sábado, dezembro 07, 2024
O astrónomo Gerard Peter Kuiper nasceu há 119 anos
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sexta-feira, outubro 04, 2024
Há novidades sobre OTN's...
Objetos misteriosos detetados nos limites do Sistema Solar
Os resultados, que são importantes para compreender a formação do Sistema Solar, foram obtidos através de uma colaboração internacional entre o Telescópio Subaru e a nave espacial New Horizons que viaja pelo Sistema Solar exterior.
A nave espacial New Horizons da NASA foi lançada em 2006 com a missão crítica de observar de perto as superfícies de corpos do Sistema Solar exterior pela primeira vez na história da humanidade; completou com sucesso um “flyby” pelo sistema de Plutão em 2015 e em 2019 passou por um dos objetos da Cintura de Kuiper, 486958 Arrokoth.
No total, cinco naves espaciais já entraram no Sistema Solar exterior, mas a New Horizons é a única que voou através da Cintura de Kuiper enquanto observava objetos da Cintura de Kuiper.
Quando observamos objetos da Cintura de Kuiper a partir do solo, só os podemos observar a pequenos ângulos de fase solar (o ângulo entre o Sol, o objeto e o observador).
Por outro lado, quando se observa um objeto da Cintura de Kuiper a partir de uma nave espacial na Cintura de Kuiper, o mesmo objeto pode ser observado em vários ângulos de fase e as suas características de reflexão podem ser utilizadas para estimar as propriedades da superfície do objeto.
Isto é algo que só a New Horizons pode fazer.
No entanto, a câmara da nave espacial tem um campo de visão estreito e não consegue descobrir objetos da Cintura de Kuiper por si só. É aqui que entra o Telescópio Subaru.
O Telescópio Subaru utiliza a sua câmara de campo largo para encontrar muitos objetos da Cintura de Kuiper e depois restringir a lista de objetos por onde a nave espacial pode passar e observar. Esta colaboração entre a New Horizons e o Telescópio Subaru começou em 2004.
Nas observações realizadas durante 2004-2005 com a Suprime-Cam do Telescópio Subaru, devido à relação orbital entre Plutão e a nave espacial, uma área próxima do centro da Via Láctea ficou retida no fundo da área de busca por objetos da Cintura de Kuiper.
Embora tivesse sido extremamente difícil procurar objetos do Sistema Solar com muitas estrelas de fundo, os investigadores conseguiram encontrar 24 objetos da Cintura de Kuiper.
Infelizmente, os objetos da Cintura de Kuiper encontrados até agora durante esta observação requerem demasiado combustível para serem estudados de perto pela nave espacial, mas novos objetos a grande distância podem estar ao alcance do combustível disponível na New Horizons.
Em 2020, começaram observações mais profundas com a HSC (Hyper Suprime-Cam) no Telescópio Subaru e, em 2023, tinham sido descobertos 239 objetos da Cintura de Kuiper.
“A parte mais excitante das observações da HSC foi a descoberta de 11 objetos a distâncias para lá da conhecida Cintura de Kuiper”, diz Fumi Yoshida , astrónoma do Centro de Investigação de Exploração Planetária, Instituto de Tecnologia de Chiba, em comunicado do NAOJ.
Muitos dos objetos descobertos com a HSC estão localizados a distâncias de 30-55 unidades astronómicas (UA) do Sol (1 UA corresponde à distância entre o Sol e a Terra) e pensa-se que estejam dentro da conhecida Cintura de Kuiper.
Por outro lado, a equipa não estava à espera do que parece ser um aglomerado de objetos na região de 70-90 UA e um “vale” entre 55 UA e 70 UA (onde apenas um pequeno número de objetos está distribuído).
Este “vale” não tinha sido registado noutras observações.
Poderá haver uma nova população de objetos da Cintura de Kuiper a 70-90 UA. “Se isto se confirmar, será uma grande descoberta. A nebulosa solar primordial era muito maior do que se pensava e isto pode ter implicações no estudo do processo de formação planetária no nosso Sistema Solar”, diz Yoshida.
O investigador principal da missão New Horizons, Alan Stern, afirma: “Esta é uma descoberta inovadora que revela algo inesperado, novo e excitante nos confins do Sistema Solar; esta descoberta provavelmente não teria sido possível sem as capacidades de classe mundial do observatório Subaru”.
Para determinar as órbitas exatas dos objetos descobertos neste estudo, a equipa de investigação continua as observações com a HSC.
“Penso que a descoberta de objetos distantes e a determinação da sua distribuição orbital são importantes para compreender a história da formação do Sistema Solar, para compará-la com sistemas exoplanetários e para compreender a formação de planetas em geral”, afirma Yoshida acerca da importância deste estudo.
A New Horizons está atualmente a viajar para mais longe, a 60 UA do Sol. Deve haver muitos mais objetos distantes que ainda não foram descobertos. A equipa de investigação está ansiosa por ver o que o Telescópio Subaru e a nave espacial New Horizons vão descobrir para além da Cintura de Kuiper.
in ZAP
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domingo, julho 14, 2024
A sonda New Horizons chegou a Plutão há nove anos...!
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sexta-feira, junho 21, 2024
Notícia interessante sobre um cometa promissor...
Este novo cometa está a aproximar-se e poderá ser visível até mesmo durante o dia
Nos últimos anos, cometas despertaram interesse, mas eram difíceis de observar sem um telescópio sob um céu perfeitamente escuro. No entanto, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), descoberta em fevereiro de 2023 pelo sistema de alerta ATLAS na África do Sul, pode mudar isso.
Este cometa, inicialmente confundida com um asteroide, foi identificado graças a imagens feitas pelo observatório da Montanha Púrpura na China. Durante a sua descoberta, estava além da órbita de Júpiter, mas se aproximará do Sol, a apenas 58 milhões de quilómetros em setembro, e passará a 71 milhões de quilómetros da Terra em outubro.
Se as condições forem favoráveis, este cometa pode brilhar até a magnitude 1 ou 2, tornando-se visível a olho nu e exibindo uma cauda espetacular.
Neste verão, apenas os observadores do hemisfério sul poderão acompanhar a cometa. O seu acompanhamento irá dar-nos informações sobre a sua progressão. Uma variável pode influenciar seu brilho: a "dispersão frontal" da luz solar pela poeira da cometa, aumentando sua luminosidade por volta de 8 de outubro.
Este fenómeno ocorre quando a luz do Sol, ao passar pelas partículas de poeira ejetadas pelo cometa, é dispersa para a frente em direção à Terra. Esse processo é chamado de "dispersão frontal" (ou "forward scattering" em inglês). Devido a essa dispersão, a luz solar é amplificada, tornando a cometa excecionalmente brilhante quando está corretamente posicionada entre o Sol e a Terra. Este aumento de brilho pode tornar o cometa visível a olho nu, de forma muito espetacular.
Se o cometa seguir os passos de Skjellerup-Maristany (1927) e McNaught (2007), ele pode tornar-se tão brilhante quanto Vénus, visível até mesmo durante o dia. Deve estar bem posicionada para observações no céu do hemisfério norte até metade de outubro.
No entanto, não há garantias. Às vezes, cometas promissores dececionam, como o Kohoutek em 1973-74. Por outro lado, cometas inesperados podem surpreender, como NEOWISE em 2020. Esperamos que o Tsuchinshan-ATLAS nos ofereça um espetáculo digno desse nome.
O que é um cometa?
Estas caudas são criadas pela interação do vento solar com o núcleo do cometa, liberando gás e poeira. Os cometas geralmente provêm de duas regiões principais: a cintura de Kuiper e a nuvem de Oort, situados nos confins do Sistema Solar. Elas são frequentemente consideradas relíquias primitivas, preservando materiais inalterados desde a formação do Sistema Solar há cerca de 4,6 mil milhões de anos.
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quinta-feira, março 07, 2024
Há novidades nos confins do Sistema Solar...
A New Horizons da NASA apanhou uma grande surpresa no Cinturão de Kuiper
A New Horizons, da NASA, descobriu que pode haver muito mais do que pensávamos no cinturão de detritos gelados que circunda o Sistema Solar exterior.
Os dados recolhidos pela sonda New Horizons sugerem níveis inesperados de partículas onde a poeira deveria estar a diminuir.
Este indício revela que o cinturão de Kuiper se estende mais longe do Sol do que sugeriam as estimativas anteriores.
“A New Horizons está a fazer as primeiras medições diretas da poeira interplanetária muito além de Neptuno e Plutão, por isso cada observação pode levar a uma descoberta”, salientou o físico Alex Doner, da Universidade do Colorado, citado pelo Science Alert.
“A ideia de que podemos ter detetado um Cinturão de Kuiper alargado – com toda uma nova população de objetos a colidir e a produzir ainda mais poeira – é outra pista para resolver os mistérios das regiões mais distantes do Sistema Solar”, acrescentou.
O Cinturão de Kuiper aglomera uma grande variedade de objetos rochosos e gelados e já era considerado bastante grande. Começa na órbita de Neptuno, a cerca de 30 unidades astronómicas do Sol, e estende-se por uma distância desconhecida.
Contudo, até agora, os cientistas acreditavam que a região principal interna diminuía em cerca de 50 unidades astronómicas.
A New Horizons, convidada a explorar o Sistema Solar exterior, visitou Plutão, que orbita a uma distância média de 39 unidades astronómicas do Sol, em 2015 e, em 2019, passou por um estranho objeto chamado Arrokoth, que orbita a nossa estrela a uma distância média de 44,6 unidades astronómicas.
Desde então, entre distâncias de 45 e 55 unidades astronómicas, a New Horizons continuou a recolher dados, enviando-os de volta para a Terra. O mais surpreendente é que o Venetia Burney Student Dust Counter (SDC) detetou muito mais poeira do que os cientistas esperavam que houvesse àquela distância.
A fonte mais provável para a existência de poeira extra é a interação entre objetos, como colisões. Isto significa que é necessário que haja suficientes rochas geladas para que se juntem com relativa frequência.
Além disso, as observações mais recentes realizadas com telescópios começaram a sugerir que a região principal interna do Cinturão de Kuiper pode estender-se até 80 unidades astronómicas, o que significa que a descoberta é consistente com as suspeitas de que este pode mesmo ser maior do que o esperado.
A descoberta está detalhada num novo artigo científico, publicado no The Astrophysical Journal Letters.
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domingo, fevereiro 18, 2024
Plutão foi descoberto há 94 anos
Depois da morte de Lowell, a busca pelo Planeta X ficou parada até 1929, quando Vesto Melvin Slipher deu a tarefa de achar o Planeta X a Clyde Tombaugh, que tinha acabado de chegar ao Observatório Lowell. A tarefa de Tombaugh foi fotografar o céu noturno e depois de duas semanas tirar outra foto, e então examinar os pares de fotos para ver se houve movimento de algum objeto. Em 18 de fevereiro de 1930, depois de cerca de um ano de observações, Tombaugh descobriu um possível objeto em movimento, em fotografias tiradas em 23 de janeiro e em 29 de janeiro daquele ano. Uma imagem de menor qualidade, tirada em 21 de janeiro, ajudou a confirmar o movimento. Depois de observações feitas para confirmar o movimento, notícias da descoberta foram telegrafadas para o Harvard College Observatory a 13 de março de 1930.
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sexta-feira, janeiro 19, 2024
A sonda New Horizons foi lançada há dezoito anos
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sábado, dezembro 23, 2023
O astrónomo Gerard Kuiper morreu há cinquenta anos
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quinta-feira, dezembro 07, 2023
Gerard Peter Kuiper nasceu há 118 anos
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sexta-feira, julho 14, 2023
A sonda New Horizons chegou a Plutão há oito anos
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sábado, fevereiro 18, 2023
Plutão foi descoberto há 93 anos
Depois da morte de Lowell, a busca pelo Planeta X ficou parada até 1929, quando Vesto Melvin Slipher deu a tarefa de achar o Planeta X a Clyde Tombaugh, que tinha acabado de chegar ao Observatório Lowell. A tarefa de Tombaugh foi fotografar o céu noturno e depois de duas semanas tirar outra foto, e então examinar os pares de fotos para ver se houve movimento de algum objeto. Em 18 de fevereiro de 1930, depois de cerca de um ano de observações, Tombaugh descobriu um possível objeto em movimento, em fotografias tiradas em 23 de janeiro e em 29 de janeiro daquele ano. Uma imagem de menor qualidade, tirada em 21 de janeiro, ajudou a confirmar o movimento. Depois de observações feitas para confirmar o movimento, notícias da descoberta foram telegrafadas para o Harvard College Observatory a 13 de março de 1930.
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quinta-feira, janeiro 19, 2023
A sonda New Horizons foi lançada há dezassete anos
Postado por Fernando Martins às 00:17 0 bocas
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sexta-feira, dezembro 23, 2022
O astrónomo Gerard Kuiper morreu há 49 anos
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quarta-feira, dezembro 07, 2022
O astrónomo Gerard Peter Kuiper nasceu há 117 anos
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sexta-feira, fevereiro 18, 2022
O planeta anão Plutão foi descoberto há 92 anos
Depois da morte de Lowell, a busca pelo Planeta X ficou parada até 1929, quando Vesto Melvin Slipher deu a tarefa de achar o Planeta X a Clyde Tombaugh, que tinha acabado de chegar ao Observatório Lowell. A tarefa de Tombaugh foi fotografar o céu noturno e depois de duas semanas tirar outra foto, e então examinar os pares de fotos para ver se houve movimento de algum objeto. Em 18 de fevereiro de 1930, depois de cerca de um ano de observações, Tombaugh descobriu um possível objeto em movimento, em fotografias tiradas em 23 de janeiro e em 29 de janeiro daquele ano. Uma imagem de menor qualidade, tirada em 21 de janeiro, ajudou a confirmar o movimento. Depois de observações feitas para confirmar o movimento, notícias da descoberta foram telegrafadas para o Harvard College Observatory a 13 de março de 1930.
A sonda New Horizons conta com diversos instrumentos científicos, como instrumentos para criar mapas da superfície, para fazer análises atmosféricas e espectrómetros. A energia elétrica usada por esses instrumentos é fornecida por um único gerador termoelétrico de radioisótopos, que geralmente é usado em missões que não podem utilizar a energia solar.
As luas Nix e Hidra poderiam gerar desafios imprevistos para a New Horizons. Detritos de colisões entre os objetos do cinturão de Kuiper e elas, com as suas velocidades de escape relativamente baixas, pode produzir um pequeno anel de poeira. Se a sonda voar num sistema de anéis assim, havia uma possibilidade de ser atingida por micrometeoritos, que poderiam desabilitá-la, o que não aconteceu.
Postado por Fernando Martins às 09:20 0 bocas
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