quinta-feira, maio 06, 2021

O desastre do dirigível Hindenburg foi há 84 anos

   
O LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. O dirigível, até aos dias atuais, retém o título da maior nave a voar, foi um ícone da indústria alemã, amplamente empregado como tal na propaganda nazi. O seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos, durante 14 meses, até ao seu fim trágico, a 6 de maio de 1937.
   
Características
Conhecido como Zeppelin, o dirigível, com 245 metros de comprimento e sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogénio, reteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave que já voou, mesmo nos dias atuais. Era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1200 HP cada, que moviam hélices de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de 16.000 km quando completamente abastecido.
O dirigível era inflado com hidrogénio, ao invés de hélio, principalmente devido ao preço, que era mais barato, também o uso do hidrogénio diminuía a dependência do hélio, que era na sua maior parte importado dos Estados Unidos.
  
Funcionamento
O Hindenburg voou pela primeira vez em 4 de março de 1936, num voo de teste em Friedrichshafen com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os anéis olímpicos numa forma de promover os Jogos Olímpicos de 1936, fazendo um voo de demonstração durante a cerimónia de abertura.
O primeiro voo comercial foi a 31 de março de 1936 numa viagem de quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro, um dos quatro motores avariou e o dirigível teve de fazer um aterragem em Recife. Na viagem de volta, outro motor avariou no deserto do Saara forçando aterragens não programadas em Marrocos e na França.
No total, o Hindenburg cruzou 17 vezes o oceano Atlântico, sendo 10 viagens para os Estados Unidos e 7 para o Brasil, uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.
Na sua última viagem saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h, chegando à costa leste norte-americana em 6 de maio de 1937.
  
Desastre
A 6 de maio de 1937 ao preparar-se para aportar ao campo de pouso da base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, nos Estados Unidos, o gigantesco dirigível Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha. Durante as manobras de aterragem, às 19.30 horas, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo de mortos foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos e um técnico do solo, no total de 36 pessoas. O gás de hidrogénio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi inicialmente responsabilizado pelo enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos. Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma sabotagem derrubara o grandioso zeppelin, que representava a superioridade tecnológica daquele país. Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.
O locutor da rádio WLS Chicago Herbert Morrison narrou o acidente, que foi ao ar no dia seguinte. O sistema de gravação acelerou as suas falas, dando um tom dramático, com a expressão "Oh, a humanidade", entrando para a cultura popular norte-americana.
O incêndio do Hindenburg encerrou a era dos dirigíveis na aviação comercial de passageiros.
   

A saudosa Maria José Valério nasceu há 88 anos

 

(imagem daqui)
    
Maria José Valério Dourado (Amadora, 6 de maio de 1933 - Lisboa, Alvalade, 3 de março de 2021) foi uma cantora portuguesa, bem conhecida pelo seu amor ao Sporting Clube de Portugal e por ser a intérprete da "Marcha do Sporting", adotada como hino do clube.
 
 

Andreas Baader nasceu há 78 anos

  
Andreas Bernd Baader (Munique, 6 de maio de 1943 - Estugarda, 18 de outubro de 1977) foi um dos fundadores e líderes do grupo guerrilheiro de esquerda alemão Fração do Exército Vermelho, denominado pelo governo e pela imprensa de Baader-Meinhof. O grupo foi responsável por uma série de ações armadas - assaltos a bancos, sequestros e mortes - na Alemanha, na década de 70.
O seu pai era o historiador Berndt Phillip Baader, que, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, servia o exército alemão quando foi feito prisioneiro pelas forças russas, e que posteriormente foi dado como desaparecido. A sua mãe, Anneliese Baader, não voltou a se casar. Andreas foi criado com carinho pela mãe, juntamente com a avó e uma tia. Na opinião dos seus professores, era uma criança inteligente, mas também voluntariosa, um tanto imprevisível e não se empenhava nos estudos quando a matéria não o atraía. Ao mesmo tempo que era generoso, capaz de tirar a sua própria roupa e dá-la a alguém que estivesse com frio, também era capaz de furtar, se estivesse precisando de dinheiro. Também se envolvia frequentemente em lutas, nem sempre em defesa dos próprios interesses.
Na adolescência considerado como um jovem desajustado, na conservadora sociedade alemã de após guerra; no final dos anos sessenta Baader gravitou para o movimento estudantil de esquerda e para os protestos contra o capitalismo, a pobreza no Terceiro Mundo, o nuclear e  a ocupação norteamericana do país, que agitavam a Alemanha Ocidental na altura, embora ele próprio não fosse estudante universitário.
 
No dia 2 de abril de 1968, Baader e a sua namorada, Gudrun Ensslin, incendiaram dois estabelecimentos comerciais em Frankfurt, mas não provocaram nenhuma morte. De acordo com Gudrun, o acto seria uma forma de protesto contra a Guerra no Vietname. No mesmo ano, Baader foi condenado a quatro anos de prisão.
Na manhã de 14 de maio de 1970 Baader escapou da prisão graças a um plano elaborado pela sua namorada, que contou com a participação da conhecida jornalista Ulrike Meinhof. Sob o pretexto de estar a trabalhar num livro sobre a juventude alemã, Ulrike Meinhof conseguiu que Andreas Baader fosse conduzido para a biblioteca do Instituto de Estudos Sociais em Berlim Ocidental onde seria entrevistado pela jornalista. Embora o plano não tenha sido executado exactamente como se pretendia, Baader conseguiria escapar pela janela da biblioteca. No dia seguinte a fuga foi noticiada pelos meios de comunicação social e o grupo passou a ser conhecido como o Grupo Baader-Meinhof, em função das duas figuras mais conhecidas do grupo, Andreas Baader e Ulrike Meinhof.
Nos dois anos seguintes Baader dedicou-se a acções de guerrilha urbana até que foi capturado pela polícia, a 1 de junho de 1972, em Frankfurt, juntamente com outros militantes da Fração do Exército Vermelho, Jan-Carl Raspe e Holger Meins.
Baader foi depois julgado e condenado, naquele que foi um dos julgamentos mais caros da história da justiça alemã.
Na noite de 8 para 9 de maio de 1976, a jornalista Ulrike Meinhof foi executada, na sua cela, presumivelmente por membros do serviço secreto alemão, que procuraram disfarçar o assassinato como suicídio. Uma comissão internacional de investigação invalidou a tese de suicídio, o que acirrou as tentativas de libertarem os demais presos. Em 5 de setembro, membros da Fração do Exército Vermelho sequestraram o presidente da confederação da indústria alemã e, a seguir, militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina sequestraram um avião da Lufthansa, com passageiros a bordo, e levaram-no para Mogadíscio, na Somália. As autoridades alemãs não aceitaram a troca e, a 18 de outubro, uma operação da GSG 9 libertou os passageiros e executou os militantes palestinianos. A seguir, Andreas Baader, Jan-Carl Raspe e Gudrun Ensslin foram igualmente executados, a sangue frio, nas suas celas de máxima segurança - os dois primeiros com tiros na nuca, à distância, com pistolas de uso exclusivo das forças armadas da Alemanha. Até hoje o estado alemão não reconhece o assassinato dos prisioneiros.
   

António Pinto Basto - 69 anos

(imagem daqui)
    
António João Ferreira Pinto Basto (Évora, 6 de maio de 1952) é um fadista português.
     
Biografia
António Pinto Basto nasceu em 6 de maio de 1952 em Évora. Filho do engenheiro António Ferreira Pinto Basto (Aveiro, Glória, 12 de maio de 1913 - ?) e de sua mulher (Estremoz, Evoramonte, Casa da Juceira, Capela do Coração de Jesus, 20 de abril de 1941) Maria Luísa de Matos Fernandes de Vasconcelos e Sá (Lisboa, São Mamede, 17 de agosto de 1920 - ?), sobrinha-bisneta do 1.º Barão de Albufeira e prima sobrinha em segundo grau do 1.º Visconde de Silvares.
António Pinto Basto começou a interessar-se pelo Fado aos 13 anos. Uma noite os pais levaram-no a uma noite de fados na Feira dos Salesianos de Évora e Pinto Basto e a sua irmã, resolveram recriar aquele ambiente e improvisar um retiro na garagem da casa, a Toca, em homenagem à casa de Carlos Ramos.
António Pinto Basto tinha acesso aos poemas do seu avô materno, João Vasconcellos e Sá, e, como tal, desde cedo, cantava letras originais nos fados tradicionais. O seu tio, José de Vasconcellos e Sá, depois de passar pela Toca numa das noites de festa, apreciando os dotes de intérprete do seu sobrinho, resolve inscrevê-lo na Grande Noite do Fado. Com 16 anos, António Pinto participou neste concurso, como representante da Casa do Alentejo. Pela mesma altura também teve a experiência de cantar em casas de fado. Lembra-se, por exemplo, de o ter feito no Timpanas.
É também por intermédio desse tio que grava o primeiro disco, em 1970. Um EP editado pela Alvorada, com letras do avô e do tio e músicas do fado tradicional (Fado Franklin, Fado Vitória, Fado Dois Tons e Fado das Horas). Nessa altura foi também a alguns programas de televisão e concedeu entrevistas. Tinha apenas 17 anos quando, com este primeiro disco, iniciou a sua carreira. Nos anos de 1972 e 1973 gravou mais dois EPs.
Depois foi estudar para Luanda e voltou um mês depois do 25 de Abril de 1974. Nesse mesmo ano completou a sua licenciatura em Engenharia Mecânica, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.
António Pinto Basto acabaria por se dedicar exclusivamente ao Fado, após gravar, em 1988, o maior sucesso da sua carreira — "Rosa Branca", um fado escrito pelo seu avô João, cujas vendas atingiram o disco de platina e renderam cerca de 120 espectáculos em apenas um ano, além de ter dado 73 entrevistas. Tornou-se incomportável manter a atividade profissional como empregado da Siderurgia Nacional, que resolveu abandonar no final do ano de 1989. Nesse ano editou mais um álbum, Maria (1989), que repetiu o sucesso de vendas.
Confidências à Guitarra foi editado em 1991. Segue-se a colectânea Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto (1993) e Desde o Berço (1996).
Em 1997 realizou uma digressão na Turquia, numa iniciativa da Comissão Europeia. Em 2000 conduziu o programa Fados de Portugal, na RTP1.
Sobre várias letras de fado publicadas em volume (letras do fado vulgar, Quetzal, 1998), José Campos e Sousa compôs as peças que em 2003 são gravadas na voz de António Pinto Basto.
Faz parte do grupo Quatro Cantos, onde recuperam grandes nomes do fado. Tem-se apresentado em países como África do Sul, Brasil, Índia, EUA, Canadá ou Macau.
 

 


Tony Blair - 68 anos

  
Anthony Charles Lynton "Tony" Blair (Edimburgo, 6 de maio de 1953) é um político britânico, tendo ocupado o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido de 2 de maio de 1997 a 27 de junho de 2007, de líder do Partido Trabalhista de 1994 a 2007 e de membro do Parlamento Britânico de 1983 a 2007.
Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, Blair foi indicado para a posição de enviado ao Médio Oriente da ONU, da União Europeia, dos Estados Unidos e da Rússia.
Blair foi educado em colégios de Edimburgo e depois estudou Direito em Oxford, convertendo-se em advogado especializado em Direito Sindical em 1976. Em 1983, foi eleito deputado (MP) do Partido Trabalhista Inglês (Labour) no Parlamento. De 1984 a 1987, foi porta-voz da oposição sobre assuntos de tesouro e economia.
Após a morte de John Smith em 1994, Blair, então com 41 anos, tornou-se o líder mais jovem já surgido no trabalhismo inglês. O congresso do partido, em 1996, adotou a política proposta por Tony Blair, que buscava uma reforma constitucional, especial atenção à educação e à saúde e a maior integração com a União Europeia (UE). Nas eleições de 1997, derrotou o conservador John Major por uma grande maigem dos votos. Apresentou "O modelo para o século XXI", segundo o princípio "trabalho para os que podem trabalhar" e "assistência para os que não podem trabalhar". Contribuiu para pôr fim a trinta anos de conflito na Irlanda do Norte, firmando, após quase dois anos de negociações, um acordo de paz. Este acordo contou com a colaboração do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
Em junho de 2001, nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair ganha um segundo mandato, caso inédito no currículo do partido e na história de Inglaterra.
Em março de 2003, Blair decide em conjunto com o presidente norte-americano George W. Bush atacar o Iraque. Envia tropas britânicas para um conflito (conjuntamente com os militares norte-americanos) que tinha como objectivo desarmar o Iraque e depor o governo de Saddam Hussein.
Em 2005 Tony Blair lidera novamente o Partido Trabalhista numa estreia absoluta, ao alcançar a vitória para um terceiro mandato consecutivo.
Na sequência das negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio) para a eliminação de barreiras alfandegárias, Tony Blair defende a abolição total das tarifas aduaneiras pela União Europeia para os produtos agrícolas, bem como o fim dos subsídios estatais à produção, ao rendimento e sobretudo à exportação. Tal posição que ia ao encontro das pretensões dos países em desenvolvimento, como o Brasil, Argentina, Tanzânia, Índia, entre outros, potenciaria a entrada daquelas economias nos mercados protegidos europeu e norte-americano.
No entanto, a França opôs-se tenazmente, remetendo para 2013 uma revisão global da Política Agrícola Comum da União Europeia.
Em 2006, o Partido Republicano dos EUA, ao qual o Presidente Bush pertence, perdeu as eleições parlamentares em seu país para o Partido Democrata, o que mostrou o descontentamento do povo norte-americano com seu líder. Blair, assim, vê a sua imagem prejudicada, já que o principal motivo que levou à rejeição do domínio republicano foi o fiasco da Guerra do Iraque. O Primeiro-Ministro percebe, desta forma, ter também grande probabilidade de perder o poder pelas mãos do Parlamento depois de nove anos no cargo.
Em 10 de maio de 2007, Tony Blair anunciou formalmente que renunciava ao cargo de líder do Partido Trabalhista no dia 24 de junho, e consequentemente ao lugar de primeiro-ministro, após 10 anos de serviço. No dia 27 de junho, renunciou formalmente. Gordon Brown sucedeu-lhe em ambos os cargos.
Em dezembro de 2007 anunciou oficialmente a sua conversão ao catolicismo, deixando a Igreja Anglicana. Em uma conferência em abril de 2008 pronunciada na Catedral de Westminster perante umas 1600 pessoas, Blair destacou a importância da religião em um mundo globalizado. Disse que a religião poderia "despertar a consciência do mundo" e a ajudar a alcançar os Objetivos do Milénio da ONU contra a pobreza e a fome, dentre outras causas nobres.
  

Música adequada à data...

O poeta ultra-romântico João de Lemos nasceu há 202 anos

 

  
João de Lemos Seixas Castelo Branco, (Peso da Régua, 6 de maio de 1819 - Maiorca, Figueira da Foz, 16 de janeiro de 1890), foi um jornalista, poeta e dramaturgo português.

O «trovador» João de Lemos, como era conhecido desde o tempo de Coimbra, onde se formou em direito, pela publicação do jornal poético O Trovador, interessantíssimo repositório das produções poéticas dum grupo de moços estudantes. Além dele, alma e director dessa publicação, faziam parte do Trovador Luís da Costa Pereira, António Xavier Rodrigues Cordeiro, Luís Augusto Palmeirim, José Freire de Serpa, Augusto Lima e Couto Monteiro.

Ultra romântico e estrénuo miguelista, adepto furibundo do ancien-regime e da Monarquia absoluta que sempre ansiou, com todo o ardor que ressuscitasse, nasceu muito prosaicamente no Peso da Régua, em 1819, às vésperas, portanto, da Revolução de 1820. Mas toda a sua vida dedicou-a ele ao seu ideal político, tendo usufruído de grande prestígio dentro da corte dos talassas da época.

Colaborou em diversas outras publicações periódicas, de que são exemplo o jornal humorístico A Comédia Portuguesa começado a publicar em 1888, a Revista Universal Lisbonense (1841-1859) e a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).

 

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NÃO TE ENTENDO CORAÇÃO

Mas se não amo, nem posso,
Que pode então isto ser?
Coração, se já morreste,
Porque te sinto bater?
Ai, desconfio que vives
Sem tu nem eu o saber.

Porque a olho quando a vejo?
Porque a vejo sem a olhar?
Porque longe dos meus olhos
Me andam os seus a lembrar?
Porque levo tantas horas
Nela somente a pensar?

Porque tímido lhe falo,
E dantes não era assim?
Porque mal a voz lhe escuto
Não sei o que sinto em mim?
Porque nunca um não me acode
Em tudo que ela diz sim?

Porque estremeço contente
Quando ela me estende a mão,
E se aos outros faz o mesmo
Porque é que não gosto e não?
Deveras que não me entendo,
Nem te entendo, coração.

Ou me enganas, ou te engano;
Se isto amor não pode ser,
Não atino, não conheço
Que outro nome possa ter;
Ai, coração, que vivemos
Sem tu nem eu o saber.

O astrónomo Willem de Sitter nasceu há 149 anos

   
Willem de Sitter estudou matemática na Universidade de Groningen e depois integrou o Laboratório de Astronomia de Groninga. Trabalhou no observatório do Cabo na África do Sul (1897-1899), e em 1908 foi nomeado para a cátedra de astronomia da Universidade de Leiden. Foi diretor do Observatório de Leiden de 1919 até à sua morte.
De Sitter contribuiu a melhorar a compreensão da cosmologia. Uma de suas obras de destaque é a co-redação de um artigo com Albert Einstein, em 1932, no qual lançam a conjectura de que deveria haver no universo uma grande quantidade de matéria que não emitia luz, designada como matéria negra.
De Sitter ficou também célebre por seus trabalhos sobre o planeta Júpiter.

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A Torre Eiffeil deu as boas vindas aos visitantes da Exposição Universal há 132 anos

   
A Torre Eiffel é uma torre treliça de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. A Torre Eiffel, que é o edifício mais alto de Paris, é o monumento pago mais visitado do mundo, milhões de pessoas sobem à torre cada ano. Nomeada em homenagem ao seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, foi construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889.
A torre possui 324 metros de altura. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova York, Estados Unidos. Não incluindo as antenas de transmissão, a Torre é a segunda estrutura mais alta da França, atrás apenas do Viaduto de Millau, concluído em 2004. A torre tem três níveis para os visitantes. Os ingressos podem ser adquiridos nas escadas ou elevadores do primeiro e do segundo nível. A caminhada para o primeiro nível é superior a 300 degraus. O terceiro e mais alto nível só é acessível por elevador. Do primeiro andar vê-se a cidade inteira, tem casas de banho e várias lojas e o segundo nível tem um restaurante.
A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e da França. A torre é uma parte do cenário caracterizado em dezenas de filmes que se passam em Paris.
   
O governo da França planeou a Exposição Universal de 1889 e anunciou uma competição de design arquitetónico para um monumento que seria construído no Campo de Marte, no centro de Paris. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso. O comité do Centenário escolheu o projeto do engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923), de quem herdaria o nome, da torre com uma estrutura metálica que se tornaria, então, a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem. Com seus 324 metros de altura, possuía 7 300 toneladas quando foi construída.
O projeto da Torre Eiffel foi criado por Maurice Koechlin e Émile Nouguier, dois engenheiros que trabalhavam para a Compagnie des Etablissements Eiffel, após uma discussão sobre a melhor proposta de peça central para a Exposição Universal de 1889, a Feira Mundial, que iria comemorar o centenário da Revolução Francesa. Em maio de 1884, Koechlin, trabalhando em casa, fez um desenho do esboço de seu esquema, descrito por ele como "um grande pilar, composto de quatro vigas-treliçadas verticais se unindo no topo, unidas por treliças metálicas em intervalos regulares". Inicialmente Eiffel não se entusiasmou com a ideia, mas permitiu que o projeto fosse melhor estudado e detalhado. Os dois engenheiros pediram a Stephen Sauvestre, chefe do departamento de arquitetura da empresa, que colaborasse com o projeto. Sauvestre adicionou arcos decorativos na base, um pavilhão de vidro no primeiro andar, além de outros itens decorativos. Esta versão melhorada ganhou o apoio de Eiffel e ele comprou os direitos à patente do projeto que Koechlin, Nougier, e Sauvestre haviam conseguido. O projeto foi exibido na Feita de Artes Decorativas no outono de 1884 com o nome da empresa de Eiffel. Em 30 de março de 1885 Eiffel apresentou um artigo com o projeto na Société des Ingiénieurs Civils; depois de discutir os problemas teóricos e ter enfatizado o uso prático da torre, ele terminou sua palestra mencionando que a torre iria simbolizar.
"Não só a arte do engenheiro moderno, mas também o século da Indústria e Ciência em que estamos vivendo, e para o qual foi preparado o caminho pelo grande movimento científico do século XVIII e pela Revolução de 1789, para a qual este monumento será construído como uma expressão de gratidão da França.
Pouco aconteceu até o início de 1886, quando Jules Grévy foi reeleito como presidente e Édouard Lockroy foi nomeado ministro do Comércio. Um orçamento para a exposição foi aprovado e em 1 de maio Lockroy anunciou uma alteração dos termos do concurso público que estava sendo realizada, optando por uma peça central para a exposição, o que solicitava propostas para uma torre metálica de 300 metros a ser construída no Campo de Marte.
No dia 12 de maio uma comissão foi criada para analisar os esquemas de Eiffel e seus competidores e em 12 de junho apresentou a sua decisão: que todas as propostas, exceto a de Eiffel ou eram impraticáveis ​​ou insuficientemente detalhadas. Depois de algum debate sobre o local exato para a torre, um contrato foi finalmente assinado em 8 de janeiro de 1887. Este foi assinado por Eiffel como particular, não como representante de sua empresa, concedendo-lhe 1,5 milhão de francos para os custos de construção: menos de um quarto dos cerca de 6,5 milhões de francos necessários para a construção. Por outro lado Eiffel deveria receber todas as receitas provenientes da exploração comercial da torre durante a exposição e os 20 anos seguintes. Eiffel mais tarde criou uma empresa específica para gerir a torre, colocando ele mesmo a metade do capital necessário.
Inaugurada em 31 de março de 1889, a Torre Eiffel (pronuncia-se com a sílaba tónica no último "e", [eifél] e não [êifel]) foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa, foi construída para ser uma estrutura temporária.
Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição Universal de 1889 expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase foi demolida, mas o seu valor como uma antena de transmissão de rádio salvou-a. Os últimos vinte metros da torre correspondem à antena de rádio que foi adicionada posteriormente. A torre manteve-se como o monumento mais alto do mundo ao longo de mais de quarenta anos até ser destronada em 1930 pelo o Edifício Chrysler, de Nova Iorque, que tem 329 metros.
Ao todo, desde a abertura, já recebeu um total de 244 000 000 de visitantes. Em 2011, teve 7,1 milhões de visitantes e a empresa que gere o monumento (Société d’exploitation de la Tour Eiffel – SETE) teve um volume de negócios de mais de 73 milhões de euros.
  

  
    
A Exposição Mundial de 1889 decorreu em Paris, França. A Torre Eiffel foi construída especialmente para essa ocasião, celebrando assim o centenário da Revolução Francesa (1789).
A "Exposition Universelle" de 1889 foi uma Exposição Universal que decorreu em Paris desde 6 de maio até 31 de outubro. A exposição cobria uma área total de 0.96 km² e o seu símbolo principal era a Torre Eiffel, que servia de entrada para a exposição.
Calcula-se que cerca de 28.000.000 pessoas visitaram a exposição, que incluía o Palácio das Belas Artes e o Palácio das Artes Liberais. Casas chinesas, templos maias, pavilhões indianos, mesquitas e inúmeros pavilhões de colónias e países do mundo deleitavam os olhares dos visitantes.
     

O pintor Arpad Szenes nasceu há 124 anos

(imagem daqui)
  
Szenes Árpád, também conhecido por Árpád Szenes, (Budapeste, 6 de maio de 1897 - Paris, 16 de janeiro de 1985) foi um pintor, gravurista, ilustrador, desenhista e professor húngaro, naturalizado francês em 1956. 
  
Biografia
A sua trajetória artística ficou profundamente ligada ao mundo latino, devido — em grande parte — ao seu casamento em 1930 com a portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, com quem realizou inúmeras viagens à América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil.
Devido ao facto de ser judeu e de sua esposa ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. O casal decidiu então residir por um longo tempo no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entram em contacto com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira.
A ligação com Portugal reflete-se na existência da Fundação Árpád Szenes-Vieira da Silva, sediada em Lisboa.
  
   
(imagem daqui)

Orson Welles nasceu há 106 anos

  
George Orson Welles (Kenosha, Wisconsin, 6 de maio de 1915 - Hollywood, 10 de outubro de 1985) foi um cineasta dos Estados Unidos.
Também foi roteirista, produtor e ator. Iniciou a sua carreira no teatro, em Nova Iorque, em 1934.
  
Biografia
Órfão aos quinze anos, após a morte do seu pai (a sua mãe morreu quando ainda tinha 9 anos), George Orson Welles começou a estudar pintura em 1931, primeira arte em que se envolveu. Adolescente, não via interesse nos estudos e em pouco tempo passou a atuar. Tal paixão levou-o a criar a sua própria companhia de teatro em 1937. Em 1938, Orson Welles produziu uma transmissão radiofónica intitulada A Guerra dos Mundos, adaptação da obra homónima de H. G, Wells e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma verdadeira invasão de extraterrestres. Um exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofónica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que, no dia seguinte, todos queriam saber quem era o responsável pela tal "partida". A fama do jovem Welles começava. Foi casado com a atriz Rita Hayworth e tiveram uma filha, Rebecca. O casal divorciou-se em 1948.

Citizen Kane
A sua estreia no cinema, em filmes de longa metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane (Em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido por Welles.
Os elogios a Citizen Kane, originaram por três motivos:
   
Inovação
Welles inovou a estética do cinema com técnicas até então raríssimas nas produções cinematográficas. Algumas delas são:
  • Ângulos de câmara (uso de plongée e contra-plongée).
  • Exploração do campo (campo e contra-campo).
  • Narrativa (narrativa não linear).
  • Edição e montagem (muito sofisticada para e época de sua realização, devido a não linearidade da narrativa).
     
Coragem 
Orson Welles retratou, em "Citizen Kane", a vida e a decadência de um magnata da comunicação norte-americana, baseado na história do milionário William Randolph Hearst. Esse filme foi um marco na carreira do ator. Mesmo estando pronto, "Cidadão Kane" quase não pode ser visto, fruto de problemas com Hearst. Ele teve nove indicações para o Óscar, mas venceu apenas um, o de melhor roteiro original. A sua coragem de realizar esta obra prima acabou resultando no fechamento de muitas portas no futuro, beirando o ostracismo no fim da vida.
    
Dinamismo
Foi diretor, co-roteirista, produtor e ator em "Citizen Kane". O que é surpreendente, pois no cinema acumular funções acaba influenciando de maneira negativa o resultado final. Mas no caso de Welles surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.  
      
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Marlene Dietrich morreu há 29 anos

   
Marlene Dietrich, nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch (Berlim, 27 de dezembro de 1901 - Paris, 6 de maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã.
Dietrich manteve grande popularidade ao longo da sua invulgarmente longa carreira no show business, por se reinventar continuamente a si mesma, profissionalmente e caracteristicamente. Em 1920, em Berlim, ela atuou nos palcos e em filmes mudos. O seu desempenho como Lola-Lola em “The Blue Angel” (O Anjo Azul - 1930), dirigido por Josef von Sternberg, trouxe-lhe fama internacional, resultando num contrato com a Paramount Pictures. Dietrich estrelou em filmes de Hollywood tais como o “Marrocco” (Marrocos - 1930), “Shangai Express” (O Expresso de Xangai” - 1932) e “Desejo” (1936). Dietrich negociou com sucesso as suas atuações e tornou-se uma das atrizes mais bem pagas da época.
Dietrich tornou-se cidadã norte-americana em 1939 e, durante toda a Segunda Guerra Mundial, era uma “entertainer”  da linha de frente. Embora ainda fizesse filmes ocasionais após a Segunda Guerra Mundial, Dietrich passou a maior parte da década de 50 até à década de 70 em turnê pelo mundo, cantando e dançando. Dietrich ficou conhecida pelos seus esforços humanitários durante a guerra, abrigando exilados alemães e franceses, dando-lhes apoio financeiro, e até mesmo ao defender a sua cidadania dos EUA. Pelo seu trabalho fde melhorar a moral nas linhas de frente na Segunda Guerra Mundial recebeu honras dos EUA, França, Bélgica e Israel.
Marlene Dietrich um dos ícones do cinema americano, foi eleita pelo AFI como a 10° Lenda Feminina do cinema americano.
   

Freud nasceu há 165 anos

    
Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 - Londres, 23 de setembro de 1939), mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e criador da Psicanálise. Freud nasceu numa família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco. Atualmente a localidade é denominada Příbor, na República Checa.
Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. A sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano: um animal dotado de razão imperfeita influenciado por seus desejos e sentimentos que cria na mente destes um tormento pela contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade. Factos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow, por overdose do antidepressivo da época, a cocaína, levou-o ao abandono das técnicas de hipnose e drogas para utilizar uma nova metodologia: a cura pela conversa, a Psicanálise, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como vias de acesso ao inconsciente.
As suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. As suas ideias são frequentemente discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.
     

quarta-feira, maio 05, 2021

A Imperatriz Eugénia de Montijo nasceu há 195 anos


A Imperatriz Eugénia de Montijo (nome completo: Maria Eugénia Ignacia Augutina Polafox y Kirck Patrick de Guzman, Granada, 5 de maio de 1826 - Madrid, 11 de julho de 1920) foi marquesa de Ardales, marquesa de Moya, a 19ª Condessa de Teba, condessa de Montijo, e como esposa de Napoleão III, Imperador dos franceses, foi Imperatriz da França.
Filha mais jovem das duas do conde Cioprian Polafox Portucarrero 8º conde de Montijo e de Maria Manuela Kirck Patrick de Closbourn e De Grevigné.
Após a morte do pai em 1839, e o casamento de sua irmã mais velha, a Duquesa Maria Francisca Portocerrero Kirck Patrick, 12ª Duquesa de Peñaranda, em 14 de fevereiro de 1848 com o Duque Jaime Fitz-James Stuart y Ventimiglia, 15° Duque de Alba, passou juntamente com a sua mãe a residir em Paris, onde passou a frequentar as festas da alta sociedade, passando a ser cortejada pelo então presidente Carlos Luis Napoleão Bonaparte, futuro Napoleão III de França.
Conta-se que Eugénia era possuidora de uma beleza extraordinária, e que seus cabelos muito longos eram de um castanho pouco comum, conhecido como castanho-ticiano, fora educada no convento do Sacre Coeur, em Paris.
Diz-se que um dia em uma conversa mais intima ao pé do ouvido, Napoleão III perguntou-lhe,"qual é o caminho mais curto para os seus aposentos", e ela respondeu-lhe "Pela Capela meu senhor, pela Capela".
Casaram-se em Paris no dia 19 de janeiro de 1853, e Eugénia ousou ser uma das primeiras noivas a casar-se de branco - seguindo o exemplo da rainha Vitória, da Inglaterra - numa época em que as noivas se casavam de azul, verde e até de vermelho:
"O branco começou a ser utilizado apenas em 1840, quando a Rainha Vitória casou-se com o Príncipe Alberto de Saxe. Nessa época era a cor azul que simbolizava pureza, enquanto o branco era símbolo de riqueza. Como a cor branca não era geralmente escolhida para o vestido de noiva, a Rainha Vitória surpreendeu a todos e lançou a tendência – que logo foi copiada por mulheres de todo continente europeu e americano."
Nasceu em Paris no dia 16 de março de 1856 o seu único filho, o Príncipe-Imperial Napoleão Eugénio, que viria a falecer tragicamente na África do Sul em 1 de junho de 1879 em confronto com uma tribo zulu.
Após a queda do II Império foi, juntamente com o marido, para o exílio na Inglaterra e quando este morreu em Chislehurst, Kent no dia 9 de novembro de 1873, passou a residir em Biarritz onde nos tempos de imperatriz costumava passar o verão e após no Palácio de Liria e no de Dueñas em Sevilha.
Interessada em novidades tecnológicas, quis conhecer pessoalmente o dirigível de Alberto Santos Dumont, embora vivesse reclusa em sua velhice:
"Uma senhora altiva e cheia de dignidade desejou conhecer o dirigível de Santos Dumont: a Imperatriz Eugénia de Montijo, viúva de Napoleão III, em cuja fronte "luziu o diadema de safiras e diamantes que resplandeceu nas cabeças de Josefina de Beauharnais e de Maria Luísa de Áustria." A ex-soberana dos franceses, da qual ainda podemos admirar a formosura na tela de Winterhalter mulher de "fisionomia e espáduas de rara perfeição", que tinha os pés e as mãos "de uma andaluza de puro sangue", havia se transformado numa "sombra dolorida e silenciosa". Ela vivia num retiro absoluto, completamente afastada da sociedade, sobretudo depois do desaparecimento de seu filho, o príncipe Eugénio Luís, herdeiro do trono, que em 1879 foi morto na África do Sul, durante a guerra dos ingleses contra os zulus. Ninguém conseguia vê-la, Eugénia evitava jornalistas e fotógrafos, (...) portanto foi com desvanecimento que Alberto recebeu, no dia 23 de janeiro a visita desta grande dama (...) Eugénia, trajada de preto, chegou ao hangar numa carruagem fechada (...) achava-se com quase oitenta anos, mas o rosto exibia os vestígios da impressionante beleza que fascinara o filho de Hortênsia de Beauharnais.
Faleceu durante uma visita a Madrid no dia 11 de junho de 1920, aos 94 anos, e foi sepultada na cripta imperial da St Michael's Abbey, Farnborough, Condado de Hampshire, ao lado do filho e do marido.
 
    

Porque a Poesia está acima da morte...

(imagem daqui)
      
  
Elegia para Mário Quintana, vivo
  
Antes que escape
e não adivinhe o exacto momento,
antecipo-me a Sua Ex.ª
e auguro-lhe, tarde, a vida eterna.
  
Já agora, continue os seus
Apontamentos de História Sobrenatural:
por porta travessa faça chegar
o Manual do Perfeito Abismo.
  
E fale dessa história obsessiva
do cricrilar dos grilos
(parecido com o cantarolar
dos seus vermes?)
  
Diga ao menos se conseguiu
encontrar Botticelli,
de quem o senhor descende:
entreajudem-se.
  
E, se a coisa o não embaraçar,
ilumine-nos com a enormidade
da sapiência divina.
Peça-lhe (é preciso audácia
com Deus) que assine
a sua ordem de expulsão
– e volte, gestante,
pelo túnel de outra vida.

    
   
in A Ignorância da Morte (1978) - António Osório

Pío Leyva nasceu há 104 anos


(imagem daqui)

Pío Leyva (Morón, 5 de maio de 1917 – Havana, 22 de março de 2006), é tido com um dos ícones da música cubana. Maestro e crooner, possuía uma voz marcante para a música cubana.
Leyva participou no sucesso Buena Vista Social Club, que, pelas mãos de Win Winders e Ray Cooder, girou o mundo e colocou a música cubana novamente em destaque. Ao lado de Ibrahim Ferrer, Omara Portuondo, "Puntillita", Compay Segundo e outros, Pío é considerado um dos mestres do Cuaguancó, ritmo consagrado pela velha guarda cubana.
Em 2002, novamente pelas mãos de Winders, Pío Leyva mostrou o seu talento, na época com 85 anos de idade, mostrou fôlego para atuar no CD/DVD The Songs of Cuba, trabalho pós Buena Vista que apresenta as novidades da música cubana, muitas delas inspiradas pelos grandes mestres do Buena Vista Social Club.
Nascido em 1917, morador de Miramar, Pío Leyva possuia formação musical clássica, porém, assim como muitos artistas cubanos, foi levado pelo swing e sensualidade da popular música cubana, do mambo até à salsa. Leyva, que ganhou uma competição de bongós aos seis anos de idade e que começou uma carreira musical em 1932, será sempre lembrado pelo carisma que possuía.