domingo, julho 14, 2024

A Tomada da Bastilha foi há 235 anos...

Prise de la Bastille - Jean-Pierre Houël
    
A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille), também conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, a sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.
A invasão da Bastilha e a consequente Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolução. A primeira havia sido a revolta da nobreza, ao se recusar a ajudar o rei através do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formação da Assembleia Nacional e o Juramento da Sala do Jogo da Pela.
A classe média havia formado a Guarda Nacional, ostentado rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o símbolo da revolução.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, "intoxicada com liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio à Assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e o debate político acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital. O Palais-Royal e seus jardins tornaram-se palco de uma reunião interminável; e a multidão ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar as prisões da Abbaye para soltar alguns granadeiros que teriam sido presos por disparar contra o povo. A Assembleia encaminhou os guardas presos à clemência do rei, e após retornarem à prisão, acabaram por receber o perdão. As tropas, até então consideradas confiáveis pelo rei, agora passaram a tender pela causa popular.
A grande prisão do estado terminou sendo invadida porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, discutiu em frente ao Palácio Real e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa revoltosa era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a multidão incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro de Santo António, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg (hoje Kaliningrado, na Prússia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Immanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das dezoito horas.
A queda da Bastilha, no 14 de julho de 1789, ainda hoje é comemorada como o principal feriado francês.
    

   

Miliciens portant les têtes de Jacques de Flesselles et du marquis de Launay sur des piques
     
La garnison de la Bastille rend les armes, sur promesse des assiégeants qu’aucune exécution n’aura lieu s’il y a reddition. Les émeutiers envahissent la forteresse, s’emparent de la poudre et des balles, puis libèrent les sept captifs qui y étaient emprisonnés: deux fous (Tavernier et De Whyte qui seront transférés à l'Asile de Charenton), un débauché (le comte Hubert de Solages victime des lettres de cachet durant l'Affaire Barrau - Solages depuis 1765 et non le légendaire comte de Lorge) et quatre faussaires (Béchade, Laroche, La Corrège et Pujade, qui avaient escroqué deux banquiers parisiens et furent remis aussitôt en prison). La garnison de la Bastille, prisonnière, est emmenée à l’Hôtel de Ville. Sur le chemin, M. de Launay est massacré, sa tête sera dit-on, découpée au canif par un garçon cuisinier nommé Desnot, avant d'être promenée au bout d'une pique dans les rues de la capitale. Plusieurs des invalides trouvent aussi la mort pendant le trajet.
        

O Matterhorn foi escalado pela primeira vez há 159 anos

O Matterhorn visto de Zermatt
   
O Matterhorn ou Cervino (em francês Cervin e em italiano Cervino) é talvez a montanha mais conhecida dos Alpes, a par do Monte Branco. Localizado na fronteira da Suíça com a Itália, com 4.478 metros  de altitude, a sua graciosa silhueta domina a cidade suíça de Zermatt e a cidade italiana de Breuil-Cervinia, no Valtournenche.
Foi a última grande montanha dos Alpes a ser escalada, talvez devido aos receios que provocava em muitos montanhistas. A sua primeira ascensão marca o final da idade de ouro do alpinismo de meados do século XIX. Apesar de se destacar com um desnível alto e forma triangular bem definida, não possui um valor elevado de proeminência topográfica pois muitos montes mais altos são próximos e unidos por tergos de altitude elevada (casos do Monte Rosa, Dom, Liskamm e Weisshorn). O seu cume-pai é o Weisshorn.
A sua vertente norte é uma das "grandes vertentes norte dos Alpes".
A sua forma inspirou a cultura ocidental em numerosas ocasiões, desde o formato dos chocolates Toblerone, ao batismo de outros montes de forma semelhante (como o Machapuchare, o Matterhorn do Nepal), à utilização em capas de álbuns dos grupos Depeche Mode e Goldfrapp.
    
A tragédia do Monte Cervino, em 14 de julho de 1865 - gravura de Gustave Doré
     
Primeira subida e acidente
Foi apenas em 14 de julho de 1865, que depois de muitas tentativas falhadas, que Edward Whymper e o guia Peter Taugwalder tentaram seguir a chamada rota Hörnli, e conseguir subir ao cume do Matterhorn/Cervino, tendo sido surpreendidos pela facilidade do percurso.
Na realidade a cordada que completa era formada pelo guia Michel Croz que acompanhava Charles Hudson, Lord Francis Douglas, Robert Hadow e pelo guia Peter Taugwalder pai, acompanhado pelo seu filho também chamado Peter, e por Edward Whymper, ganhou o cotovelo pela aresta de Hörnli. Mais acima dirigiram-se para a face norte. Edward Whymper foi o primeiro a atingir o cume e para esse fim cortou a corda e poder assim, quase correndo, ser o primeiro a lá chegar. Foi seguido pelo seu guia Michel Croz de Chamonix, que achou por bem não o deixar partir em solitário. Mais lentamente foram chegando os outros composto pelo reverendo Charles Hudson, Lord Francis Douglas, Douglas R. Hadow, o grupo dos ingleses, assim que Peter Taugwalder e o filho.
Na descida, os quatro primeiros da cordada (Croz, Hadow, Hudson e Douglas), tiveram uma queda mortal ao longo da face norte, acima do famoso "cotovelo".
    

Woody Guthrie nasceu há cento e doze anos...


Woodrow Wilson "Woody" Guthrie (Okemah, 14 de julho de 1912 - Nova Iorque, 3 de outubro de 1967) foi um cantor e compositor americano de folk music. O seu legado musical é composto por centenas de músicas, baladas e obras improvisadas que abrangem desde temas políticos, músicas tradicionais até canções infantis. Guthrie tocava frequentemente com a sua guitarra que tinha inscrito o slogan "This machine kills fascists" ("Esta máquina mata fascistas"). É talvez mais bem conhecido pela sua canção "This Land Is Your Land", regularmente cantada nas escolas americanas. Muitas de suas músicas gravadas estão arquivadas na Biblioteca do Congresso, nos Estados Unidos.
Guthrie viajou com trabalhadores migrantes de Oklahoma para a Califórnia e aprendeu canções de folk e blues tradicionais. As suas canções contam as suas experiências na Dust Bowl durante a Grande Depressão, fazendo com que ele ganhasse o cognome de "O trovador do Dust Bowl." Guthrie foi associado a grupos comunistas nos Estados Unidos, mas nunca foi membro do Partido Comunista.
Foi casado três vezes e teve oito filhos, incluindo o músico de folk Arlo Guthrie. É avô da cantora Sarah Lee Guthrie. Guthrie morreu de uma doença neurológica degenerativa conhecida como Doença de Huntington. Apesar da sua doença, durante os seus últimos anos Guthrie serviu como uma figura a ser seguida na música folclórica, proporcionando inspiração para uma nova geração de músicos folk, incluindo as relações com o mentor Ramblin 'Jack Elliott e, em menor grau, Bob Dylan.
     

 


António Quadros nasceu há cento e um anos...

(imagem daqui)


António Gabriel de Castro e Quadros Ferro, conhecido como António Quadros (Lisboa, 14 de julho de 1923 - Lisboa, 21 de março de 1993), foi um filósofo, historiador, escritor, fundador e diretor do IADE, professor universitário e tradutor português

 

Vida

António Quadros licenciou-se em Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Pensador, crítico e professor, também poeta e ficcionista, foi um dos fundadores da extinta Sociedade Portuguesa de Escritores. Fundou a atual Associação Portuguesa de Escritores e o IADE - Instituto de Arte, Decoração e Design. Foi diretor das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, dirigiu a coleção Biblioteca Breve, (ICALP) e foi um dos fundadores e diretores das revistas de cultura Acto, 57 (1957-1962), e da Espiral. Pertenceu ao Grupo da Filosofia Portuguesa com Álvaro Ribeiro, José Marinho, Orlando Vitorino, Afonso Botelho, Francisco da Cunha Leão, Pinharanda Gomes, António Telmo, Dalila Pereira da Costa, António Braz Teixeira, e outros pensadores que se inspiraram em Leonardo Coimbra, Sampaio Bruno, Delfim Santos, Teixeira de Pascoaes, entre outros filósofos e autores. Fundando, com alguns dos primeiros, em julho de 1992, o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira.

António Quadros foi ainda membro-correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Filosofia, membro da INSEA (International Society for Education through Art), órgão consultivo da UNESCO, de que foi delegado em Portugal até 1981, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, etc.

Recebeu diversos prémios pela sua atividade literária e colaborou em diversos jornais, como o Diário de Notícias, Diário Popular, Jornal de Letras, bem como nas revistas Ler, Rumo, Persona, Colóquio, Contravento, Litoral, Atlântico, Ensaio, Leonardo.

Traduziu Albert Camus, André Maurois, Jean Cocteau e Georges Duhamel.

Em sua homenagem foi dado o seu nome a diversas Ruas António Quadros, como em São Domingos de Benfica, em Cascais.

António Quadros era filho de António Ferro e de Fernanda de Castro, ambos escritores, pai de António Roquette Ferro, Diretor-Geral do IADE; de Mafalda Ferro, fundadora e presidente da Fundação António Quadros; e de Rita Ferro, escritora.

 

in Wikipédia

Vem noite

 

Vem, noite,

Vem docemente afagar a minha alma…

Que todo este horror desapareça!

Lágrimas, soluços, tristes e longos beijos,

A tua máscara fria,

Os teus olhos fixos de quem viu a morte.

Vem noite.

 

A minha filha morreu e eu quero dormir,

Quero sonhar com esses dias em que ignorava a morte.

Não chores, meu amor!

Espera pela noite!

Iremos os dois de mão dada pela estrada fora.

Lá ao fim, a nossa filha sorri…

Vem, noite,

Vem docemente afagar a nossa alma…



in Além da Noite (1949) - António Quadros

Taboo, músico e rapper dos Black Eyed Peas, faz hoje 49 anos

       
Taboo, nome artístico de Jaime Luis Gomez, (Boyle Heights, Los Angeles, Califórnia, 14 de julho de 1975), é um cantor e rapper norte-americano, integrante do grupo de hip-hop Black Eyed Peas. Tem uma ascendência mista: o seu pai é mexicano e a mãe índia. Dança hip hop desde os 12 anos de idade, por influência dos amigos. Tem três filhos, Joshua, que nasceu em 1993, Jimmy em 2009 e Journey, em 2011. Foi o terceiro a entrar para os Black Eyed Peas, em 1995. Os seus hobbies são o breakdance, hip hop e artes marciais.
   

 


Léo Ferré morreu há trinta e um anos...

     
Léo Ferré (Mónaco, 24 de agosto de 1916 - Castellina in Chianti, Itália, 14 de julho de 1993) foi um poeta, anarquista e músico franco-monegasco. Enquanto músico foi autor, compositor e intérprete de um grande número de canções. Viveu no Mónaco, em Paris, no departamento de Lot e na Toscânia, onde terminou os seus dias.
    
Infância
Ferré era filho de Joseph Ferré, diretor de pessoal do casino de Monte Carlo e de Marie Scotto, costureira de origem italiana. Interessou-se muito cedo pela música. Com apenas sete anos integra o coro da catedral do Mónaco e aí aprende solfejo e harmonia. Descobre a polifonia entrando em contacto com as obras de Palestrina e de Tomás Luis de Victoria. Mais tarde descobre Beethoven, representando um concerto na ópera de Monte Carlo.
    
Caráter da sua obra
O elevado nível poético das letras das suas numerosas canções costuma refletir um inconformismo radical, de cunho anarquista, e a qualidade da música e da interpretação situam-no nos maiores vultos da moderna canção francesa. Autor de duas grandes séries de canções sobre textos de Baudelaire e Louis Aragon, utilizou também poemas de Ronsard, Apollinaire, Arthur Rimbaud entre outros.
    

 


A sonda New Horizons chegou a Plutão há nove anos...!

      
A New Horizons é uma sonda espacial da NASA lançada para estudar o planeta-anão Plutão e a Cintura de Kuiper. Ela foi a primeira sonda a sobrevoar Plutão e a fotografar as suas pequenas luas Caronte, Nix, Hydra, Cérbero e Estige, a 14 de julho de 2015, após cerca de nove anos e meio de viagem interplanetária e ainda sobrevoou o objeto 486958 Arrokoth.
O principal objetivo desta missão era caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e as suas luas, além de mapear as suas superfícies. Também ia procurar estudar a atmosfera de Plutão e a sua taxa de fuga. Outros objetivos secundários incluíam o estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao longo do tempo. Foram obtidas imagens de alta-definição de determinadas áreas dos dois corpos celestes, para caracterizar a sua atmosfera superior, a ionosfera, as partículas energéticas do meio ambiente e a sua interação com o vento solar. Além disso, a sonda vai procurou determinar a existência de alguma atmosfera em torno de Caronte e caracterizar a ação das partículas energéticas entre Plutão e Caronte. Também ia procurar por satélites ainda não descobertos e por possíveis anéis que envolvam o planeta-anão e o seu satélite, antes de ser direcionado para a Cintura de Kuiper e de lá para o espaço interestelar.
Lançada a 19 de janeiro de 2006, diretamente numa trajetória de escape Terra-Sol com uma velocidade relativa de 16,26 km/s ou 58.536 km/h e usando uma combinação de foguete monopropulsor e assistência gravitacional, ela sobrevoou a órbita de Marte a 7 de abril de 2006, a de Júpiter a 28 de fevereiro de 2007, a de Saturno a 8 de junho de 2008 e a de Urano a 18 de março de 2011, a caminho da órbita de Neptuno, que cruzou a 25 de agosto de 2014, na sua jornada até Plutão.
Em dezembro de 2014, a nave encontrava-se a uma distância de 31,96 AU da Terra (4.781.148 000 km ou 4,26 horas-luz, o tempo que os sinais de rádio enviados da Terra demoram para chegar à sonda) e a 1,74 UA (260.300.000 km) de Plutão, com a frente virada para a Constelação de Sagitário, após sair do seu estado final de "hibernação" eletrónica às 01:53 UTC de 7 de dezembro. Desde o seu lançamento em 2006, a sonda passou 1.873 dias hibernando no espaço, com a quase totalidade dos seus equipamentos desligados, 2/3 do tempo total da sua jornada, divididos por 18 períodos diferentes de "hibernação" com duração variada entre 36 e 202 dias contínuos. Este período de desligamento foi o último antes da chegada ao planeta-anão. As primeiras observações de Plutão, mesmo que ainda à distância, iniciaram-se a 15 de janeiro de 2015.
A sonda sobrevoou Plutão a 14 de julho de 2015, após nove anos e meio de viagem interplanetária, alcançando o seu ponto mais próximo da superfície do planeta, cerca de 12.500 km de distância, às 12.49 horas UTC, a uma velocidade de 45.000 km/h.
Os cientistas esperam que ela se torne a quinta sonda interestelar já construída pelo Homem – após deixar o Sistema Solar em direção à heliosfera – e o segundo objeto artificial mais veloz da história de exploração espacial.
   

Fotos de Plutão, Caronte, Hidra e Nix feitas pela New Horizons
    

O ataque terrorista de Nice foi há oito anos...

  
O atentado de Nice de 2016, foi um ataque terrorista que aconteceu na cidade francesa de Nice quando, por volta das 22.40, na hora local (GMT +1) de 14 de julho de 2016, um camião com semirreboque invadiu a celebração do Dia da Bastilha na avenida marginal de Nice, sul da França, a Promenade des Anglais.
Foram confirmados 86 mortos e 458 feridos, dos quais cerca de 18 em estado muito grave entre as vítimas do camião que foi conduzido contra a multidão. O ataque terminou após uma troca de tiros com a polícia, que matou o condutor.
Segundo o jornal local Nice-Matin, o condutor foi identificado como Mohamed Bouhlel, um indivíduo com dupla nacionalidade, francesa e tunisiana, criminoso comum, não associado a redes terroristas, e de 31 anos de idade. A sua identificação foi encontrada no camião.
Em 16 de julho de 2016, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, confirmando que o condutor do camião "era um dos soldados" instruídos para cometer atentados terroristas contra países que participem de ações bélicas contra o grupo.
 

sábado, julho 13, 2024

Claudinho, da dupla Claudinho & Buchecha, morreu há 22 anos...

   
Claudinho (São Gonçalo, 14 de novembro de 1975 - Seropédica, 13 de julho de 2002), nome artístico de Cláudio Rodrigues de Mattos, foi um cantor e compositor brasileiro.
   
Carreira
Cláudio Rodrigues de Mattos conheceu Claucirlei Jovêncio de Souza, o Buchecha, na infância, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A dupla tornou-se conhecida em 1995, com o Rap do Salgueiro, que resultou em um contrato com a gravadora Universal Music. O álbum Claudinho & Buchecha, de 1996, vendeu mais de 1 milhão de cópias. Em 1997, os cantores passaram uma noite presos, em Itajaí, Santa Catarina, pois desistiram de fazer um show e foram acusados de estelionato. O próximo álbum A Forma, do mesmo ano, vendeu 1,2 milhão de cópias. Ainda em 1997, a dupla ganhou o prémio de Artista Revelação, no Video Music Brasil, da MTV.
   
Morte 
Durante a turnê de lançamento do sexto disco da dupla, Vamos dançar, no 12 de julho de 2002, horas antes de viajar, Claudinho ligou para Buchecha e avisou que iria no seu próprio carro, não com a carrinha da banda, como de costume. Claudinho foi vítima dum acidente de carro, na Rodovia Presidente Dutra, no dia 13 de julho de 2002 e acabou por falecer.
  

 

Júlio César nasceu há 2124 anos



Caio Júlio César (em latim: Caius ou Gaius Iulius Caesar ou IMP•C•IVLIVS•CÆSAR•DIVVS; Roma, 13 de julho, 100 a.C. – Roma, 15 de março de 44 a.C.), foi um patrício, líder militar e político romano. Desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano.
Muito da historiografia das campanhas militares de César foi escrita por ele próprio ou por fontes contemporâneas dele, a maioria, cartas e discursos de Cícero e manuscritos de Salústio. A sua biografia foi posteriormente melhor escrita pelos historiadores Suetónio e Plutarco. César é considerado por muitos académicos como um dos maiores comandantes militares da história.

Nascido numa família patrícia de pequena influência, César foi galgando o seu lugar na vida pública romana. Em 60 a.C., ele e os políticos Crasso e Pompeu formaram uma aliança (o Primeiro Triunvirato) que acabou dominando a política romana durante anos. As suas tentativas de manter-se no poder através de táticas populistas enfrentavam resistência das classes aristocráticas conservadoras do senado romano, liderados por homens como Catão e Cícero. César conquistou boa reputação militar e dinheiro durante as Guerras Gálicas (58–50 a.C.), expandindo os domínios romanos para o norte até o Canal da Mancha, anexando a Gália (atual França), e no leste até ao Reno (dentro da atual Alemanha). Ele também se tornou o primeiro general romano a lançar uma incursão militar na Britânia.

Suas conquistas lhe deram enorme poderio militar e respeito, que acabou ameaçando a posição do seu companheiro político, e agora rival, Pompeu Magno. Este último havia mudado de lado, após a morte de Crasso em 53 a.C., e agora apoiava a ala conservadora do senado. Com a guerra na Gália encerrada, os senadores em Roma exigiram que César dispensasse seu exército e retornasse à capital. Recusou-se a obedecer e em 49 a.C. cruzou o rio Rubicão com as suas legiões, entrando armado na Itália (em violação da lei romana, que impedia um general de marchar em Roma). Isso precipitou uma violenta guerra civil, que terminou com uma vitória de César, com ele a assumir o poder total na República.

Em 49 a.C., César assumiu o comando em Roma como um ditador absoluto. Ele iniciou então uma série de reformas sociais e políticas, incluindo a criação do calendário juliano. Continuou a centralizar o poder e a burocracia da República pelos anos seguintes, dando a si mesmo grande autoridade. Porém a ferida da guerra civil ainda estava aberta e a oposição política em Roma começou a conspirar para derrubá-lo do poder. As conspirações culminaram, nos idos de março, em 44 a.C., com o assassinato de César por um grupo de senadores aristocratas, liderados por Marco Júnio Bruto. A sua morte precipitaria uma nova guerra civil pelos espólios do poder e assim o governo constitucional republicano nunca foi totalmente restaurado. O seu sobrinho-neto, Caio Otaviano, foi constituído seu herdeiro em testamento. Em 27 a.C., o jovem passaria para a história como Augusto, o primeiro imperador romano, adotando o título de César e reivindicando para si o seu legado político.

     

       

Hoje é dia de ouvir Fado...

Só trouxe coisas boas, o asteroide que acabou com os dinossáurios...

Gosta de uvas? Agradeça ao asteroide que matou os dinossauros

 

 

Mónica Carvalho, co-autora do estudo, a segurar um fóssil de sementes de uva

 

A extinção dos dinossauros terá tornado as florestas mais densas, o que ajudou à disseminação de novas espécies de plantas, como as trepadeiras.

Paleontólogos do Museu Field de História Natural de Chicago descobriram fósseis antigos de sementes de uva nos Andes colombianos, o que permite compreender a disseminação das uvas após a extinção dos dinossauros. Os fósseis, com idades compreendidas entre 60 e 19 milhões de anos, representam nove novas espécies de uvas antigas da Colômbia, Panamá e Peru.

“Esta descoberta é importante, mostra que após a extinção dos dinossauros, as uvas começaram realmente a espalhar-se pelo mundo”, diz Fabiany Herrera, curador assistente de paleobotânica no museu e autor principal do estudo publicado na Nature Plants.

Herrera e a sua equipa têm procurado provas da existência de frutos antigos através de pequenos fósseis de sementes, uma vez que os frutos moles raramente se conservam como fósseis. As uvas, no entanto, têm um registo fóssil robusto que remonta a há 50 milhões de anos.

Os fósseis de sementes de uva mais antigos, descobertos na Índia, têm cerca de 66 milhões de anos, coincidindo com o impacto do asteroide que ditou o fim dos dinossauros, frisa o Interesting Engineering.

Herrera há muito que suspeitava da existência de uvas na América do Sul há milhões de anos.

A sua persistência deu frutos quando a sua equipa encontrou sementes de uva em rochas com 60 milhões de anos. “Estas são as uvas mais antigas alguma vez encontradas nesta parte do mundo e são alguns milhões de anos mais novas do que as mais antigas encontradas no outro lado do planeta”, observou Herrera.

Os investigadores propõem que a extinção dos dinossauros pode ter catalisado alterações significativas nos ecossistemas florestais antigos.

“Sabe-se que os animais de grande porte, como os dinossauros, alteram os ecossistemas que os rodeiam. Pensamos que, se havia grandes dinossauros a vaguear pela floresta, era provável que estivessem a derrubar árvores, mantendo as florestas mais abertas do que são hoje”, explica Mónica Carvalho, curadora assistente do Museu de Paleontologia da Universidade de Michigan e co-autora do estudo.

Com o desaparecimento destes grandes herbívoros, as florestas tropicais da América do Sul tornaram-se mais densas. A ausência de dinossauros permitiu a existência de um sub-bosque mais espesso e de uma extensa camada de copa, criando condições ideais para várias espécies de plantas, incluindo trepadeiras como as uvas.

As aves e os mamíferos antigos também desempenharam um papel importante na disseminação das sementes de uva por todo o lado.

Estes fósseis recém-descobertos atuam como pequenas cápsulas do tempo, oferecendo informações sobre a história das uvas e dos eventos de extinção.

“O registo fóssil diz-nos que as uvas são uma ordem muito resistente. É um grupo que sofreu muitas extinções na região da América Central e do Sul, mas também conseguiu adaptar-se e sobreviver noutras partes do mundo”, concluiu Herrera.

 

in ZAP

Saudades de Bana...

Patrick Stewart celebra hoje 84 anos

     
Patrick Hewes Stewart (Mirfield, 13 de julho de 1940) é um ator britânico de cinema, televisão e teatro. Ele começou a atuar bem cedo, aos 15 anos, chegando na Royal Shakespeare Company em 1966 e permanecendo lá durante mais de uma década. A sua grande ascensão ao estrelato veio em 1987, quando assumiu o papel de Capitão Jean-Luc Picard na série de televisão Star Trek: The Next Generation, interpretando a personagem durante todas as suas sete temporadas e quatro filmes.
Após The Next Generation, Stewart teve dificuldades em encontrar outros papéis no cinema e na televisão, com a grande exceção sendo a série de filmes X-Men, em que interpretou o Professor Charles Xavier. Desde então, ele tem concentrado o seu tempo no teatro, mesmo assim fazendo várias aparições especiais na televisão e trabalhando na dobragem de filmes, séries de televisão e jogos eletrónicos. Em 2010 tornou-se um Cavaleiro do Império Britânico pelos seus serviços às artes cénicas.
 

Harrison Ford nasceu há oitenta e dois anos

      
Harrison Ford (Chicago, 13 de julho de 1942) é um ator norte-americano conhecido por atuar como Han Solo na saga Star Wars, Indiana Jones na série de filmes Indiana Jones e Rick Deckard em Blade Runner e Blade Runner 2049
    

O príncipe herdeiro de D. João II morreu há 533 anos...

   
O Príncipe D. Afonso de Portugal (Lisboa, 18 de maio de 1475 - Santarém, 13 de julho de 1491) era o único filho e herdeiro de D. João II e de D. Leonor, reis de Portugal. O rei tanto adorava este seu filho que, em sua homenagem, batizou de "Príncipe" a ilha mais pequena do arquipélago de São Tomé e Príncipe.
Ainda em criança, D. Afonso casou com a princesa Isabel de Aragão, filha mais velha dos reis católicos. Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão tinham um herdeiro, Juan, que era um jovem frágil, que não deveria chegar à idade adulta. A princesa Isabel era, portanto, a herdeira mais provável das coroas de Castela e Aragão e, como estava casada com o príncipe herdeiro de Portugal, adivinhava-se uma união dos reinos ibéricos, sob a alçada de Portugal. Os réis católicos tentaram manobrar diplomaticamente para dissolver o casamento, sem sucesso, dada a influência portuguesa junto do Papa. A sua causa estava aparentemente perdida, quando um acidente salvou Castela e Aragão de uma anexação.

Afonso morreu de uma queda de cavalo durante um passeio, em Alfange, Santarém, à beira do Tejo. Segundo Bernardo Rodrigues, em os Anais de Arzila, o seu aio era João de Meneses, conde de Cantanhede, e esse acontecimento terá ocasionado nesta personagem um grande traumatismo:

À terça feira Dom João de Meneses não avia de cometer cousa alguma polo que lhe aconteceo na morte do príncipe Dom Afonso, como é notorio e sabido a todos os deste reino. Dizem que estando no Algarve, em um lugar seu que se chama Aljazur, em uma terça feira, lhe dérão cartas d'el-rei Dom João o segundo e do príncipe Dom Afonso seu filho, que fose à corte, e se fez prestes e partio a outra terça feira, e tardando oito dias no caminho chegou a Santarem, donde el-rei e o príncipe estavão, outra terça feira, e dahi a oito dias, outra terça feira, correndo a carreira em Alfange, levando o príncipe pela mão, caio do cavalo, da qual queda logo morreo. Deste tão desestrado caso lhe ficou tão grand odio e agouro que nunca a terça feira cometeo cousa alguma, posto que depois foi capitão d'Arzila e d'Azamor e se lhe oferecêrão casos suficientes; e dizia Dom João que em tal dia se pudesse escusar abrir as portas o faria.

Depois da morte de D. Afonso, D. João II nomeou como sucessor o Duque de Beja, seu primo e cunhado, que viria a governar como D. Manuel I e que casou depois com Isabel, a viúva do infante Afonso.

 
   

   

Hoje é dia de ouvir Miguel Araújo...

Marat foi assassinado há 231 anos...

A morte de Marat por Jacques-Louis David (1793)
       
Jean-Paul Marat (24 de maio de 1743 - 13 de julho de 1793) foi um médico, filósofo, teórico político e cientista, mais conhecido como jornalista radical e político da Revolução Francesa. O seu trabalho era conhecido e respeitado pelo seu seu caráter impetuoso e a sua postura descomprometida diante do novo governo, inimigos do povo e reformas básicas para os mais pobres membros da sociedade. A sua persistente perseguição, voz consistente, grande inteligência e seu incomum poder de predição levaram-no à confiança do povo e fizeram dele a principal ponte entre este e o grupo radical jacobino, que ficou no poder em junho de 1793. Durante dois curtos meses, liderando a queda da fação girondina em junho, ele era um dos três homens mais importantes na França, juntamente com Georges Danton e Maximilien Robespierre. Ele foi apunhalado no coração, enquanto estava dentro da banheira, pela simpatizante girondina Charlotte Corday. Marat cunhou o uso moderno da frase "inimigo do povo" e publicou extensas listas de tais inimigos no seu jornal, para depois serem executados.
    
(...)
     
A queda dos Girondinos em 2 de junho, provocada pela ação de François Hanriot tornou-se uma das últimas conquistas de Marat. As suas cartas à Convenção não receberam atenção, agora que os Montagnards não precisavam mais do seu apoio contra os Girondinos. Marat tinha tudo, mas desapareceu da cena política após a sua vitória e Robespierre e outros líderes políticos começaram a separar-se dele, agora que a sua utilidade parecia ter durado mais do que deveria, e, consequentemente, perdeu a sua influência. A sua doença de pele ia piorando, e o seu último recurso para evitar o desconforto era tomar banhos medicinais. Marat estava na sua banheira em 13 de julho de 1793, quando uma jovem mulher, Charlotte Corday, dizendo ser uma mensageira de Caen (onde Girondinos fugidos estavam tentando ganhar uma base na Normandia) pediu para ser admitida na sua casa.
Quando ela entrou, ele pediu o nome dos deputados que a ofenderam, e gravou os nomes e disse "Eles devem ser todos guilhotinados". Em seguida, Corday usou uma faca e esfaqueou-o no peito. Ele gritou "À moi, ma chère amie!"("Ajude-me, cara amiga") e morreu. Corday era uma Girondina. Ela veio de uma família monárquica - os seus irmãos eram emigrantes que tinham ido para lutar com os príncipes franceses exilados. A partir do seu próprio relato, e os das testemunhas, é claro que ela havia sido inspirada pelos adversários Girondinos e os discursos de ódio dos Montagnards pelos seus excessos. O assassinato de Marat provocou represálias, em que milhares dos adversários dos jacobinos - tanto monárquicos como Girondinos - foram executados, com acusações de traição. Ela foi guilhotinada em 17 de julho de 1793, por homicídio. Durante os seus quatro dias de julgamento, testemunhou que havia realizado o assassinato sozinha, dizendo "Eu matei um homem para salvar cem mil."
     

Hoje é dia de cantar o Espíritu de Ermua...

Poesia alusiva a um triste evento desta data...

 

As primeiras lágrimas de El-Rei 

A M. Pinheiro Chagas

   
I
O príncipe morrera, e logo os cortesãos, 
Em prantos derredor do mortuário leito, 
Erguem a voz em grita aos céus levando as mãos. 
 
II 
El-Rei, João Segundo, a fronte sobre o peito, 
Contempla dos brandões à luz ensanguentada 
O filho, e a dor lhe avinca o grave e duro aspeito. 
 
III 
E eis que, a um gesto do rei, a turba consternada 
A pouco e pouco sai, reina o silêncio, apenas 
Cortado pelo uivar longínquo da nortada. 
 
IV 
Sobre o filho curvado, immerso em cruas penas, 
Aquelle rei sinistro, enérgico e tigrino, 
Tinha na frouxa voz modulações serenas. 
V E o filho inerte e mudo! Então num desatino Deixou-se El-Rei cair, ao acaso, num escabelo E quedou-se a pensar no seu atroz destino. VI Um enorme, um confuso e brônzeo pesadelo Caíu-lhe sobre o enfermo espírito enlutado, E o suor inundou-lhe as barbas e o cabelo. VII Talvez que o triste visse, em sonho alucinado. Do Duque de Viseu o espectro vingativo Apontando-lhe, a rir, o Infante inanimado. VIII E escutasse a feroz imprecação que altivo No cadafalso, outrora, o Duque de Bragança Às faces lhe cuspiu com gesto convulsivo.

IX
Súbito ergue-se o Rei, e para o leito avança, E uma lágrima então, embalde reprimida. Das barbas lhe caiu no rosto da criança.

X A vez primeira foi que El-Rei chorou em vida.

    
Gonçalves Crespo