domingo, junho 24, 2012

João da Cruz, poeta e santo, nasceu há 470 anos

São João da Cruz (Fontiveros, 24 de junho de 1542 - Úbeda, 14 de dezembro de 1591) foi um frade carmelita espanhol, famoso por suas poesias místicas e que foi proclamado 26º Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI.

João da Cruz nasceu em 1542, provavelmente no dia 24 de junho, em Fontiveros, província da cidade de Ávila, em Espanha. Os seus pais chamavam-se Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem do Carmo aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra a sua Primeira Missa. No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de novembro de 1568, juntamente com Frei António de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses num Mosteiro de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite escura da alma", da "Subida ao Monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".


La noche oscura


En una noche oscura,
con ansias en amores inflamada,
(¡oh dichosa ventura!)
salí sin ser notada,
estando ya mi casa sosegada.

A oscuras y segura,
por la secreta escala disfrazada,
(¡oh dichosa ventura!)
a oscuras y en celada,
estando ya mi casa sosegada.

En la noche dichosa,
en secreto, que nadie me veía,
ni yo miraba cosa,
sin otra luz ni guía
sino la que en el corazón ardía.

Aquésta me guïaba
más cierta que la luz del mediodía,
adonde me esperaba
quien yo bien me sabía,
en parte donde nadie parecía.

¡Oh noche que me guiaste!,
¡oh noche amable más que el alborada!,
¡oh noche que juntaste
amado con amada,
amada en el amado transformada!

En mi pecho florido,
que entero para él solo se guardaba,
allí quedó dormido,
y yo le regalaba,
y el ventalle de cedros aire daba.

El aire de la almena,
cuando yo sus cabellos esparcía,
con su mano serena
en mi cuello hería,
y todos mis sentidos suspendía.

Quedéme y olvidéme,
el rostro recliné sobre el amado,
cesó todo, y dejéme,
dejando mi cuidado
entre las azucenas olvidado.

Curt Smith - 51 anos

Curt Smith (Bath, Somerset, 24 de junho de 1961) é um músico inglês.
É um dos principais integrantes da banda Tears for Fears, juntamente com Roland Orzabal. Toca baixo e sintetizador. Tem um disco solo, Soul on Board, de 1993. É também empresário, dono da gravadora Zerodisc.


O grupo Tears for Fears é uma dupla de rock surgida nos anos 1980, formada por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo). As músicas da dupla foram principalmente criadas por Orzabal, que no início se baseava na teoria da Terapia Primal, do psicanalista Arthur Janov, que deu origem ao nome do grupo.
O grupo se destacou pela versatilidade de temas usados em suas canções, pelos detalhes e pela vigorosa utilização do sintetizador. Venderam mais de vinte milhões de discos e obtiveram vários discos de ouro e de platina.
Vindos do grupo de ska Graduate (dissolvida no início da década de 80) o grupo lança, contando com a participação de Ian Stanley nos teclados e Manny Elias na bateria, o álbum The Hurting (1983), onde apresentam uma música mais orientada pelo estilo techno e até mesmo gótico, e onde se encontra com mais vigor a teoria do Grito Primal. Contudo, o álbum de maior sucesso e considerado a obra máxima do grupo é Songs from the Big Chair (1985). O disco viria a vender mais de 10 milhões de cópias, e sucessos como "Everybody Wants to Rule The World" e "Shout" (ambas atingindo o 1º lugar nas paradas americanas) e "Head Over Heels" (3º lugar). O grupo sairia em turnê para só depois de quatro anos lançarem outro disco, mais pop (e sem a influencia psicanalista vista no início) ainda do que os anteriores, chamado Seeds of Love (1989). Hits como "Sowing the Seeds of Love", "Advice for the Young at Heart" e principalmente a balada "Woman in Chains" (lançando a cantora Oleta Adams, antes desconhecida) atingem as paradas.
Este trabalho, considerado por muitos fãs como o melhor, traz elementos jazzísticos e soul, clara influencia de Oleta Adams, sobretudo nas canções "Badman's Song" e "Standing on the Corner of the Third World", encorpando e amadurecendo o bom trabalho feito no disco anterior, Songs from the Big Chair.
Devido a divergências crescentes entre Roland e Curt, com relação ao andamento do grupo, e como cada vez Curt participa menos na composição e nos vocais, a dupla se separa e, através de uma decisão judicial, Roland pode seguir com o nome da dupla. Logo após, é lançada a coletânea Laid so low Tears Roll Down (Greatest Hits 1982-1992). Pelo Tears for Fears, Roland lança em 1993 o álbum Elemental, que ainda conseguiu relativo sucesso com "Break it Down Again", e Curt lança em carreira solo o fracassado Soul on Board. Seguem-se ainda Raoul and the Kings of Spain (1995, por Orzabal, ainda mantendo o nome Tears for Fears) e Saturnine Martial & Lunatic em 1996. Com as fracas vendas do último disco, Roland lança em carreira solo o disco Tomcats screaming outside, em 2001. A dupla se reencontra em 2003 com a intenção de obter novamente o sucesso, com o álbum Everybody Loves a Happy Ending.


Carlos Gardel morreu há 77 anos

Carlos Gardel (Tacuarembó ou Toulouse, 11 de dezembro de 1890 - Medellín, 24 de junho de 1935) foi o mais famoso dos cantores de tango argentino, país ao qual chegou aos dois anos de idade.
Seu lugar de nascimento constitui uma questão controversa. Alguns sustentam que Gardel teria nascido no interior do Uruguai no departamento de Tacuarembó baseando-se em alguns documentos e matérias jornalísticas de época. seria filho do líder político local Carlos Escayola e de Maria Lelia Oliva, que tinha 13 anos. Outros dizem que Gardel teria nascido na cidade francesa de Toulouse como Charles Romuald Gardès, filho de pai ignorado e de Berthe Gardès (1865-1943). Gardel era esquivo sobre o tema e quando indagado dizia: "Nasci em Buenos Aires aos dois anos e meio de idade".
Cantor e ator celebrado em toda a América Latina pela divulgação do tango. Inicia-se como cantor ainda jovem com o nome artístico de El Morocho, apresentando-se em cafés dos subúrbios da capital argentina. Sua primeira interpretação formal se dá no Teatro Nacional de Corrientes, no qual também se apresenta Don José Razzano, com quem forma uma parceria por vários anos. Pela sensualidade de sua voz, que se presta muito bem à interpretação da milonga – género precursor do tango – torna-se conhecido a partir de "Mi noche triste" 1917.


Richard Kruspe, o guitarrista dos Rammstein, faz hoje 45 anos

Richard Z. Kruspe (Wittenburg, 24 de junho de 1967) é um guitarrista alemão, atual guitarrista da banda Rammstein. Mede 1,80 m, o seu cabelo é castanho, os olhos azuis, tem sobrancelhas não unidas e muito baixas.
Em 10 de outubro de 1989, antes da queda do Muro de Berlim, ele estava a ir para o metro e quando estava perto ficou no meio de uma manifestação política; foi atingido na cabeça e preso apenas por estar ali, e ficou na prisão seis dias. Uma vez fora da prisão, ele decidiu deixar a Alemanha de Leste. Naqueles dias, não se podia sair da RDA para a RFA, por isso ele entrou na RFA através da Checoslováquia. Quando o muro caiu, ele voltou para a parte oriental da Alemanha.
Richard tem duas irmãs mais velhas. Os seus pais são divorciados e sua mãe voltou a casar, tendo Richard convivido com o padrasto. Quando era mais jovem foi lutador de Luta Greco-Romana e chegou a ser campeão da RDA. O seu verdadeiro nome é Zven, nome de batismo, mas mudou-o para Richard. É divorciado do primeiro casamento, tendo casado novamente com a atriz Caron Bernstein, a 29 de outubro de 1999 e adotado o último nome de sua mulher, "Bernstein". Em 2004, Caron e Richard separam-se e ele retirou o nome "Bernstein". Tem uma filha, Khira Li Lindemann, fruto da relação de Richard com a ex-mulher de Till Valcorte Lindemann, nascida no dia 28 de fevereiro de 1991 e um filho chamado Merlin Besson de um outro relacionamento, nascido no dia 10 de dezembro de 1992. A sua filha aparece no concerto Live Aus Berlin.
Trabalhou como caixa e empregado de cozinha antes de ser um dos fundadores da banda Rammstein, ao lado de Christoph Schneider, tocando guitarra. O seu primeiro grupo chamava Orgasm Death Gimmick. Gosta de bandas como os AC/DC e Black Sabbath. Fala inglês, língua que aprendeu ao ler revistas. A letra da música "Engel" foi escrita por ele. Tem um projeto paralelo chamado Emigrate, com um disco lançado.


Nuno Álvares Pereira nasceu há 652 anos

Estátua de Nuno Álvares Pereira, do escultor Leopoldo de Almeida, em frente ao Mosteiro da Batalha

D. Nuno Álvares Pereira, ilustre membro, no final da sua vida, da Ordem dos Carmelitas, também conhecido como o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, hoje São Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun' Álvares (Paço do Bonjardim ou Flor da Rosa, 24 de junho de 1360Lisboa, 1 de novembro de 1431) foi um nobre e guerreiro português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira foi também 2.º Condestável de Portugal, 38.º Mordomo-Mor do Reino, 7.º conde de Barcelos, 3.º conde de Ourém e 2.º conde de Arraiolos.
Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas», chamando-lhe o "forte Nuno" e logo no primeiro canto (12ª estrofe) é evocada a figura de São Nuno, ao dizer "por estes vos darei um Nuno fero, que fez ao Rei e ao Reino um tal serviço".
Uma escultura sua encontra-se no Arco da Rua Augusta, na Praça do Comércio, em Lisboa, outra no castelo de Ourém e uma, equestre, no exterior do Mosteiro da Batalha. Tem também uma estátua em Flor da Rosa, um dos dois locais apontados como sua terra natal.
São Nuno foi canonizado pelo Papa Bento XVI, em 26 de abril de 2009, e sua festa é a 6 de novembro.

sábado, junho 23, 2012

Nicolau Tolentino de Almeida morreu há 201 anos

Frontispício de uma peça de teatro "de cordel" de Tolentino

Nicolau Tolentino de Almeida (Lisboa, 10 de setembro de 1740- 23 de junho de 1811) foi um poeta português.

Aos vinte anos ingressou na Faculdade de Leis, em Coimbra, mas ao invés dos estudos tinha vida boémia e de poeta. No ano de 1765 tornou-se professor de retórica, numa das cátedras criadas pelo Marquês de Pombal, após a expulsão dos jesuítas.
Seus versos continham sempre pedidos, solicitando um cargo na secretaria de estado, até que este foi satisfeito, com a nomeação como oficial de secretaria.
Foi um professor durante quinze anos, mas não gostava de tal profissão. Inadaptado e descontente até conseguir o posto na Secretaria dos Negócios do Reino, obteve tudo quanto pretendeu, o que não o fez deixar de deplorar uma suposta miséria.
Bom metrificador, compôs sátiras descritivas e caricatural, sonetos e odes, que reuniu em 1801 num volume chamado Obras Poéticas. Ficando pela superfície, apreendeu bem os erros e ridículos da época. O seu cómico consistia no agravamento das proporções, hipertrofiando o exagero, que encontrava.


SONETO XXII
Aos toucados altos

Foi ao Manique um homem acusado
Por contrabandos ter; ele ciente
Chama a quadrilha, corre diligente,
Entra, busca, e não acha o Malsinado.

Acha a mulher, que tinha por toucado
A torre de Belém: ela que o sente,
Banhada em pranto, desmaiada a frente,
Prostra por terra o corpo delicado.

C'o boleu se esbandalha a mata espessa,
Saem dela esguiões, cassas lavradas,
E de belbute trinta e uma peça,

Fivelas, espadins, rendas bordadas:
Até tinha escondido na cabeça
O marido, e três arcas encouradas.

in
Obras Póstumas (1828) - Nicolau Tolentino de Almeida

O entomólogo Kinsey, pai da sexologia moderna, nasceu há 118 anos

Alfred Charles Kinsey (Hoboken, 23 de junho de 1894 - Bloomington, 25 de agosto de 1956) foi um entomologista e zoólogo norte-americano. Em 1947, na Universidade de Indiana, fundou o Instituto de Pesquisa sobre Sexo, hoje chamado de Instituto Kinsey para Pesquisa sobre Sexo, Género e Reprodução. As suas pesquisas sobre a sexualidade humana influenciaram profundamente os valores sociais e culturais dos Estados Unidos, principalmente na década de 1960, com o início da chamada "revolução sexual". Ainda hoje as suas obras são consideradas fundamentais para o entendimento da diversidade sexual humana. A sua história foi retratada num filme de 2004 intitulado Kinsey - Vamos falar de sexo.

(...)

Após completar o seu doutoramento, Kinsey ingressou como professor assistente no departamento de zoologia da Universidade Bloomington de Indiana, em 1920. Era chamado pelos alunos de Prok, um diminutivo de Professor Kinsey. Lá, conheceu Clara Bracken McMillen, a quem passou a chamar carinhosamente de Mac. Kinsey se casou com Clara em 1921, com quem teve quatro filhos. Na Universidade de Indiana, continuou seus estudos de entomologia por mais 16 anos. Para isso, coletou mais de um milhão de exemplares de vespas, posteriormente doadas ao Museu Nacional de História Natural, em Nova York. Seu principal interesse era a história evolutiva daquela espécie.

Pai da Sexologia
Kinsey iniciou seus estudos sobre práticas sexuais humanas após uma discussão com o colega Robert Krog, na Universidade de Indiana. Após ter concluído, em seus estudos de entomologia, que nenhuma vespa era igual à outra, e que as práticas de acasalamento das vespas eram extremamente variadas, Kinsey percebeu que, apesar da falta de estudos sobre a sexualidade humana, essa característica de diversidade sexual era comum entre os animais e, dentre estes, os humanos. Kinsey queria que a educação sexual fosse abordada em uma disciplina exclusiva, algo inexistente na época. Ao fazer isto, Kinsey conseguiu criar a disciplina académica de sexologia, ciência da qual é considerado o criador. Após muita persistência, em 1935 Kinsey conseguiu recursos financeiros junto à Fundação Rockefeller e pôde, então, iniciar sua pesquisa sobre a sexualidade humana. Para isso, Kinsey montou e treinou uma equipe que entrevistaria, nos anos seguintes, milhares de pessoas em todo o território dos Estados Unidos.

Os relatórios Kinsey
A publicação do primeiro volume do famoso relatório sobre a sexualidade masculina (Sexual Behavior in the Human Male), em 1948, deu origem a uma enorme polémica nos Estados Unidos. O livro foi um dos mais vendidos naquele ano. Rapidamente, Kinsey se transformou numa celebridade, considerado até hoje como uma das personalidades mais polémicas do século XX. Foi capa dos principais jornais e revistas do país. O segundo volume, abordando a sexualidade das mulheres (Sexual Behavior in the Human Female) foi publicado em 1953.
A controvérsia que daí resultou foi inevitável, pois certos dados chocavam a estrutura clássica da família americana no final da década de 1940 e início da década de 1950. A América acabava de descobrir que, segundo os estudos de Kinsey, 92% dos seus homens e 62% das suas mulheres se masturbava. E que 37% dos homens e 13% das mulheres já tinham tido uma relação homossexual que lhes tinha proporcionado um orgasmo. Neste caso, os factos foram noticiados pela imprensa sensacionalista como uma verdadeira bomba.
Os seus relatórios foram vistos por muitos como o início da revolução sexual da década de 1960. Apesar de ainda hoje encontrarmos dados resultantes do Relatório Kinsey, há que ter em conta que esses mesmos dados têm cerca de 50 anos e que, certamente, muitas das práticas e percentuais da época podem certamente ter se modificado.

sexta-feira, junho 22, 2012

Sunday Morning Coming Down


Johnny Cash & Kris Kristofferson - Sunday Morning Coming Down
Letra e música de Kris Kristofferson

Well I woke up Sunday morning,
With no way to hold my head that didn't hurt.
And the beer I had for breakfast wasn't bad,
So I had one more for dessert.
Then I fumbled through my closet for my clothes,
And found my cleanest dirty shirt.
An' I shaved my face and combed my hair,
An' stumbled down the stairs to meet the day.

I'd smoked my brain the night before,
On cigarettes and songs I'd been pickin'.
But I lit my first and watched a small kid,
Cussin' at a can that he was kicking.
Then I crossed the empty street,
'n caught the Sunday smell of someone fryin' chicken.
And it took me back to somethin',
That I'd lost somehow, somewhere along the way.

On the Sunday morning sidewalk,
Wishing, Lord, that I was stoned.
'Cos there's something in a Sunday,
Makes a body feel alone.
And there's nothin' short of dyin',
Half as lonesome as the sound,
On the sleepin' city sidewalks:
Sunday mornin' comin' down.

In the park I saw a daddy,
With a laughin' little girl who he was swingin'.
And I stopped beside a Sunday school,
And listened to the song they were singin'.
Then I headed back for home,
And somewhere far away a lonely bell was ringin'.
And it echoed through the canyons,
Like the disappearing dreams of yesterday.

On the Sunday morning sidewalk,
Wishing, Lord, that I was stoned.
'Cos there's something in a Sunday,
Makes a body feel alone.
And there's nothin' short of dyin',
Half as lonesome as the sound,
On the sleepin' city sidewalks:
Sunday mornin' comin' down.

Do do do do do do do do,
Do do do do do do do,
Do do do do do do do do,
Do do do do do do do.

To fade

Time after Time


Time After Time - Cyndi Lauper

Lying in my bed
I hear the clock tick and think of you
Caught up in circles
Confusion is nothing new
Flash back warm night, almost left behind
Suitcase of memories
Time after

Sometime you pictured me
I'm walking too far ahead
You're calling to me
I can't hear what you've said
Then you said, "Go slow, I fall behind"
The second hand unwinds


If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time
If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time


After my picture fades
And darkness has turned to grey
Watching through windows
You're wondering if I'm OK
Secrets stolen from deep inside
The drum beats out of time


If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time
If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time


You said, "Go slow, I fall behind"
The second hand unwinds


If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time
If you're lost you can look
And you will find me, time after time
If you fall I will catch you
I'll be waiting, time after time


Time after time...

Há 71 anos Hitler invadiu a União Soviética

Evolução da Operação Barbarossa
Operação Barbarossa (em alemão: Unternehmen Barbarossa) foi o nome de código pelo qual ficou conhecida a operação militar alemã para invadir a União Soviética, iniciada em 22 de junho de 1941 durante a Segunda Guerra Mundial, rompendo assim com o Pacto Ribbentrop-Molotov (ou tratado de não-agressão) acordado entre os dois Estados menos de dois anos antes.
Considerada a maior e mais feroz campanha militar da história em termos de mobilização de tropas e baixas sofridas, em que 4,5 milhões de soldados do Eixo invadiram a União Soviética numa frente de 2900 km sendo também utilizados 600.000 veículos motorizados e 750.000 cavalos. Os planos para a Operação Barbarossa iniciaram no dia 18 de dezembro de 1940, sendo o seu nome devido ao monarca Frederico Barbarossa, do Sacro Império Romano-Germânico, um dos líderes da Terceira Cruzada no século XII.
O objetivo inicial da Operação Barbarossa era uma rápida tomada da parte europeia da União Soviética a oeste da linha que liga as cidades de Arkhangelsk e Astrakhan, chamada de linha A-A na Diretiva nº 21 de Adolf Hitler. Até o final do mês de janeiro de 1942, o avanço alemão foi paralisado pelo Exército Vermelho. Embora não tenha alcançado o objetivo desejado de uma conquista total do território inimigo e a vitória sobre este, as tropas alemãs haviam conseguido tomar as mais importantes áreas econômicas do território soviético, concentradas principalmente na Ucrânia. Fora estes sucessos alcançados, os alemães não conseguiram formar novamente uma força ofensiva que chegasse até Moscovo.
Com a falha da Operação Barbarossa, ficaram complicadas as futuras operações dentro do território soviético, tendo todas estas tentativas falhado, como a continuação do Cerco de Leningrado, Operação Nordlicht, e a Batalha de Estalinegrado, entre outras batalhas no território soviético ocupado.
Com a falha da Operação Barbarossa, foi aberto um novo fronte na Segunda Guerra, a Frente Oriental, onde foram concentradas mais forças do que em qualquer outro teatro de guerra da história, sendo assim, ficou inevitável que neste fronte ocorressem algumas das maiores batalhas, baixas e atrocidades, trazendo o horror para as forças alemães e soviéticas que ali se enfrentavam, influenciando decisivamente no curso da guerra e da história do século XX.

Há 72 anos a França capitulou perante Hitler e as suas tropas

Hitler, no centro do grupo, com a mão na anca, ao lado do Reichsmarschall Hermann Goering e seus generais, perante a estátua do marechal Ferdinand Foch antes da assinatura do armistício

O armistício de 22 de junho de 1940, foi um acordo que se sucedeu ao cessar-fogo e fim de hostilidades entre as autoridades do Terceiro Reich e os representantes da República Francesa, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, que foi assinado em Rethondes nessa data, na chamada carruagem do armistício (a mesma onde se tinha assinado o armistício de 11 de novembro de 1918, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial).
O armistício estabeleceu as condições oficiais da ocupação alemã da França, que ficou dividida em duas grandes zonas, a zona ocupada, sob controle alemão, e a chamada zona livre, sob a autoridade da França de Vichy.
Além das zonas citadas, distingue-se ainda o departamento do Norte que fica unido ao Governo Militar alemão na Bélgica, uma chamada «zona reservada» a leste (Alsácia e Lorena), a chamada «zona proibida» ao longo do litoral no Canal da Mancha e do Oceano Atlântico e uma pequena zona de ocupação italiana.
O avanço aliado depois do desembarque na Normandia permitiu desde junho de 1944 restabelecer a soberania francesa sobre o seu território nacional e pôr fim ao regime colaboracionista do marechal Philippe Pétain.

Imagem da carruagem do armistício, utilizada para a assinatura deste armistício e para o de 11 de novembro de 1918

Condições do armistício de Rethondes
A delegação francesa foi presidida pelo general Charles Huntziger e inclusive por um civil, o embaixador Léon Noël, tendo recebido do general Maxime Weygand, o novo Ministro de Defesa, as instruções formais de cumprir as três exigências alemãs: a ocupação total de todo o território, a entrega da frota e a instalação dos alemães em território francês.
As condições do armistício foram motivadas pelas preocupações nessa época de Adolf Hitler: talvez houvesse que evitar de forma permanente que a França se tornasse uma grande potência militar, mas a curto prazo haveria que velar para que a frota francesa não se unisse ao Reino Unido, único país que fica por vencer, uma vez que um acordo de paz com o Reino Unido ficava por ora longe da realidade. Por outro lado, no havia que irritar nem o aliado italiano nem o potencial aliado espanhol. Hitler teve um encontro com Benito Mussolini em 18 de junho em Munique para convencê-lo a aceitar as instruções de Weygand, que tinha adivinhado. O Duce queria ocupar a França até ao rio Ródano, apoderar-se da frota e anexar Nice, a Córsega e os dos departamentos franceses que formam a Sabóia histórica (Alta Sabóia e Sabóia).
É todo este conjunto de considerações complexas que determinará as condições do acordo de armistício, um texto breve de vinte e quatro artigos, que contem, entre outras, as seguintes cláusulas:
  • Os prisioneiros de guerra (mais de um milhão e meio de homens) ficam cativos até à assinatura de um acordo de paz.
  • A metade norte, bem como a costa atlântica, ficam sob a ocupação alemã, constituindo a chamada zona ocupada, que abarca aproximadamente três quintas partes do território. O resto constitui a chamada zona livre, isto é, a não ocupada, situada principalmente a sul do rio Loire. Ambas as zonas se encontravam separadas pela chamada linha de demarcação.
  • A França deve prover a manutenção do Exército alemão de ocupação. O importe da dita manutenção é fixado de forma quase arbitrária pelos alemães, sendo, como média, de uns 400 milhões de francos por dia.
  • Na zona livre, o exército francês fica limitado a 100 000 homens e ditas tropas ficam desarmadas.
  • A soberania francesa se exerce sobre o conjunto do território, incluída a zona ocupada, Alsácia e Mosela, mas na zona ocupada se estipula que Alemanha exerce Os direitos da potência ocupante, o que implica que a Administração francesa colabora com ela de um modo correto.
  • O império colonial francês fica igualmente sob autoridade do Governo francês.
  • Os navios de guerra devem acudir a seus portos em períodos de paz, embora alguns deles, como o de Brest, esteja em zona ocupada.
  • França deve entregar os refugiados políticos alemães ou austríacos refugiados em seu território fugindo dos nazis.
Mapa da França resultante das cláusulas do Armistício; a vermelho, a costa proibida sob jurisdição militar alemã; a amarelo, a zona de ocupação militar alemã; a rosa, a zona sob administração do Governo Militar alemão de Bruxelas; a laranja a zona de acesso restringido no leste; a azul, a Alsácia e Lorena, incorporadas de fato a Alemanha; a verde, a zona de ocupação italiana; a branco, a chamada zona livre administrada pela França de Vichy

A decisão de Hitler de permitir à vencida França a conservação do seu império pode parecer nos dias de hoje surpreendente. Hitler, em uma carta a Mussolini, justifica a decisão (assim como a de manter uma zona não ocupada), pelo temor de no empurrar a França e a sua potente frota naval a continuação da guerra desde suas colónias (o que aliás certamente foi proposto por vários políticos franceses).
A marinha alemã não estava em condições para a conquista do vasto império colonial francês de ultramar, e o envio de tropas a territórios longínquos não estava nos planos de Hitler. Com exceção da África Equatorial Francesa e da Nova Caledónia, as colónias francesas não se uniram nem a Charles de Gaulle nem aos Aliados nos meses seguintes ao armistício.
Por seu lado, Churchill, enfrentando o risco insuportável de ver a frota francesa regressar aos seus portos, agora ocupados pelo inimigo, segundo as cláusulas do armistício, envia em 3 de julho de 1940 uma frota britânica para que obrigue a frota francesa, que se dirigia às Antilhas Francesas, que se una à sua armada. O almirante francês em comando recusa o ultimato, sem informar o governo de Vichy de todas as possibilidades referidas neste, especialmente a de se dirigir para as Antilhas para se resguardar dos alemães. Em consequência disso houve um combate naval, a Batalha de Mers el-Kebir, no decurso da qual são afundados os principais navios franceses que se encontram na base.
O almirante François Darlan, que inicialmente havia recusado enviar para Brest as unidades ali paradas em tempo de paz e havia ordenado que a totalidade da frota francesa devia reunir-se em bases no norte da África, modifica as suas ordens, que estavam na origem do ataque britânico, e ordena à frota que pare no porto metropolitano em Toulon (que ficava em zona livre) no final do ano 1940.
Por outro lado a Itália, apesar de reivindicar os territórios do antigo condado de Nice e a Sabóia, que não havia conseguido conquistar em combate, teve de contentar-se com a localidade mediterrânea de Menton. O resto dos territórios reivindicados não serão ocupados pelo Regio Esercito italiano senão em 11 de novembro de 1942, durante a invasão da zona antes não ocupada.

Fred Astaire morreu há 25 anos

Fred Astaire, nome artístico de Frederick Austerlitz (Omaha, 10 de maio de 1899 - Los Angeles, 22 de junho de 1987) foi um ator e dançarino norteamericano de origem judaica. Era filho de Frederic e Ann Austerlitz, ele austríaco (chegou aos EUA em 1892) e ela descendente de alemães, nascida nos EUA.


Judy Garland morreu há 43 anos

Judy Garland (Grand Rapids, Minnesota, 10 de junho de 1922 - Londres, 22 de junho de 1969), nascida Frances Ethel Gumm, foi uma atriz norteamericana considerada por muitos uma das maiores estrelas cantoras da "Era de Ouro" de Hollywood dos filmes musicais.


Cyndi Lauper - 59 anos

Cyndi Lauper, nome artístico de Cynthia Ann Stephanie Lauper Thornton (Nova Iorque, 22 de junho de 1953), é uma cantora, compositora e atriz norteamericana vencedora do Grammy e Emmy. Estreou no cenário da música pop em meados da década de 1980 e obteve sucesso com o lançamento do LP She's So Unusual, que ganhou 6 discos de platina nos Estados Unidos por vendas de seis milhões de cópias no país. O álbum também entrou para a lista dos "500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone e está em exposição no Rock And Roll Hall of Fame. O disco fez de Cyndi a primeira mulher a ter quatro singles de um mesmo álbum no Top 10 da parada de sucessos da revista americana Billboard. Tem tido muito reconhecimento também, por passar por diversos géneros musicais, como de Blues ao Dance-pop, por sua frequente mudança de visual e sua voz altamente potente, para uma cantora pop.


Kris Kristofferson - 76 anos

Kris Kristofferson (Brownsville, 22 de junho de 1936) é um cantor, compositor e ator norteamericano. Tem como parceiros musicais vários artistas country famosos na capital desse género musical, Nashville: Shel Silverstein e Fred Foster, dentre outros.
 
Biografia
O pai de Kris era general da Força Aérea, o que fazia com que sua família viajasse bastante. Depois de muitas mudanças, ele se estabilizou em San Mateo, Califórnia, onde Kris se formou no San Mateo High School. Kristofferson ganhou notoriedade quando apareceu em uma notícia da revista Sports Illustrated ("Faces In The Crowd"), na época em que se destacava como atleta universitário. Ele desejava escrever e entrou na Universidade Oxford (Merton College, Oxford). Na Inglaterra ele escreveu suas primeiras canções, trabalhando com o empresário Larry Parnes. Ele gravou para a Top Rank Records com o nome de Kris Carson, mas não conseguiu sucesso.
Em 1960, Kristofferson formou-se em literatura inglesa e casou com Fran Beer.
Kristofferson entrou no exército e foi piloto de helicópteros, chegando a capitão. Durante essa época, ele serviu na Alemanha. Depois ele foi professor de literatura em West Point, por volta de 1965. Ele enviou algumas composições para Marijohn Wilkin, fazendo sucesso em Nashville, Tennessee.
 
Carreira musical
Ao profissionalizar-se como compositor, ele decidiu mudar-se para Nahsville, onde enfrentou dificuldades financeiras, por causa de problema de saúde de seu filho. Acabou divorciando-se de sua esposa. Na Columbia Studios encontrou Johnny Cash, que não quis gravar as suas canções. Também trabalhava nessa época na gravadora Bob Dylan, mas os dois não se encontraram. Para ganhar  dinheiro extra, ele fez um comercial no qual pilotava um helicóptero. Em 1966, Kristofferson obteve sucesso com a canção "Viet Nam Blues". Assinou com a Epic Records e gravou a canção "Golden Idol"/"Killing Time", que não teve êxito. Depois de compor várias canções, ele obteve sucesso como cantor realizando um dueto com Johnny Cash no Newport Folk Festival.
Depois de mudar para a Monument Records, Kris ganhou o prémio de canção do ano de 1970 da Academy of Country Musicas por "For the Good Times" (Ray Price) e o prémio da Country Music Association com "Sunday Morning Coming Down" (Johnny Cash). Foi a única vez que um artista ganhou os dois prémios em um único ano, com canções diferentes.
Em 1970, Kris namorou com Janis Joplin, que gravou o hit "Me and Bobby McGee". Ainda neste ano Kris gravou o álbum The Silver Tongued Devil and I, que foi um sucesso e estabilizou a carreira musical. Em 1972, Kris estrearia no cinema no filme The Last Movie (dirigido por Dennis Hopper). Kris continuou ganhando prémios como diversos Grammies e obteria sucesso com a canção "Why Me", de seu terceiro álbum Jesus Was a Capricorn. Casou-se com Rita Coolidge em 1973 e com ela gravou Full Moon, outro sucesso. Os dois divorciariam-se em 1980. Depois ele casou-se com Lisa Meyers. Na década de 1980, ele formaria um grupo com os astros musicais Willie Nelson, Waylon Jennings e Johnny Cash, chamado The Highwaymen. Kris entrou para o Hall of Fame dos compositores musicais em 1985 e no Nashville Songwriters Hall of Fame em 1977.
 
Carreira como ator
Depois de 1972, Kris se dedicou mais à sua carreira de ator. Apareceu em Blume in Love (dirigido por Paul Mazursky) e estrelou Pat Garrett and Billy the Kid (de Sam Peckinpah). Ficando amigo de Peckinpah, que passava por dificuldades, ele aceitou aparecer em seus filme Bring Me the Head of Alfredo Garcia, e estrelar Convoy. Também teve destaque no filme de Scorsese, Alice Doesn't Live Here Anymore. Outros filmes foram Vigilante Force, The Sailor Who Fell from Grace (baseado em obra de Yukio Mishima) e uma nova versão de A Star Is Born (com Barbra Streisand). Na década de 1980 atuou na série Amerika. Depois de um intervalo na carreira após o fracasso de Heaven's Gate, voltou a chamar a atenção com Lone Star (1996). Kris participou de três filmes da série Blade e também no remake de Planet of the Apes, dentre outros.


quinta-feira, junho 21, 2012

O melhor amigo do Homo sapiens sapiens já o era no Mesolítico, diz um concheiro de caçadores-recoletores do Sado

Esqueleto encontrado nas margens do Sado
Sepultura de cão mais antiga do Sul da Europa foi encontrada em Portugal e tinha 7600 anos
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O cão foi sepultado nos amontoados de conchas deixados pelos caçadores-recolectores

Datações por radiocarbono confirmaram agora que a sepultura de cão mais antiga do Sul da Europa foi encontrada em Portugal e que tinha 7600 anos. Foi descoberta em Junho do ano passado, por uma equipa luso-espanhola, num amontoado de conchas que os caçadores-recolectores deixaram nas margens do Sado, na zona de Alcácer do Sal.

Agora não só as datações feitas com amostras das costelas, na Universidade de Oxford, no Reino Unido, determinaram a idade do esqueleto do cão, como as análises realizadas permitiram concluir que a dieta do animal incluía 25% de proteínas de origem marinha — o que provavelmente reflecte a alimentação dos seus donos, refere um comunicado da Universidade de Lisboa.

Dirigida por Mariana Diniz, do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, e Pablo Arias, da Universidade de Cantábria, a escavação resulta do projecto Sado-Meso, que se centra nos concheiros naquele estuário. Estes amontoados de conchas, deixados pelos últimos caçadores-recolectores, no Mesolítico, são restos da alimentação que retiravam do Sado.

Ora foi precisamente num desses concheiros, o de Poças de São Bento, que a equipa descobriu a sepultura do cão. Existe um cão mais antigo do que este: encontrado nos concheiros de Muge, no concelho de Salvaterra de Magos, e exposto no Museu Geológico em Lisboa, a datação por radiocarbono conclui que tinha 8000 anos. A diferença é que o cão do Sado foi descoberto claramente numa sepultura, que foi documentada numa escavação, enquanto para o cão de Muge, encontrado no século XIX, já não pode dizer-se o mesmo, pois não existe esse registo.

“A datação confirma que os caçadores-recolectores mesolíticos da Península Ibérica praticavam a inumação de cães em necrópoles, uma prática conhecida no Norte da Europa, mas que até agora não estava documentada, durante trabalhos de escavação, no Sul do continente”, refere o comunicado sobre o cão do Sado. “O caso de Poças de São Bento é também interessante porque está cronologicamente próximo da chegada da agricultura a esta zona da Península Ibérica.”

Levado num bloco parcialmente por escavar para o Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, o cão do Sado está agora dentro de uma caixa. Até ao final do ano, deverá ser organizada uma conferência científica e uma exposição sobre este companheiro dos humanos.

in Público - ler notícia

Rimsky-Korsakov morreu há 104 anos

Nikolai Andreyevich Rimsky-Korsakov (Tikhvin, 18 de março de1844 - Lyubensk, 21 de junho de 1908) foi um militar, professor e compositor russo, um mestre em orquestração. A sua mais conhecida composição orquestral Capriccio Espagnol, e a suíte sinfónica Scheherazade são considerados básicos do reportório de música clássica. Foi membro nacionalista do Grupo dos Cinco, juntamente com Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Modest Mussorgsky.
    
Biografia
Rimsky-Korsakov, membro de uma família aristocrática, manifestou talento musical desde muito cedo: aos 6 anos de idade começou a ter aulas de piano e aos 9 anos já compunha. Aos 12 anos, ingressou no Colégio Naval Imperial Russo de São Petersburgo e, posteriormente, na Marinha Russa.
Em 1861 conhece Mily Balakirev e, com ele os outros membros do Grupo dos Cinco, retoma os estudos musicais. Ainda na Marinha, parcialmente durante uma viagem de circum-navegação, escreveu sua Sinfonia N.º 1 (1861-65), que foi muito bem recebida. Antes de deixar seu posto em 1873, compôs a primeira versão da peça orquestral Sadko (1867) e a ópera A donzela de Pskov (1872).

Em 1871 é nomeado professor de composição e orquestração do Conservatório de São Petersburgo. Entre seus alunos figuram nomes como Glazunov, Liadov, Prokofiev, Respighi e Stravinsky. No ano seguinte, casa-se com Nadezhda Nikolayevna Purgol'd (1848-1919), pianista e compositora. Durante os anos seguintes, estuda assiduamente instrumentação, harmonia e contraponto.
É nomeado professor de bandas da armada. Entre 1874 e 1881 é diretor de concertos do Conservatório Livre e regente de concertos fundados por Mitrofan Belyayev. Entre 1883 e 1894 trabalha com Balakirev na Capela da Corte, onde estuda a música da Igreja Ortodoxa Russa. Nesse tempo também se dedica a natação que apreciava treinar no verão dos mares siberianos.
Apresentou-se como maestro por toda a Europa, inclusive em Paris, durante a Exposição Universal de 1899. Em 1905 é demitido de suas funções pedagógicas após publicar uma carta de protesto em que critica as autoridades que administravam o Conservatório. Este ato gera uma série de demissões imediatas, como as de Liadov e Glazunov. Com o escândalo, a instituição é completamente reorganizada sob o comando de Glazunov, que foi readmitido para comandar o novo Conservatório de São Petersburgo. Nos anos seguintes Rimsky-Korsakov causa nova polémica com a publicação da ópera O galo de ouro (1906-07), em que critica a monarquia russa de tal forma que só pôde ser apresentada em 1909, após sua morte. Relacionado a isso, Korsakov também era famoso por seus hábitos excêntricos, como jogar futebol no auge do inverno russo nos lagos congelados de São Petersburgo.
Vítima de angina, Nikolai Rimsky-Korsakov veio a falecer em Lyubensk em 1908. Encontra-se enterrado no Cemitério Tikhvin do Mosteiro Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.
Teve sete filhos com sua esposa: Mikhail (1873), Sofia (1875), Andrey (1878-1940), Vladimir (1882), Nadezhda (1884), Margarita (1888-1893) e Slavchik (1889-1890). Nadezhda casou-se com o compositor Maximilian Steinberg em 1908. Andrey Rimsky-Korsakov foi musicologista, tendo inclusive escrito vários estudos sobre a vida e obra de seu pai, e um capítulo sobre sua mãe. Um sobrinho, Georgy Mikhaylovich Rimsky-Korsakov (1901-65), também foi compositor.
   
Obra
Rimsky-Korsakov foi um compositor prolífico. Seus maiores êxitos foram obtidos com óperas – foram quinze no total, incluindo Kashchei, o imortal e O conto do czar Saltan. Os motivos das óperas são os mais diversos: de melodramas históricos como A noiva do czar a temas folclóricos como Noite de maio e lendas como A donzela de neve. Os mais conhecidos excertos no Ocidente são a Procissão dos Nobres de Mlada, Canção da Índia de Sadko e O voo do besouro de Czar Saltan, assim como as suites de O galo de ouro e A lenda da cidade invisível de Kitezh.
Não obstante, a fama de Rimsky-Korsakov no Ocidente foi conquistada com suas composições orquestrais, principalmente o Capricho Espanhol, a abertura A grande Páscoa russa e a suite sinfónica Scheherazade.
Suas outras composições incluem dezenas de canções, arranjos de músicas folclóricas, música de câmara e piano e obras corais.