quarta-feira, novembro 19, 2014
Hoje é o Dia Mundial do Xadrez!
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terça-feira, novembro 18, 2014
Kim Wilde - 54 anos
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O Aleijadinho morreu há dois séculos...
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Manuel António Pina nasceu há 71 anos
Lugares da Infância
Lugares da infância onde
sem palavras e sem memória
alguém, talvez eu, brincou
já lá não estão nem lá estou.
Onde? Diante
de que mistério
em que, como num espelho hesitante,
o meu rosto, outro rosto, se reflecte?
Venderam a casa, as flores
do jardim, se lhes toco, põem-se hirtas
e geladas, e sob os meus passos
desfazem-se imateriais as rosas e as recordações.
O quarto eu não o via
porque era ele os meus olhos;
e eu não o sabia
e essa era a sabedoria.
Agora sei estas coisas
de um modo que não me pertence,
como se as tivesse roubado.
A casa já não cresce
à volta da sala,
puseram a mesa para quatro
e o coração só para três.
Falta alguém, não sei quem,
foi cortar o cabelo e só voltou
oito dias depois,
já o jantar tinha arrefecido.
E fico de novo sozinho,
na cama vazia, no quarto vazio.
Lá fora é de noite, ladram os cães;
e eu cubro a cabeça com os lençóis.
in Um Sítio onde Pousar a Cabeça (1991) - Manuel António Pina
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O Massacre de Jonestown foi há 36 anos
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Compay Segundo nasceu há 107 anos
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Bartolomeu de Gusmão morreu há 290 anos
segunda-feira, novembro 17, 2014
A Rainha D.ª Leonor morreu há 489 anos
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Siga a Rusga...!
Diabo na Cruz - Siga a Rusga
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O Canal de Suez foi oficialmente inaugurado há 145 anos
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Hoje é dia de ouvir os Jethro Tull...
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Auguste Rodin morreu há 97 anos
Heitor Villa-Lobos morreu há 55 anos
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domingo, novembro 16, 2014
José Saramago nasceu há 92 anos
Este mundo não presta, venha outro.
Já por tempo de mais aqui andamos
A fingir de razões suficientes.
Sejamos cães do cão: sabemos tudo
De morder os mais fracos, se mandamos,
E de lamber as mãos, se dependentes.
in Os Poemas Possíveis (1966) - José Saramago
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António Aleixo morreu há 65 anos
A opinião pública e reconhecidos amigos
- O Liceu de Portimão passou a chamar-se Escola Secundária Poeta António Aleixo.
- Em Coimbra - Na zona de Sta. Clara e em Brasfemes, (arredores).
- Em Paço de Arcos junto da Escola Náutica também existe uma rua com o nome de António Aleixo.
- Em Odivelas foi dado o nome do poeta a um largo.
- Em Setúbal, o nome do poeta foi também atribuído a uma rua de um bairro da cidade, situado na zona do Centro Hospitalar.
- Em Camarate no Bairro São José
- Em Albufeira, junto às praias no Algarve, e em muitas ruas espalhadas por esse Portugal fora e não só, pode-se ver e ouvir o nome do Poeta do Povo imortalizado em alguma placa.
- Há alguns anos também passou a existir a «Fundação António Aleixo» com sede em Loulé e que já usufrui do Estatuto de Utilidade Pública, o que lhe permite atribuir bolsas de estudo aos mais carenciados, facto que deve ser encarado como bastante positivo.
- O reconhecimento a este poeta tem-se repercutido noutros países de língua portuguesa, nos quais o nome de Aleixo foi imortalizado em instituições como, por exemplo, a Escola Poeta António Aleixo no Liceu Católico de São Paulo no Brasil.
- Quando começou a cantar – (1943);
- Intencionais – (1945);
- Auto da vida e da morte – (1948);
- Auto do curandeiro – (1949);
- Auto do Ti Jaquim - incompleto (1969);
- Este livro que vos deixo – (1969) - reunião de toda a obra do poeta;
- Inéditos – (1979); tendo sido, estes quatro últimos, publicados postumamente.
Porque o Povo Diz Verdades
Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.
Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gémea da preguiça,
Mais asquerosa que o lixo.
Já o escravo se convence
A lutar por sua prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugar ao sol.
Do céu não se quer lembrar,
Já não se deixa roubar,
Por medo ao tal satanás,
Já não adora bonecos
Que, se os fazem em canecos,
Nem dão estrume capaz.
Mostra-lhe o saber moderno
Que levou a vida inteira
Preso àquela ratoeira
Que há entre o céu e o inferno.
in Este Livro que Vos Deixo (1969) - António Aleixo
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O Imperador Tibério nasceu nesta data, em 42 a.C.
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Morreu D. Fernando Mascarenhas, o 12.º Marquês de Fronteira...
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sábado, novembro 15, 2014
El-Rei...
Longe da luz, a que sonhou, na infância,
em vez de predomínio ou de conquista,
sonhos de amor, entre visões de artista,
morreu de desconsolo e de distância...
Caminho aberto à morte por essa ânsia
que mais se exalta quanto mais contrista,
de quem recorda o lar que nunca avista
e se consome em lúcida constância
Porque - acima do Trono e da Realeza,
havia o céu azul, a claridade
da sua amada Terra Portuguesa
- Havia a Pátria!...
- e dizem, (que impiedade!...)
dizem que não se morre de tristeza!...
Dizem que não se morre de saudade!...
Branca de Gonta Colaço, 1932
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Kepler morreu há 384 anos
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A Rainha Dona Maria II morreu há 161 anos
- "Paço das Necessidades, 15 de Novembro de 1853, à meia hora depois do meio dia.
- Sua Magestade a Rainha começou a sentir annuncios do parto às nove horas e meia da noite de hontem. Appareceram difficuldades no progresso do mesmo parto, as quaes obrigaram os facultativos a recorrer a operações, pelas quaes se conseguiu a extracção de um Infante, de tempo, que recebeu o baptismo antes de extrahido.
- O resultado destas operações teve lugar às dez horas da manhã. Desgraçadamente, passada hora e meia, Sua Magestade, exhausta de todas as forças, rendeo a alma a Deos, depois de haver recebido todos os sacramentos.
- - Francisco Elias Rodrigues da Silveira. Dr. Kessler. Ignacio António da Fonseca Benevides. António Joaquim Farto. Manuel Carlos Teixeira."
- "Às duas horas depois da meia-noite do dia 14 para 15, recebi ordem para ir para o Paço, onde cheguei perto das três. Achei já a Imperatriz no quarto da Rainha, para onde entrei logo, achando Sua Majestade incomodada e mesmo pouco fora do seu costume. Assim estivemos até às cinco horas, e então saímos do quarto imediato e perguntámos ao Teixeira o que achava, dizendo-nos: "Sua Majestade vai bem mas devagar". Eu não gostei; e assim se foi passando até às oito horas e meia. Então é que o Teixeira chamou os facultativos, que estavam fora e que não tinham visto a Rainha, e, logo que a examinaram, decidiu-se a horrível operação. Os facultativos eram o Teixeira, o Farto e o Kessler, e os médicos eram o Elias e o Benevides. O Kessler deu logo o caso por muito perigoso.
- Começou-se a operação. Eu subi para cima da cama. Do lado direito, a Imperatriz, toda debulhada em lágrimas; a Rainha com ânimo, sem ter um desmaio, mas com muito mau parecer e, queixando-se de que sofria bastante, disse com a sua voz natural: "Ó Teixeira? Se tenho perigo, diga-mo; não me engane".
- A Imperatriz desceu da cama, e disse-me: "A Rainha deve-se confessar"; e foi logo dizê-lo a El-Rei, que respondeu: "Chamem o Patriarca". Ora a este tempo já o Farto tinha baptizado o menino. O Patriarca entrou, e a operação não estava de todo acabada, e tudo era horroroso, mas eram mais de dez horas. Acabou-se, e o Patriarca falou com a Rainha, que estava bem mal, e disse-lhe que fizesse com ele o acto de contrição para a absolver, mas, depois disto, pôde Sua Majestade confessar-se, sacramentar-se e ungir-se, e às onze horas e meia expirou.
- Não faço reflexões, mas tenho o maior sentimento de que não viessem o José Lourenço e Magalhães Coutinho 10 , que os foram buscar quando não havia remédio.
- A Rainha dizia: "- Não é nada como das outras vezes". E Ela já tinha passado por uma operação. Não posso explicar a consternação de El-Rei D. Fernando e de todo o Paço.’’
- Triste embalsamação, que se fez no dia 16, estando eu sempre, e durou a do Infante e a da Rainha sete horas. Acabada esta aflição, foi a de se vestir, o que era quase impossível, no estado da dissolução em que estava Sua Majestade, mas do modo possível se fez, levando as Ordens e manto Real, mas foi preciso fechar o caixão, porque não é possível pintar o estado de dissolução."
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Marcadores: D. Maria II, dinastia de Bragança, Monarquia Constitucional, Rainha de Portugal

