quinta-feira, abril 06, 2017

Marina Elali - 35 anos

Marina de Souza Dantas Elali (Natal, 6 de abril de 1982) é uma cantora e compositora brasileira.

Nascida em Natal, no Rio Grande do Norte, filha de carioca com árabe e neta de pernambucanos, é formada em música e canto no Berklee College of Music, de Boston. Depois da temporada nos EUA, a artista participou do programa FAMA, da Rede Globo, e logo teve como sucesso a música “Você”, de Roberto e Erasmo Carlos, como tema de Deborah Secco e Murilo Benício na novela “América”, na qual fez uma participação especial, no último capítulo.
Além de novelas, filmes, minisséries e especiais, a cantora já participou em vários programas televisivos. Em 2012, Marina participou da minissérie da Rede Globo "O Brado Retumbante". Em 2013, foi jurada do quadro “Mulheres que Brilham” do “Programa Raul Gil”.
No cinema, a voz de Marina marcou temas dos filmes “Se Eu Fosse Você”, “A Fronteira”, “Didi, o Cupido Trapalhão” e “Segurança Nacional”, onde também fez uma participação especial interpretando o Hino Nacional.
Entre os sucessos se destacam "Eu Vou Seguir", tema de Míriam, personagem de Gabriela Duarte na novela Sete Pecados e “One Last Cry”, tema de Nanda, interpretada por Fernanda Vasconcellos na novela Páginas da Vida – uma das músicas mais executadas em todo o país em 2006/ 2007.
Marina lançou um CD/DVD intitulado “Marina Elali Duetos – Homenagem a Luiz Gonzaga e Zé Dantas”. O trabalho foi gravado no Recife (PE) em homenagem a dois pernambucanos ilustres: Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, e Zé Dantas, compositor, principal parceiro de Gonzagão, e avô materno de Marina.
Um momento carregado de emoção no DVD acontece durante a música “Acauã”, que conta com um vídeo com imagens do homenageado Luiz Gonzaga cantando a faixa. Em “A Letra I” Marina canta ao lado do avô Zédantas - que não teve a oportunidade de conhecer -, em dueto proporcionado por imagens na tela.


Isaac Asimov morreu há 25 anos

Isaac Asimov (em russo: Исаак Юдович Озимов; transl.: Isaak Yudavich Azimov; Petrovichi, Rússia Soviética, atual Rússia, período entre 4 de outubro de 1919 e 2 de janeiro de 1920 - Brooklyn, 6 de abril de 1992) foi um escritor e bioquímico americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica.
Asimov é considerado um dos mestres da Ficção Científica e, juntamente com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado um dos "três grandes" da ficção científica. A obra mais famosa de Asimov é a Série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galático e que logo combinou com a Série Robots. Também escreveu obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes, aproximadamente 90.000 cartas ou postais, e tem obras em cada categoria importante do sistema de classificação bibliográfica de Dewey, exceto em filosofia.
A maioria de seus livros mais populares sobre ciência, explicam conceitos científicos de uma forma histórica, voltando no tempo o mais longe possível, quando a ciência em questão estava nos primeiros estágios. Ele providencia, muitas vezes, datas de nascimento e falecimento dos cientistas que menciona, também etimologias e guias de pronunciação para termos técnicos. Alguns exemplos incluem, "Guide to Science", os três volumes de "Understanding Physics" e a "Chronology of Science and Discovery", e trabalhos sobre Astronomia, Matemática, a Bíblia, escritos de William Shakespeare e Química.
Asimov foi membro e vice-presidente por muito tempo da Mensa, ainda que com falta: ele os descrevia como "intelectualmente combalidos". Exercia, com mais frequência e assiduidade, a presidência da American Humanist Association (Associação Humanista Americana).
Em 1981, um asteroide recebeu o seu nome, em sua homenagem, o 5020 Asimov. O robot humanóide "ASIMO" da Honda, também pode ser considerada uma homenagem indireta a Asimov, pois o nome significa, em inglês, Advanced Step in Innovative Mobility, além de também significar, em japonês, "também com pernas" (ashi mo), num trocadilho linguístico em relação à propriedade inovadora de movimentação deste robot.

(...)

Asimov morreu a 6 de abril de 1992 em Nova Iorque. Foi cremado e as suas cinzas foram espalhadas. Ele deixou sua segunda mulher, Janet, e as crianças do primeiro casamento. Dez anos depois da sua morte, a edição da autobiografia de Asimov, It's Been a Good Life, revelou que sua morte foi causada por SIDA; ele contraiu o vírus HIV através de uma transfusão de sangue recebida durante a operação de bypass em dezembro de 1983. A causa específica da morte foi falha cardíaca e renal, como complicações da infecção com o vírus da SIDA.
Janet Asimov escreveu no epílogo de It's Been a Good Life que Asimov o teria querido tornar público, mas seus médicos convenceram-no a permanecer em silêncio, avisando que o preconceito antiSIDA estender-se-ia a seus familiares. A família de Asimov considerou divulgar a sua doença antes de ele morrer, mas a controvérsia que ocorreu, quando Arthur Ashe divulgou que ele tinha SIDA, convenceu-os do contrário. Dez anos mais tarde, depois da morte dos médicos de Asimov, Janet e Robyn concordaram que a situação em relação à SIDA podia ser levada a público.[

quarta-feira, abril 05, 2017

O guitarrista Mark St. John morreu há dez anos

Mark St. John, nome artístico de Mark Norton, ( Hollywood, 7 de fevereiro de 1956 - 5 de abril de 2007) foi um guitarrista norte-americano. Ele estava mais interessado em basquetebol do que em música até ao final doensino secundário, quando finalmente descobriu a sua verdadeira vocação (começou a tocar guitarra por rebeldia). Ele começou a tocar guitarra em 1972, como hobby, e entrou nos Kiss no início de 1984. Mark foi o terceiro guitarrista oficial dos Kiss, tendo substituído Vinnie Vincent (que substituiu Ace Frehley).

O espalhafatoso jeito de St. John tocar refletiu a era dos guitarristas de rock influenciados por Van Halen. Chegou a gravar o álbum Animalize, que foi um grande sucesso, numa época onde o grupo já não usava a maquilhagem pesada e as roupas que eram a sua marca registada, mas precisou sair, logo no início da turnê do disco, por causa de uma artrite grave que o atormentava. John recebeu o diagnóstico dessa doença, chamada Síndrome de Reiter, que causava inchaço nas mãos e braços e o impedia de tocar guitarra. Fez trechos de alguns shows (e apenas um show completo) e gravou apenas um vídeo com os Kiss, o popular vídeo da MTV Heaven's On Fire, e foi substituído em dezembro de 1984 por Bruce Kulick.
Após deixar os Kiss a sua condição médica melhorou e Mark St. John formou os White Tiger com David Donato, que chegou a ter uma breve passagem pelos vocais dos Black Sabbath. Depois, o guitarrista gravou com Jeff Scott Soto, em 1988, e com o baterista Peter Criss (ex-Kiss), em 1990 e apareceu como orador convidado nas convenções dos Kiss. Em 2001, St. John lançou um disco instrumental intitulado Single Bullet Theory.
Nos últimos anos, o músico andava afastado da ribalta e havia voltado a lecionar aulas de guitarra em Los Angeles.
Faleceu dia 5 de abril de 2007, aos 51 anos, de hemorragia cerebral.
 
 

Fragonard nasceu há 285 anos

"A Inspiração" (1769), auto-retrato

Jean Honoré Fragonard (Grasse, 5 de abril de 1732 - Paris, 22 de agosto de 1806) foi um pintor francês, cujo estilo rococó foi distinguido por sua notável facilidade, exuberância e hedonismo. Um dos mais prolíficos artistas ativos nas últimas décadas do Antigo Regime, Fragonard produziu mais de 550 pinturas (sem contar desenhos e águas-fortes), das quais apenas cinco são datadas. Entre suas obras mais populares estão as pinturas de género, que transmitem uma atmosfera de intimidade e erotismo.

Nasceu em Grasse, Alpes-Maritimes, na França, filho de um luveiro. Quando enviado para Paris por seu pai, demonstrou ali talento e interesse pela arte, conhecendo François Boucher. Boucher reconheceu os dotes do jovem, mas decidiu não gastar seu tempo no desenvolvimento da formação dele, enviando-o para o ateliê de Jean-Baptiste-Siméon Chardin. Fragonard estudou durante seis meses sob a tutela do grande iluminista e, em seguida, retornou mais preparado para Boucher, cujo estilo ele logo adquiriu, tão completo que o comandante confiou-lhe a execução de réplicas de suas pinturas.
Depois, transferiu-se para Roma (1756), onde se empolgou com a obra de Giovanni Battista Tiepolo. Protegido do abade e amante das artes Richard de Saint-Non, viajaram pela Itália pesquisando as obras dos grandes mestres até que ambos fixaram residência em Paris (1761). A sua consagração veio com a apresentação no Salão de Paris (1765) com o enorme quadro de tema trágico, O sumo sacerdote Coreso sacrificando-se para salvar Calirroé, que foi adquirido pelo rei Luís XV.
Entrou para a a Academia Real (1765) e casou-se (1769) com Marie-Anne Gérard, e novamente viajou para a Itália, onde pintou uma série de desenhos de vistas e paisagens. Regressando a Paris (1773), reduziu a sua pintura a paisagens com pequenas figuras, passando a se dedicar a reprodução de cenas domésticas e sentimentais.
Fragonard foi tão ignorado, que Lübke, na sua História da Arte (1873) omite o seu nome. No entanto, a influência de Fragonard na manipulação de cor local e expressiva não pode ser subestimada. Na última fase de sua vida pintou cenas de amor e da natureza e morreu em Paris, pobre e quase esquecido.

Le verrou, 1780

O poeta Carlos Queirós nasceu há 110 anos

José Carlos de Queirós Nunes Ribeiro, ou simplesmente Carlos Queirós (Lisboa, Santos-o-Velho, 5 de abril de 1907Paris, 27 de outubro/28 de outubro de 1949), foi um poeta português.
Era filho natural de Joaquina de Queirós, filha natural de Maria de Jesus de Almeida Queirós, de Lagos, Odiáxere, filha natural de Gertrudes de Almeida dos Reis Calado. A sua mãe era irmã de Gertrudes de Queirós, de Ofélia Queiroz (que teve um romance com Fernando Pessoa), e de Francisco de Paula de Queirós.
Casou-se com Guilhermina Maria Correia Manoel de Aboim Borges (Loures, Loures, 20 de dezembro de 1907 - Lisboa, 18 de outubro de 1975), sobrinha materna do 1.º Visconde de Idanha e sobrinha-neta do 1.º Visconde de Vila-Boim, de quem teve cinco filhos.

Biografia
Poeta do segundo modernismo português, identificado como um dos grandes nomes da revista Presença.
Desempenhou um importante papel na ligação entre o primeiro modernismo português da geração da revista Orpheu e o segundo modernismo da Presença. É Carlos Queirós que, por volta de 1927, estabelece a ligação entre Fernando Pessoa e a revista coimbrã Presença, dirigida por Gaspar Simões, José Régio e Branquinho da Fonseca, na qual Pessoa veio a publicar diversos textos. Foi no número 5 da Presença (1927) que Carlos Queirós, juntamente com Fernando Pessoa e Almada Negreiros, iniciou a sua participação neste periódico.
David Mourão-Ferreira, no prefácio do primeiro volume da Obra Poética de Carlos Queirós, refere que entre 1927 e 1937, ano em que Carlos Queirós deixou de colaborar com a Presença, terá publicado nas edições que vão do n.º 5 ao n.º 49 cerca de 49 poemas e dois textos em prosa, constituindo-se como um dos nomes de referência e de continuidade desta publicação.
É Carlos Queirós, num número especial da Presença de homenagem a Fernando Pessoa, que dá a conhecer os amores de Fernando Pessoa por Ofélia Queirós, a sua tia, publicando nesse número diversas cartas de amor de Pessoa escritas a Ofélia.
A participação literária de Carlos Queirós não se circunscreveu somente à celebre revista Presença. Publicou em diversas revistas e folhas literárias, tendo uma obra poética espalhada por diversas revistas: Ocidente, Atlântico, Revista de Portugal, Momento, Aventura, Vamos Ler e a revista Litoral, que foi dirigida pelo próprio. Conhecem-se, ainda, colaborações suas nas revistas Contemporânea (1915-1926), Ilustração (1926-) e Sudoeste (1935) e na revista de poesia Altura (1945).
Carlos Queirós publicou dois livros em vida. O primeiro, intitulado Desaparecido e editado em 1935, tendo à data o poeta 28 anos de idade, foi alvo dos maiores elogios. Destaca-se a crítica publicada por Pessoa na Revista de Portugal. Pessoa escreve no primeiro parágrafo do seu texto crítico:
"A beleza do livro começa pelo livro. A edição é lindíssima. A beleza do livro continua pelo livro fora; os poemas são admiráveis." Mais à frente no seu texto Pessoa prossegue: "Não se pode dizer deste livro o que é vulgar dizer-se, elogiosamente, de um primeiro livro, sobretudo de um jovem: - que é uma bela promessa. O livro de Carlos Queirós não é uma promessa, porque é uma realização" (in Revista de Portugal n.º 2 Coimbra, janeiro de 1938).
O segundo livro publicado em vida foi Breve Tratado de Não Versificação, editado em 1948.
Entre 1945 e 1949, colaborou com Victor Buescu na tradução para português de uma selecção da obra poética de Mihai Eminescu, que veio a lume apenas em 1950.
A obra poética de Carlos Queirós, pouco divulgada, está atualmente editada em dois livros pela Editora Ática. O primeiro livro tem como data de publicação 1984 e intitula-se Desaparecido – Breve Tratado de Não Versificação, sendo a compilação dos dois livros publicados em vida por Carlos Queirós; o segundo tem como data de publicação 1989 e intitula-se Epístola aos Vindouros e Outros Poemas, sendo constituído por uma coletânea de poemas dispersos, por diversas publicações da época e alguns inéditos recolhidos por David Mourão-Ferreira, com a ajuda de uma das filhas do Poeta.


Anti-Soneto

Ao Mário Saa

O nosso drama de portugueses,
O nosso maior drama entre os maiores
Dos dramas portugueses,
É este apego hereditário à Forma:
Ao modo de dizer, aos pontinhos nos ii,
Às vírgulas certas, às quadras perfeitas,
À estilística, à estética, à bombástica,
À chave de ouro do soneto vazio
- Que põe molezas de escravatura
Por dentro do que pensamos
Do que sentimos
Do que escrevemos
Do que fazemos
Do que mentimos.

Carlos Queirós

O compositor Carlos Guastavino nasceu há 105 anos

Carlos Guastavino (Santa Fé, 5 de abril de 1912Buenos Aires, 28 de outubro de 2000) foi um compositor argentino.
Aluno de Manuel de Falla, é considerado como um dos maiores compositores argentinos do século XX, tendo produzido mais de 500 obras, na sua maioria canções para piano e voz, muitas ainda não publicadas. Conhecido como "o Schubert das Pampas", o seu estilo era um tanto conservador, sempre tonal e romântico. As suas composições foram claramente influenciadas pela música folclórica argentina.
Algumas de suas canções como Pueblito, mi pueblo, La rosa y el sauce e Se equivocó la paloma, fizeram grande sucesso no seu país. Ao contrário de muitos compositores, Guastavino obtinha suficiente remuneração de seus direitos autorais e de performance, não necessitando de outro ofício a não ser o de compositor.


terça-feira, abril 04, 2017

Poema apropriado à data...

(imagem daqui)

A Salgueiro Maia


Aquele que na hora da vitória
respeitou o vencido

... Aquele que deu tudo e não pediu a paga

Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite

Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício

Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
como antes dele mas também por ele
Pessoa disse



Sophia de Mello Breyner Andresen

Anthony Perkins nasceu há 85 anos

Anthony Richard Perkins (Nova York, 4 de abril de 1932 - Los Angeles, 12 de setembro de 1992) foi um ator norte-americano, imortalizado pela sua performance como Norman Bates no filme Psycho (1960) de Alfred Hitchcock. Em 2003, o American Film Institute classificou-o como o segundo maior vilão da história do cinema, e a sua frase "o melhor amigo de um menino é sua mãe" foi listada na posição 56 das maiores citações do cinema. Ele reviveu esse personagem nas três sequências distribuídas pela Universal Pictures.


O músico Gary Moore nasceu há 65 anos

Robert William Gary Moore (Belfast, Northern Ireland, 4 April 1952 – Estepona, Spain, 6 February 2011) was a Northern Irish musician, most widely recognised as a singer, songwriter, and virtuoso rock and blues guitarist.
In a career dating back to the 1960s, Moore played with musicians including Phil Lynott and Brian Downey during his teenage years, leading him to memberships of the Irish bands Skid Row and Thin Lizzy, and British band Colosseum II. Moore shared the stage with such blues and rock musicians as B.B. King, Albert King, John Mayall, Jack Bruce, Albert Collins, George Harrison, and Greg Lake, as well as having a successful solo career. He guested on a number of albums recorded by high-profile musicians.


Adam D - 40 anos!

Adam Jonathan Dutkiewicz, também chamado de Adam D, (Westhampton, 4 de abril de 1977) é um engenheiro, compositor e produtor musical norte-americano, mais conhecido por ser o guitarrista e fazer backing vocal (coros) na banda de metalcore Killswitch Engage. Também foi guitarrista na banda Aftershock.


Salgueiro Maia morreu há 25 anos...

Fernando José Salgueiro Maia (Castelo de Vide, 1 de julho de 1944 - Lisboa, 4 de abril de 1992), foi um militar português.
  
Biografia
Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português, que liderou as forças revolucionárias durante a revolução de 25 de abril, que marcou o final da ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Em outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço, forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou o governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.
A 24 de setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a 28 de junho de 1992 e, em 2007, a Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada um cancro que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria precocemente, a 4 de abril de 1992, com apenas 47 anos.

Placa de homenagem a Salgueiro Maia, no local onde se dirigiu aos sitiados no Quartel do Carmo - Largo do Carmo, Lisboa

Um momento na História de Portugal
Madrugada de 25 de abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e derrubaram o regime.





Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

 

in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen

O matemático Napier morreu há quatro séculos

John Napier (Edimburgo, 1 de fevereiro de 1550 - Edimburgo, 4 de abril de 1617) foi um matemático, físico, astrónomo, astrólogo e teólogo escocês. Tambem era conhecido pelo nome, em latim, de Ioannes Neper.
É mais recordado como o descodificador do logaritmo natural (ou neperiano) e por ter popularizado o ponto decimal. Na descodificação dos logaritmos naturais, Napier usou uma constante que, embora não a tenha descrito, foi a primeira referência ao notável "e", descrito quase 100 anos depois por Leonhard Euler e que se tornou conhecido como número de Euler ou número de Napier.
Originário de uma família rica, ele mesmo barão de Merchiston, era um defensor da reforma protestante, tendo o mesmo prevenido o rei James VI da Escócia contra os interesses do rei católico Felipe II de Espanha. Filho de Archibald Napier, Master of the Mint, John Napier nasceu em Merchiston Tower, perto de Edimburgo, em 1550. A maior parte das terras da família Napier ficaram sob os cuidados de John, que construiu para si um castelo, no qual ele e a família fixaram residência.
Ingressou aos 13 anos na Universidade de St Andrews e interessou-se por teologia e aritmética. A sua única obra de teologia, escrita em 1594, ocupa lugar de destaque na história eclesiástica escocesa. Napier também se dedicou à invenção de artefactos secretos de guerra, inclusive uma peça de artilharia de longo alcance, que ficaram apenas no papel. Foi como matemático, porém, que Napier mais se destacou. A sua mais notável realização foi a descoberta dos logaritmos, artifício que simplificou os cálculos aritméticos e assentou as bases para a formulação de princípios fundamentais da análise combinatória.
Está enterrado na igreja de Saint Cuthbert, em Edimburgo. Uma unidade utilizada em telecomunicações, o neper, tem este nome em sua homenagem.
No início do século XVII, inventou um dispositivo chamado Ossos de Napier que são tabelas de multiplicação gravadas em bastão, permitindo multiplicar e dividir de forma automática, o que evitava a memorização da tabuada, e que trouxe grande auxílio ao uso de logaritmos, em execução de operações aritméticas como multiplicações e divisões longas.
Idealizou também uma calculadora, com cartões, que permitia a realização de multiplicações, que recebeu o nome de Estrutura de Napier.

segunda-feira, abril 03, 2017

Murillo morreu há 335 anos

Autorretrato de Murillo

Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 31 de dezembro de 1618 - Cádiz, 3 de abril de 1682) foi um pintor barroco espanhol, talvez, o que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exacto do seu nascimento é-nos desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido no(s) último(s) dia(s) do ano, já que foi batizado a 1 de janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume na Idade Moderna, baptizar as crianças no dia seguinte ou somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação.
O seu pai chamava-se Gaspar Esteban e era barbeiro. A sua mãe chamava-se Maria Pérez Murillo. Estes e Esteban Murillo integravam uma família muito numerosa, sendo Murillo o décimo-quarto filho do casal. Mesmo assim, a situação económica da família era bastante boa e, como tal, formavam uma família feliz.
Porém o seu pai morreu em 1627 e a sua mãe poucos meses mais tarde. Assim, Murillo ficou ao cuidado da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro de nome Juan Agustín de Lagares. As relações entre Murillo e o cunhado eram muito boas.
Murillo iniciou a sua aprendizagem artística com o seu (suposto) tio, Juan del Castillo. Del Castillo não era um artísta de primeira fila, mas, os seus trabalhos eram respeitados no ambiente artístico sevilhano.
Os primeiros quadros de Murillo eram muito influenciados pelo estilo do seu mestre, Del Castillo, como se pode apreciar no quadro A "Virgem do Rosário, com São Domingo".
Em 1645 recebeu a sua primeira encomenda importante: treze quadros para um claustro do Convento de São Francisco, em Sevilha. Nestas obras demonstrou uma notável influência de Van Dyck, Ticiano e Peter Paul Rubens. Foi também neste ano que Murillo casou, a 26 de fevereiro, com uma jovem sevilhana de 22 anos, Beatriz Cabrera y Villalobos, na famosa Igreja da Madalena. Durante os dezoito anos de duração do matrimónio tiveram uma ampla descendência: um total de nove filhos.
O êxito alcançado com as pinturas no claustro do Convento de São Francisco motivou o aumento do número de encomendas.
Porém, em 1649 a peste assolou Sevilha, tendo morrido quatro dos filhos de Esteban Murillo. Mesmo assim, as encomendas continuaram a bom ritmo.
Em 1658 Murillo mudou-se para Madrid, onde tomou contacto com a pintura flamenga e veneziana e, para além disso, conheceu Velázquez, Francisco de Zurbarán, Alonso Cano, entre outros artistas madrilenos. Mas, no final do mesmo ano, voltou para a sua cidade natal.
As encomendas continuaram e o reconhecimento aumentou. Tal contribuiu para que Murillo pudesse desfrutar de uma boa situação económica, complementada com as propriedades dele e da sua mulher e ainda com a existência de uma escrava.
O ano de 1660 foi de grande importância para o pintor, tendo fundado a Academia de Desenho de Sevilha, em parceria com Francisco de Herrera el Mozo. Três anos mais tarde, a sua mulher Beatriz faleceu, devido ao seu último parto.
Em 1665, teve início o seu período mais produtivo, ou seja, o período em que recebeu mais encomendas. Neste ano, a fama alcançada por Murillo estendeu-se por todo o país, chegando à corte madrilena, onde, segundo Palomino, o próprio rei Carlos II convidou-o a estabelecer-se em Madrid.
Em 1681 mudou-se para a paróquia de Santa Cruz, onde recebe a sua última encomenda: vários retábulos da igreja do Convento de Santa Catalina de Cádiz. Quando trabalhava nesta encomenda, sofreu uma grave queda, que resultou na sua morte, alguns meses mais tarde, já no ano de 1682.
Em sua honra, os populares fizeram um enorme funeral. Para se ter ideia da sua fama, o seu caixão foi carregado por dois marqueses e quatro cavaleiros. Na actualidade, Murillo continua a ser um pintor muito conhecido.


Jesse James morreu há 135 anos

Jesse Woodson James (Kearney, 5 de setembro de 1847Saint Joseph, Missouri, 3 de abril de 1882) foi um fora-da-lei, do Velho Oeste dos Estados Unidos, conhecido pelos seus roubos. Porém, Jesse nem sempre foi um fora-da-lei. Antes de entrar para o mundo do crime, ele e o seu irmão Frank eram agricultores.
É considerado por muitos historiadores como um dos melhores cowboys a utilizar uma arma. Alguns dizem que seu primeiro assassinato ocorreu com 14 anos de idade. Ao longo de sua vida Jesse teria matado pelo menos vinte pessoas.

(...) 

Com o seu bando depauperado por prisões, mortes e desistências, Jesse achou que só restavam dois homens em quem podia confiar: os irmãos Robert Ford e Charley Ford. Charley já conhecia Jesse, mas Bob era um recém-recrutado. Jesse levou os irmãos Ford para o acompanhar e à família. Houve rumores de que Jesse tinha tido um caso com a irmã dos Fords, Martha Bolton.Jesse não sabia que Bob Ford havia secretamente negociado com Thomas Theodore Crittenden, o governador do Missouri, para entregá-lo. Crittenden tinha como prioridade a captura dos irmãos James. Impedido pela lei de oferecer uma boa recompensa, ele conseguiu que a Estrada-de-Ferro oferecesse um prémio de $5.000 por cada um dos irmãos. O presidente Ulysses S. Grant também queria a prisão dos James.
Em 3 de abril de 1882, após tomarem o pequeno-almoço, os Fords e Jesse James faziam  preparativos para outro roubo e cuidavam dos cavalos. Jesse estava sem o casaco e as armas e foi dito que  removia o pó de um quadro, após ter subido a uma cadeira. Robert Ford aproveitou a oportunidade e disparou-lhe na cabeça. A lenda diz que Jesse James vinha tendo pensamentos suicidas e que no dia da sua morte deixou as armas, que nunca tirava da cintura, em cima da mesa, dando as costas aos Fords para tirar a poeira de um quadro, como quem sabe que vai ser traído, assim preferindo deixar que o matassem para não ter mais duas mortes na conta. Há relatos até de que Jesse viu pelo reflexo do quadro, quando apontaram a arma em sua direção.
O assassinato de Jesse James foi uma grande sensação nacional. Os irmãos  não se tentaram esconder após o feito. Robert Ford queria a recompensa. Uma multidão se dirigiu a casa de St. Joseph para ver o corpo do bandido, enquanto os irmãos Ford se rendiam às autoridades. Os irmãos Ford foram sentenciados à forca, mas, duas horas antes da execução, receberam o perdão do governador Crittenden.
As implicações da conspiração do chefe do executivo do Missouri para matar um cidadão, criaram novas lendas sobre Jesse James.
Os Fords receberam uma pequena parte da recompensa e fugiram do Missouri. Eles começaram uma viagem teatral pelo país, onde reencenaram a morte de Jesse James.
Charley Ford suicidou-se a 6 de maio de 1884 em Richmond, Missouri após ser acometido de tuberculose e tomar morfina. Robert Ford foi assassinado por um pistoleiro em Creede, Colorado, em 8 de junho de 1892. O assassino, Edward Capehart O'Kelley, foi sentenciado à prisão perpétua. A sentença de O'Kelley foi comutada, por causa da sua saúde, e ele foi solto a 3 de outubro de 1902.
A viúva de Jesse James morreu sozinha e pobre. O seu corpo foi enterrado em Kearney, Missouri e foi exumado em 1995 para um teste de DNA.
 
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Johannes Brahms morreu há 120 anos

Johannes Brahms (Hamburgo, 7 de maio de 1833 - Viena, 3 de abril de 1897) foi um compositor alemão, uma das mais importantes figuras do romantismo musical europeu do século XIX.
Hans von Bülow faz referência de Brahms como um dos "três Bs da música", apelidando sua primeira sinfonia como décima, fazendo referência a sua sucessão a Beethoven.
No dia 7 de maio de 1833, em Hamburgo, nasceu Johannes Brahms. O seu pai, Johan Jacob, era contrabaixista e ganhava a vida tocando nos bares da cidade portuária. Rapidamente ele percebeu os dotes pouco comuns do filho e, quando este completou 7 anos, contratou o excelente professor Otto Cossel para dar-lhe aulas de piano. Aos 10 anos, fez o seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven. Também aos 10 anos, frequentava bares com o seu pai e tocava lá durante parte da noite.
Não tardou a receber um convite para tocar nas cervejarias da noite hamburguesa, ao lado do seu pai. Enquanto trabalhava como músico profissional, Johannes tinha aulas com Eduard Marxsen, regente da Filarmónica de Hamburgo e compositor. Foi Marxsen quem lhe deu as primeiras noções de composição, para sua grande alegria.
Na noite, Brahms conhece Eduard Reményi, violinista húngaro que havia se refugiado em Hamburgo. Combinam uma tournée pela Alemanha. Nesta viagem, Brahms acaba conhecendo Joseph Joachim (famoso violinista, que se tornaria um de seus maiores amigos), Liszt e também os Schumann.
Na sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann receberam-no como um génio. Robert logo tratou de recomendar as obras de Brahms aos seus editores e escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado Novos Caminhos, onde era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". Quanto à Clara, existem muitas hipóteses de que os dois teriam tido um relacionamento amoroso, mas nenhuma prova - ambos destruíram cartas e outros documentos que poderiam afirmar isso.
Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, fixando-se em duas residências - a de Joachim em Hanôver e a de Schumann em Düsseldorf. Esta vida errante haveria de terminar em 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold.
Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do futuro". Embora Brahms nunca fosse afeito a polémicas, acabou entrando nesta, o que lhe valeu ser apelidado de reacionário, derrubada apenas no nosso século pelo famoso ensaio de Schoenberg: Brahms, o Progressista.
Três anos mais tarde, resolve morar em Viena. O seu primeiro emprego na capital austríaca foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do relativo sucesso que obteve, pediu demissão em apenas um ano, para poder dedicar-se à composição. A partir daí, sempre conseguiu sustentar-se apenas com a edição das suas obras e com os seus concertos e recitais.
Em Viena, conseguiu o apoio e admiração do importante crítico Eduard Hanslick, mas isso não era suficiente para garantir-lhe fama. Foi só a partir da estreia do Requiem Alemão, em 1868, que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor. O reflexo disso é que, em 1872, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical vienense. Ficaria lá até 1875.
Em 1876, um facto marcante: estreia a sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada. Foi um grande sucesso e Brahms ficou marcado como sucessor de Beethoven - o maestro Hans von Bülow até apelidou a sinfonia de Décima.
Como alguém já observou, a vida de Brahms vai-se acalmando em razão contrária de sua produção. Os anos que se seguem são tranquilos, marcados pela solidão (manteve-se solteiro), pelas estreias das suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens (principalmente à Itália).
Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte, encontra-se com o célebre clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento e as suas possibilidades, escreve quatro obras-primas, duas Sonatas para Clarinete e Piano, o Trio para Clarinete, Cello e Piano, e o Quinteto para Clarinete e Cordas, que está entre suas mais importantes peças de música de câmara.
A sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente se despede da vida. Ele deu a coletânea a si mesmo, como presente, no aniversário de 1896. Johannes Brahms viria a morrer um ano depois, em 3 de abril de 1897.
Música
Brahms dedicou-se a todas as formas, exceto ballet e ópera, que não lhe interessavam - o seu domínio era realmente a música pura, onde reinou em absoluto no seu tempo. Podemos dizer que Brahms ocupou o espaço deixado por Wagner, que se dedicava à ópera, e com ele dominou a música da segunda metade do século XIX.
A obra brahmsiniana representa a fusão da expressividade romântica com a preocupação formal clássica. Em uma época onde a vanguarda estava com a música programática de Liszt e o cromatismo wagneriano, Brahms compôs música pura e diatónica, e ainda assim conseguiu impor-se. Talvez este seja um de seus maiores méritos. Em contrapartida, um fator que faz com que Brahms seja de certa forma inovador, é o seu estilo de modulação, sendo que, muitas vezes, Brahms usa de modulações repentinas dentro do discurso harmónico de suas obras, sempre trilhando caminhos de intervalos de terça.
Porém, a contragosto, Brahms viu-se no meio da querela entre os conservadores, capitaneados pelo crítico Hanslick, e os "modernistas", principalmente Hugo Wolf, sendo adotado pelo lado "reacionário". Como os wagnerianos acabaram por dominar a maior parte da crítica na virada do século, demorou muito para que a obra de Brahms fosse colocada no lugar que merecia.
Um dos que mais contribuíram para mudar esse estado de coisas foi Arnold Schoenberg, pai do dodecafonismo, que expôs, numa conferência realizada nos Estados Unidos em 1933, o quanto Brahms era inovador e até mesmo revolucionário. Hoje, esta é a ideia predominante: Brahms é um dos compositores mais conhecidos.
Os estudiosos dividem em quatro fases a sua obra. A primeira é a juventude, onde apresenta um romantismo exuberante e áspero, como no primeiro Concerto para Piano. Ela vai até 1855. A segunda corresponde à fase de consolidação como compositor, que culmina no triunfo do Requiem Alemão, em 1868. Aqui, ele toma gosto pela música de câmara e pelo estudo dos clássicos. A terceira fase é a maturidade, das obras sinfónicas e corais. Brahms atinge a perfeição formal e grande equilíbrio. O último período começa em 1890, quando, no final da vida, pensa em parar de compor. As obras tornam-se mais simples e concentradas, com destaque para a música de câmara e de piano. O Quinteto para Clarinete é exemplo típico dessa fase outonal.

domingo, abril 02, 2017

Emmylou Harris faz hoje 70 anos!

Emmylou Harris (Birmingham, Alabama, 2 de abril de 1947) é uma cantora e compositora dos Estados Unidos da América de música country, folk e alternativa. A sua voz, de soprano, torna-a uma das mais distintas cantoras da música popular do seu país.


São Francisco de Paula morreu há 510 anos

São Francisco de Paula (Paola, 27 de março de 1416 - Tours, 2 de abril de 1507) foi um eremita, fundador da Ordem dos Mínimos e santo da Igreja Católica.
É também conhecido como "O Eremita da Caridade", pela sua opção de desprezo absoluto pelos valores transitórios da vida e dedicação integral ao socorro do próximo. Consta que num só dia o venerado Francisco de Paula atendeu no seu Mosteiro mais de trezentas pessoas necessitadas do espírito e do corpo, realizando curas prodigiosas.
Francisco de Paula fundou a Ordem dos Mínimos, uma fraternidade que exige do interessado em nela ingressar uma única condição: que se considere um "mínimo", pois Jesus dissera que se alguém quer ser o primeiro, que seja o último e o servo de todos.
Venerado pelos pobres, pelos reis e pelos nobres de seu tempo, Francisco de Paula deu o exemplo numa época em que prosperavam os abusos eclesiásticos e quando se cultivavam os prazeres efêmeros e subalternos da vida. Por essa razão, foi considerado um missionário especial, por sua capacidade extraordinária de resgatar os mais puros e preciosos valores evangélicos, tal qual o seu mais famoso inspirador, Francisco de Assis, que vivera dois séculos antes.

(...)

Francisco seguia uma dieta vegetariana estrita, sem carne de animais, lacticínios ou ovos. Um dos votos da Ordem dos Mínimos era mesmo a abstenção de carne, peixe, ovos, manteiga, queijo e leite. Há várias histórias sobre a compaixão de Francisco de Paula pelos animais, em muitas das quais ressuscitou animais que tinham sido mortos para serem comidos.

(...) 

O santo faleceu na Sexta-feira Santa do ano de 1507, aos 91 anos de idade. O seu corpo permaneceu incorrupto até 1562. Nesse ano, durante as Guerras de Religião, os protestantes calvinistas – como o Santo havia predito – invadiram o convento de Plessis, onde estava enterrado, tiraram o seu corpo do sepulcro e, sem se comover ao vê-lo em tão bom estado, queimaram-no com a madeira de um grande crucifixo da igreja.
Assim, foi o Santo praticamente martirizado depois de sua morte. Entretanto, apesar do ódio dos inimigos da fé, a sua glória permanece para sempre.