segunda-feira, março 22, 2021

O primeiro Kaiser do II Reich nasceu há 224 anos

 
  
Guilherme I, de nome completo Guilherme Frederico Luís de Hohenzollern (Wilhelm Friedrich Ludwig von Hohenzollern, em alemão) (Berlim, 22 de março de 1797 - Berlim, 9 de março de 1888) foi rei da Prússia (reg. 2 de janeiro de 1861 - 9 de março de 1888) e o primeiro Kaiser (Imperador) da Alemanha unificada (foi Imperador de 18 de janeiro de 1871 a 9 de março de 1888). Pertencia a poderosa Casa de Hohenzollern e era filho de Frederico Guilherme III e da rainha Luísa de Mecklemburg-Strelitz, sucedendo ao seu irmão Frederico Guilherme IV.
Durante o reinado de Guilherme I, ocorreu a transformação da Prússia numa potência capaz de enfrentar nações poderosas que estendeu sua influência a toda a Alemanha e pôs em prática uma política imperial de expansão.
Os reveses da Prússia diante de Napoleão (a derrota em Jena e a ocupação do país) convenceram o então príncipe a combater os franceses, o que o levou a participar dos últimas campanhas contra Napoleão (1814-1815).
Defendia o absolutismo monárquico, tendo um papel relevante na repressão dos movimentos liberais que assolaram a Alemanha nesta época (1848-1849). Em março de 1848, viu-se obrigado a refugiar-se na Inglaterra devido à Revolução de Berlim. Um ano depois, voltou e chefiou as tropas que, na Baviera, instauraram a ordem alterada pelos liberais.
Foi nomeado regente da Prússia depois do seu irmão (Frederico Guilherme IV) ter enlouquecido (1858), e sucedeu-lhe como rei após a sua morte (1861). O seu primeiro objetivo foi dotar a Prússia de poderio militar, para evitar a repetição dos desastres passados. No entanto, teve de enfrentar a oposição do Parlamento, integrado por ricos proprietários, que viam a criação de um poderoso exército profissional como um óbice a suas pretensões de controlar a política do governo. Para enfrentar o Parlamento, Guilherme I nomeou para primeiro-ministro Otto von Bismarck, que se transformou em figura-chave na construção da potência prussiana e da consecução da unidade alemã sob a direção da Prússia. Conseguiu reconstituir o exército prussiano.
Em 1862, dando início à política militarista da Prússia, ligou-se à Áustria para vencer a Dinamarca na Guerra dos Ducados (1864-1865), seguindo-se a guerra austro-prussiana, contra a sua ex-aliada, a Áustria, na qual a Prússia conseguiu anexar alguns territórios depois da vitória de Sadowa (1866).
   

   

Goethe morreu há 189 anos

 
Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 - Weimar, 22 de março de 1832) foi um escritoralemão e pensador que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe se tornou o mais importante autor do Classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.
  

O poeta Guimarães Passos nasceu há 154 anos

(imagem daqui)
  
Sebastião Cícero dos Guimarães Passos (Maceió, 22 de março de 1867 - Paris, 9 de setembro de 1909) foi um poeta brasileiro.
Compareceu às reuniões de instalação da Academia Brasileira de Letras, onde fundou a cadeira 26, que tem como patrono Laurindo Rabelo.
Era filho do major Tito Alexandre Ferreira Passos e de Rita Vieira Guimarães Passos. O seu avô, José Alexandre dos Passos, fora advogado e professor, dedicado também ao estudo de questões vernáculas. Guimarães Passos fez seus estudos primários e os preparatórios em Alagoas. Aos 19 anos foi para o Rio de Janeiro, onde se juntou aos jovens boémios da época. Era a idade de ouro da boémia dos cafés, e não poderia haver melhor ambiente para o espírito do poeta. Entrou para a redação dos jornais, fazendo parte do grupo de Paula Ney, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luís Murat e Artur Azevedo. Colaborou com a Gazeta da Tarde, a Gazeta de Notícias e A Semana. Nas suas colunas ia publicando cronicas e versos. Nos vários lugares em que trabalhou, escrevia também sob pseudónimos: Filadelfo, Gill, Floreal, Puff, Tim e Fortúnio.
Foi também arquivista da Secretaria da Mordomia da Casa Imperial. Com a proclamação da República, e extinta essa repartição, Guimarães Passos perdeu o lugar e passou a viver unicamente de seus trabalhos jornalísticos. Com a declaração da revolta de 6 de setembro de 1893, aderiu ao movimento. Fez parte do governo revolucionário instalado no Paraná, e lutou contra Floriano Peixoto. Vencida a revolta, conseguiu fugir. Exilou-se em Buenos Aires durante 18 meses. Lá colaborou nos jornais La Nación e La Prensa e fez conferências sobre temas literários relacionados ao Brasil.
Em 1896, de volta do exílio, foi um dos primeiros poetas chamados para formar a Academia Brasileira de Letras. Escolheu para seu patrono outro boémio, o poeta Laurindo Rabelo. Encontrou, no Rio de Janeiro, a sua geração inteiramente transformada. Alguns dos antigos companheiros encontravam-se agora em postos bem remunerados, eram reconhecidos, enquanto ele permanecia como o último boémio. Ficou doente de tuberculose e, não conseguindo melhoras no Brasil, partiu para a ilha da Madeira e, daí, para Paris, onde veio a falecer, em 1909. Só em 1921 a Academia Brasileira conseguiu fazer trasladar os restos mortais para o Brasil. Para aqui vieram acompanhados dos de Raimundo Correia, falecido em Paris em 1911.
Poeta parnasiano, lírico e, às vezes, um pouco pessimista, Guimarães Passos foi também humorista na sua colaboração para O Filhote, reunida depois no livro Pimentões, que publicou de parceria com Olavo Bilac. Ao tratar de Versos de um simples, José Veríssimo viu nele o "poeta delicado, de emoção ligeira e superficial, risonho, de inspiração comum, mas de estro fácil, como o seu verso, natural e espontâneo, poeta despretensioso, poeta no sentido popular da palavra".


  
NIHIL


Sem aos outros mentir, vivi meus dias
desditosos por dias bons tomando,
das pessoas alegres me afastando
e rindo às outras mais do que eu sombrias.

Enganava-me assim, não me enganando;
fiz dos passados males alegrias
do meu presente e das melancolias
sempre gozos futuros fui tirando.

Sem ser amado, fui feliz amante;
imaginei-me bom, culpado sendo;
e se chorava, ria ao mesmo instante.

E tanto tempo fui assim vivendo,
de enganar-me tornei-me tão constante,
que hoje nem creio no que estou dizendo.

Artur Agostinho - dez anos de saudade...

(imagem daqui)
   
Artur Fernandes Agostinho (Lisboa, 25 de dezembro de 1920 - Lisboa, 22 de março de 2011) foi um jornalista, radialista, escritor e um premiado ator português.

Artur Agostinho fez parte do departamento desportivo da Rádio Renascença, nos anos 80 do século XX, depois de ter sido um dos mais brilhantes relatores desportivos de sempre aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão.
Foi proprietário de uma agência de publicidade, a Sonarte, e jornalista. Dirigiu o diário desportivo Record, entre 1963 e 1974, tendo regressado ao jornal como colunista e patrono do prémio destinado a premiar o desportista do ano, em 2005. Entretanto, foi também director do Jornal do Sporting.
Apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu" e "Curto-Circuito" e ainda nas séries e telenovelas:
Na ressaca da revolução de abril escreveu os livros «Até na prisão fui roubado!» (1976), «Português sem Portugal» (1977), e, em 2009, lançou o livro «Bela, riquíssima e além disso ...viúva».
Foi agraciado com a Comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 28 de dezembro de 2011. Morreu a 22 de março de 2011, com 90 anos de idade, no Hospital de Santa Maria onde estava internado já há uma semana. O corpo do comunicador foi ainda durante o próprio dia para a capela da Igreja São João de Deus, em Lisboa.

William Shatner, o capitão Kirk da Star Trek, faz hoje noventa anos!

   
William Alan Shatner (Montreal, 22 de março de 1931) é um premiado ator canadiano, vencedor dos prémios Emmy e Golden Globe.


Shatner começou a sua carreira atuando em peças e, nos anos 50, passou a fazer pequenos papéis em filmes canadianos. Foi para os EUA e passou a participar de dezenas de filmes, como The Intruder (1962) e Judgment at Nuremberg (1961). Também fez participações em diversos seriados, como Alfred Hitchcock Presents (em 1957 e 1960), The Twilight Zone (em 1960, no episódio Nick of Time, e 1963, no episódio Nightmare at 20000 Feet), The Other Limits (em 1964), The Man from U.N.C.L.E. (em 1964) e Emergência 911 (1989).
Shatner já trabalhou como escritor, produtor, diretor e músico. Já contracenou com o ator Leonard Nimoy em seis séries diferentes: The Man from U.N.C.L.E., Star Trek, Star Trek: A Série Animada, Mission: Impossible, TJ Hooker e Futurama. Shatner atuou em outra série como personagem principal, chamada T.J. Hooker, de 1982 a 1986.

Em 1965 Jeffrey Hunter foi escalado para o papel de capitão Christopher Pike, da USS Enterprise no episódio piloto mas decidiu não continuar na série; então William Shatner foi escolhido para o personagem principal num segundo episódio-piloto da série Star Trek para a NBC. O programa foi aprovado e em 8 de setembro de 1966 estreava Star Trek. Shatner interpretava James T. Kirk, o capitão da nave estelar USS Enterprise.
Depois de apenas três temporadas, em 1969, a série foi cancelada, mas as reprises fizeram de Star Trek um sucesso e de William Shatner, um astro. Logo, em 1973, dobrou Kirk em Star Trek: A Série Animada e, em 1979 o interpretou no filme Star Trek: The Motion Picture.
Também fez Kirk em outros cinco filmes com o elenco da série clássica e em Star Trek: Generations (1994), com os elencos da série clássica e da Nova Geração. Em 1989, fez a direção do filme Star Trek V: A Última Fronteira, mas não foi bem sucedido.
Kirk é até hoje adorado e considerado pelos fãs um dos melhores personagens de toda a franquia de Star Trek.

Depois de uma fase de decadência, Shatner voltou com sucesso à televisão, interpretando o advogado Denny Crane, na série Boston Legal (conhecido no Brasil como Justiça sem Limites). Por esse papel foi candidato por duas vezes ao Emmy, ganhando um, em 2005.
  

O compositor Angelo Badalamenti faz hoje 84 anos


(imagem daqui)

Angelo Badalamenti (Brooklyn, New York, March 22, 1937) is an American composer, best known for his work scoring films for director David Lynch, notably Blue Velvet, the Twin Peaks saga (1990–1992, 2017), The Straight Story and Mulholland Drive. Badalamenti received the 1990 Grammy Award for Best Pop Instrumental Performance for his "Twin Peaks Theme", and has received a Lifetime Achievement Award from the World Soundtrack Awards and the Henry Mancini Award from the American Society of Composers, Authors and Publishers.

 


O Massacre de Khatyn foi há 78 anos

  
O Massacre de Khatyn foi um extermínio em massa ocorrido na vila de Khatyn (bielorruso) ou Chatyń (russo), na província de Minsk, Bielorrúsia (então União Soviética), durante a II Guerra Mundial. Em 22 de março de 1943 a população local foi exterminada por homens de um batalhão auxiliar de colaboradores das tropas ocupantes nazis, o 118º Schutzmannschaft, formado um ano antes em Kiev em sua maioria com colaboradores ucranianos, desertores do exército russo e prisioneiros de guerra, juntamente com homens das Waffen-SS, integrantes da 36ª Divisão Waffen Grenadier da SS.
O massacre não foi um acidente isolado. Cerca de 5.300 pequenas localidades bielorrussas foram destruídas pelos nazis e vários dos seus habitantes executados pelos invasores. Na região de Vitebsk, 243 vilas foram queimadas por duas vezes, 83 três vezes e 22 vilas foram destruídas mais de três vezes. Na região de Minsk, 92 vilas foram queimadas duas vezes, 40 delas três vezes, nove quatro vezes e seis vilas cinco ou mais vezes. No total, cerca de dois milhões de civis foram executados na Bielorrússia durante os três anos de ocupação nazi, cerca de um quarto da população total do país.
  
O Massacre
Em 22 de março de 1943, um comboio militar alemão foi atacado por membros da resistência, perto da vila de Kozin, a cerca de 6 km de Khatyn. O ataque resultou na morte de quatro oficiais de polícia do 118º batalhão Schutzmannschaft, composto na sua maioria de desertores russos, ex-prisioneiros de guerra e colaboradores ucranianos, comandados pelo capitão Hans Woellke, morto no atentado. Woellke tinha sido campeão olímpico do lançamento do martelo nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936.
Naquela tarde, reforçado por homens da 36ª Divisão Waffen Grenadier da SS, uma unidade composta na sua maioria de ex-criminosos recrutados para combate anti-guerrilha, o batalhão entrou em Khatyn e retirou todos os habitantes das suas casas, acordando-as com a ponta de rifles e colocando-os num grande barracão, que teve as suas portas trancadas, foi coberto com palha e incendiado. As pessoas aprisionadas do lado de dentro que tentavam escapar, forçando as portas, eram mortas a tiros de metralhadora. 140 pessoas, incluindo 75 crianças, foram assassinadas. A vila foi então saqueada e queimada até o chão. Apenas três crianças conseguiram escapar do cerco, escondendo-se nas redondezas. A mais jovem morta tinha apenas sete semanas de vida.
De entre os que foram aprisionados, Viktor Zhelobkovich, um menino de sete anos, conseguiu sobreviver ferido debaixo do corpo de sua mãe. Outro, Anton Baranovsky, de 12 anos, foi dado como morto por ter uma perna ferida e também escapou. O único adulto sobrevivente, Yuzif Kaminsky, queimado e ferido à bala, recobrou a consciência após os assassinos terem se retirado. Ele teria encontrado o seu filho no meio dos corpos, totalmente queimado e ferido, mas ainda vivo, e a criança morreu nos seus braços. Esse incidente foi depois reproduzido com uma estátua de ambos, no Memorial de Khatyn.
   
Julgamentos
No pós-guerra, os perpetradores do massacre foram identificados. O comandante do batalhão ucraniano, Vasyl Meleshko, foi julgado pelas autoridades soviéticas, condenado à morte e executado em 1975. O seu chefe-de-staff, outro ucraniano, Grigory Vassiura, foi julgado em Minsk, em 1986, e também condenado à morte. O caso e o julgamento do massacre de Khatin não teve um grande noticiário nos media local, devido ao receio dos soviéticos de provocar uma divisão na unidade entre os povos da Ucrânia e da Bielorrússia, então duas repúblicas da URSS.
  
Estátua de Yuzif Kaminsky carregando o seu filho
   
Memorial
Durante o governo de Leonid Brejnev na União Soviética, uma enorme atenção foi dada a este episódio por parte das autoridades e da imprensa oficial, possivelmente com a intenção de desviar a atenção de outro massacre cujas evidências surgiam em outra região de nome similar, o Massacre de Katyn, na Polónia, quando milhares de soldados polacos prisioneiros foram executados pela NKVD soviética e que começava a tomar o noticiário internacional com as suas descobertas. 
Khatyn tornou-se um símbolo do genocídio da população civil durante as lutas entre guerrilheiros, tropas invasores e colaboradores. Em 1969 ele foi nomeado como memorial de guerra nacional da então República Socialista Soviética da Bielorrússia. Entre os símbolos mais conhecidos dentro do complexo do memorial, há um monumento com três bétulas e uma chama eterna no lugar de uma quarta, que representa um tributo a um em cada quatro bielorrussos que morreram durante a II Guerra. Há também uma estátua de Yuzif Kaminsky carregando o seu filho morto e uma grande parede com nichos que representam as vítimas dos campos de concentração, os maiores deles representando os com mais de 20 mil vítimas. Sinos tocam a cada 30 segundos, para lembrar a taxa de tempo em que cada vida de um bielorrusso foi perdida no período de tempo da guerra.
Entre os líderes mundiais que já visitaram o Memorial, encontram-se Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos, Fidel Castro de Cuba, Rajiv Gandhi ex-primeiro-ministro da Índia, Yasser Arafat e Jiang Zemin, ex-presidente da China.
  

Jorge Ben Jor faz hoje 76 anos

    
Jorge Ben ou Jorge Ben Jor (Rio de Janeiro, 22 de março de 1945) é um guitarrista, cantor e compositor brasileiro. O seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos. A obra de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no swing e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, trouxe influências árabes e africanas, oriundas da sua mãe, nascida na Etiópia.
    

 


O deslizamento de terras de Oso foi há sete anos

  
O deslizamento de terras de Oso de 2014 ocorreu no dia 22 de março um deslizamento de terra arrastou a montanha Skaglund Hill, localizada ao leste de Oso, Washington, com 43 vítimas mortais e 4 feridos graves, além de 49 casas e outras estruturas destruídas. Às 10.37 horas, o deslizamento de terra fluiu através do rio Stillaguamish, por entre um bairro de cerca de 30 casas e cruzou a Rodovia 530, represando o rio e impedindo completamente a rodovia. Mais de 100 socorristas de Snohomish e municípios vizinhos foram enviados para ajudar com assistência médica e os esforços de busca e resgate.
Um total de  2,6 km² foi o que desceu montanha abaixo, contendo lama, árvores e outros detritos cortando casas que ficavam bem abaixo da colina.
Na manhã de 24 de março um total de 14 pessoas mortas havia sido confirmadas, outras 176 eram dadas como desaparecidas. No balanço final foram contabilizadas 43 vítimas mortais e 4 feridos graves.
  

Antoon van Dyck nasceu há 422 anos

Auto-retrato com um girassol
  
Sir Antoon van Dyck (Antuérpia, 22 de março de 1599Londres, 9 de dezembro de 1641) foi um retratista flamengo que se tornou o principal pintor da corte real de Carlos I da Inglaterra.
Discípulo de Rubens, ele influenciou os artistas seus contemporâneos.
Na Inglaterra, ficou conhecido como Sir Anthony van Dyck.
  
Autorretrato, 1613-1614
   
Vida e educação
Antoon van Dyck era o filho mais jovem de Frans van Dyck, um próspero comerciante de sedas e de especiarias, e da sua segunda esposa, Maria Cuypers. A sua mãe faleceu quando ele tinha apenas oito anos. Em 1609, aos dez anos, Anton tornou-se aprendiz do pintor de figuras de Hendrik van Balen, que só lhe deixara uma pálida impressão. Aos quinze anos, depois de pintar quadros admiráveis, ele já era um artista altamente aperfeiçoado; o seu auto-retrato de 1613 e 1614 (em cima) comprova isso.
Instalou-se em um estúdio próprio aos dezasseis anos, ainda na Antuérpia, tendo trabalhado com Jan Brueghel, o jovem. Ele não poderia, entretanto, vender as suas obras antes de ser oficialmente qualificado como mestre.
   
Início da fama
Em 18 de fevereiro de 1618, Van Dyck registou-se como mestre na Guilda dos Pintores de Antuérpia.
Ambicioso, Van Dyck tornou-se discípulo de Rubens, cujo estilo ele assimilou com uma facilidade espantosa. Rubens predominava o cenário artístico da Antuérpia, e Van Dyck, a exemplo deste, dispôs-se a adotar maneiras aristocráticas e a cultivar a imagem de homem refinado. Rubens referiu-se ao jovem pintor, então com dezanove anos, como "o melhor de seus discípulos".
Aos vinte e um anos, ele foi nomeado assistente-chefe de Rubens e recebeu a tarefa de pintar o teto (atualmente destruído) da Igreja Jesuíta de Antuérpia, passando a ser mais um auxiliar do que discípulo de Rubens.
Aparentemente, Rubens não se sentiu ameaçado por Van Dyck, embora, como se alega, ele tivesse encorajado-o a especializar-se em retratos, campo que Van Dyck demonstrava pouco interesse. Rubens elogiava-o abertamente, tendo inclusive adquirido alguns trabalhos seus.
     
Primeira ida à Londres
Por volta de 1620, a reputação de Van Dyck estava firmemente estabelecida em Antuérpia. Em julho daquele ano, de passagem pela cidade, a caminho da Itália, a Condessa de Arundel posou para Rubens. O seu secretário, Francesco Vercellini, escreveu ao Conde de Arundel, em Londres, sobre o processo da obra e uma nota a respeito de Van Dyck:
"Van Dyck ainda está com o Senhor Rubens, e dificilmente as suas obras são menos apreciadas que as de seu mestre; ele é um jovem de vinte e um anos, e o seu pai, que é muito rico, vive na cidade; assim, será difícil para ele deixar este quinhão, tanto mais ao ver a boa sorte de Rubens".
Tal carta sugere que o Conde de Arundel tinha interesse em Van Dyck. Tentado pela perspectiva de visitar a Inglaterra, o pintor chegou em Londres em novembro daquele mesmo ano, onde ficou por apenas três meses. Nessa curta temporada, Van Dyck pôde estabelecer contato com dois dos maiores colecionadores de arte ingleses: o próprio Conde de Arundel e o Duque de Buckingham. Apesar da rivalidade entre os nobres, o pintor flamengo realizou pinturas para ambos e teve acesso às notáveis coleções deles: o Conde de Arundel possuía trinta e seis pinturas de Ticiano e o Duque de Buckingham, uma vasta coleção de obras de Veronese. Van Dyck admirava as obras desses velhos mestres venezianos.
Entretanto, Van Dyck, quando veio à Inglaterra pela primeira vez, não foi bem-sucedido ao ser apresentado ao Rei Jaime I.
     
Período italiano
Tendo regressado a Antuérpia em 1621, Van Dyck, no outono desse mesmo ano, partiu para Itália, instalando-se em Génova, onde ficaria durante seis anos. Era uma cidade perfeita para qualquer pintor: rica, elegante e com senhores poderosos. O biógrafo Bellori descreveu sua chegada assim:
"Suas maneiras eram as de um cavalheiro e não as de um homem comum, pois formara os seus hábitos no estúdio de Rubens, no meio de nobres. Era também orgulhoso por natureza e ávido pela fama. Usava vestes luxuosas, trazia plumas em seu chapéu, correntes de ouro ao longo do peito e fazia-se acompanhar de servos."
Van Dyck era um viajante seletivo da Itália; aparentemente já tinha decido de antemão o que queria ver. Foi em Génova que ele se definiu como retratista da aristocracia. Sob a influência renovadora da arte italiana e tendo diante de si o exemplo dos retratos genoveses executados por Rubens, o seu estilo expandiu-se intensamente.
As genovesas, mais que outras mulheres italianas, eram devotadas ao lar e à reclusão, sendo recatadas e tímidas por temperamento. Tais características Van Dyck captou e registou magistralmente nos seus retratos. Nos retratos que pintara em Antuérpia, Van Dyck já estava distanciado da rígida formalidade do tradicional retratismo flamengo.
Em 1627, depois de uma longa e bem-sucedida temporada italiana, Van Dyck resolveu regressar a Antuérpia, por causa da morte de uma irmã, Cornelia.
   
Regresso a Antuérpia
De volta a Antuérpia, Van Dyck trabalhou continuamente para a Igreja e era sempre muito solicitado como retratista. Também executou obras mitológicas, tais como Rinaldo e Armida, adquirida por Carlos I em 1629. Na tela, ecoavam os mestres venezianos, causando grande entusiasmo em Londres, já que as pinturas italianas dominavam o gosto de colecionadores ingleses. Em maio de 1630, ele foi indicado como pintor da corte, tendo feito numerosos retratos da Arquiduquesa Isabella, governante Habsburgo de Flandres.
   
Pintor da corte real inglesa
Em 1632, Carlos I, encorajado pelo Conde de Arundel, convidou Van Dyck para a sua corte. Carlos I, que se tinha tornado Rei em 1625, tinha a reputação de generoso patrono das artes, tendo sido descrito por Rubens como "o maior apreciador da pintura entre os príncipes do mundo". Rubens pintou o teto de Whitehall Banqueting House. Van Dyck, que sentia uma atração pela vida na corte, aceitou. Passou a viver em uma casa de Blackfriars, com as despesas pagas por Carlos I, e a ter acesso a uma residência de verão em Eltham, recebendo uma pensão anual de duzentas libras esterlinas.
Em 5 de julho de 1632, Anthony van Dyck foi investido cavaleiro. Bellori fornece uma rica descrição do estilo de vida que Van Dyck teve em Londres. De acordo com o biógrafo, a casa do pintor era frequentada pela mais alta nobreza da época. "Van Dyck mantinha servos, músicos, cantores e bobos; com essas diversões entretinha os grandes homens que diariamente vinham posar para os retratos", escreveu Bellori. Na casa de Blackfriars, foi construída uma plataforma flutuante que facilitava o acesso dos visitantes nobres que vinham pelo rio Tâmisa.
Durante os nove anos em que viveu na Inglaterra, Van Dyck pintou cerca de trinta retratos de grandes dimensões para Carlos I, além de receber uma infindável sucessão de encomendas da aristocracia. A sua produção de retratos foi verdadeiramente prodigiosa.
    
Rei Carlos I da Inglaterra, circa 1635 (Louvre)
  
   in Wikipédia

Jean-Baptiste Lully morreu há 334 anos

   
Jean-Baptiste de Lully, nascido Giovanni Battista Lulli (Florença, 28 de novembro de 1632Paris, 22 de março de 1687), foi um compositor italiano, naturalizado francês. Passou a maior parte da vida trabalhando na corte de Luís XIV . Compositor prolixo, o seu estilo foi largamente imitado na Europa. Casou-se com Madeleine Lambert, filha do compositor Michel Lambert. É considerado mestre do barroco francês, tornou-se súdito francês em 1661.
  

  


Os Beatles lançaram o seu primeiro álbum há 58 anos

  
Please Please Me é o primeiro álbum gravado em estúdio e lançado pelos Beatles, em 22 de março de 1963. O álbum contém 14 canções, oito escritas por Lennon/McCartney. Em 2003, a revista Rolling Stone listou o álbum no número 39 na lista de 500 melhores álbuns de todos os tempos. A Rolling Stone também colocou as canções "I Saw Her Standing There" (em #130) e "Please Please Me" (#184) na lista de 500 melhores canções de todos os tempos.
Nos Estados Unidos, a maioria das canções de Please Please Me foram lançadas no álbum da Vee-Jay Records chamado Introducing... The Beatles em 1964, e depois no álbum da Capitol Records chamado The Early Beatles em 1965. O álbum Please Please Me não foi lançado neste país até a padronização mundial do catálogo dos Beatles.
   

 


Newton morreu há 294 anos

  
Sir Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 - Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
A sua obra magna, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
 
      
NOTA: Enquanto Newton era vivo, dois calendários eram utilizados na Europa: o juliano, na Grã-Bretanha e em partes do norte e leste da Europa, e o gregoriano, utilizado pela Europa Católica Romana (instituído em 1582 mas adotado na Inglaterra só após 1752). No nascimento de Newton, as datas no calendário gregoriano estavam dez dias adiantados do juliano; assim, Newton nasceu no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642 no calendário juliano, mas no dia 4 de janeiro de 1643 no gregoriano. Já na época de sua morte, a diferença entre dias entre seus calendários passou para onze dias.

Marcel Marceau nasceu há 98 anos

  
Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau, (Estrasburgo, 22 de março de 1923 - Cahors, 22 de setembro de 2007) foi o mímico mais popular do período pós-guerra. Juntamente com Étienne Decroux e Jean-Louis Barrault deu uma nova roupagem à mímica no século XX.
   
(...)
  
Marcel Marceau morreu aos 84 anos. A notícia foi divulgada pela imprensa francesa, mas a família não forneceu detalhes sobre a sua morte. O seu enterro ocorreu no dia 26 de setembro de 2007, no cemitério parisiense do Père-Lachaise, na presença de cerca de 300 pessoas.
Casou-se três vezes e teve quatro filhos.
  
   

Branca de Gonta Colaço morreu há 76 anos

(imagem daqui)
      
Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço (Lisboa, 8 de julho de 1880 - Lisboa, 22 de março de 1945), mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha da inglesa Ann Charlotte Syder e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Casou com Jorge Rey Colaço, um ceramista de renome, tendo publicado a sua obra sob o nome de Branca de Gonta Colaço.
    

   
  
  
De Profundis

… E silenciosamente

morri, de morte humilde, humildemente,
numa longínqua torre,
num triste anoitecer ...

…………………………..

Não é quando se acaba que se morre;
é quando acaba o gosto de viver.


Branca de Gonta Colaço

Há cinco anos os atentados em Bruxelas semearam o caos na capital belga...

Imagem de vídeo-vigilância de três pessoas responsáveis pelos atentados no aeroporto
   
Os atentados em Bruxelas de março de 2016 foram uma ação terrorista suicida cometida na manhã de 22 de março de 2016 no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas, capital da Bélgica. Os atentados causaram a morte de pelo menos 35 pessoas, incluindo 3 bombistas-suicidas, e deixaram outras 300 feridas.
O grupo extremista do auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou, poucas horas depois, a autoria dos ataques.
     
Ataques
Aeroporto
Em 22 de março de 2016, perto das 07:45 (UTC+1) produziram-se duas explosões no aeroporto de Bruxelas que provocaram a morte de pelo menos 14 pessoas e dezenas de feridos. Um dos ataques ocorreu perto dos mostradores seis e sete da American Airlines e outro perto do mostrador da Brussels Airlines e de um café Starbucks. A promotoria belga confirmou que o atentado foi cometido por pelo menos um atacante suicida que, de acordo com a BBC, teria gritado palavras em árabe antes de cometer o ataque e levava consigo uma arma do tipo AK-47. O edifício do aeroporto sofreu danos significativos. Vídeos nas redes sociais mostraram cenários de danos depois do ataque e as pessoas a fugir da área. As autoridades policiais foram à zona de embarques para vistoriar centenas de malas que, depois das explosões, foram abandonadas, à procura de novos explosivos.
  
Metro
No mesmo dia, apenas minutos mais tarde, por volta das 08:00 (UTC+1) ocorreu pelo menos uma explosão na estação de metropolitano de Maelbeek/Maalbeek que provocou, pelo menos, vinte mortes. O atentado ocorreu à hora de maior utilização do sistema de transporte. A estação situa-se perto de várias agências da União Europeia, incluindo o Parlamento. O metro da cidade foi depois evacuado e fechado.
  

Hoje é o Dia Mundial da Água...!

Canhão da Ribeira dos Amiais - Olhos de Água do Alviela (foto pessoal)

 

À Água

Ninguém ouve a canção, mas o ribeiro canta!
Canta, porque um alegre deus o acompanha!
Quantos mais tombos, mais a voz levanta!
Canta, porque vem limpo da montanha!

Espelho do céu, é quanto mais partido
Que mais imagens tem da grande altura.
E quebra-se a cantar, enternecido
De regar a paisagem de frescura.

Água impoluta da nascente,
És a pura poesia
Que se dá de presente
Às arestas da humana penedia...
 
  
in
Odes (1946) - Miguel Torga

domingo, março 21, 2021

Poesia com substrato vegetal para acabar um dia poético-botânico

(imagem daqui)
   
Erva daninha

Não tiveste tempo de
comemorar a vitória sobre
a corriola e já estás de novo
em guerra agora com o escalracho.
Preocupado com as beringelas
os tomates os pepinos de conserva
é uma luta inglória a que se
prenuncia. A essa erva
outra se se seguirá nem que seja
a mais daninha das ervas
- a poesia
  
 
 

in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Porque hoje é o Dia da Poesia...

 

Andam pela terra os poetas

Andam p'la terra os poetas,
Dizem que são de ficar
Dizem que são de ficar
São como filhos das ervas.

Andam p'la terra os poetas,
Vivem da luz do luar
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
Crescem ao som das estrelas
Vivem da luz do luar.
.
Andam p'la terra os poetas,
Numa canção de embalar
Numa canção de embalar
Moram na brisa das velas.

Andam p'la terra os poetas,
Nas ondas altas do mar
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.
Andam p'la terra os poetas
Nas ondas altas do mar.


Voz: Fábio Almeida - Capas ao Luar
Compositores: 
Letra, Carlos Carranca; Música, João Moura