Longe da luz, a que sonhou, na infância,
em vez de predomínio ou de conquista,
sonhos de amor, entre visões de artista,
morreu de desconsolo e de distância...
Caminho aberto à morte por essa ânsia
que mais se exalta quanto mais contrista,
de quem recorda o lar que nunca avista
e se consome em lúcida constância
Porque - acima do Trono e da Realeza,
havia o céu azul, a claridade
da sua amada Terra Portuguesa
- Havia a Pátria!...
- e dizem, (que impiedade!...)
dizem que não se morre de tristeza!...
Dizem que não se morre de saudade!...
Branca de Gonta Colaço, 1932
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