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sexta-feira, outubro 04, 2024

Hoje é dia de cantar a poesia de Teresa de Ávila...

 

Soberano Esposo mío

  

Soberano Esposo mío,
ya voy, dejadme llegar;
no me deis, Señor, desvío,
para que entre en vuestro mar
este pequeñuelo río.

Socorredme, dulce Esposo,
y dad la debida palma
a mi cuidado amoroso
para que descanse el alma
en los brazos de su Esposo.

Vuestros brazos me daréis,
que si a pediros me atrevo,
es porque no miraréis
a lo mucho que ya os debo
lo poco que me debéis.

Cumplid, Esposo, los conciertos;
quitando al alma los lazos,
serán mis abrazos ciertos,
pues que por darnos abrazos
tenéis los brazos abiertos.

Si Vos los brazos me dais,
yo os doy el alma en despojos,
y pues ya me la sacáis,
volved, mi Cristo, los ojos
a quien el alma lleváis.

Pues el corazón os di,
denme esas llagas consuelo;
entre el alma por ahí,
pues son las puertas del cielo
que se abrieron para mí.

Huéspedes tenéis, y tales
que no sé si he de caber;
mas puesta en vuestros umbrales
quepa esta pobre mujer
entre tantos cardenales.

Mi alma vive de manera,
guardando de amor la ley,
que en Vos su remedio espera,
pues tiene tal Agnus Dei
colgado a su cabecera.

Por vuestra me recibid,
no miréis a mi pobreza;
si voy segura decid;
mas, pues bajáis la cabeza,
diciéndome estáis que sí.

Ahora es tiempo que veamos
adónde llega el querer,
si es verdad que nos amamos,
yo ya me vengo a esconder
entre este árbol y sus ramos.

Siendo así, Esposo sagrado,
en aquestas ansias bravas
válgame vuestro cuidado,
pues me asgo a las aldabas
por que me valga el sagrado.

Desta postrer despedida
yo no temo el dolor fuerte
si con Vos, mi Cristo, asida
a la hora de la muerte
tengo en mis manos la vida.

Si en las manos tengo a Vos
con regalos soberanos,
ya estamos juntos los dos,
pues que Dios está en mis manos
y yo en las manos de Dios.  


Teresa de Ávila

segunda-feira, setembro 30, 2024

Santa Teresinha do Menino Jesus partiu há 127 anos...

   
Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face (Alençon, 2 de janeiro de 1873  - Lisieux, 30 de setembro de 1897), foi uma freira carmelita descalça francesa, conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral, pela sua "maneira prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
Teresa recebeu cedo o seu chamamento para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira, para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas, na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou os seus últimos dezoito meses numa "noite de fé" e morreu, de tuberculose, com apenas vinte e quatro anos de idade.
O impacto de sua "A História de uma Alma", uma coleção dos seus manuscritos autobiográficos, publicados e distribuídos um ano depois de sua morte, foi enorme e rapidamente se tornou um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a "estrela do seu pontificado", beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França (com Santa Joana d'Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, o papa São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.
Além da sua popular autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. As suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias - a maioria de autoria de sua irmã Céline - ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade de Teresa por todo o mundo.
  
(...)
  
A Basílica de Lisieux é o segundo mais popular destino de peregrinação na França, depois do Santuário de Lourdes.
   

sexta-feira, agosto 09, 2024

Edith Stein foi morta pelos nazis há 82 anos...

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Edith Theresa Hedwig Stein, O.C.D., canonizada como Santa Teresa Benedita da Cruz (Breslávia, 12 de outubro de 1891 – Auschwitz-Birkenau, 9 de agosto de 1942), foi uma santa, filósofa e teóloga alemã nascida judia que se converteu à Igreja Católica. Ela foi canonizada em 11 de outubro de 1998 pelo Papa João Paulo II, sendo mártir da Igreja e uma das seis santas co-padroeiras da Europa.

Nascida em uma família judia praticante, Edith era a filha mais nova de 11 irmãos. Nasceu no Yom Kippur, o Dia do Perdão para os judeus. Seu pai morreu quando ela tinha apenas dois anos, o que fez cair sobre sua mãe Auguste a responsabilidade sobre os negócios da família. Apesar de sua mãe ser muito devota, Edith perdeu a fé em Deus ainda jovem.

Em 1911, ingressou na Universidade de Breslávia para cursar alemão e história, apesar de seu verdadeiro interesse ser a filosofia. Movida pelas tragédias da Primeira Guerra Mundial, em janeiro de 1915, Edith interrompeu os seus estudos na Universidade de Gotinga e voluntariou-se como auxiliar de enfermagem num hospital de doenças infecciosas na Áustria. Edith concluiu o seu doutoramento com a tese Sobre o Problema da Empatia. Assim, Stein foi a segunda mulher a receber um doutoramento em Filosofia na Alemanha, além de se tornar assistente do mais eminente filósofo de seu tempo, Edmund Husserl. Ela foi a primeira estudiosa a pedir oficialmente que as mulheres recebessem o status de "professoras".

Teve uma grande mudança nas suas crenças no ano de 1921, a partir da leitura da autobiografia de Santa Teresa de Ávila, quando estava em casa da amiga Hedwig Conrad-Martius, em Bergzabern. Ela converteu-se ao catolicismo e foi batizada a 1 de janeiro de 1922, tomando a própria amiga como madrinha. Já religiosa, anotou: "A fé está mais próxima da sabedoria divina do que toda ciência filosófica e mesmo teológica".

Anos mais tarde, testemunhou a ascensão do Partido Nazi e a consequente perseguição aos judeus. Decidiu tornar-se freira Carmelita Descalça no mosteiro de Colónia em 1933. Com a crescente ameaça nazi na Alemanha, Edith e a sua irmã Rose são enviadas para o Carmelo da Holanda. Após a divulgação de uma carta da Igreja da Holanda, com críticas aos nazis, os cristãos judeus passaram a sofrer represálias, sendo Edith e sua irmã capturadas. Edith Stein morreu aos 50 anos, no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, envenenada numa câmara de gás.

quarta-feira, julho 17, 2024

As Mártires Carmelitas de Compiègne foram assassinadas, pela república francesa, na guilhotina, há 230 anos...

Vitral representativo na Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo, Quidenham, Norfolk, Reino Unido
      
As Carmelitas de Compiègne ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne são dezasseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comité de Salvação Pública, que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa, no dia 17 de julho de 1794, no local hoje denominado "Place de la Nation", na época "Place du Trône Renversé".
Antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho - Paris, 22 de setembro de 1752), professa em 16 ou 17 de maio de 1775. Durante as execuções reinou absoluto silêncio. Os seus corpos foram sepultados num profundo poço de areia em um cemitério em Picpus. Como neste areal foram enterrados 1.298 vítimas da Revolução, é pouco provável a recuperação de suas relíquias. Foram solenemente beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo Papa São Pio X.
O Papa João Paulo I sobre elas disse: Durante o processo ouviu-se a condenação: "À morte por fanatismo". E uma, na sua simplicidade, perguntou: — "Senhor Juiz, se faz favor, que quer dizer fanatismo?". Responde o juiz: — É pertencerdes tolamente à religião". — "Oh, irmãs!" — disse então a religiosa — "ouvistes, condenam-nos pelo nosso apego à fé. Que felicidade morrer por Jesus Cristo!". Fizeram-nas sair da prisão da Conciergerie, meteram-nas na carreta da morte e elas, pelo caminho, foram cantando hinos religiosos; chegando ao cadafalso da guilhotina, uma atrás doutra ajoelharam-se diante da Prioresa e renovaram o voto de obediência. Depois entoaram o "Veni Creator"; o canto foi-se tornando, porém, cada vez mais débil, à medida que iam caindo, uma a uma, na guilhotina, as cabeças das pobres irmãs. Ficou para o fim a Prioresa, Irmã Teresa de Santo Agostinho; e as suas últimas palavras foram estas: "O amor sempre vencerá, o amor tudo pode". Eis a palavra exata: não é a violência que tudo pode, é o amor que tudo pode.
O grupo de religiosas carmelitas lideradas por Madre Teresa de Santo Agostinho era composto por 16 mulheres: 10 freiras, 1 noviça, 3 irmãs leigas e 2 irmãs rodeiras.
    
  
in Wikipédia
 

quinta-feira, março 28, 2024

A Irmã Lúcia nasceu há 117 anos...


Lúcia de Jesus Rosa dos Santos (Aljustrel, Fátima, Ourém, 28 de março de 1907 - Coimbra, 13 de fevereiro de 2005) foi uma freira da Ordem das Carmelitas Descalças, conhecida no Carmelo como Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e pela maioria dos portugueses simplesmente como Irmã Lúcia, que, juntamente com os seus primos Jacinta e Francisco Marto (os chamados "três pastorinhos"), afirmou ter recebido várias aparições da Virgem Maria no lugar da Cova da Iria, em Fátima, Portugal.
 
Lúcia, de pé, na companhia da sua prima, Jacinta Marto
 
    
Lúcia nasceu no lugar de Aljustrel, freguesia de Fátima, filha de António dos Santos e de sua mulher (casados em Fátima, Ourém, a 19 de Novembro de 1890) Maria Rosa Ferreira (6 de Julho de 1869) e irmã mais nova de sete: Maria dos Anjos, Teresa de Jesus Rosa dos Santos, Manuel Rosa dos Santos, Glória de Jesus Rosa dos Santos, Carolina de Jesus Rosa dos Santos e Maria Rosa. Foi baptizada na Igreja Paroquial de Fátima

Tinha dez anos e não sabia ler nem escrever quando alegadamente viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Francisco e Jacinta Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Maria: a sua prima Jacinta ouvia mas não falava, e Francisco, inicialmente, apenas observava os gestos de Nossa Senhora. Como tal, Lúcia foi a portadora do Segredo de Fátima. Nos primeiros tempos, a hierarquia católica se revelou cética sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional, enquanto a Irmã Lúcia viveu cada vez mais isolada. Durante alguns anos ficou na Quinta da Formigueira em Frossos, Braga, propriedade do bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva.

Em 17 de junho de 1921, com 14 anos, o Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, proporcionou a sua entrada no Colégio das Irmãs Doroteias em Vilar, no Porto, alegadamente para a proteger dos peregrinos e curiosos que acorriam cada vez mais à Cova da Iria e pretendiam falar com ela. Professou como religiosa doroteia em 1928, em Tui (Galiza, Espanha), onde viveu alguns anos. Pouco tempo depois morou em Pontevedra, também na região espanhola da Galiza, onde também se lhe apareceu a Virgem Maria, em 1925, nas chamadas Aparições de Pontevedra.

Em 1946 regressou a Portugal e, dois anos depois, entrou para a clausura do Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como freira carmelita descalça a 31 de maio de 1949. Foi neste convento que escreveu dois volumes com as suas Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima. Em 1991, quando o Papa João Paulo II visitou Fátima, convidou a irmã Lúcia a deslocar-se ali e esteve reunido com ela doze minutos. Antes, já se tinha encontrado, também em Fátima, com o Papa Paulo VI.

Lúcia morreu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra. O Papa João Paulo II, nesta ocasião, rezou pela Irmã Lúcia e enviou o Cardeal Tarcisio Bertone para o representar no funeral. Em 19 de fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado de Coimbra para o Santuário de Fátima onde foi sepultada junto dos seus primos, Francisco e Jacinta Marto.

 
  
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terça-feira, fevereiro 13, 2024

A Irmã Lúcia morreu há dezanove anos...

Lúcia (à direita), junto à santa Jacinta Marto, em 1917
   
Lúcia de Jesus Rosa dos Santos (Aljustrel, Fátima, Ourém, 28 de março de 1907 - Coimbra, 13 de fevereiro de 2005), freira da Ordem das Carmelitas Descalças, conhecida no Carmelo como Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e reverenciada pela maioria dos católicos portugueses simplesmente como Irmã Lúcia, foi, juntamente com os seus primos Jacinta e Francisco Marto (os chamados «Três Pastorinhos»), uma das três crianças que viram Nossa Senhora na Cova da Iria, em Fátima, durante o ano de 1917.
  
       
Biografia
Lúcia nasceu no lugar de Aljustrel, próximo de Fátima, filha de António dos Santos e de sua mulher (casados em Fátima, Ourém, a 19 de novembro de 1890) Maria Rosa (nascida a 6 de julho de 1869) e irmã mais nova de sete: Maria dos Anjos, Teresa de Jesus Rosa dos Santos, Manuel Rosa dos Santos, Glória de Jesus Rosa dos Santos, Carolina de Jesus Rosa dos Santos e Maria Rosa. Tinha dez anos e era completamente analfabeta quando alegadamente viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Jacinta e Francisco Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Nossa Senhora, a sua prima Jacinta ouvia mas não falava e Francisco nem sequer ouvia as palavras de Nossa Senhora, e como tal era a portadora do Segredo de Fátima. Nos primeiros tempos, a hierarquia católica revelou-se céptica sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional, enquanto a irmã Lúcia viveu cada vez mais isolada.
Em 17 de junho de 1921, o Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, proporcionou a sua entrada no colégio das Irmãs Doroteias em Vilar, Porto, alegadamente para a proteger dos peregrinos e curiosos que acorriam cada vez mais à Cova da Iria e pretendiam falar com ela. Professou como Doroteia em 1928, em Tui, Espanha, onde viveu alguns anos.
Em 1946 regressou a Portugal e, dois anos depois, entrou para a clausura do Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como Carmelita a 31 de maio de 1949. Foi neste convento que escreveu dois volumes com as suas Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima. Em 1991, quando o Papa João Paulo II visitou Fátima, convidou a irmã Lúcia a deslocar-se ali e esteve reunido com ela doze minutos. Antes, já se tinha encontrado também em Fátima com o Papa Paulo VI.
Lúcia morreu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, no Convento Carmelita de Santa Teresa em Coimbra. O Papa João Paulo II, nesta ocasião, rezou por Irmã Lúcia e enviou o Cardeal Tarcisio Bertone para o representar no funeral. Em 19 de fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado de Coimbra para o Santuário de Fátima onde foi sepultada, junto dos seus primos.
   
Memórias
A 12 de setembro de 1935, os restos mortais de Jacinta Marto são trasladados para o cemitério de Fátima. Ao abrir-se a urna, verifica-se que o rosto da vidente se encontrava incorrupto. Tiram-se então algumas fotografias e o então Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, remete algumas para Lúcia que se encontrava na altura em Pontevedra. Na carta de agradecimento, Lúcia evoca a prima com saudade referindo alguns factos sobre o carácter de Jacinta. Estas palavras levam D. José a ordenar-lhe que escrevesse tudo o que se recordava da prima. Assim nasce a Primeira Memória da Irmã Lúcia, que fica concluída em dezembro de 1935.
Volvidos dois anos sobre a revelação dos factos relatados na Primeira Memória, o Bispo de Leiria, convencido da necessidade de se estudar mais a fundo os acontecimentos de Fátima, dá ordens a Lúcia para escrever a história da sua vida e das aparições. A vidente obedece e redige, entre os dias 7 e 21 de novembro de 1937, o que fica conhecido como Segunda Memória da Irmã Lúcia. Neste texto, a vidente revela pela primeira vez os factos ocorridos com as três visões do Anjo.
Em 26 de julho de 1941, o Bispo de Leiria escreve a Lúcia anunciando-lhe o livro "Jacinta" que estava a ser preparado pelo Dr. J. Galamba de Oliveira. Pede-lhe então para recordar tudo o mais o que pudesse lembrar sobre a prima, de modo a ser incluído nesta edição. Esta ordem cai no fundo da alma da vidente como um raio de luz, dizendo-lhe que era chegado o momento de revelar as duas primeiras partes do Segredo. Manifesta então a vontade de acrescentar à edição dois capítulos: um sobre o Inferno e outro sobre o Imaculado Coração de Maria. Estas revelações são escritas e concluídas em 31 de agosto de 1941. São posteriormente publicadas e conhecidas como a "Terceira Memória da Irmã Lúcia".
Surpreendidos com os relatos da "Terceira Memória", Dom José Alves Correia da Silva e Galamba de Oliveira concluíram que Lúcia não tinha dito tudo nas narrações anteriores e que ocultaria ainda algumas coisas. A 7 de outubro de 1941, a vidente recebe ordem para escrever tudo o que soubesse sobre Francisco e completar o que faltasse sobre Jacinta e descrever, com mais pormenor, as Aparições do Anjo e de Nossa Senhora. Lúcia entrega o manuscrito a 8 de dezembro de 1941 deixando claro que nada mais tem a ocultar exceto a Terceira Parte do Segredo. O texto é depois publicado como "Quarta Memória da Irmã Lúcia" e nele a vidente escreve o texto definitivo das Orações do Anjo, acrescentando também ao segredo a frase «Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé».
     
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terça-feira, janeiro 02, 2024

Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu há 151 anos...

     
Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, (Alençon, 2 de janeiro de 1873 - Lisieux, 30 de setembro de 1897) foi uma freira carmelita descalça francesa, conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos, e religiosos em geral, pela sua "forma prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja Católica. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
     
      

quarta-feira, outubro 04, 2023

Hoje é dia de cantar a poesia de uma Santa...

 

 

Soberano Esposo mío

  

Soberano Esposo mío,
ya voy, dejadme llegar;
no me deis, Señor, desvío,
para que entre en vuestro mar
este pequeñuelo río.

Socorredme, dulce Esposo,
y dad la debida palma
a mi cuidado amoroso
para que descanse el alma
en los brazos de su Esposo.

Vuestros brazos me daréis,
que si a pediros me atrevo,
es porque no miraréis
a lo mucho que ya os debo
lo poco que me debéis.

Cumplid, Esposo, los conciertos;
quitando al alma los lazos,
serán mis abrazos ciertos,
pues que por darnos abrazos
tenéis los brazos abiertos.

Si Vos los brazos me dais,
yo os doy el alma en despojos,
y pues ya me la sacáis,
volved, mi Cristo, los ojos
a quien el alma lleváis.

Pues el corazón os di,
denme esas llagas consuelo;
entre el alma por ahí,
pues son las puertas del cielo
que se abrieron para mí.

Huéspedes tenéis, y tales
que no sé si he de caber;
mas puesta en vuestros umbrales
quepa esta pobre mujer
entre tantos cardenales.

Mi alma vive de manera,
guardando de amor la ley,
que en Vos su remedio espera,
pues tiene tal Agnus Dei
colgado a su cabecera.

Por vuestra me recibid,
no miréis a mi pobreza;
si voy segura decid;
mas, pues bajáis la cabeza,
diciéndome estáis que sí.

Ahora es tiempo que veamos
adónde llega el querer,
si es verdad que nos amamos,
yo ya me vengo a esconder
entre este árbol y sus ramos.

Siendo así, Esposo sagrado,
en aquestas ansias bravas
válgame vuestro cuidado,
pues me asgo a las aldabas
por que me valga el sagrado.

Desta postrer despedida
yo no temo el dolor fuerte
si con Vos, mi Cristo, asida
a la hora de la muerte
tengo en mis manos la vida.

Si en las manos tengo a Vos
con regalos soberanos,
ya estamos juntos los dos,
pues que Dios está en mis manos
y yo en las manos de Dios.  


Teresa de Ávila

sábado, setembro 30, 2023

Santa Teresinha do Menino Jesus morreu há 126 anos...

   
Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face (Alençon, 2 de janeiro de 1873  - Lisieux, 30 de setembro de 1897), foi uma freira carmelita descalça francesa conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral pela sua "maneira prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
Teresa recebeu cedo o seu chamamento para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira, para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas, na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou os seus últimos dezoito meses numa "noite de fé" e morreu, de tuberculose, com apenas vinte e quatro anos de idade.
O impacto de sua "A História de uma Alma", uma coleção dos seus manuscritos autobiográficos, publicados e distribuídos um ano depois de sua morte, foi enorme e rapidamente se tornou um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a "estrela do seu pontificado", beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França (com Santa Joana d'Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.
Além da sua popular autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. As suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias - a maioria de autoria de sua irmã Céline - ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade de Teresa por todo o mundo.
  
(...)
  
A Basílica de Lisieux é o segundo mais popular destino de peregrinação na França, depois do Santuário de Lourdes.
   

segunda-feira, julho 17, 2023

As Mártires Carmelitas de Compiègne foram assassinadas pela república há 229 anos...

Vitral representativo na Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo, Quidenham, Norfolk, Reino Unido
      
As Carmelitas de Compiègne ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne são dezasseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comité de Salvação Pública, que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa, no dia 17 de julho de 1794, no local hoje denominado "Place de la Nation", na época "Place du Trône Renversé".
Antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho - Paris, 22 de setembro de 1752), professa em 16 ou 17 de maio de 1775. Durante as execuções reinou absoluto silêncio. Os seus corpos foram sepultados num profundo poço de areia em um cemitério em Picpus. Como neste areal foram enterrados 1.298 vítimas da Revolução, é pouco provável a recuperação de suas relíquias. Foram solenemente beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo Papa São Pio X.
O Papa João Paulo I sobre elas disse: Durante o processo ouviu-se a condenação: "À morte por fanatismo". E uma, na sua simplicidade, perguntou: — "Senhor Juiz, se faz favor, que quer dizer fanatismo?". Responde o juiz: — É pertencerdes tolamente à religião". — "Oh, irmãs!" — disse então a religiosa — "ouvistes, condenam-nos pelo nosso apego à fé. Que felicidade morrer por Jesus Cristo!". Fizeram-nas sair da prisão da Conciergerie, meteram-nas na carreta da morte e elas, pelo caminho, foram cantando hinos religiosos; chegando ao cadafalso da guilhotina, uma atrás doutra ajoelharam-se diante da Prioresa e renovaram o voto de obediência. Depois entoaram o "Veni Creator"; o canto foi-se tornando, porém, cada vez mais débil, à medida que iam caindo, uma a uma, na guilhotina, as cabeças das pobres irmãs. Ficou para o fim a Prioresa, Irmã Teresa de Santo Agostinho; e as suas últimas palavras foram estas: "O amor sempre vencerá, o amor tudo pode". Eis a palavra exata: não é a violência que tudo pode, é o amor que tudo pode.
O grupo de religiosas carmelitas lideradas por Madre Teresa de Santo Agostinho era composto por 16 mulheres: 10 freiras, 1 noviça, 3 irmãs leigas e 2 irmãs rodeiras.
    
  
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terça-feira, março 28, 2023

A Irmã Lúcia nasceu há 116 anos


Lúcia de Jesus Rosa dos Santos (Aljustrel, Fátima, Ourém, 28 de março de 1907 - Coimbra, 13 de fevereiro de 2005) foi uma freira da Ordem das Carmelitas Descalças, conhecida no Carmelo como Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e pela maioria dos portugueses simplesmente como Irmã Lúcia, que, juntamente com os seus primos Jacinta e Francisco Marto (os chamados "três pastorinhos"), afirmou ter recebido várias aparições da Virgem Maria no lugar da Cova da Iria, em Fátima, Portugal.
 
Lúcia, de pé, na companhia da sua prima, Jacinta Marto
 
    
Lúcia nasceu no lugar de Aljustrel, freguesia de Fátima, filha de António dos Santos e de sua mulher (casados em Fátima, Ourém, a 19 de Novembro de 1890) Maria Rosa Ferreira (6 de Julho de 1869) e irmã mais nova de sete: Maria dos Anjos, Teresa de Jesus Rosa dos Santos, Manuel Rosa dos Santos, Glória de Jesus Rosa dos Santos, Carolina de Jesus Rosa dos Santos e Maria Rosa. Foi baptizada na Igreja Paroquial de Fátima

Tinha dez anos e não sabia ler nem escrever quando alegadamente viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Francisco e Jacinta Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Maria: a sua prima Jacinta ouvia mas não falava, e Francisco, inicialmente, apenas observava os gestos de Nossa Senhora. Como tal, Lúcia foi a portadora do Segredo de Fátima. Nos primeiros tempos, a hierarquia católica se revelou cética sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional, enquanto a Irmã Lúcia viveu cada vez mais isolada. Durante alguns anos ficou na Quinta da Formigueira em Frossos, Braga, propriedade do bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva.

Em 17 de junho de 1921, com 14 anos, o Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, proporcionou a sua entrada no Colégio das Irmãs Doroteias em Vilar, no Porto, alegadamente para a proteger dos peregrinos e curiosos que acorriam cada vez mais à Cova da Iria e pretendiam falar com ela. Professou como religiosa doroteia em 1928, em Tui (Galiza, Espanha), onde viveu alguns anos. Pouco tempo depois morou em Pontevedra, também na região espanhola da Galiza, onde também se lhe apareceu a Virgem Maria, em 1925, nas chamadas Aparições de Pontevedra.

Em 1946 regressou a Portugal e, dois anos depois, entrou para a clausura do Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como freira carmelita descalça a 31 de maio de 1949. Foi neste convento que escreveu dois volumes com as suas Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima. Em 1991, quando o Papa João Paulo II visitou Fátima, convidou a irmã Lúcia a deslocar-se ali e esteve reunido com ela doze minutos. Antes, já se tinha encontrado também em Fátima com o Papa Paulo VI.

Lúcia morreu no dia 13 de Fevereiro de 2005, aos 97 anos, no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra. O Papa João Paulo II, nesta ocasião, rezou pela Irmã Lúcia e enviou o Cardeal Tarcisio Bertone para o representar no funeral. Em 19 de fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado de Coimbra para o Santuário de Fátima onde foi sepultada junto dos seus primos, Francisco e Jacinta Marto.

 
  
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segunda-feira, fevereiro 13, 2023

A Irmã Lúcia morreu há dezoito anos...

Lúcia (à direita), junto a santa Jacinta Marto, em 1917
   
Lúcia de Jesus Rosa dos Santos (Aljustrel, Fátima, Ourém, 28 de março de 1907 - Coimbra, 13 de fevereiro de 2005), freira da Ordem das Carmelitas Descalças, conhecida no Carmelo como Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e reverenciada pela maioria dos católicos portugueses simplesmente como Irmã Lúcia, foi, juntamente com os seus primos Jacinta e Francisco Marto (os chamados «Três Pastorinhos»), uma das três crianças que viram Nossa Senhora na Cova da Iria, em Fátima, durante o ano de 1917.
  
       
Biografia
Lúcia nasceu no lugar de Aljustrel, próximo de Fátima, filha de António dos Santos e de sua mulher (casados em Fátima, Ourém, a 19 de novembro de 1890) Maria Rosa (nascida a 6 de julho de 1869) e irmã mais nova de sete: Maria dos Anjos, Teresa de Jesus Rosa dos Santos, Manuel Rosa dos Santos, Glória de Jesus Rosa dos Santos, Carolina de Jesus Rosa dos Santos e Maria Rosa. Tinha dez anos e era completamente analfabeta quando alegadamente viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Jacinta e Francisco Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Nossa Senhora, a sua prima Jacinta ouvia mas não falava e Francisco nem sequer ouvia as palavras de Nossa Senhora, e como tal era a portadora do Segredo de Fátima. Nos primeiros tempos, a hierarquia católica revelou-se céptica sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional, enquanto a irmã Lúcia viveu cada vez mais isolada.
Em 17 de junho de 1921, o Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, proporcionou a sua entrada no colégio das Irmãs Doroteias em Vilar, Porto, alegadamente para a proteger dos peregrinos e curiosos que acorriam cada vez mais à Cova da Iria e pretendiam falar com ela. Professou como Doroteia em 1928, em Tui, Espanha, onde viveu alguns anos.
Em 1946 regressou a Portugal e, dois anos depois, entrou para a clausura do Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como Carmelita a 31 de maio de 1949. Foi neste convento que escreveu dois volumes com as suas Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima. Em 1991, quando o Papa João Paulo II visitou Fátima, convidou a irmã Lúcia a deslocar-se ali e esteve reunido com ela doze minutos. Antes, já se tinha encontrado também em Fátima com o Papa Paulo VI.
Lúcia morreu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, no Convento Carmelita de Santa Teresa em Coimbra. O Papa João Paulo II, nesta ocasião, rezou por Irmã Lúcia e enviou o Cardeal Tarcisio Bertone para o representar no funeral. Em 19 de fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado de Coimbra para o Santuário de Fátima onde foi sepultada, junto dos seus primos.
   
Memórias
A 12 de setembro de 1935, os restos mortais de Jacinta Marto são trasladados para o cemitério de Fátima. Ao abrir-se a urna, verifica-se que o rosto da vidente se encontrava incorrupto. Tiram-se então algumas fotografias e o então Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, remete algumas para Lúcia que se encontrava na altura em Pontevedra. Na carta de agradecimento, Lúcia evoca a prima com saudade referindo alguns factos sobre o carácter de Jacinta. Estas palavras levam D. José a ordenar-lhe que escrevesse tudo o que se recordava da prima. Assim nasce a Primeira Memória da Irmã Lúcia, que fica concluída em dezembro de 1935.
Volvidos dois anos sobre a revelação dos factos relatados na Primeira Memória, o Bispo de Leiria, convencido da necessidade de se estudar mais a fundo os acontecimentos de Fátima, dá ordens a Lúcia para escrever a história da sua vida e das aparições. A vidente obedece e redige, entre os dias 7 e 21 de novembro de 1937, o que fica conhecido como Segunda Memória da Irmã Lúcia. Neste texto, a vidente revela pela primeira vez os factos ocorridos com as três visões do Anjo.
Em 26 de julho de 1941, o Bispo de Leiria escreve a Lúcia anunciando-lhe o livro "Jacinta" que estava a ser preparado pelo Dr. J. Galamba de Oliveira. Pede-lhe então para recordar tudo o mais o que pudesse lembrar sobre a prima, de modo a ser incluído nesta edição. Esta ordem cai no fundo da alma da vidente como um raio de luz, dizendo-lhe que era chegado o momento de revelar as duas primeiras partes do Segredo. Manifesta então a vontade de acrescentar à edição dois capítulos: um sobre o Inferno e outro sobre o Imaculado Coração de Maria. Estas revelações são escritas e concluídas em 31 de agosto de 1941. São posteriormente publicadas e conhecidas como a "Terceira Memória da Irmã Lúcia".
Surpreendidos com os relatos da "Terceira Memória", Dom José Alves Correia da Silva e Galamba de Oliveira concluíram que Lúcia não tinha dito tudo nas narrações anteriores e que ocultaria ainda algumas coisas. A 7 de outubro de 1941, a vidente recebe ordem para escrever tudo o que soubesse sobre Francisco e completar o que faltasse sobre Jacinta e descrever, com mais pormenor, as Aparições do Anjo e de Nossa Senhora. Lúcia entrega o manuscrito a 8 de dezembro de 1941 deixando claro que nada mais tem a ocultar exceto a Terceira Parte do Segredo. O texto é depois publicado como "Quarta Memória da Irmã Lúcia" e nele a vidente escreve o texto definitivo das Orações do Anjo, acrescentando também ao segredo a frase «Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé».
     
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segunda-feira, janeiro 02, 2023

Santa Teresa de Lisieux nasceu há cento e cinquenta anos...

     
Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, (Alençon, 2 de janeiro de 1873 - Lisieux, 30 de setembro de 1897) foi uma freira carmelita descalça francesa, conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos, e religiosos em geral, pela sua "forma prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja Católica. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
     
      

terça-feira, outubro 04, 2022

Hoje é dia de cantar a poesia de Teresa de Ávila...

 

Soberano Esposo mío

  

Soberano Esposo mío,
ya voy, dejadme llegar;
no me deis, Señor, desvío,
para que entre en vuestro mar
este pequeñuelo río.

Socorredme, dulce Esposo,
y dad la debida palma
a mi cuidado amoroso
para que descanse el alma
en los brazos de su Esposo.

Vuestros brazos me daréis,
que si a pediros me atrevo,
es porque no miraréis
a lo mucho que ya os debo
lo poco que me debéis.

Cumplid, Esposo, los conciertos;
quitando al alma los lazos,
serán mis abrazos ciertos,
pues que por darnos abrazos
tenéis los brazos abiertos.

Si Vos los brazos me dais,
yo os doy el alma en despojos,
y pues ya me la sacáis,
volved, mi Cristo, los ojos
a quien el alma lleváis.

Pues el corazón os di,
denme esas llagas consuelo;
entre el alma por ahí,
pues son las puertas del cielo
que se abrieron para mí.

Huéspedes tenéis, y tales
que no sé si he de caber;
mas puesta en vuestros umbrales
quepa esta pobre mujer
entre tantos cardenales.

Mi alma vive de manera,
guardando de amor la ley,
que en Vos su remedio espera,
pues tiene tal Agnus Dei
colgado a su cabecera.

Por vuestra me recibid,
no miréis a mi pobreza;
si voy segura decid;
mas, pues bajáis la cabeza,
diciéndome estáis que sí.

Ahora es tiempo que veamos
adónde llega el querer,
si es verdad que nos amamos,
yo ya me vengo a esconder
entre este árbol y sus ramos.

Siendo así, Esposo sagrado,
en aquestas ansias bravas
válgame vuestro cuidado,
pues me asgo a las aldabas
por que me valga el sagrado.

Desta postrer despedida
yo no temo el dolor fuerte
si con Vos, mi Cristo, asida
a la hora de la muerte
tengo en mis manos la vida.

Si en las manos tengo a Vos
con regalos soberanos,
ya estamos juntos los dos,
pues que Dios está en mis manos
y yo en las manos de Dios.  


Teresa de Ávila

 

sexta-feira, setembro 30, 2022

Santa Teresinha do Menino Jesus morreu há 125 anos...

   
Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face (Alençon, 2 de janeiro de 1873  - Lisieux, 30 de setembro de 1897), foi uma freira carmelita descalça francesa conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral pela sua "maneira prática e simples de abordar a vida espiritual". Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".
Teresa recebeu cedo o seu chamamento para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira, para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas, na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou os seus últimos dezoito meses numa "noite de fé" e morreu, de tuberculose, com apenas vinte e quatro anos de idade.
O impacto de sua "A História de uma Alma", uma coleção dos seus manuscritos autobiográficos, publicados e distribuídos um ano depois de sua morte, foi enorme e rapidamente se tornou um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a "estrela do seu pontificado", beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França (com Santa Joana d'Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.
Além da sua popular autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. As suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias - a maioria de autoria de sua irmã Céline - ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade de Teresa por todo o mundo.
  
(...)
  
A Basílica de Lisieux é o segundo mais popular destino de peregrinação na França, depois do Santuário de Lourdes.