domingo, dezembro 14, 2014

Andrei Sakharov morreu há 25 anos

Andrei Dmitrievich Sakharov (Moscovo, 21 de maio de 1921 - Moscovo, 14 de dezembro de 1989) foi um físico nuclear da União Soviética.
Ele ganhou fama como o designer de terceira ideia da União Soviética, o nome de código para o desenvolvimento soviético de armas termonucleares. Sakharov era um defensor das liberdades civis e reformas civis na União Soviética. Ele foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz em 1975. O Prémio Sakharov, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu para as pessoas e organizações dedicadas aos direitos humanos e liberdades, foi assim nomeado em sua honra.
  
Biografia
Andrei Sakharov nasceu em Moscovo, a 21 de maio de 1921. O seu pai, Dmitri Ivanovich Sakharov, foi um professor de física numa escola privada e a sua mãe era uma pianista. Andrei frequentou a Universidade de Moscovo a partir de 1938.
Após a evacuação, em 1941, durante a Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial), ele se formou em Asgabate, hoje no Turcomenistão. Em seguida, ele foi designado o trabalho de laboratório em Ulyanovsk. Durante este período, em 1943, casou-se com Klavdia Alekseyevna Vikhireva, de quem teve duas filhas e um filho antes de esta morrer, em 1969. Ele regressou a Moscovo em 1945 para estudar no Departamento teórico da FIAN (Instituto de Física da Academia Soviética de Ciências), onde fez o seu Doutoramento em 1947.
Estudou os raios cósmicos. Desempenhou com Igor Kurchatov um papel de primeiro plano na preparação da primeira bomba de hidrogénio, que foi desenvolvida na União Soviética e cujos primeiros ensaios se realizaram em 1953. Este feito valeu-lhe a entrada na Academia das Ciências da União Soviética no mesmo ano; todavia, não tardou a pedir a limitação dos armamentos nucleares. Sakharov propôs a ideia de gravidade induzida como teoria alternativa à da gravitação quântica.
Em 1965 reclamou a efectiva desestalinização do país e do partido; a sua obra, "A Liberdade Intelectual na URSS e a Coexistência Pacífica", publicada no exterior em 1967, deu-lhe um lugar destacado na oposição ao regime. Tal como Aleksandr Solzhenitsyn, a quem apoiou sem esconder o seu desacordo com o romantismo místico do escritor, denunciou os Gulags, os internamentos arbitrários e outras violações da Constituição Soviética e dos Direitos Humanos.
Casou com a activista dos direitos humanos Yelena Bonner em 1972.
Galardoado com o Nobel da Paz em 1975, não foi autorizado a ir receber a sua distinção em Oslo. Com residência fixa a partir de 1980, só conseguiu a liberdade de movimentos após a chegada ao poder de Mikhail Gorbachev e a implementação da perestroika e da glasnost, apesar da pressão da opinião pública internacional e de uma greve de fome em 1984. Na sequência da revisão constitucional de 1989 o académico foi candidato ao Congresso, obteve a investidura da Academia das Ciências, malgrado uma forte obstrução processual, e chegou a deputado. Morreu em 14 de dezembro de 1989 por enfarte do miocárdio. Encontra-se sepultado no Cemitério Vostryakovskoe, em Moscovo, na Rússia.
Em sua memória a União Europeia instituiu o Prémio Sakharov para destacar pessoas que lutam pela defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Este prémio é atribuído desde 1988.
 

Beatriz Costa nasceu há 107 anos

Beatriz Costa, pseudónimo de Beatriz da Conceição (Charneca do Milharado, Mafra, 14 de dezembro de 1907 - Lisboa, 15 de abril de 1996) foi uma actriz de teatro e cinema portuguesa, sendo um ícone da cultura popular portuguesa.


sábado, dezembro 13, 2014

Taylor Swift - 25 anos!

Taylor Alison Swift (Reading, 13 de dezembro de 1989), mais conhecida por Taylor Swift, é uma cantora, compositora, instrumentista, produtora musical e atriz norte-americana.
O seu álbum de estreia, chamado Taylor Swift, foi lançado em novembro de 2006 e vendeu cinco milhões de cópias nos Estados Unidos, onde foi certificado com platina cinco vezes. Os cinco singles do álbum foram top 10 nos charts country e top 40 no Hot 100 da Billboard. Em 2007, ela recebeu o prémio Horizon Award (Revelação) no CMA Awards. Em 11 de novembro de 2008, ela lançou seu segundo álbum, "Fearless", que ficou em primeiro lugar na Billboard 200 durante onze semanas não consecutivas e foi o disco mais vendido nos Estados Unidos em 2009, tendo vendido um total de sete milhões de cópias, sendo seis milhões delas nos Estados Unidos e atualmente está na lista de recordistas de vendas de discos da história do país, segundo o ranking da RIAA.
Em 2009, Taylor ganhou o prémio de melhor videoclipe feminino no VMA com "You belong with me". Também em 2009, venceu 4 CMA Awards, incluindo a categoria mais prestigiada, a de Entertainer do Ano, e 5 American Music Awards, incluindo o de Artista do Ano. Por fim, em fevereiro de 2010, a cantora ganhou 4 Grammy Awards, incluindo Disco do Ano. Em outubro do mesmo ano, Swift lançou seu terceiro álbum, Speak Now, que também estreou na primeira posição da Billboard 200, vendendo pouco mais de um milhão de cópias na primeira semana nos Estados Unidos. Em 22 de outubro de 2012, lançou o seu quarto álbum, chamado "Red", cujo nome ela justificou por vermelho ser a cor que ela vê quando sente emoções fortes.


El-Rei D. Manuel I morreu há 493 anos

D. Manuel I de Portugal (Alcochete, 31 de maio de 1469 - Lisboa, 13 de dezembro de 1521) foi o 14.º Rei de Portugal, cognominado O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado tanto pelos eventos felizes que o levaram ao trono, como pelos que ocorreram no seu reinado. D. Manuel I ascendeu inesperadamente ao trono em 1495 em circunstâncias excepcionais, sucedendo ao seu primo direito e cunhado El-Rei D. João II de Portugal, de quem se tornara protegido. Prosseguiu as explorações portuguesas iniciadas pelos seus antecessores, o que levou à descoberta do caminho marítimo para a Índia, do Brasil e das ambicionadas "ilhas das especiarias", as Molucas, determinantes para a expansão do império português. Foi o primeiro rei a assumir o título de Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e Índia. Em 1521, promulgou uma revisão da legislação conhecida como Ordenações Manuelinas, que divulgou com ajuda da recente imprensa. No seu reinado, apesar da sua resistência inicial, cumprindo as cláusulas do seu casamento com Dona Maria de Aragão, viria a autorizar a instalação da inquisição em Portugal. Com a prosperidade resultante do comércio, em particular o de especiarias, realizou numerosas obras cujo estilo arquitectónico ficou conhecido como manuelino.

Esfera armilar, divisa de D. Manuel I conferida por D. João II que, tendo escrito no meridiano "Spera Mundi" foi, mais tarde, interpretada como sinal de um desígnio divino para o reinado de D. Manuel, Igreja Matriz da Golegã

Amy Lee - 33 anos

Amy Lynn Hartzler (Riverside, 13 de dezembro de 1981) é uma cantora, compositora e música norte-americana, além de vocalista e pianista da banda de metal alternativo Evanescence, que atualmente segue numa carreira a solo.


Luiz Gonzaga nasceu há 102 anos

Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, (Exu, 13 de dezembro de 1912 - Recife, 2 de agosto de 1989) foi um importante compositor e cantor popular brasileiro. Foi uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o Sertão Nordestino, ao resto do país, numa época em que a maioria desconhecia o baião, o xote e o xaxado.
Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).


Hoje é dia de Santa Luzia...

Santa Luzia por Lorenzo Lotto

Santa Lúcia de Siracusa283 - † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), segundo a tradição da Igreja Católica, foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa, venerada pelos católicos como virgem e mártir cristã, que, segundo conta-se, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano.


sexta-feira, dezembro 12, 2014

Edvard Munch nasceu há 151 anos

Edvard Munch (Løten, 12 de dezembro de 1863 - Ekely, 23 de janeiro de 1944) foi um pintor norueguês, um dos precursores do expressionismo alemão.

Curiosidades
  • Depois da Revolução Cultural Chinesa, Munch foi o primeiro artista ocidental cujas obras foram exibidas na Galeria Nacional de Pequim.
  • Alguns historiadores de arte consideram que o tom avermelhado de fundo no quadro O Grito, reflete o efeito na atmosfera, ao entardecer, depois da erupção do vulcão indonésio Cracatoa, em 1883.
  • O quadro O Grito foi roubado diversas vezes. Em 31 de agosto de 2006 a polícia norueguesa anunciou a sua recuperação em condições normais.

O Grito (1893)
  
in Wikipédia

Há um século um típico ministério da I república tomava posse para sair 44 dias depois...

Victor Hugo de Azevedo Coutinho (Macau, 12 de novembro de 1871 - Lisboa, 27 de junho de 1955) foi um oficial da Armada, professor da Universidade de Coimbra e da Escola Naval e político ligado ao Partido Democrático que exerceu as funções de Presidente do Ministério de um dos governos da Primeira República Portuguesa, tendo governado entre 12 de dezembro de 1914 e 25 de janeiro de 1915. Composto essencialmente por figuras políticas de segunda linha, esse Ministério ficou jocosamente conhecido pelos "Miseráveis de Victor Hugo" e também por "Adega do Braga", devido ao facto de Alexandre Braga fazer parte do elenco governativo, numa altura em que os seus problemas com o álcool (ou falta dele) eram bem conhecidos.

Frank Sinatra nasceu há 99 anos

Francis Albert "Frank" Sinatra (Hoboken, 12 de dezembro de 1915 - Los Angeles, 14 de maio de 1998) foi um cantor e ator norte-americano.


Dionne Warwick - 74 anos

Marie Dionne Warwick (East Orange, Nova Jérsei, 12 de Dezembro de 1940) é uma cantora norte-americana. Era prima de primeiro grau de Whitney Houston e é irmã de Dee Dee Warwick e sobrinha de Cissy Houston. Ganhou fama como a intérprete preferida dos compositores Burt Bacharach e Hal David. Ambos a presentearam com uma série de sucessos. Com mais de 50 anos de carreira, estima-se que tenha vendido mais de 66 milhões de cópias dos seus discos.


quinta-feira, dezembro 11, 2014

Hector Berlioz nasceu há 211 anos

Desenho a lápis de Berlioz, por Alphonse Legros, circa 1860

Louis Hector Berlioz (La Côte-Saint-André, 11 de dezembro de 1803 - Paris, 8 de março de 1869) foi um compositor do romantismo francês, conhecido por sua Sinfonia Fantástica (1830) e pela Missa de Requiem (1837).
   
Biografia
Berlioz nasceu a 11 de dezembro de 1803, em La Côte-Saint-André, entre Grenoble e Lyon, na França. Hector foi educado em casa com a ajuda de seu pai e cresceu com os ensinamentos baseados em Rousseu. O seu pai era médico e o jovem Hector foi enviado para Paris, para estudar medicina, como o pai. Berlioz, insatisfeito com a escola de medicina, desistiu do curso para estudar música, contra a vontade de seu pai. O jovem foi para o conservatório de Paris estudar composição.
Desde cedo, o compositor identificou-se com o movimento romântico francês. Entre outros, eram amigos dele os escritores Alexandre Dumas, Victor Hugo e Honoré de Balzac. Posteriormente, Théophile Gautier escreveria: "Hector Berlioz parece formar, juntamente com Victor Hugo e Delacroix, a Trindade da Arte Romântica".
O seu amor não correspondido pela atriz Henrietta Constance Smithson serviu de inspiração para a composição da Sinfonia Fantástica. No mesmo ano da première dessa obra (1830), Berlioz ganhou o Prix de Rome. Ao voltar a Paris, após dois anos de estudo em Roma, finalmente casou-se com Smithson, quando esta finalmente foi a uma apresentação da Sinfonia Fantástica. Entretanto, após poucos anos, o relacionamento acabou.
Um noivado com Marie Moke, ocorrido na época em que Smithson rejeitou Berlioz, foi rompido quando a mãe de Marie resolveu casá-la com o pianista e fabricante de pianos Camille Pleyel.
Durante a sua vida, Berlioz foi mais famoso como maestro do que como compositor, ele regularmente viajava para a Alemanha e Inglaterra, para dirigir óperas e música sinfónica, tanto obras suas quanto de outros compositores.
Hector Berlioz faleceu em 8 de março de 1869 e está sepultado no Cemitério de Montmartre, com as suas duas esposas, Henrietta Constance Smithson (falecida em 1854) e Marie Recio (falecida em 1862).
Influências
Embora negligenciada na França durante grande parte do século XIX, a música de Berlioz tem sido considerada muito influente no desenvolvimento da forma sinfônica, instrumentação, e da representação na música das ideias programáticas e literárias, características centrais do romantismo musical. Berlioz não só influenciou Wagner com sua orquestração e quebra de formas convencionais, como também no seu uso da ideia fixa na Sinfonia Fantástica, que antecipa o leitmotiv. Liszt chegou a ver Berlioz não só como compositor para apoiar, mas também para aprender, considerando Berlioz um aliado em seu objetivo de "uma renovação da música através da sua união mais estreita com a poesia".
Durante o centenário de seu nascimento, em 1903, ao receber atenção de todos os principais livros de referência musical, ele ainda não era amplamente aceito como um dos grandes compositores. Algumas de suas músicas ainda eram pouco conhecidas, e ele tinha menos seguidores do que outros compositores, principalmente alemães. Meio século depois, a situação não se havia alterado muito. Apenas na década de 1960, começaram a ser feitas as perguntas certas sobre o seu trabalho, para que pudesse ser visto sob uma luz mais equilibrada e ampla. Um dos eventos centrais neste novo interesse no compositor foi uma performance de Les Troyens por Rafael Kubelik, em 1957, na Royal Opera House - Covent Garden. A música de Berlioz teve um renascimento durante os anos 1960 e 1970, devido em grande parte aos esforços de maestro francês Charles Munch e do maestro britânico Sir Colin Davis, que gravou toda a sua oeuvre, trazendo à tona uma série de obras de Berlioz menos conhecidas. Um exemplo incomum do aumento da fama de Berlioz na década de 60 foi uma explosão de cartas, autógrafos e manuscritos falsos, evidentemente criados para atender a um interesse muito maior no compositor. A gravação de Davis de Les Troyens foi a primeira gravação quase completa de sua obra. A obra, que Berlioz nunca viu encenada em sua totalidade durante a sua vida, é agora uma parte do repertório internacional. Les Troyens foi a primeira ópera executada na recém-construída Opéra Bastille em Paris em 17 de março de 1990, numa produção que afirmou ser completa, mas sem os ballets.
Em 2003, no bicentenário do nascimento de Berlioz, as suas conquistas e status são muito mais amplamente reconhecidos, e sua música é vista como séria e original, ao invés de uma novidade excêntrica. Artigos de jornais relataram sua vida colorida com zelo, uma grande quantidade de festivais dedicados ao compositor foram realizados, leituras de seus livros e uma biografia dramatizada de uma hora na televisão francesa ajudaram a criar uma grande exposição da vida e da música do compositor - muito mais do que no primeiro centenário. Numerosos projetos de gravação foram iniciados ou reeditados e aumentaram as transmissões das sua música.
   
Influências
Berlioz era um amante da literatura, e muitas de suas melhores composições são influenciadas por obras literárias. Para compor a Danação de Fausto, Berlioz baseou-se no Fausto, de Goethe; para Haroldo na Itália, baseou-se no Childe Harold, de Lord Byron e, para Benvenuto Cellini, na autobiografia de Cellini. Para a criação de Romeo et Juliette, a base foi a obra, do mesmo nome, de Shakespeare. Para compor sua grande obra, Les Troyens, foi influenciado pela leitura da Eneida, de Virgílio. Para compor a sua última ópera, Béatrice et Bénédict, Berlioz preparou um libretto vagamente baseado na peça de Shakespeare, Much Ado About Nothing.
Além de influenciado por obras literárias, Berlioz também admirava a obra de Beethoven (na época, desconhecido na França). A apresentação da Sinfonia Eróica em Paris causou profundas influências na obra de Berlioz. Além de Beethoven, o compositor também admirava Gluck, Weber e Spontini.
  
in Wikipédia
  

Carlos Gardel nasceu há 124 anos

Carlos Gardel (Tacuarembó ou Toulouse, 11 de dezembro de 1890 - Medellín, 24 de junho de 1935) foi o mais famoso dos cantores de tango argentino, país ao qual chegou aos dois anos de idade.



Por una cabeza - Carlos Gardel
Música: Carlos Gardel
Letra: Alfredo Le Pera

Por una cabeza
de un noble potrillo
que justo en la raya
afloja al llegar,
y que al regresar
parece decir:
No olvidés, hermano,
vos sabés, no hay que jugar.
Por una cabeza,
metejón de un día
de aquella coqueta
y risueña mujer,
que al jurar sonriendo
el amor que está mintiendo,
quema en una hoguera
todo mi querer.

Por una cabeza,
todas las locuras.
Su boca que besa,
borra la tristeza,
calma la amargura.
Por una cabeza,
si ella me olvida
qué importa perderme
mil veces la vida,
para qué vivir.

Cuántos desengaños,
por una cabeza.
Yo juré mil veces,
no vuelvo a insistir.
Pero si un mirar
me hiere al pasar,
su boca de fuego
otra vez quiero besar.
Basta de carreras,
se acabó la timba.
¡Un final reñido
yo no vuelvo a ver!
Pero si algún pingo
llega a ser fija el domingo,
yo me juego entero.
¡Qué le voy a hacer..!

Felix Nussbaum nasceu há 110 anos

Auto Retrato com Cartão de Identidade Judaico (1943)

Felix Nussbaum (11 de dezembro de 1904, Osnabrück - 2 de agosto de 1944, Auschwitz) foi um pintor alemão de religião judaica, com várias obras que ilustram os horrores do Holocausto, do qual ele foi vítima. Estudou em Hamburgo e Berlim, arte, livre e aplicada (Freie und Angewandte Kunst). Nos anos 20 e 30 as suas exposições em Berlim tiveram grande sucesso. Com a chegada ao poder dos nazis em 1933, foi obrigado a viver no exílio, em Itália, França e finalmente na Bélgica (Bruxelas) com a sua mulher, a polaca Felka Platek, com quem casou em 1937. Com a ocupação pelos alemães e o regime de Vichy, foi internado num campo de concentração em França. Conseguiu no entanto fugir com a sua mulher e esconder-se na casa de um amigo, também um artista, em Bruxelas. Foi traído e denunciado em junho de 1944 e imediatamente preso, juntamente com a sua mulher. Foi levado para campo de concentração de Malines, de onde foi levado para Auschwitz, onde foi assassinado a 2 de agosto de 1944, presumivelmente com a sua mulher.

Ravi Shankar morreu há dois anos

O pandita Ravi Shankar, nascido Robindro Shaunkor Chowdhury, em Varanasi (Benares), a 7 de abril de 1920, e falecido em San Diego, a 11 de dezembro de 2012, foi um compositor e músico indiano. Ravi Shankar ficou conhecido em todo o mundo na década de 1960 ao colaborar com astros pop como os Beatles. Ravi Shankar foi considerado como o "padrinho de música do mundo". É pai da cantora e compositora Norah Jones e da tocadora de sitar (como ele) Anoushka Shankar.


Manoel de Oliveira - 106 anos!

Manoel Cândido Pinto de Oliveira (Porto, 11 de dezembro de 1908) é um cineasta português e, segundo se diz, o mais velho realizador do mundo em actividade. É o autor de trinta e duas longas-metragens.

Biografia
Manoel de Oliveira nasceu na freguesia de Cedofeita na cidade do Porto, no seio de uma família da alta burguesia nortenha, com origens na pequena fidalguia. É filho de Francisco José de Oliveira (Mosteiro, Vieira do Minho, 1865 - ?), industrial e primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal, e de sua mulher, Cândida Ferreira Pinto (Santo Ildefonso, Porto, 13 de abril de 1875 - Porto, 2 de julho de 1947). Os seus pais casaram-se na freguesia de Lordelo do Ouro, na cidade do Porto.
Ainda jovem foi para a cidade de A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas. Admite ter sido sempre mau aluno. Dedicou-se ao atletismo, tendo sido campeão nacional de salto à vara e atleta do Sport Club do Porto, um clube de elite. Ainda antes dos filmes veio o automobilismo e a vida boémia. Eram habituais as tertúlias no Café Diana, na Póvoa de Varzim, com os amigos José Régio, Agustina Bessa-Luís, Luís Amaro de Oliveira e outros. Cedo é mordido pelo bichinho do cinema.

Família
Oliveira casou com Maria Isabel Brandão de Meneses de Almeida Carvalhais (nascida em 1918), no Porto, a 4 de dezembro de 1940. Do casamento resultaram quatro filhos: Manuel Casimiro Brandão Carvalhais de Oliveira (nascido em 1941), José Manuel Brandão Carvalhais de Oliveira (nascido em 1944), Isabel Maria Brandão Carvalhais de Oliveira (nascida em 1947), Adelaide Maria Brandão Carvalhais de Oliveira (nascida em 1948). Tem também vários netos e bisnetos. Um dos netos é o conhecido actor Ricardo Trêpa (filho de Adelaide).

Carreira
Aos vinte anos vai para a escola de actores fundada no Porto por Rino Lupo, o cineasta italiano ali radicado, um dos pioneiros do cinema português de ficção. Berlim: sinfonia de uma cidade, documentário vanguardista de Walther Ruttmann, influencia-o profundamente. Tem então a ideia de rodar uma curta-metragem sobre a faina no Rio Douro, o seu primeiro filme. Douro, Faina Fluvial (1931), estreado em Lisboa, suscita a admiração da crítica estrangeira e o desagrado da nacional. Seria o primeiro documentário de muitos que abordariam, de um ponto de vista etnográfico, o tema da vida marítima da costa de Portugal, tal como Nazaré, Praia de Pescadores (1929) de Leitão de Barros (meio ficção meio documentário), Almadraba Atuneira (1961) de António Campos) ou Avieiros (1976) de Ricardo Costa.
Mantendo o gosto pela representação, participa como actor no segundo filme sonoro português, A Canção de Lisboa (1933), de Cottinelli Telmo. Diria mais tarde não se identificar com aquele estilo de cinema popular. Em 1942 aventura-se na ficção com a adaptação ao cinema do conto Os Meninos Milionários, de João Rodrigues de Freitas, e filma Aniki-Bobó (1942), retrato de infância no ambiente cru e pobre da Ribeira do Porto. O filme é um fracasso comercial mas, com o tempo, dará que falar. Oliveira decide, talvez por isso, abandonar outros projectos, envolvendo-se em negócios da família. Só voltará ao cinema catorze anos depois com O Pintor e a Cidade (1956), em que filma a cores. A fim de adquirir os conhecimentos necessários para tal experiência, faz uma curta formação nos estúdios da Agfa-Gevaert AG na Alemanha de Leste.
Em 1963 faz O Acto da Primavera (segunda docuficção portuguesa), filmando uma peça de teatro popular e iniciando nova fase do seu percurso. Com este filme, praticamente ao mesmo tempo que António Campos, envolve-se na prática da antropologia visual no cinema. Essa prática seria amplamente explorada por cineastas como João César Monteiro, na ficção, como António Reis, Ricardo Costa e Pedro Costa, no documentário. O Acto da Primavera e A Caça são obras marcantes na carreira de Manoel de Oliveira. O segundo filme, uma curta-metragem de ficção, é interrompido para conseguir fazer bem o primeiro, incursão no documentário, trabalhado com técnicas de encenação. Certo atrevimento vale-lhe a supressão de uma cena por parte da censura. Mais ainda: por causa de alguns diálogos inconvenientes fica dez dias nos calabouços da PIDE, onde conhece Urbano Tavares Rodrigues.
A obra cinematográfica de Manoel de Oliveira, até então interrompida por pausas e por projectos gorados, só a partir da O Passado e o Presente (1971) prosseguirá, sem quebras nem sobressaltos, por uns trinta anos, até para lá do final do século. A teatralidade imanente de O Acto da Primavera, contaminando esta sua segunda longa-metragem de ficção, afirmar-se-ia como estilo pessoal, como forma de expressão que Oliveira achou por bem explorar nos seus filmes seguintes, apoiado por reflexões teóricas de amigos e firmes convicções de conhecidos comentadores. A tetralogia dos amores frustrados seria por excelência o "campus" de toda essa longa experimentação. O palco seria o plateau, o espaço cénico onde o filme falado, em «indizíveis» tiradas, se tornaria a alma do espectáculo: o puro cinema submetido ao teatro, sua referência, sua origem, seu fundamento, tal como Oliveira o vê. Eram assim ditos os amores, ditos eram os seus motivos, e ditos ficaram os argumentos do invicto «Mestre» e de quem nisso viu toda a sua originalidade. Amores ditos e escritos, com muito palavreado, com muito peso: sem nenhuma emoção mas sempre com muito sentimento.
Em 1982 Manoel de Oliveira faz um documentário auto-biográfico de confissões e memórias. O cenário é a casa onde viveu desde 1940. O filme só será exibido depois da sua morte. Insiste em dizer que só faz filmes pelo gozo de os fazer, indiferente às críticas mais negativas. Leva entretanto uma vida retirada, longe das luzes da ribalta.
Os seus actores preferidos, com quem mantém uma colaboração regular, são Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Diogo Dória, Rogério Samora, Miguel Guilherme, Isabel Ruth e, mais recentemente, o seu neto, Ricardo Trêpa. Não lhe são de modo algum indiferentes actores estrangeiros como Catherine Deneuve, Marcello Mastroianni, John Malkovich, Michel Piccoli, Irene Papas, Chiara Mastroianni, Lima Duarte ou Marisa Paredes.
Em 2008 completou cem anos de vida. Dotado de uma resistência e saúde física e mental notáveis, é frequentemente enaltecido, nas referências que lhe são feitas, como «o mais velho realizador do mundo em actividade».
Têm ao menos três projetos pela frente: o longa-metragem A Igreja do Diabo que terá os atores Fernanda Montenegro e Lima Duarte no elenco, A Ronda da Noite, baseado em Agustina Bessa-Luís e um projeto sobre o papel das mulheres nas vindimas, que será sua próxima rodagem.

O teatro e o cinema
A obra de Manoel de Oliveira é marcada por duas tendências opostas presentes em toda a sua filmografia. Em todos os filmes que realizou antes de 1964, curtas e longas-metragens, incluindo Aniki-Bobó (1942) e A Caça (1964) predomina um estilo cinematográfico puro, sem diálogos ou monólogos palavrosos. O Acto da Primavera (1963) é o primeiro filme de Oliveira em que o teatro filmado se torna uma opção e um estilo. O Passado e o Presente (1972) será o segundo. Contradizendo-se na prática, é a propósito deste filme que ele se explica em teoria: enquanto arte cénica, o teatro é bem mais nobre e muitíssimo mais antigo que o cinema e é por isso que este se deve submeter à palavra.
A esta dualidade de Manoel de Oliveira não é estranha a sua educação religiosa. É católico por crença e convicção, mas de ortodoxo nada tem. A dúvida quanto ao corpo da , quanto a certos princípios da sua igreja, assola-o com frequência e isso tem reflexos profundos na sua obra. Essa dúvida é reproduzida no frequente filosofar de muitas das personagens dos seus filmes, em particular nos filmes mais falados, com incarnação de figuras do Evangelho e do ideário cristão, com inúmeras referências bíblicas.
Por muitos anos o teatro filmado, salvo raras excepções, será na obra de Manoel de Oliveira opção dominante, que se extrema com O Sapato de Cetim (1985). Na passagem da década de oitenta para noventa essa tendência atenua-se. Monólogos e diálogos são cantados em Os Canibais (1988), o teatro converte-se em ópera, a palavra deixa de ser crua para ser cantada. Pouco depois, o teatro surge em doses equilibradas com o cinema em A Divina Comédia (1991). Gradualmente e a partir de então o estilo cinematográfico volta a predominar na cinematografia de Oliveira com filmes mais leves e de menor duração. É de admitir a hipótese de tal se dever, por força das circunstâncias, à necessidade de fazer filmes num formato que não afaste o público, talvez também pela nostalgia dos primeiros filmes que fez.
Encontra-se colaboração artística da sua autoria na Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal (1939-1947).
  
Filmografia

Longas-metragens
Curtas e médias metragens
Outros filmes
  • 1937 - Os Últimos Temporais: Cheias do Tejo (documentário)
  • 1958 - O Coração (documentário, 1958)
  • 1964 - Villa Verdinho: Uma Aldeia Transmontana (documentário)
  • 1987 - Mon Cas (1987)
  • 1987 - A Propósito da Bandeira Nacional (1987)
  • 2002 - Momento (2002)
  • 2005 - Do Visível ao Invisível (2005)
  • 2006 - O Improvável não é Impossível (2006)
  • 2011 - O Conquistador conquistado (2011), curta-metragem inspirado pela escolha de Guimarães como Capital Europeia da Cultura.
Outras actividades
Como actor
Como supervisor
  • 1966 - A Propósito da Inauguração de Uma Estátua - Porto 1100 Anos, de Artur Moura, Albino Baganha e António Lopes Fernandes.
  • 1970 - Sever do Vouga… Uma Experiência, de Paulo Rocha
Prémios e galardões

quarta-feira, dezembro 10, 2014

César Franck nasceu há 192 anos

César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert Franck (Liège, 10 de dezembro de 1822 - Paris, 8 de novembro de 1890) foi um organista e compositor belga.


Olivier Messiaen nasceu há 106 anos

Olivier Messiaen (Avinhão, 10 de dezembro de 1908 – Clichy, 27 de abril de 1992) foi um compositor, organista e ornitologista francês, autor de vasta produção, que se estende pela música para órgão, piano, de câmara, vocal (com ou sem instrumentos), concertante, sinfónica, coral-sinfónica e uma ópera – Sétimo Quadro do São Francisco de Assis.