terça-feira, novembro 28, 2017

O ator Leslie Nielsen morreu há sete anos

Matsuo Basho morreu há 323 anos

Estátua de Matsuo Bashō em Ōgaki
Matsuo Bashō (Tóquio, 1644Osaka, 28 de novembro de 1694), ou simplesmente Bashō, foi o poeta mais famoso do período Edo no Japão. Durante sua vida, Bashô foi reconhecido por seus trabalhos colaborando com a forma haikai no renga. Atualmente, após séculos de comentários, é reconhecido como um mestre da sucinta e clara forma haikai. A sua poesia é reconhecida internacionalmente e dentro do Japão muitos dos seus poemas são reproduzidos em monumentos e locais tradicionais. Foi ele quem codificou e estabeleceu os cânones do tradicional haikai japonês.
(...)
Na sua última viagem, Bashō adoece em Osaka, antes de chegar ao local de destino, Kiushu, e morre no dia 28 de novembro de 1694. O seu último haikai fala de sua jornada poética:
"tabi ni yande
yume wa kareno wo
kakemeguru"
"Doente em viagem
sonho em secos campos
Ir-me enveredar"

O músico barroco Jean-Baptiste de Lully nasceu há 285 anos

Jean-Baptiste de Lully, nascido Giovanni Battista Lulli (Florença, 28 de novembro de 1632Paris, 22 de março de 1687), foi um compositor italiano, naturalizado francês. Passou a maior parte da vida trabalhando na corte de Luís XIV. Compositor prolixo, o seu estilo foi largamente imitado na Europa. Casou-se com Madeleine Lambert, filha do compositor Michel Lambert. Considerado mestre do barroco francês, tornou-se súbdito francês em 1661.
 
in Wikipédia
 

Ernst Rohm, o líder das SA nazis, nasceu há 130 anos

Ernst Röhm (ou Roehm) (Munique, 28 de novembro de 1887; Munique, prisão de Stadelheim, 2 de julho de 1934), foi um oficial alemão, co-fundador das Sturmabteilung (SA) nazis, "Tropa" ou Divisão de Assalto do Partido Nazi (NSDAP). As SA precederam a Schutzstaffel, Esquadra de Proteção do Partido Nazi. As SA eram integradas por "arruaceiros".
Segundo Gordon Williamson, "Ernst Röhm tinha real interesse no NSDAP e, de facto, aderiu ao movimento reconhecendo em Hitler as qualidades de alguém que poderia incitar as massas com a sua oratória quase hipnótica. A intenção de Ernst Röhm, contudo, nunca foi tornar-se um seguidor de Hitler, mas, em vez disso, utilizar o NSDAP para alimentar as suas próprias ambições pelo poder político e militar".
O seu rosto estava coberto de feridas, algumas adquiridas no campo de batalha; Röhm era homossexual e tal facto foi divulgado à sociedade por um jornal a partir de cartas enviadas de Röhm a possíveis amantes, o mesmo chegou a apoiar um movimento de direitos humanos, a SA era famosa por vários membros terem uma "vida sexual escandalosa", porém Hitler dizia que a mesma não era uma associação moral e sim uma "agremiação de lutadores". Foi assassinado um dia após a Noite das Facas Longas na cela da sua prisão em Munique após recusar matar-se como forma de confessar os seus supostos planos para levar as SA ao controle do Reich. Ernst Röhm teve papel preponderante na formação das SA como o braço armado do então crescente movimento nazi. De acordo com muitos historiadores, teria sido ele o homem que induziu Hitler a seguir uma carreira política, ao ver um discurso exaltado do Führer num bar de Munique. Pela sua participação (e lealdade a Hitler) no Putsch da Cervejaria, foi posteriormente nomeado Stabschef (comandante-em-chefe) das SA, a primeira milícia nazi.
 

Foi há um ano o desastre com o avião do Chapecoense

O Voo 2933 da LaMia foi um voo charter, da companhia com a identificação LMI2933, ao serviço da Associação Chapecoense de Futebol, proveniente de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, com destino ao Aeroporto Internacional José María Córdova, em Rionegro, Colômbia. Na noite de 28 de novembro de 201,6 às 21.58 horas, no horário local da Colômbia, a aeronave que realizava este voo caiu próximo do local chamado Cerro El Gordo, ao se aproximar do aeroporto em Rionegro.
A aeronave trazia 77 pessoas a bordo, tendo por passageiros atletas, equipa técnica e direção do equipa brasileira da Chapecoense, jornalistas e convidados, que iriam a Medellín, onde o clube disputaria a primeira partida da Final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Entre passageiros e tripulantes, 71 pessoas morreram na queda do avião e seis foram resgatadas com vida.
Dos mortos, vinte eram jornalistas brasileiros, nove eram dirigentes (incluindo o presidente do clube) dois eram convidados, catorze eram da comissão técnica (incluindo o treinador e o médico da equipe), dezanove eram jogadores e sete eram tripulantes; dos seis ocupantes que sobreviveram, quatro eram passageiros e dois eram tripulantes. Pelo total de vítimas, esta tragédia torna-se a maior da história de uma delegação desportiva brasileira e a maior do jornalismo brasileiro.
 
(...)
 
Em 26 de dezembro de 2016, 28 dias depois do acidente, a Aerocivil, Unidade Administrativa Especial de Aeronáutica Civil da Colômbia, apresentou o relatório preliminar. De acordo com o relatório, não foi identificada uma falha técnica que tivesse causado ou contribuído para o acidente, nem apresentou ato de sabotagem ou tentativa de suicídio. As evidências revelam que a aeronave sofreu falta total de combustível (pane seca).
 

O comediante Jon Stewart faz hoje 55 anos


Jon Stewart (nascido Jonathan Stuart Leibowitz; Nova Iorque, 28 de novembro de 1962) é um comediante, actor, escritor e produtor americano. É conhecido por ter apresentado o programa The Daily Show.
Devido ao conteúdo político do seu programa, Stewart é uma das figuras mais conhecidas e respeitadas dos Estados Unidos da América. Foi também um dos grandes críticos da administração Bush.
Para além de ter apresentado vários programas de televisão, Stewart entrou em alguns filmes. O mais conhecido é Big Daddy onde contracenou com Adam Sandler. Jon também entrou no thriller The Faculty e no grande fracasso Death to Smoochy.
Até à data já lançou três livros: Naked Pictures Of Famous People em 1998, America (The Book): A Citizen's Guide To Democracy Inaction (a versão áudio do livro ganhou um Grammy) e Earth (The Book): A Visitor's Guide to the Human Race em 2010.
Foi o anfitrião dos Óscares de 2006 e 2008.
 

William Blake nasceu há 260 anos

William Blake (Londres, 28 de novembro de 1757 - Londres, 12 de agosto de 1827) foi um poeta, tipógrafo e pintor inglês, sendo sua pintura definida como pintura fantástica.
Blake viveu num período significativo da história, marcado pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. A literatura estava no auge do que se pode chamar de clássico "augustano", uma espécie de paraíso para os conformados às convenções sociais, mas não para Blake que, nesse sentido era romântico, "via o que muitos se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social, a negatividade do poder da Igreja Anglicana e do estado."




Dante e Virgílio nos portões do Inferno, A Divina Comédia
 
Night

The sun descending in the west,
The evening star does shine;
The birds are silent in their nest.
And I must seek for mine.
The moon, like a flower
In heaven's high bower,
With silent delight
Sits and smiles on the night.

Farewell, green fields and happy grove,
Where flocks have took delight:
Where lambs have nibbled, silent move
The feet of angels bright;
Unseen they pour blessing
And joy without ceasing
On each bud and blossom,
On each sleeping bosom.

They look in every thoughtless nest
Where birds are cover'd warm;
They visit caves of every beast,
to keep them all from harm:
If they see any weeping
That should have been sleeping,
They pour sleep on their head,
And sit down by their bed.

When wolves and tigers howl for prey,
They pitying stand and weep,
Seeking to drive their thirst away
And keep them from the sheep.
But, if they rush dreadful,
The angels, most heedful,
Receive each mild spirit,
New worlds to inherit.

And there the lion's ruddy eyes
Shall flow with tears of gold:
And pitying the tender cries,
And walking round the fold:
Saying, 'Wrath by His meekness,
And, by His health, sickness,
Are driven away
From our immortal day.

'And now beside thee, bleating lamb,
I can lie down and sleep,
Or think on Him who bore thy name,
Graze after thee, and weep.
For, wash'd in life's river,
My bright mane for ever
Shall shine like the gold
As I guard o'er the fold.'

segunda-feira, novembro 27, 2017

Ada Lovelace morreu há 165 anos

Ada Augusta King, Condessa de Lovelace, nascida Byron, (Londres, 10 de dezembro de 1815 - Marylebone, 27 de novembro de 1852), atualmente conhecida como Ada Lovelace, foi uma matemática e escritora inglesa. Hoje é reconhecida principalmente por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, a máquina analítica de Charles Babbage. Durante o período em que esteve envolvida com o projeto de Babbage desenvolveu os algoritmos que permitiriam à máquina computar os valores de funções matemáticas, além de publicar uma coleção de notas sobre a máquina analítica. Por esse trabalho é considerada a primeira programadora de toda a história.
Lovelace nasceu em 10 de dezembro de 1815 e era a única filha legítima do poeta Lord Byron e da sua esposa, Anne Isabella "Anabella" Byron, Lady Wentworth, pois todos os outros filhos de Lorde Byron nasceram fora do casamento.
Casou-se, aos 20 anos com William Lord King. King foi nomeado Conde de Lovelace, em 1838, e Ada tornou-se Lady Lovelace. Ada morreu de cancro do útero, aos 36 anos.
 

Jimi Hendrix nasceu há 75 anos!

James Marshall "Jimi" Hendrix (nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, 27 de novembro de 1942Londres, 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano. É considerado o melhor e maior guitarrista da história do rock e o mais importante e influente músico de sua era, em diversos géneros musicais.

in Wikipédia
  

P. D. James morreu há três anos

Phyllis Dorothy James, Baronesa James de Holland Park, (Oxford, 3 de agosto de 1920 - Oxford, 27 de novembro de 2014) foi uma escritora britânica de ficção policial que usou o nome de P. D. James ao assinar as suas obras. Foi membro da Câmara dos Lordes sob o título de Baronesa James de Holland Park.
É reconhecida como uma das escritoras que mais influenciaram o género literário do romance de mistério, sendo especialmente notável a forma como caracteriza as suas personagens e a sua habilidade em construir atmosferas plenas de detalhes.
  
Biografia
Phyllis Dorothy James nasceu a 3 de agosto de 1920 em Oxford, Inglaterra, filha de Sidney James, um fiscal. Deixou a escola, a Cambridge Girls' High School, aos 16 anos. Durante a guerra, casou com Ernest Connor Bantry White, médico, de quem teve duas filhas. James deu à segunda filha o nome da sua autora preferida: Jane Austen. Em 1948, diagnosticou-se uma esquizofrenia a Ernest, que passou longos períodos hospitalizado, até ficar definitivamente internado até à sua morte, em 1964.
James trabalhou na direcção do North West Regional Hospital em Londres de 1949 a 1968 e depois no Ministério do Interior, no departamento da Polícia Criminal. James tem dois protagonistas principais: a jovem detective privada Cordelia Gray e Adam Dalgliesh, inspector-chefe da Scotland Yard, de meia-idade, que surge pela primeira vez em 1962 no romance Cover Her Face (O Enigma de Sally Jump).
James ganhou vários prémios: Silver Dagger 1971 para Shroud for a Nightingale (Mortalha para Uma Enfermeira), Silver Dagger 1975 para The Black Tower, Silver Dagger 1986 e International Macavity Award em 1987 para A Taste for Death (O Gosto da Morte), Diamond Dagger 1987 pela carreira literária e Grand Master Award 1999.
Em 1983 foi distinguida com a Ordem do Império Britânico. Foi igualmente nomeada Par do Reino, com assento na Câmara dos Lordes, recebendo o título de Baronesa James de Holland Park. Em 1992 foi distinguida com o doutoramento em literatura pela Universidade de Buckingham e em 1993 pela Universidade de Londres. Foi membro da Royal Society of Literature.
Alguns dos seus romances foram adaptados à televisão em 1985 e 1986.
James faleceu na sua casa em Oxford, a sua cidade de nascimento, a 27 de novembro de 2014, três anos depois a publicação da sua ultima obra, Morte em Pemberley.


domingo, novembro 26, 2017

Cesariny morreu há 11 anos

Mário Cesariny de Vasconcelos (Lisboa, 9 de agosto de 1923 - Lisboa, 26 de novembro de 2006) foi poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português. É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador (polémico) das actividades surrealistas em Portugal.
Figuras de Sopro, 1947, óleo sobre cartão

Charles M. Schulz, o criador do Snoopy, nasceu há 95 anos!

Charles Monroe Schulz (Mineápolis, 26 de novembro de 1922 - Santa Rosa, 12 de fevereiro de 2000) foi um cartunista americano, criador da série Peanuts e dos personagens Charlie Brown e o seu cão da raça beagle chamado Snoopy, entre outros.
Iniciou a série de desenhos do Snoopy (Peanuts) em 2 de outubro de 1950 e desenhou-os durante mais de 50 anos, até se retirar por causa da sua doença, a 14 de dezembro de 1999. Schulz faleceu a 12 de fevereiro de 2000, vítima de um ataque cardíaco, às 21.45 horas, com 77 anos. A sua última tira foi publicada um dia depois, 13 de fevereiro, em que se despedia dos seus fãs e dos seus personagens queridos.

Há nove anos, um ataque terrorista em Bombaim chocou o Mundo

Localização de alguns dos ataques
A 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas sincronizados atingiram a cidade indiana de Bombaim, conhecida como capital financeira e maior cidade do país; alguns destes ataques só terminaram três dias, em 29 de novembro, depois que as forças de segurança indianas conseguiram ganhar o controle de todos os locais atacados. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas.
Oito ataques ocorreram no sul da cidade: na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji Terminus (CST); dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi Trident, em Nariman Point, e o Taj Mahal Palace & Tower, próximo do Portão da Índia; no Leopold Café, um restaurante popular para turistas em Colaba; o Hospital Cama; na Casa Nariman, de propriedade de judeus ortodoxos; no cinema Metro Adlabs; no quartel-general da Polícia de Bombaim, onde pelo menos três oficias de alta patente, incluindo o chefe do Esquadrão Anti-Terrorismo de Maharashtra, foram mortos a tiros. Outro incidente envolveu a explosão de um táxi em Vile Parle, próximo do aeroporto, porém não ficou claro se este incidente estava ligado aos ataques no resto da cidade. Pensa-se que entre cinquenta e sessenta terroristas teriam participado dos ataques.
 
(imagem daqui)
(imagem daqui)

Casablanca: amor e liberdade

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A retórica antinazi datou irremediavelmente muitos dos filmes americanos produzidos no tempo da guerra (1939-45). Até Chaplin, o mestre do mudo, caiu nesta armadilha na célebre cena final do seu O Grande Ditador (1940) – e foi quanto bastou para se perder uma obra-prima. Inversamente, o que faz a força perene de Casablanca (Michael Curtiz, 1942) é o facto de jamais ser um filme de propaganda óbvia ao esforço aliado no combate sem tréguas contra o III Reich. E no entanto não conheço outra película tão eficaz no apelo subliminar ao envolvimento de Washington no conflito.
Numa cena poucas vezes mencionada, Richard Blaine (Humphrey Bogart) pergunta ao pianista Sam (Dooley Wilson) que horas seriam em Nova Iorque. Pergunta aparentemente sem nexo, mas logo justificada pelo comentário adicional de Blaine: “Está toda a gente a dormir na América.”
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É uma frase emblemática. Corria o mês de Dezembro de 1941, eram as vésperas de Pearl Harbor, os americanos viviam ainda embalados pelo sonho da neutralidade que Philip Roth tão bem retrata no seu romance Conspiração Contra a América. Mas Blaine, o cínico Rick, dono do bar do mesmo nome em Casablanca, já se havia antecipado ao curso da História. Em 1935 fizera chegar armas aos abissínios que lutavam contra Mussolini, no ano seguinte ingressara nas Brigadas Internacionais em defesa da República espanhola. Ao contrário do que aparentava, era um homem de causas e capaz de se envolver até ao limite por elas. Esta dimensão política de Casablanca, que se me tem revelado em sucessivas revisões do filme, ultrapassa claramente as malhas do melodrama a que muitos gostariam de vê-lo confinado. E se algo sobrevive ao malogrado romance entre Rick e Ilsa Lund (deslumbrante Ingrid Bergman) é precisamente a batalha decisiva em que ambos apostam, também em nome do amor – neste caso, do amor à liberdade.
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“Agora só luto por mim. Sou a única causa que me interessa”, diz Bogart a Victor Laszlo (Paul Henreid), tentando aparentar cinismo por uma última vez. Nesta fase já ninguém acredita em tal fachada: há uma dimensão moral em Rick que de todo não existe no dúplice capitão Louis Renault (Claude Rains), sempre virado – nas suas próprias palavras – para “o lado de que sopra o vento”.
O “vento” daqueles tempos era o do cobarde colaboracionismo de Pétain – o velho marechal que se rendeu a Hitler e que surge em cartaz, no início do filme, contra o qual é assassinado um suposto membro da resistência francesa.
Bogart, o aventureiro de passado sombrio, e Bergman, a mulher dividida entre dois homens, não são figuras sem mácula, ao jeito dos “heróis exemplares” que o realismo socialista fornecia às massas. São gente de carne e osso, com os mesmos defeitos de qualquer de nós – e daí o facto de, tantos anos volvidos, continuarmos a identificar-nos com o destino deles. Rick, que jurava “não arriscar o pescoço por ninguém”, proclama afinal que o futuro do planeta importa bem mais do que “três pessoas insignificantes”. Ilsa, incapaz de voltar duas vezes costas à mesma paixão, segreda-lhe: “Terás de ser tu a pensar por nós.”
Rick assim faz. Entre o amor sem sombra de liberdade e a liberdade sem garantia de amor, optou por esta. Como se conhecesse os belíssimos versos de Sophia:   
Terror de te amar num sítio tão frágil como o Mundo.
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e separa.
Esta é talvez a maior lição que aprendemos em Casablanca: o verdadeiro amor é sinónimo absoluto de verdadeira liberdade.

Texto para o 75.º aniversário da estreia do filme, que hoje se assinala

in Delito de Opinião - post de Pedro Correia

O cantautor Fausto faz hoje 69 anos

Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias (Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948) é um compositor e cantor português.


Fidel morreu há um ano

Fidel Alejandro Castro Ruz (Birán, 13 de agosto de 1926 - Havana, 25 de novembro de 2016) foi um político e revolucionário cubano que governou a República de Cuba como primeiro-ministro de 1959 a 1976 e depois como presidente de 1976 a 2008. Politicamente, era nacionalista e marxista-leninista. Ele também foi o primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba de 1961 até 2011. Sob a sua administração, Cuba tornou-se um estado socialista autoritário unipartidário, a indústria e os negócios foram nacionalizados e reformas socialistas foram implementadas em toda a sociedade. Castro morreu em Havana na noite de 25 de novembro de 2016, aos 90 anos.

Rita Ora - 27 anos

Rita Sahatçiu Ora (Pristina, 26 de novembro de 1990) é uma cantora, compositora e atriz britânica de etnia albanesa, nascida no Kosovo.
O álbum de estreia da cantora, intitulado Ora, foi lançado a 24 de agosto de 2012 no Reino Unido, onde estreou no número um da UK Albums Chart, e contém dois singles de divulgação, "R.I.P." e "How We Do (Party)". Depois de conseguir chegar à mais alta posição com "Hot Right Now", Ora tornou-se a artista com o maior número de singles n˚1 na UK Singles Chart em 2012. A cantora tem um alcance vocal de mezzo-soprano. Foi nomeada para três prémios no Brit Awards2013, incluindo o Brit Award de 'Melhor Artista Revelação Britânico'.

sábado, novembro 25, 2017

Há 50 anos uma cheia matou (provavelmente) mais de 500 pessoas na região de Lisboa

Cheia no concelho de Odivelas

Na noite de 25 para 26 de novembro de 1967 registou-se, na região de Lisboa, precipitação intensa e concentrada, tendo atingido, na estação de São Julião do Tojal, no concelho de Loures, 111 mm em apenas 5 horas (entre as 19.00 e as 24.00 horas do dia 25). As estações da região de Lisboa registaram, nesta data, cerca de um quinto do total da precipitação anual.
Tal precipitação excepcional, cujo período de retorno está estimado em de 500 anos, provocaram a ocorrência de uma cheia repentina com duração inferior a 12 horas.
A cheia foi amplificada por vários factores, designadamente:
  • na região de Lisboa as bacias hidrográficas têm áreas reduzidas e tempos de resposta muito curtos (2 horas);
  • vastas zonas da região estão intensamente urbanizadas e impermeabilizadas;
  • grande parte do coberto vegetal tinha sido destruído;
  • ao longo do tempo tinham sido construídas estruturas transversais nos cursos de água, que dificultavam ou impediam a drenagem natural;
  • os rios e ribeiras da região careciam de limpeza, havendo locais onde existia vegetação muito densa que dificultava a escorrência, e outros onde, ao longo do tempo, se tinha acumulado lixo variado, inclusivamente mobiliário velho e electrodomésticos;
  • em muitos pontos a rede fluvial tinha sido canalizada, correndo, nalguns locais, de forma subterrânea (através de manilhas);
  • o sistema de drenagem pluvial estava mal dimensionado com limpeza deficiente;
  • a precipitação concentrada coincidiu com a preia-mar do Tejo, que ocorreu às 22.50 horas.
Acresce que os fortes caudais da escorrência superficial tinham grande carga sólida, arrastando quantidade muito grande de detritos de dimensões muito variadas (de micra a metros), designadamente solo erodido, árvores, fragmentos de muros e blocos de edificações destruídas. Nalguns pontos a corrente de cheia revelou características de corrente de densidade. Muitas vezes os danos foram provocados pelo impacte de detritos de grandes dimensões, que fragilizaram as estruturas, as quais acabariam por ceder perante a força da corrente.
A situação na região de Lisboa tornou-se completamente caótica. As cheias destrutivas causaram a morte de 462 pessoas e desalojaram ou afectaram cerca de 1.100, submergindo centenas de casas e infra-estruturas num rio de lamas e pedras. Todavia, permanecem muitas dúvidas sobre a dimensão deste evento, designadamente no que se refere ao número de vítimas mortais, pois que o regime político da altura nunca permitiu apurar as verdadeiras consequências desta catástrofe. Algumas estimativas apontam para prejuízos da ordem dos 3 milhões de dólares, a preços da época.
No dia seguinte as estruturas oficiais revelaram-se incapazes de ministrar o apoio necessário às vítimas, tendo-se, para tal, verificado mobilização da sociedade civil. Como recorda Mariano Gago "... com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração."
Consequências das cheias na Pontinha

O músico Zé Rodrix nasceu há setenta anos

Zé Rodrix, nome artístico de José Rodrigues Trindade (Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1947 - São Paulo, 22 de maio de 2009), foi um compositor, multi-instrumentista, cantor, publicitário e escritor brasileiro.
 
 

Lope de Vega nasceu há 455 anos

Félix Lope de Vega y Carpio (Madrid, 25 de novembro de 1562 – Madrid, 27 de agosto de 1635) foi um dramaturgo, autor de peças teatrais e poeta espanhol.

Fundador da comédia espanhola e um dos mais prolíficos autores da literatura universal, Lope de Vega tinha origens numa família modesta. Era um menino prodígio: com cinco anos já lia em castelhano e latim, com dez anos já fazia traduções do latim para o espanhol, e com doze anos escreveu a sua primeira peça de teatro. Com 14 anos, começou a estudar com os jesuítas e entrou depois para o serviço do bispo D. Jerónimo Manrique, que lhe proporcionou sólida formação e o levou para Alcalá de Henares. Também estudou na Universidade de Salamanca (1580-1582), serviu na Invencível Armada (1588), enviada contra a Inglaterra e, sobrevivendo à derrota, começou a escrever as suas famosas deramas (1588). Foi secretário do Duque de Alba (1590) e mudou-se para Toledo e depois para Alba de Tormes.
Após escrever a sua primeira obra de sucesso, o romance "La Arcadia (1598), voltou para Madrid decidido a entregar-se à literatura, e foi ainda secretário do Duque de Sessa (1605). Já autor consagrado, estabeleceu-se definitivamente em Madrid, mas com a morte da então esposa Juana e de um dos seus filhos, sofreu uma forte crise espiritual que o levou a tornar-se religioso (1610). Ordenou-se (1614) e foi nomeado oficial da Inquisição. Também famoso pelos vários casamentos, inúmeras aventuras amorosas extra-conjugais e escandalosos romances, que pareciam ampliar a sua inspiração, entre eles Marta de Navares, a Amarílis dos seus versos, que conheceu em 1616 e com quem manteve um amor sacrílego que escandalizou Madrid. A morte dela (1632), seguida de uma série de desgraças pessoais, mergulhou o poeta em profunda depressão, que se prolongou até à sua morte.
A sua produção literária compõe-se de 426 comédias e 42 autos, além de milhares de poesias líricas, cartas, romances, poemas épicos e burlescos, livros religiosos e históricos, entre eles os extensos poemas como La Dragontea (1598) e La Gatomaquia (1634), os poemas curtos Rimas (1604), Rimas sacras (1614), Romancero Espiritual (1619) e a célebre écloga Amarilis (1633) - uma homenagem à amada morta. Ainda são destaques, pela sua originalidade, os épicos Jerusalén conquistada (1609), o Pastores de Belém (1612) e o romance dramático La Dorotea (1632).
Os seus contemporâneos chamaram-no de "Monstro da Natureza" por ter escrito mais de 1.500 peças de teatro.