domingo, agosto 04, 2024

Lee Hazlewood morreu há dezassete anos...

Lee Hazlewood e Nancy Sinatra em The Hollywood Palace, 1968

   

Barton Lee Hazlewood, mais conhecido como Lee Hazlewood (Oklahoma, 9 de julho de 1929Henderson, 4 de agosto de 2007) foi um cantor, compositor e produtor musical norte-americano, mais conhecido por seu trabalho com o guitarrista Duane Eddy no final dos anos 50 e a cantora Nancy Sinatra nos anos 60 e 70.

Hazlewood tinha uma voz distinta de barítono que acrescentava uma ressonância à sua música. As suas colaborações com Sinatra, bem como sua produção solo no final dos anos 60 e início dos anos 70, foram elogiados como uma contribuição essencial para um som frequentemente descrito como "cowboy psicodelia " ou "underground sacarino". A revista Rolling Stone classificou Lee Hazlewood e Nancy Sinatra em 9º lugar em sua lista dos 20 Maiores Duos de Todos os Tempos.

 

in Wikipédia

 


A sonda Phoenix partiu, para explorar Marte, há 17 anos


Phoenix foi uma sonda espacial da NASA, lançada de Cabo Canaveral em 4 de agosto de 2007, com o objetivo de pesquisar por moléculas de água na região do polo norte do planeta Marte. A sonda pousou em Marte em 25 de maio de 2008 e operou até 2 de novembro de 2008, data da última comunicação com a Terra. A NASA anunciou o fim da missão em 10 de novembro de 2008.

   

  

Hoje é dia de recordar Louis Armstrong...

Poema para recordar um dia complicado para Portugal...

(imagem daqui)

 

NEVOEIRO

   

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer —

Brilho sem luz e sem arder

Como o que o fogo-fátuo encerra.

     

Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

                                 Valete, Fratres.

 

 in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Marilyn Monroe morreu há sessenta e dois anos...

     
Marilyn Monroe (nascida Norma Jeane Mortenson; Los Angeles, 1 de junho de 1926 - Brentwood, 4 de agosto de 1962)  foi uma atriz, cantora e modelo norte-americana que participou em 29 filmes que se tornaram um sucesso durante os anos 50 e 60, e fizeram dela um sex symbol.
Depois de passar boa parte de sua infância em lares adotivos, Monroe começou uma carreira como modelo, o que a rendeu um contrato no cinema em 1946, com a 20th Century-Fox. As suas aparições nos seus primeiros filmes eram pequenas, mas suas interpretações em The Asphalt Jungle, All About Eve e sendo a primeira mulher a posar para a Playboy, chamou a atenção do público. Em 1952, ela teve seu primeiro papel principal em Don't Bother to Knock que prosseguiu com o papel principal em Niagara, um filme melodramático que trabalhava com o seu poder de sedução. A sua personalidade cómica como "loira burra" foi usada para filmes posteriores como Gentlemen Prefer Blondes (1953), How to Marry a Millionaire (1953) e The Seven Year Itch (1955). Monroe estudou na Actors Studio para ampliar o seu alcance na atuação para seu próximo filme dramático, Bus Stop (1956), que foi aclamado pela crítica e recebeu uma indicação para o Globo de Ouro. A sua produtora, "Marilyn Monroe Productions", lançou  The Prince and the Showgirl (1957), pelo qual recebeu uma indicação ao BAFTA e ganhou o prémio italiano David di Donatello. Ela recebeu um Globo de Ouro pela sua interpretação em Some Like It Hot (1959). O último filme concluído de Monroe foi The Misfits (1961), onde ela estrelava ao lado de Clark Gable, enquanto que o roteiro ficou por conta de seu então marido, Arthur Miller.
As circunstâncias estranhas da sua morte, uma overdose de barbitúricos, têm sido objeto de especulação. Embora oficialmente classificado como um "provável suicídio", a possibilidade de uma overdose acidental, bem como de homicídio, não foram descartadas. Em 1999, Monroe foi classificada como a sexta maior estrela feminina de todos os tempos pela American Film Institute. Nas décadas seguintes a sua morte, ela tem sido frequentemente citada tanto como um ícone pop e cultural, bem como o símbolo sexual por excelência americana. Em 2009, um canal americano a nomeou na 1.ª posição das mulheres mais sexy de todos os tempos.
  
(...) 
  

Marilyn foi encontrada morta no quarto de sua casa em Los Angeles pelo seu psiquiatra Ralph Greenson nas primeiras horas da manhã de 5 de agosto de 1962. Greenson havia sido chamado pela empregada Eunice Murray que estava dormindo no emprego e acordou às 03.00 "sentindo que algo estava errado". Murray tinha visto a luz debaixo da porta do quarto de Marilyn, mas ela não obteve resposta quando a chamou e encontrou a porta trancada. A morte foi confirmada oficialmente pelo médico Hyman Engelberg, que chegou na casa por volta das 03.50, notificando somente às 04.25 o Departamento de Polícia de Los Angeles.

O Departamento de Exames Médicos acompanhou a investigação da sua morte por peritos da Prevenção de Suicídio de Los Angeles. Foi estimado que Marilyn havia morrido entre as 20.30 e 22.30, sendo que a análise toxicológica concluiu que a causa da sua morte foi intoxicação por barbitúricos, já que ela tinha 8 mg de hidrato de cloral e 4,5 mg de pentobarbital no sangue, com outros 13 mg de pentobarbital no fígado. Frascos vazios contendo estes medicamentos foram encontrados ao lado da cama. A possibilidade de Marilyn ter tido uma overdose acidental foi descartada, pois as dosagens encontradas no seu corpo estavam várias vezes acima do limite letal. Os médicos e psiquiatras que conviveram com ela afirmam que a atriz era propensa a "medos graves e depressões frequentes" com mudanças de humor "abruptas e imprevisíveis", além de ter sofrido overdose diversas vezes no passado, possivelmente intencionalmente. Devido a isso e à falta de qualquer indício de crime, a sua morte foi classificada como um provável suicídio.
  

William Robert Thornton - 69 anos


William Robert Thornton (Hot Springs, 4 de agosto de 1955) é um ator, músico, roteiristacineasta norte-americano.

Thornton nasceu em Hot Springs, Arkansas, filho de Billy Ray Thornton, um professor de História de liceu e treinador de basquetebol, e Virginia R. Faulkner, uma vidente. Foi casado com Angelina Jolie entre 2000 e 2003.

 

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A batalha de Alcácer-Quibir foi há 446 anos...

        
A Batalha de Alcácer-Quibir, conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis, foi uma batalha travada no norte de Marrocos perto da cidade de Alcácer-Quibir, entre Tânger e Fez, em 4 de agosto de 1578. Os combatentes foram os portugueses liderados pelo rei D. Sebastião, aliados ao exército do sultão Mulei Mohammed (Abu Abdallah Mohammed Saadi II, da dinastia Saadiana) contra um grande exército marroquino liderado pelo sultão Mulei Moluco (Abd Al-Malik, seu tio) e com apoio otomano.
No seu fervor religioso, o Rei D. Sebastião planeara uma cruzada, após Mulay Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono, que o seu tio Abu Marwan Abd al-Malik I Saadi havia tomado. A batalha resultou na derrota portuguesa, com o desaparecimento em combate de El-Rei D. Sebastião e da nata da nobreza portuguesa. Além do rei português, morreram na batalha os dois sultões rivais, originando o nome "Batalha dos Três Reis", com que ficou conhecida entre os marroquinos.
A derrota na batalha de Alcácer-Quibir levou à crise dinástica de 1580 e ao nascimento do mito do sebastianismo. O reino foi gravemente empobrecido pelos resgates que foi preciso pagar para reaver os cativos.
A batalha ditou um rápido fim da Dinastia de Avis e do período de expansão iniciado com a vitória na Batalha de Aljubarrota. A crise dinástica resultou na perda da independência de Portugal, por 60 anos, com a união ibérica sob a dinastia Filipina.
       
in Wikipédia
    
      
  
D. Sebastião, Rei de Portugal
 

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?


in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

P. B. Shelley nasceu há 232 anos


Percy Bysshe Shelley (Field Place, Horsham, 4 de agosto de 1792 - Mar Lígure, Golfo de Spezia, 8 de julho de 1822) foi um dos mais importantes poetas românticos ingleses.

Shelley é famoso por obras tais como Ozymandias, Ode to the West Wind, To a Skylark, e The Masque of Anarchy, que estão entre os poemas ingleses mais populares e aclamados pela crítica. O seu maior trabalho, no entanto, foram os longos poemas, entre eles Prometheus Unbound, Alastor, or The Spirit of Solitude, Adonaïs, The Revolt of Islam, e o inacabado The Triumph of Life. The Cenci (1819) e Prometheus Unbound (1820) são peças dramáticas em 5 e 4 atos respetivamente. Ele também escreveu os romances góticos Zastrozzi (1810) e St. Irvyne (1811) e os contos The Assassins (1814) e The Coliseum (1817).

Shelley ficou famoso pela sua associação com John Keats e Lord Byron. A romancista Mary Shelley foi a sua segunda esposa. É um dos mais significativos poetas românticos da Inglaterra.

 

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Hymn of Pan

 


From the forests and highlands
         We come, we come;
From the river-girt islands,
         Where loud waves are dumb
                Listening to my sweet pipings.
The wind in the reeds and the rushes,
         The bees on the bells of thyme,
The birds on the myrtle bushes,
         The cicale above in the lime,
And the lizards below in the grass,
Were as silent as ever old Tmolus was,
                Listening to my sweet pipings.

Liquid Peneus was flowing,
         And all dark Tempe lay
In Pelion's shadow, outgrowing
         The light of the dying day,
                Speeded by my sweet pipings.
The Sileni, and Sylvans, and Fauns,
         And the Nymphs of the woods and the waves,
To the edge of the moist river-lawns,
         And the brink of the dewy caves,
And all that did then attend and follow,
Were silent with love, as you now, Apollo,
                With envy of my sweet pipings.

I sang of the dancing stars,
         I sang of the daedal Earth,
And of Heaven, and the giant wars,
         And Love, and Death, and Birth—
                And then I chang'd my pipings,
Singing how down the vale of Maenalus
         I pursu'd a maiden and clasp'd a reed.
Gods and men, we are all deluded thus!
         It breaks in our bosom and then we bleed.
All wept, as I think both ye now would,
If envy or age had not frozen your blood,
                At the sorrow of my sweet pipings.

Hans Christian Andersen morreu há 149 anos...

    
Hans Christian Andersen (Odense, 2 de abril de 1805 - Copenhaga, 4 de agosto de 1875) foi um escritor e poeta dinamarquês de histórias infantis.

Em vida, escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido. Desde o século XIX, os seus contos já foram traduzidos para mais de 125 idiomas e inspiraram inúmeras peças de dramaturgia, óperas, sinfonias e filmes.

Desde 1956, a organização não-governamental suíça International Board on Books for Young People (IBBY) concede o Hans Christian Andersen Award, um prémio literário batizado em homenagem ao autor, e que é considerado o "Prêmio Nobel da literatura infanto-juvenil".

   
(...)
    
Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Especialmente pelo facto de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.
Ele foi, segundo estudiosos, a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças" e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre "poderosos" e "desprotegidos", "fortes" e "fracos", "exploradores" e "explorados". Ele também pretendia demonstrar a ideia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais.
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. No começo, escrevia contos baseados na tradição popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza.
No final de 1872, Andersen ficou gravemente ferido ao cair da sua própria cama, e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhaga, cidade onde foi enterrado.
     
  
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A rainha avó do rei Carlos III do Reino Unido nasceu há 124 anos

   
Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon (Londres, 4 de agosto de 1900Chalé Real, Windsor, 30 de março de 2002), também conhecida como A Rainha Mãe, foi a esposa do Rei Jorge VI e Rainha consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte de 1936 até 1952. Ela era a mãe da Rainha Isabel II do Reino Unido e da princesa Margarida, Condessa de Snowdon. Isabel também foi a última Imperatriz da Índia.
Nascida na nobreza britânica, era filha de Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne, e da sua esposa Cecília Cavendish-Bentinck. Ela ganhou proeminência em 1923 ao casar com Alberto, Duque de Iorque, o segundo filho do rei Jorge V e da rainha Maria. O casal e as suas duas filhas representavam os ideais de família e serviço público. Isabel participou de uma grande variedade de eventos públicos e ficou conhecida popularmente como a "duquesa sorridente".
Em 1936, o seu marido tornou-se, inesperadamente, o Rei, quando o seu irmão Eduardo VIII abdicou para se casar com Wallis Simpson. Como rainha consorte, Isabel acompanhou Jorge VI em viagens diplomáticas pela França e América do Norte antes do início da Segunda Guerra Mundial. Seu espírito indómito foi uma fonte de apoio moral ao povo britânico durante o conflito. Em reconhecimento pelo seu papel de trunfo para os interesses britânicos, Adolf Hitler descreveu-a como "a mulher mais perigosa na Europa". Após a guerra, a saúde do Rei piorou e ele morreu em 1952.
Com a morte da Rainha Maria, em 1953, Eduardo VIII vivendo no exterior e a sua filha sendo a Rainha, Isabel tornou-se o membro mais velho da família real britânica e assumiu uma posição matriarcal. Nos anos posteriores, sempre foi popular, mesmo quando os outros membros da família passaram por períodos de impopularidade. Ela continuou a ter uma ativa vida pública até alguns meses antes de morrer, aos 101 anos, sete semanas depois da morte da sua filha Margarida.
   
Brasão da Rainha Isabel Bowes-Lyon
    

Louis Armstrong nasceu há cento e vinte e três anos...

     
Louis Daniel Armstrong (Nova Orleans, 4 de agosto de 1901 - Nova Iorque, 6 de julho de 1971) foi um cantor, compositor, instrumentista, trompetista, cornetista, saxofonista, escritor, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, artista plástico, ator, tenor, maestro e ativista político e social dos Estados Unidos da América, considerado "a personificação do jazz". Louis Armstrong é famoso tanto como cantor quanto como solista, com o seu trompete.
    

 


Roberto Burle Marx nasceu há 115 anos


Roberto Burle Marx (São Paulo, 4 de agosto de 1909Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994) foi um artista plástico brasileiro, de renome internacional ao exercer a profissão de paisagista. Além de paisagista, era pintor, desenhador, designer, escultor e cantor.

Praça dos Cristais em Brasília, obra paisagística de Roberto Burle Marx

   

Raoul Wallenberg nasceu há cento e doze anos...

   
Raoul Wallenberg (Lidingö, 4 de agosto de 1912 - Moscovo, 17 de julho de 1947) foi um arquiteto sueco, empresário e diplomata. Tornou-se famoso por conta de seus esforços bem sucedidos para resgatar dezenas de milhares de judeus da Hungria ocupada pelos nazis durante o Holocausto.
Em 17 de janeiro de 1945, durante o cerco de Budapeste pelo Exército Vermelho, Wallenberg foi detido pelas autoridades soviéticas, sob suspeita de espionagem e, posteriormente, desapareceu. Mais tarde, foi relatado que morreu em 17 de julho de 1947, enquanto estava preso na prisão de Lubyanka, em Moscovo, Rússia. Os motivos por trás da prisão de Wallenberg pelo governo soviético, juntamente com as circunstâncias de sua morte, permanecem misteriosas.
Devido a suas ações corajosas em nome dos judeus húngaros, Raoul Wallenberg tem sido objeto de numerosas honrarias humanitárias nas décadas seguintes a sua morte presumida. Em 1981, o deputado Tom Lantos, ele próprio salvo por Wallenberg, elaborou uma lei tornando Wallenberg cidadão honorário dos Estados Unidos. Ele também é cidadão honorário do Canadá, Hungria e Israel. Também em Israel, Raoul Wallenberg é considerado como um dos "Justos entre as Nações", citado e homenageado no Yad Vashem, o Memorial do Holocausto.

Memorial Raoul Wallenberg, Rua Wallenberg, Tel-Aviv, Israel
   
Raoul Wallenberg nasceu em Kappsta, um distrito da cidade de Lidingö, nas proximidades de Estocolmo, onde seus avós maternos, o professor Per Johan e sua esposa Sophie, tinham uma casa de verão. O seu avô paterno, Gustaf Wallenberg, era diplomata e trabalhou em Tóquio, Constantinopla e Sofia. Os seus pais eram Raoul Oscar Wallenberg (1888 – 1912), oficial da Marinha Sueca, e Maria "Maj" Sofia (18911979), casados em 1911. Raoul Oscar morreu de cancro quando o seu filho contava apenas três meses de idade. Em 1918, a sua mãe casou novamente e teve mais dois filhos.
Em 1931, Wallenberg foi estudar arquitetura na Universidade de Michigan, nos EUA. Na faculdade, ele aprendeu inglês, alemão e francês.
De volta à Suécia, o seu diploma americano de arquiteto não foi validado pelas autoridades locais. No entanto, o seu avô conseguiu-lhe um emprego na Cidade do Cabo, África do Sul, no escritório de uma empresa sueca de venda de materiais de construção. Entre 1935 e 1936, Wallenberg trabalhou numa filial do Banco Holandês em Haifa, na então Palestina Britânica, onde travou contacto com a grande comunidade judaica local. De volta à Suécia em 1936, obteve um cargo em Estocolmo, com a ajuda de seu tio e padrinho, Jacob Wallenberg, numa empresa de exportação e importação de propriedade da Kálmán Lauer, um judeu húngaro.
A partir de 1938, o Reino da Hungria, sob a regência de Miklós Horthy, mergulhou numa onda de antissemitismo. Foram adotadas medidas inspiradas nas leis recentemente promulgadas na Alemanha nazi. As novas leis húngaras restringiam o acesso dos judeus a inúmeras profissões. Na tentativa de driblar as leis anti-judaicas, Kalman Lauer nomeou Wallenberg como seu “sócio” e representante. Com isso, ele passou a viajar para a Hungria para fazer negócios em nome de Lauer e de zelar pelos membros da grande família de Lauer que permaneceram em Budapeste. Ele rapidamente aprendeu a falar húngaro e também se tornou conhecedor dos métodos da burocracia alemã da época, por ter de fazer negócios com empresas nazis. Tal conhecimento seria fundamental mais tarde, quando se aproveitou das brechas legais nazis para salvar judeus.
Estando em contacto bastante estreito com os alemães em plena Guerra, Wallenberg pode testemunhar a campanha de perseguições e extermínio contra os judeus, empreendida pelo regime nazi. Tais factos chocaram o empresário, que a partir de 9 de julho de 1944, foi nomeado primeiro-secretário da delegação sueca em Budapeste. Agora feito diplomata, Wallenberg aproveitou da imunidade, de seu poder e de seus contactos para expedir passaportes especiais (“schutzpass”) para cidadãos judeus. Estes eram qualificados como cidadãos suecos, à espera de repatriamento. Embora tais documentos não fossem legalmente válidos, eles pareciam impressionar os oficiais nazis que ocupavam a Hungria, que acabavam dando passagem aos seus portadores.
Além disso, Wallenberg alugou casas para os refugiados judeus em nome da embaixada sueca, colocando nas suas entradas falsas identificações, tais como "Biblioteca da Suécia" ou "Instituto de Pesquisas Suecas". Protegidas pelo status diplomático, tais casas não podiam ser invadidas pelos nazis e os judeus encontravam nelas refúgio.
Wallenberg habilmente negociou com oficiais nazis, como Adolf Eichmann e o comandante das forças armadas alemãs na Hungria, general Gerhard Schmidhuber. A dois dias da chegada do Exército Vermelho em Budapeste, ele conseguiu cancelar uma leva de judeus que seriam deportados para campos de concentração e extermínio da Alemanha, usando um bilhete assinado por um amigo fascista húngaro, Pal Szalay, que os ameaçou de processo por crimes de guerra.
Estima-se em cem mil o número de judeus que teriam sido salvos da morte por conta das ações de Raoul Wallenberg.
A chegada dos soviéticos à Hungria determinou o fim das perseguições aos judeus. Mas foi o início do fim de Raoul Wallenberg. Em 17 de janeiro de 1945, quando a guerra ainda se desenrolava, Wallenberg e seu motorista particular foram presos pelas autoridades comunistas, acusados de serem "espiões da OSS", a agência de espionagem britânica. De Budapeste, Wallenberg foi deportado para Moscovo, onde foi encarcerado na prisão de Lubyanka. Posteriormente foi transferido para a prisão de Lefortovo, também em Moscovo, onde permaneceria até à sua suposta morte, dois anos depois.
As condições das cadeias soviéticas eram tão terríveis quanto as vigentes nos campos de concentração nazis. Torturas, privações extremas, terrorismo psicológico e execuções sumárias faziam parte dos "métodos" comunistas. Incomunicável, Wallemberg teria morrido em Lefortovo no dia 17 de julho de 1947. Pelo menos foi isso o que as autoridades russas afirmaram em 6 de fevereiro de 1957, após uma intensa campanha internacional por notícias de seu paradeiro. Mesmo após tal notícia, prosseguiram as investigações em busca de seu paradeiro. Em 1981, sobreviventes dos gulags afirmaram terem conhecido um prisioneiro estrangeiro com as mesmas características físicas de Raoul Wallemberg, ainda vivo muitos anos depois da data da sua suposta morte.
Contudo em 1991, Vyacheslav Nikonov foi encarregado pelo governo da Rússia de investigar o destino de Wallenberg. Ele concluiu que Wallenberg morreu em 1947, executado, como prisioneiro, na prisão de Lubyanka.

Max Cavalera - 55 anos...!

      

Max Cavalera, nome artístico de Massimiliano Antônio Cavalera, (Belo Horizonte, 4 de agosto de 1969) é um cantor, guitarrista e compositor brasileiro. Formou a banda de thrash metal Sepultura (inicialmente death metal) no ano de 1984, juntamente com seu irmão, Igor Cavalera. Devido as desavenças, rompeu com a banda em 1996, formando os Soulfly.

A voz de Max Cavalera é conhecida mundialmente por ser forte e gutural. Graças a isso, foi escolhido para fazer uma participação no filme O Retorno da Múmia, no qual ele fez os gritos de um demónio. No início dos anos 90, mudou-se para Phoenix, Estados Unidos, e hoje tem cidadania norte-americana.

Max foi idealizador do projeto Nailbomb, juntamente com o seu genro Alex Newport.

Em 2007 formou outra banda juntamente com o seu irmão Igor Cavalera de nome Cavalera Conspiracy, "a conspiração dos Cavalera" que se apresentou com o nome Inflikted em Tempe, Arizona no "11th Anual D-Low Memorial Show" no dia 31 de agosto. Esta banda também serve para mostrar que os irmãos voltaram a se entender.

Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a "Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira", onde Max Cavalera ocupa o 47° lugar.

Em 2011, formou o supergrupo Killer Be Killed juntamente com Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan), Troy Sanders (Mastodon) e Dave Elitch (ex- The Mars Volta), experimentando outros estilos.

Max Cavalera usa exclusivamente guitarras ESP e é adepto do Palmeiras.

Fez participação, cantando em português, na música "I.M.Sin" na versão deluxe do álbum "The Wrong Side of Heaven and the Righteous Side of Hell, Volume 1" da Banda americana Five Finger Death Punch.

Max também participou como ele mesmo no game de 2009 Grand Theft Auto IV: The Lost and Damned (jogo da Rockstar Games uma DLC de GTA IV). Max Cavalera abre a programação na Rádio L.C.H.C (Liberty City Hardcore Classics).

 

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Anne Frank foi denunciada e presa há oitenta anos...

 
Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de junho de 1929 - Bergen-Belsen, 31 de março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do holocausto, que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Ela se tornou mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Embora tenha nascido na cidade alemã de Frankfurt am Main, Anne passou a maior parte da vida em Amesterdão, nos Países Baixos. A sua família mudou-se para lá em 1933, ano da ascensão dos nazis ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território neerlandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne escondeu-se em julho de 1942, abrigando-se num sótão secreto de um edifício comercial.
Durante o período no chamado "anexo secreto", Anne escrevia no diário a sua intimidade e também o quotidiano das pessoas ao seu redor. E lá permaneceu por dois anos até que, em 1944, um delator desconhecido, revelou o esconderijo às autoridades nazis. O grupo foi, então, levado para campos de concentração. Anne Frank e sua irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em março de 1945.
Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amesterdão depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Os seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O diário, que foi dado a Anne no seu aniversário de 13 anos, narra a sua vida de 12 de junho de 1942 até 1 de agosto de 1944. É, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.
  

 

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Na manhã de 4 de agosto de 1944, o anexo secreto foi invadido pela Polícia de Segurança Alemã (Grüne Polizei) em consequência da denúncia de um informante, que jamais foi identificado. Liderados pelo oberscharführer da Schutzstaffel Karl Silberbauer do Sicherheitsdienst, o grupo incluiu pelo menos três membros da Polícia de Segurança. Anne Frank, a sua família, além dos van Pelses e dos Pfeffer foram levados para a sede Gestapo, onde foram interrogados e detidos durante a noite. Em 5 de agosto, foram transferidos para a Huis van Bewaring (Casa de Detenção), uma prisão superlotada na Weteringschans.
   
Estátua de Anne Frank na Casa de Anne Frank, em Amesterdão
    

Luiz Melodia morreu há sete anos...

 
Luiz Carlos dos Santos (Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1951 – Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2017), mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba. Filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico, cresceu no morro de São Carlos no bairro do Estácio. Foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis desde 1977 até à sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis (1980)
Começou a sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos. Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho. Lança o seu primeiro LP em 1973, Pérola Negra. No "Festival Abertura", competição musical da Rede Globo, consegue chegar à final com sua canção "Ébano".
Nas décadas seguintes Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows no Brasil e na Europa. Em 1987, apresentou-se em Chateauvallon, na França, e em Berna, Suíça. Em 1992, participou do "III Festival de Música de Folcalquier", na França, e, em 2004, do Festival de Jazz de Montreux, à beira do Lago Leman, onde se apresentou no Auditorium Stravinski, palco principal do festival.
Participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011 (Purabossanova).
Em 2015, ganhou o 26º Prémio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de MPB. Em 31 de maio de 2018, foi confirmado como homenageado póstumo da 29º Prémio da Música Brasileira.

    

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O músico faleceu na madrugada do dia 4 de agosto de 2017, na sequência do agravamento de um mieloma múltiplo, um tipo raro de cancro que acomete a medula óssea. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula (Catumbi).  

 


Na morte de Marilyn...

          

 

Na morte de Marilyn

 
  
Morreu a mais bela mulher do mundo
tão bela que não só era assim bela
como mais que chamar-lhe marilyn
devíamos mas era reservar apenas para ela
o seco sóbrio simples nome de mulher
em vez de marilyn dizer mulher
Não havia no fundo em todo o mundo outra mulher
mas ingeriu demasiados barbitúricos
uma noite ao deitar-se quando se sentiu sozinha
ou suspeitou que tinha errado a vida
ela de quem a vida a bem dizer não era digna
e que exibia vida mesmo quando a suprimia
Não havia no mundo uma mulher mais bela mas
essa mulher um dia dispôs do direito
ao uso e ao abuso de ser bela
e decidiu de vez não mais o ser
nem doravante ser sequer mulher
O último dos rostos que mostrou era um rosto de dor
um rosto sem regresso mais que rosto mar
e toda a confusão e convulsão que nele possa caber
e toda a violência e voz que num restrito rosto
possa o máximo mar intensamente condensar
Tomou todos os tubos que tinha e não tinha
e disse à governanta não me acorde amanhã
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito
Perto de marilyn havia aqueles comprimidos
seriam solução sentiu na mão a mãe
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes
Toda a mulher que era se sentiu toda sozinha
julgou que a não amavam todo o tempo como que parou
quis ser até ao fim coisa que mexe coisa viva
um segundo bastou foi só estender a mão
e então o tempo sim foi coisa que passou.
 

 

in Transporte No Tempo (1973) - Ruy Belo

sábado, agosto 03, 2024

A première da ópera Guilherme Tell foi há 195 anos...!

  
Guillaume Tell ("Guilherme Tell" em francês) é uma ópera em quatro atos do compositor italiano Gioachino Rossini, com um libreto em francês de Etienne de Jouy e Hippolyte Bis, feito a partir da peça Wilhelm Tell, do dramaturgo alemão Friedrich Schiller. Baseada na lenda de Guilherme Tell, esta ópera foi a última do compositor, embora ele tenha vivido mais quarenta anos depois da sua apresentação. A Abertura de Guilherme Tell, com o seu célebre finale, é uma obra importante no reportório de concertos e gravações operísticas.
Embora tenha sido encenada pela primeira vez pela Opéra de Paris, na Salle Le Peletier, a 3 de agosto de 1829, a duração da obra, cerca de quatro horas de música, bem como as suas exigências impostas ao elenco, como o registo alto exigido para o tenor, contribuíram para a dificuldade de produzi-la. Costuma sofrer grandes cortes quando é encenada, e as suas apresentações já foram feitas tanto em francês quanto em italiano.
 

 


Haakon VII, o primeiro rei do moderno estado da Noruega, nasceu há 152 anos

  
Haakon VII (Charlottenlund, 3 de agosto de 1872Oslo, 21 de setembro de 1957), nascido como príncipe Carlos da Dinamarca, foi o Rei da Noruega desde a sua eleição, em 1905, até à sua morte, sendo o primeiro monarca após a dissolução da união pessoal com a Suécia. Ele era membro da Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg. Como um dos poucos monarcas eleitos, Haakon rapidamente ganhou o respeito e afeição do povo e teve papel importante ao unir os noruegueses em resistência a invasão nazi e a subsequente ocupação de cinco anos na Segunda Guerra Mundial.
  
     
Na Noruega, é considerado como um dos maiores noruegueses do século XX, particularmente reverenciado pela sua coragem durante a invasão alemã, ameaçando abdicar caso o governo cooperasse com os invasores, e pela sua liderança e preservação da unidade do país durante o conflito. Viveu até aos 85 anos, reinando 52 anos e sendo sucedido pelo filho Olavo V.
 

Tony Bennett nasceu há 98 anos...

    
Tony Bennett, nome artístico de Anthony Dominick Benedetto, (Nova Iorque, 3 de agosto de 1926Nova Iorque, 21 de julho de 2023), foi um cantor norte-americano de traditional pop standards, show tunes, e jazz, com mais de 70 anos de carreira. Bennett também foi um talentoso pintor, tendo criado obras - sob o nome de Anthony Benedetto - que estão em exposição pública permanente em diversas instituições. Ele foi o fundador da Frank Sinatra School of the Arts em Nova Iorque. Até 2009, já tinha atingido a marca de 50 milhões de discos vendidos, em todo o mundo.
   

 


Saudades de Barros Madeira...

Para recordar Políbio Gomes dos Santos, uma poesia de Nemésio...

(imagem daqui)

À Memória de Políbio Gomes dos Santos

O poeta que morreu entrou agora,
Não se sabe bem onde, mas entrou,
Todo coberto de demora,
No bocado de noite em que ficou.

As ervas lhe desenham
Seu espaço devido:
Depressa, venham
Lê-lo no chão os que o não tenham lido.

Que o sorriso que o veste
Já galga como um potro
As coisas tenebrosas,
E esquecido – só outro:
Este
Nem precisa de rosas.


in Eu, Comovido a Oeste (1940) - Vitorino Nemésio