quarta-feira, setembro 25, 2024

Jean-Philippe Rameau nasceu há trezentos e quarenta e um anos

Busto de Rameau de Jean-Jacques Caffieri, 1760
           
Jean-Philippe Rameau (Dijon, 25 de setembro de 1683 - Paris, 12 de setembro de 1764), foi um dos maiores compositores do período barroco-rococó. Na França, porém, é tido com a maior expressão do classicismo musical.

Filho de organista na catedral de Dijon, seguiu a carreira do pai, na qual distinguiu-se desde cedo, trabalhando em várias catedrais. Não foi apenas um dos compositores franceses mais importantes do século XVIII, como também influenciou a teoria musical. O seu estilo de composição lírica pôs fim ao reinado póstumo de Jean-Baptiste Lully, cujo modelo dominara a França por meio século.

Até 1722 Rameau compusera apenas poucas e curtas peças para teclado e obras sacras, mas a publicação de seu tratado sobre harmonia naquele ano marcou o começo de um período muito produtivo, conhecendo a fama. As suas Pièces de Clavecin foram publicadas em 1724, seguidas por um novo livro de teoria, em 1726, e de obras para teclado e cantatas, em 1729. Somente aos cinquenta anos ingressou no terreno da música cénica, compondo a sua primeira ópera, Hippolyte et Aricie, um grande sucesso que lhe valeu a posição de principal operista francês de seu tempo. Escreveu várias óperas em vários géneros, sempre acolhidas com entusiasmo, e mesmo desencadeando grandes polémicas por sua ousadia, inventividade e pelas novidades que introduziu. A sua música caracteriza-se por um dinamismo que contrasta com o estilo mais estático de Lully.

Era também professor de cravo, bastante em moda na cidade de Paris da sua época. A técnica do dedilhado dos instrumentos de teclado deve muito a Rameau. Foi "Compositor da Câmara do Rei", sendo agraciado, poucos meses antes de morrer, com o título de Cavaleiro. O seu funeral foi cercado de pompa, recebendo também homenagens em muitas cidades como um compositor excecional, que orgulhava a nação.

 
       

 


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