Anthony Charles Lynton "Tony" Blair (
Edimburgo,
6 de maio de
1953) é um
político britânico, tendo ocupado o cargo de primeiro-ministro do
Reino Unido
de 2 de maio de 1997 a 27 de junho de 2007, de líder do Partido
Trabalhista de 1994 a 2007 e de membro do Parlamento Britânico de 1983 a
2007.
Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, Blair foi indicado para a
posição de enviado ao Médio Oriente da ONU, da União Europeia, dos
Estados Unidos e da Rússia.
Após a morte de
John Smith em
1994, Blair, então com 41 anos, tornou-se o líder mais jovem já surgido no
trabalhismo inglês. O congresso do partido, em
1996,
adotou a política proposta por Tony Blair, que buscava uma reforma
constitucional, especial atenção à educação e à saúde e a maior
integração com a
União Europeia (UE). Nas eleições de 1997, derrotou o conservador
John Major por uma grande margem dos votos. Apresentou "O modelo para o
século XXI", segundo o princípio "
trabalho para os que podem trabalhar" e "
assistência para os que não podem trabalhar". Contribuiu para pôr fim a trinta anos de conflito na
Irlanda do Norte, firmando, após quase dois anos de negociações, um acordo de paz. Este acordo contou com a colaboração do ex-presidente dos
Estados Unidos,
Bill Clinton.
Em junho de
2001,
nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair ganha um
segundo mandato, caso inédito no currículo do partido e na história de
Inglaterra.
Em março de
2003, Blair decide em conjunto com o presidente norte-americano
George W. Bush atacar o
Iraque.
Envia tropas britânicas para um conflito (conjuntamente com os
militares norte-americanos) que tinha como objetivo desarmar o
Iraque e depor o governo de
Saddam Hussein.
Em
2005
Tony Blair lidera novamente o Partido Trabalhista numa estreia absoluta,
ao alcançar a vitória para um terceiro mandato consecutivo.
Na sequência das negociações da
OMC
(Organização Mundial do Comércio) para a eliminação de barreiras
alfandegárias, Tony Blair defende a abolição total das tarifas
aduaneiras pela
União Europeia
para os produtos agrícolas, bem como o fim dos subsídios estatais à
produção, ao rendimento e sobretudo à exportação. Tal posição que ia ao
encontro das pretensões dos países em desenvolvimento, como o
Brasil,
Argentina,
Tanzânia,
Índia, entre outros, potenciaria a entrada daquelas economias nos mercados protegidos europeu e norte-americano.
Em 2006, o
Partido Republicano dos
EUA, ao qual o Presidente Bush pertence, perdeu as eleições parlamentares no seu país para o
Partido Democrata,
o que mostrou o descontentamento do povo norte-americano com seu
líder. Blair, assim, vê a sua imagem prejudicada, já que o principal
motivo que levou à rejeição do domínio republicano foi o fiasco da
Guerra do Iraque. O Primeiro-Ministro percebe, desta forma, ter também grande probabilidade de perder o poder pelas mãos do
Parlamento depois de nove anos no cargo.
Em
10 de maio de
2007, Tony Blair anunciou formalmente que renunciava ao cargo de líder do Partido Trabalhista no dia
24 de junho, e consequentemente ao lugar de primeiro-ministro, após 10 anos de serviço. No dia
27 de junho, renunciou formalmente. Gordon Brown sucedeu-lhe em ambos os cargos.
Em dezembro de 2007 anunciou oficialmente a sua conversão ao catolicismo, deixando a
Igreja Anglicana. Numa conferência em abril de 2008 pronunciada na
Catedral de Westminster
perante umas 1600 pessoas, Blair destacou a importância da religião em
um mundo globalizado. Disse que a religião poderia "despertar a
consciência do mundo" e a ajudar a alcançar os
Objetivos do Milénio da
ONU contra a pobreza e a fome, dentre outras causas nobres.