Quinto
primeiro-ministro de Israel, no cargo entre
1974 e
1977, regressou ao cargo em
1992, exercendo funções até 1995, ano em que foi assassinado. Foi também o primeiro chefe de governo a ter nascido no território que se tornaria Israel e o segundo a morrer durante o exercício do cargo.
Judeu, filho de pai nascido nos
Estados Unidos e mãe nascida na
Rússia, ambos imigrados para a então
Palestina, Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém mas quando tinha um ano de idade a sua família mudou-se para
Tel-Aviv, onde cresceu e frequentou a escola.
Em
1941, já formado pela Escola de Agricultura Kadoorie, ingressa na
Haganá, uma organização paramilitar judaica, e dentro desta no seu corpo de elite, o
Palmach, onde foi oficial de operações. Durante a Guerra de Independência (
1948-
1949) comandou a brigada
Harel que conquistou a parte Ocidental de Jerusalém. Com o cessar fogo de 1949, foi membro da delegação israelita nas negociações de paz com o
Egipto.
Em 1948 contraiu matrimónio com Lea Schlossberg, sua esposa durante os seguintes 47 anos. O casal teve dois filhos, Dalia (Pelossof-Rabin) e Yuval.
Entre
1964 e
1968 exerceu as funções de Chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tendo sido um dos responsáveis pela vitória de Israel na
guerra de 1967, que o opôs o país aos seus vizinhos árabes.
Após se aposentar das Forças de Defesa de Israel, tornou-se embaixador nos Estados Unidos entre os anos de 1968 e
1973. Nesse ano regressa a Israel, onde é eleito deputado no
Knesset (Parlamento), pelo
Partido Trabalhista.
Foi Ministro do Trabalho no governo de
Golda Meir. Com a queda do governo de Meir, em
1974, Rabin é eleito primeiro-ministro, mas demite-se em
1977.
Entre
1985 e
1990 é membro dos governos de unidade nacional, onde desempenhou as funções de Ministro da Defesa, tendo implementado a retirada das forças israelitas do sul do
Líbano. Apanhado desprevenido pela
Intifada de dezembro de
1987, tenta, sem sucesso, reprimir o levantamento dos palestinianos ordenando que os soldados quebrem os ossos dos manifestantes. Na ocasião, recebeu o pejorativo apelido de "quebra-ossos".
Em
1992 foi eleito líder do Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas eleições legislativas de Julho desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela segunda vez. Desempenhou um importante papel nos
Acordo de Paz de Oslo, que criaram uma
Autoridade Nacional Palestiniana com algumas funções de controle sobre a
Cisjordânia e a
Faixa de Gaza. Em outubro de
1994 assinou o tratado de paz com a
Jordânia.
Foi galardoado com o
Nobel da Paz em 1994 pelos seus esforços a favor da paz no Oriente Médio, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros,
Shimon Peres, e com o então líder da
OLP,
Yasser Arafat.
No dia
4 de novembro de
1995 foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo
Yigal Amir, militante de extrema-direita que se opunha às negociações com os palestinianos, quando participava num comício pela paz na Praça dos Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin) em Tel Aviv. A sua viúva faleceu em
2000 de cancro no pulmão. O túmulo do casal encontra-se no cemitério do
Monte Herzl,
Jerusalém em
Israel.