Chet, uma lista de transgressões entre o homem e Deus e o homem e seu semelhante. É interessante notar duas coisas: primeiro, as transgressões estão em ordem alfabética (em hebraico).
Isto torna a lista bastante abrangente, além de permitir a inclusão de
qualquer transgressão que se queira na letra apropriada.
Em segundo, o Vidui e Al Chet estão no plural, o que pretende
transmitir a ideia de que o povo judeu é um povo "entrelaçado", onde
todos devem ser responsáveis pelos outros. Mesmo não cometendo uma
determinada ofensa, pretende-se transmitir uma carga de responsabilidade
por aqueles que a cometeram - especialmente se a transgressão pudesse
ter sido evitada por aqueles que não arcarão com as culpas.
Dia do Perdão
Durante um longo ano comete o homem toda sorte de erros, atropelos, voluntários, involuntários. O processo da teshuvá
(arrependimento, retorno ao bem) não poderá realizar-se magicamente em
um dia. A tradição judia coloca ao mês de Elul, último do ano, como
prefácio para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o
grande caminho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve o som do
shofar.
Uma semana antes de Rosh Hashaná, também durante a madrugada, se dizem
as orações que se chamam "selichot" - perdões). O 1º de Tishrei é o
grande dia, a base para um ano novo e um novo ano de vida. Depois
seguirão nove dias até o dia do perdão. Dez dias, para aprofundar-se
dentro de si, afastar o mal, aproximar o bem. O processo chega a sua
culminância no dia 10º de Tishrei : Yom Kipur.
A expiação, Kipur, na raiz hebraica, refere-se ao "que cobre", ou seja,
o castigo que envolve o ato perverso. Tudo o que se pode anular, deter
ou parar é o castigo; mas não o ato cometido; esse ato está aí e a
única maneira de superá-la é através de uma transcendental modificação
da conduta pessoal posterior. Os atos são do homem, seguirão sendo dele,
e a consequência, sua responsabilidade. Deus pode apagar o castigo,
não o ato. O jejum - que acompanha todo o dia do perdão - por sua parte
não faz milagre. O jejum do dia não sacrifica nada a favor de Deus,
sendo que tal ideia seria eminentemente pagã. O que faz é reconcentrar o homem em seu espírito, afastá-lo, por algumas horas, da servidão do homem ao corpo e a suas necessidades.
Observa-se também que as más ações ou transgressões têm duas
polaridades: uma do homem em relação ao homem e a outra, do homem em
relação a Deus. A primeira é a da vida diária, exterior, social e interhumana.
A outra, do âmbito da alma, é o segredo da consciência. A primeira é
coisa de homens, e os homens têm de resolvê-la: "As transgressões que
vão de homem a homem, não são expiadas pelo Yom Kipur, se antes não
forem perdoadas pelo próximo ".
Daí que se costuma pedir previamente o perdão de nossos semelhantes, se eles não perdoam, Deus não poderá intervir.
Jejum
É o dia do perdão - quando Deus perdoa a todo Israel. Durante esse dia,
nada pode ser comido ou bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a
boca, escovar os dentes ou banhar o corpo. Somente o rosto e as mãos
podem ser lavados pela manhã, antes das orações. Não se pode carregar
nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é
permitido para crianças menores de 9 anos, pessoas gravemente enfermas,
mulheres grávidas e aquelas que deram a luz há menos de trinta dias.
Se uma pessoa enquanto estiver jejuando passar mal, a ponto de quase
desmaiar, deve-se lhe dar comida até que se recupere. Se houver perigo
de uma epidemia, e os médicos da cidade aconselharem que é necessário
comer a fim de resistir à moléstia, exige-se que todos comam.
Existem outras proibições, além daquelas contra trabalhar, comer ou
beber. As relações conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e
cremes, exceto para fins medicinais. Além disso, sapatos e outras peças
da indumentária feitas de couro não podem ser usadas no Yom Kipur,
pois não se pode usar nenhum material para o qual seja necessário matar
um animal.
Após o Yom Kipur, espera-se que haja festa e alegria, não perdendo de vista o facto de que o feriado é um dia santo de júbilo.
A penicilina é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta em 15 de setembro de 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponível como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso.
A penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming, quando foi de férias e esqueceu algumas placas (caixas de Petri) com culturas de microrganismos no seu laboratório, no Hospital St. Mary, em Londres. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colónias deste não havia mais bactérias. Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do género Penicillium,
e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo
efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada
por Howard Florey, Ernst Chain e Norman Heatley, da Universidade de Oxford, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infetados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941,
os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser
tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia
com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele
melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer
quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da
Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem
bacteriana como causa de mortalidade humana. A penicilina ajudou muito a
sociedade daquela época e hoje ainda o faz.
Tem-se dito que muitas descobertas científicas são feitas ao acaso. O
acaso, já dizia Pasteur, só favorece aos espíritos preparados e não
prescinde da observação. A descoberta da penicilina constitui um exemplo
típico. Alexander Fleming, bacteriologista do St. Mary's Hospital, de
Londres, vinha já há algum tempo pesquisando substâncias capazes de
matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas. Essa
preocupação se justificava pela experiência adquirida na Primeira
Grande Guerra (1914-1918), na qual muitos combatentes morreram em
consequência da infecção em ferimentos profundos. Em 1922 Fleming
descobrira uma substância antibacteriana na lágrima e na saliva, a qual
dera o nome de lisozima. Em 1928 Fleming desenvolvia pesquisas sobre
estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina
deu-se em condições peculiaríssimas, graças a uma sequência de
acontecimentos imprevistos e surpreendentes.
No mês de agosto daquele ano Fleming tirou férias e, por
esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a
mesa, em lugar de guardá-las no frigorífico ou inutilizá-las, como seria
natural.
Quando regressou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das
placas estavam contaminadas com mofo, facto que é relativamente
frequente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização
com lisol. Neste exato momento entrou no laboratório um seu colega, Dr.
Pryce, e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou
novamente as placas para explicar alguns detalhes ao seu colega sobre as
culturas de estafilococos que estava realizando, quando notou que
havia, numa das placas, um halo transparente em torno do mofo (bolor)
contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma
substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming
decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior.
O fungo foi identificado como pertencente ao género Penicilium, donde
deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida.
Fleming passou a empregá-la em seu laboratório para selecionar
determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à
sua ação.
A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e
não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de
infecção humana até à eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em
1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas
de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em
escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos
antibióticos.
Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de setembro de 1765 – Lisboa, 21 de dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo
lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura
inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo
romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.
Teve cinco irmãos. O pai do poeta, José Luís Soares de Barbosa, nasceu em Setúbal, em 1728. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, foi juiz de fora em Castanheira e Povos, cargo que exercia durante o Sismo de Lisboa de 1755, que arrasou aquelas povoações.
Em 1765, foi nomeado ouvidor em Beja.
Acusado de ter desviado a décima enquanto ouvidor, possivelmente uma
armadilha para o prejudicar, visto ser próximo de pessoas que foram
vítimas de Pombal, o pai de Bocage foi preso para o Limoeiro em 1771,
nunca chegando a fazer defesa das suas acusações. Com a morte do rei D. José I, em 1777, dá-se a "viradeira", que valeu a liberdade ao pai do poeta, que voltou para Setúbal, onde foi advogado.
A sua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Anne-Marie Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.
Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte
da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora
se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e
latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.
A sua infância foi infeliz. O pai foi preso, quando ele tinha seis anos
e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez
anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou
praça como voluntário em 22 de setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de setembro de 1783.
Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos
regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda
assim, surge nomeado guarda-marinha por D. Maria I.
Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.
Em 14 de abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de junho.
Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de
Curiosidades do Rio de Janeiro" que "gostou tanto da cidade que,
pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei algumas
poesias-canção, cheias de bajulações, visando atingir os seus
objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios,e admoestado com
algumas rimas de baixo calão, que originaram a famosa frase: "quem tem
c... tem medo, e eu também posso errar", fê-lo prosseguir viagem para
as Índias". Fez escala na Ilha de Moçambique (início de setembro) e chegou à Índia em 28 de outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau.
Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.
A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.
Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades.
Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Ficou até 17 de fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos.
Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu
comportamento e começou a trabalhar seriamente, como redator e tradutor.
Só saiu em liberdade no último dia de 1798.
De 1799 a 1801
trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um
frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.
A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa, por ele arrendada, no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da Travessa André Valente.
O dia 15 de setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.
Auto-retrato Magro, de olhos azuis, carão moreno, Bem servido de pés, meão na altura, Triste de facha, o mesmo de figura, Nariz alto no meio, e não pequeno; Incapaz de assistir num só terreno, Mais propenso ao furor do que à ternura; Bebendo em níveas mãos, por taça escura, De zelos infernais letal veneno; Devoto incensador de mil deidades (Digo, de moças mil) num só momento, E somente no altar amando os frades, Eis Bocage, em quem luz algum talento; Saíram dele mesmo estas verdades, Num dia em que se achou mais pachorrento.