Boys will be... bóis
Eu não sei quem é esse tal Rui Pedro Soares, o boy sem cv que aos 32 anos foi alçado a administrador-executivo da PT pelo Estado, a ganhar escandalosamente mais num ano do que o meu marido ganhou em toda a vida, ao longo de 40 anos como servidor do Estado nos mais altos escalões.
Socialista encartado, dizem. Será, nunca dei por ele, que eu saiba nunca sequer me cruzei com ele.
Fraquinho no descernimento é, de certeza. Porque se não quis encalacrar os socialistas, foi exactamente isso que logrou ao accionar uma providência cautelar para impedir a saída do jornal SOL com mais escutas das suas ruminações telefónicas, justamente numa semana em que os socialistas procuraram desmentir quem clamava contra a falta de liberdade da imprensa.
E se investiu para abafar o jornal, a criatura também não percebeu que, ao contrário, projectava ainda mais longe a radiação solar.
Com bóis destes, para que servem ao PS os boys?in Blog Causa Nossa
sábado, fevereiro 13, 2010
Ana Gomes (eurodeputada do PS) dixit...
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A propósito de cefalópodes
O boy de Sócrates na PT e o seu assessor
Por Luís Rosa
A confiança de José Sócrates e a ajuda de jovens dirigentes do PS levaram Rui Pedro Soares a uma subida meteórica. Penedos foi atrás
A 13 de Março de 2006, a PT SGPS informa o mercado dos nomes dos novos administradores propostos pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco Espírito Santo para o triénio 2006/2008. É a primeira lista no novo ciclo político iniciado por José Sócrates em Março de 2005 e a nomeação de Henrique Granadeiro para presidente da Comissão Executiva reflecte isso mesmo. Mas há uma nova cara no órgão máximo do grupo que surpreende totalmente o mercado: Rui Pedro Soares. «Quem?» – perguntaram os especialistas e os quadros superiores da PT.
Natural do Porto, Rui Pedro Barroso Soares licenciou-se em Gestão de Marketing pelo Instituto Português de Administração de Marketing. Mas foi na Juventude Socialista (JS) liderada por Sérgio Sousa Pinto que conheceu dois homens fulcrais para o seu futuro: Marcos Perestrello e Paulo Penedos.
Em 2000, após dois anos em Estrasburgo como assessor dos eurodeputados do PS), uma candidatura falhada a sucessor de Sousa Pinto na JS e uma passagem pelo departamento de marketing do Banco Cetelem (crédito por telefone), Rui Pedro Soares tenta cair sem sucesso nas boas graças de João Soares – então presidente da Câmara de Lisboa. Com a vitória de Santana em 2001, subiu a vereador do PS sem pelouro.
Em 2004, além de colaborar com o Gabinete de Estudos do PS dirigido por Luís Nazaré, o seu amigo Marcos Perestrello (hoje secretário de Estado da Defesa) começa a introduzi-lo no inner circle do então mais forte candidato à sucessão de Ferro Rodrigues: José Sócrates.
O primeiro trabalho como ‘socrático’ foi coordenar a elaboração do site do candidato a secretário-geral do PS. Saiu-se bem e começou a ganhar a confiança de Sócrates, com o apoio de Perestrello. Este, ganha dimensão política como secretário nacional para a Organização e, após a obtenção da maioria absoluta em 2005, convence Sócrates de que Rui Pedro pode ser o novo homem forte do PS na PT. O primeiro-ministro concorda e indica o seu nome a Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo.
O problema da falta de currículo foi um pormenor facilmente contornável com a ajuda da maioria absoluta conquistada nas urnas. Rui Pedro passa logo em 2005 para o lugar de assessor da Comissão Executiva da PT Multimédia para os sectores de Business Inteligence, Imobiliário e Segurança (áreas até então desconhecidas do seu currículo).
Em Abril de 2006, Soares toma posse com 32 anos como administrador executivo da holding do Grupo PT, com um salário anual de 2,5 milhões de euros – meses mais tarde renova o seu mandato como dirigente da Comissão Nacional do PS no Congresso de Santarém. Ficou com os importantes pelouros das relações com as Regiões Autónomas e as autarquias, do Imobiliário e do Marketing e Publicidade – além de ter sido nomeado administrador executivo da PT Compras, onde coordenou as compras centralizadas do grupo. No caso da publicidade, passou a ter uma palavra decisiva sobre a escolha dos media onde a PT (o mais importante anunciante do mercado português) coloca publicidade. Mas o Imobiliário (a PT tem um património avaliado em 400 milhões de euros) não foi menos importante. Desde 2006 que a PT iniciou um processo de alienação de prédios, prevendo-se uma receita antes da crise no sector na ordem dos 100 milhões de euros.
Rui Pedro Soares ganhou notoriedade na comunicação social com polémicas relacionadas com futebol. Em entrevista a ‘A Bola’, este ‘Dragão de Ouro’ falou sobre o seu orçamento de 15 milhões de euros de patrocínios ao Benfica, Sporting e Porto e propôs a criação de uma Liga Ibérica. Poucas semanas depois, anunciou o apoio da PT ao Boavista – clube condenado por corrupção desportiva pela Liga de Clubes. Já este ano, Rui Pedro Soares ‘reapareceu’ como interlocutor do Sporting ao adiantar parte dos 15 milhões de euros que os ‘leões’ gastaram em jogadores no mercado de Inverno – a título de renovação do contrato de patrocínio e da criação de um novo canal de televisão semelhante ao Benfica TV.
O miúdo terrível
Rui Pedro Soares contratou logo em 2006 o seu amigo Paulo Penedos para assessorá-lo na Comissão Executiva. O filho de José Penedos (presidente da REN, obrigado a demitir-se uma vez constituído arguido no ‘Face Oculta’) tem muito mais notoriedade do que Rui Pedro, fruto das suas vistosas (e derrotadas) candidaturas à Câmara de Vila Nova de Poiares e a secretário-geral do PS. Na primeira mostrou-se num Ferrari vermelho, enquanto na segunda (em 2002) foi rival de Ferro Rodrigues.
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Pintura alusiva à época
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Música adequada à época
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sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Música adequada à data
I Won´t Let The Sun Go Down On Me
Forty winks in the lobby, make mine a G&T
Then to our favorite hobby, searching for an enemy
Here in our paper houses, stretching for miles and miles
Old men in stripy trousers rule the world with plastic smiles
Good or bad, like it or not
It's the only one we've got
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
Mother nature isn't in it, three hundred million years
Goodbye in just a minute, gone forever, no more tears
Pinball man, power glutton, vacuum inside his head
Forefinger on the button, is he blue or is he red
Break your silence if you would
Before the sun goes down for good
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
I won't let the sun go down on me
I won't let the sun go down
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Hoje há cefalópode...
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quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Mandela foi libertado há 20 anos
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Todos pela Liberdade - há que assinar a Petição
O manifesto Todos pela Liberdade está a atingir os 9000 signatários.Henrique Neto, Rui Ramos, Maria Filomena Mónica, Francisco Sarsfield Cabral, Maria João Avillez, José Luís Saldanha Sanches, Eduardo Cintra Torres e Francisco José Viegas são alguns dos subscritores.
Assine também a Petição e marque presença na concentração em frente à Assembleia da República, hoje, às 13.30 horas.in 31 da Armada
Hoje há manifestação!
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Marcadores: Assembleia da República, censura, José Sócrates, Lisboa
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Seminário na Universidade de Évora
Opening
- Welcome and Introduction
- Nonlinear dynamics and chaos: applications to physics and optical communications (Invited talk)
- Slip distribution, coseismic deformation and Coulomb stress change for the 12 May 2008 Wenchuan earthquake & Influence of model parameters on synthesized high-frequency strong-motion waveforms
- Construction of a 3D Model of the Lower Tagus Basin
- Confirmation of the 3D Structure model using ambient-noise measurement for lower Tagus Basin
- Modulation of active tectonic processes through displacement theory
- Fronteira Astronomical Observatory: observations of transiting extrasolar planets
- Imaging 3D seismic velocity along the seismogenic zone of Algarve region (southern Portugal)
16.00 - 16.30 - Discussion
http://www.cge. uevora.pt/ mss2010/
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Música para quem quiser entender
FREEDOM '90
I won't let you down
I will not give you up
Gotta have some faith in the sound
It's the one good thing that I've got
I won't let you down
So please don't give me up
cause I would really, really love to stick around, oh yeah
Heaven knows I was just a young boy
Didn't know what I wanted to be
I was every little hungry schoolgirl's pride and joy
And I guess it was enough for me
To win the race? A prettier face!
Brand new clothes and a big fat place
On your rock and roll TV
But today the way I play the game is not the same
No way
Think I'm gonna get myself happy
I think there's something you should know
I think it's time I told you so
There's something deep inside of me
There's someone else I've got to be
Take back your picture in a frame
Take back your singing in the rain
I just hope you understand
Sometimes the clothes do not make the man
All we have to do now
Is take these lies and make them true somehow
All we have to see
Is that I don't belong to you
And you don't belong to me yea yea
Freedom,
Freedom,
Freedom
You've gotta give for what you take
Freedom,
Freedom,
Freedom
You've gotta give for what you take
Heaven knows we sure had some fun boy
What a kick just a buddy and me
We had every big shot good-time band on the run boy
We were living in a fantasy
We won the race
Got out of the place
I went back home got a brand new face
For the boys on MTV
But today the way I play the game has got to change
Oh yeah
Now I'm gonna get myself happy
I think there's something you should know
I think it's time I stopped the show
There's something deep inside of me
There's someone I forgot to be
Take back your picture in a frame
Don't think that I'll be back again
I just hope you understand
Sometimes the clothes do not make the man
All we have to do now
Is take these lies and make them true somehow
All we have to see
Is that I don't belong to you
And you don't belong to me, yea yea
Freedom,
Freedom,
Freedom
You've gotta give for what you take
Freedom,
Freedom,
Freedom
You've gotta give for what you take
Well it looks like the road to heaven
But it feels like the road to hell
When I knew which side my bread was buttered
I took the knife as well
Posing for another picture
Everybody's got to sell
But when you shake your ass
They notice fast
And some mistakes were built to last
That's what you get,
That's what you get,
That's what you get,
I say that's what you get
That's what you get for changing your mind
That's what you get for changing your mind
That's what you get,
That's what you get,
And after all this time
I just hope you understand
Sometimes the clothes
Do not make the man
All we have to do now is take these lies
And make them true somehow
All we have to see is that i don't belong to you
And you don't belong to me yea yea
Freedom,
Freedom,
Freedom
You've got to give for what you take
Freedom,
Freedom,
Freedom
You've got to give for what you take
Yea you've got to give for what you, give for what you give
May not be what you want from me
Just the way it's got to be
Lose the face now
I've got to live I've got to live
Mais uma poesia
Circo
No circo cheio de luz
Há tanto que ver!...
"Senhores!"
-Grita o palhaço da entrada,
Todo listrado de cores-
"Entrai, que não custa nada!
À saída é que se paga..."
..................................
O palhaço entrou em cena,
Ri, cabriola, rebola,
Pega fogo à multidão.
Ri, palhaço!
Corpo de borracha e aço
Rebola como uma bola,
Tem dentro não sei que mola
Que pincha, emperra, uiva, guincha,
Zune, faz rir!
.....................................
in As Encruzilhadas de Deus, José Régio
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Marcadores: Circo, José Régio, poesia
Homens da Luta solidários com Mário Crespo...
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Marcadores: censura, Homens da Luta, Mário Crespo
Todos pela Liberdade
Autores de blogues de direita e esquerda criticam primeiro-ministro pela "alegada estratégia de condicionamento da liberdade de imprensa em Portugal". Marcaram uma manifestação para quinta-feira, frente ao parlamento e lançaram hoje uma petição.
Depois de o i ter anunciado hoje a realização de uma concentração em frente à Assembleia da República na quinta-feira, convocada por um grupo alargado de autores de blogues de esquerda e de direita, surge agora uma petição pública na internet (www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1213) em que se escreve que "o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem."
Assinada pela porta-voz do movimento, Ana Margarida Craveiro, a petição conta, entre outros subscritores, com Vasco M. Barreto, Manuel Falcão, Henrique Raposo, Luís Rainha e Gabriel Silva. "Todos pela Liberdade" é o lema dos peticionários que apelam "aos órgãos de soberania para que cumpram os deveres constitucionais que lhes foram confiados e para que não hesitem, em nome de uma aparente estabilidade, na defesa intransigente da Liberdade."
A manifestação está convocada para as 13.30 horas de quinta-feira em frente da Assembleia da República. O grupo já tem página no Facebook e um Blogue.
Como o i adianta na sua edição de hoje, “Todos pela liberdade, concentração à frente da Assembleia” é o lema que um grupo de autores de blogues políticos lança hoje na Internet. Convocam deste modo uma concentração pela liberdade de imprensa em frente ao Parlamento na próxima quinta-feira. Num dos textos que está a ser publicado em diversos blogues e também enviado por email, escreve-se que “o primeiro-ministro de Portugal tem sérias dificuldades em lidar com a diferença de opinião.” Mais: “É para nós claro que o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem.”
Afirmando-se independentes, “da esquerda à direita”, os bloggers dizem que “um Estado de Direito democrático não pode conviver com um primeiro-ministro que insiste em esconder-se e com órgãos de soberania que não assumem as suas competências.”. Em conclusão, adiantavam que “é a liberdade de expressão, acima de qualquer conflito partidário, que está em causa” e os "órgãos de soberania" devem cumprir "os deveres constitucionais que lhes foram confiados (...) na defesa intransigente da Liberdade."
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Poema adequado à época
Sísifo
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
in Diário XIII - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 15:57 0 bocas
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domingo, fevereiro 07, 2010
Recordar Sebastião da Gama
O Sol já se escondeu
O Sol já se escondeu...
Precisamente quando,
feliz,
eu desatei a cantar.
(Só por feliz eu cantei.)
Agora quero acabar,
que já me dói a garganta,
mas vou ainda cantando,
temendo
dar por mim de novo triste
assim que esteja calado.
(...Como se a minha Alegria
nascesse de eu ter cantado.)
in Serra-mãe - Sebastião da Gama
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Sebastião da Gama deixou-nos há 58 anos...
Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, 10 de abril de 1924 — Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português, licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1947. Foi professor em Lisboa, (Escola Veiga Beirão, hoje, Fernão Lopes), Setúbal (na agora Escola Secundária Sebastião da Gama, tendo recebido o nome em homenagem ao poeta) e Estremoz (Escola Industrial e Comercial).
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal motivada pela tuberculose.
Fundador da Liga para a Protecção da Natureza em 1948.
O seu Diário, editado postumamente em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de Junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.
in wikipédia
Postado por Fernando Martins às 21:28 0 bocas
Marcadores: poesia, Sebastião da Gama
Poesia alusiva à época
Soneto da pedra na floresta antiga
Somos a pedra que na terra antiga
fora afeiçoada pelas mãos pacientes,
e abandonada à chuva dos milénios,
as árvores lhe entraram pelo rosto
A dor nos invadiu e dilacera
e a humidade da selva nos devasta.
Tudo o que outrora foi forma e quebranto
desfaz-se hoje no abraço das raízes.
Resta a esperança de salvar a vida,
acolhendo um destino vegetal,
que envolva a rocha mas preserve os olhos.
E pela humilde aceitação da sorte,
mutilados embora, mas presentes,
guardaremos as almas na floresta.
Odylo Costa Filho
Postado por Fernando Martins às 12:22 0 bocas
Marcadores: Brasil, Odylo Costa Filho, poesia, Soneto da pedra na floresta antiga
sábado, fevereiro 06, 2010
A batalha de Jarama começou há 73 anos
La Batalla del Jarama se desarrolló entre el 6 y el 27 de febrero de 1937 dentro de la Guerra Civil Española.
La ofensiva la inició ejército sublevado con la intención de cortar las comunicaciones de Madrid. Para algunos historiadores, esta ofensiva entra dentro de la Batalla de Madrid
El diseño de la operación inicial era una acción de gran envergadura por el este de Madrid que incluía la toma de Arganda del Rey cortando las comunicaciones hacia Valencia y subir hasta Alcalá de Henares para alcanzar la carretera de Barcelona.
La batalla toma el nombre de las primeras operaciones con la conquista en poco más de cuatro días de la zona del río Jarama. Las unidades republicanas, dispersas en el inicio de las ofensiva, se agruparon al mando del general José Miaja el día 15 de febrero, conformando en total cuatro Divisiones o Agrupaciones que consiguen evitar el avance hacia Arganda. El ejército republicano contó entre los combatientes con las Brigadas Internacionales, en concreto la XI, la XII, la XIV y la XV, que combatieron entre el Jarama y Morata de Tajuña.
La victoria republicana no solo retrasó los planes rebeldes de cercar Madrid, sino que hizo lo mismo con el final de la guerra.
Postado por Pedro Luna às 17:43 0 bocas
Marcadores: Guerra Civil Espanhola, Jarama
Haja vontade...
O Sonho
Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.
in Pelo Sonho é que Vamos, Sebastião da Gama
Recordar Bob Marley
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Marcadores: anos 70, Bob Marley, Concrete Jungle, música, reggae
Bob Marley nasceu há 65 anos
Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Saint Ann, 6 de Fevereiro de 1945 — Miami, 11 de Maio de 1981) foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o género. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos.in wikipédia
Postado por Pedro Luna às 00:01 0 bocas
Marcadores: Bob Marley, música, reggae
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Poema para um dia bonito
LETRA PARA UM HINO
É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: não!
É possível viver de outro modo.
É possível transformar em arma a tua mão.
É possível viver o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre.
in O Canto e as Armas - Manuel Alegre
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Marcadores: Letra para um Hino, Manuel Alegre, poesia
Plutão revisitado pelo Hubble
A equipa de Mike Brown, do Instituto de tecnologia da Califórnia (Estados Unidos), comparou imagens obtidas pelo Hubble em 1994 com um conjunto tirado entre 2000 e 2003. Resultado, no período entre 2000 e 2002 foi quando ocorreram as maiores mudanças.
O que está na origem destes fenómenos é um mistério, embora os cientistas tenham algumas hipóteses. Provavelmente, devem-se a mudanças na superfície gelada de Plutão, agora que, na sua órbita de 248 anos, começa a sair do ponto mais perto do Sol. Em relação ao brilho, a luz solar terá provocado o “descongelamento” da superfície no pólo norte e os gases resultantes terão voltado a congelar no outro pólo. Quanto ao aspecto avermelhado, pode estar relacionado com a presença de metano, já detectado na superfície do planeta.
Para a equipa, as novas imagens, as mais nítidas de Plutão obtidas pelo Hubble, confirmam que é um mundo bastante dinâmico, cuja atmosfera sofre mudanças assinaláveis ao longo da sua viagem em torno do Sol. Está longe de ser uma rocha congelada despida de interesse.
Mas se por ora teremos de nos contentar com as fotos do Hubble, por melhores que sejam, em 2015 esperam-se novas revelações do planeta-anão, nunca visitado por qualquer sonda. Tal lacuna mudará com a sonda New Horizons, em viagem neste momento pelo sistema solar, e que daqui a cinco anos chegará a Plutão e à sua lua Caronte.
Postado por Fernando Martins às 19:58 0 bocas
Marcadores: astronomia, Caronte, Hubble, New Horizons, Plutão
As descobertas angolanas de paleontólogo português
Denominada “Angolachelys mbaxi”, ou seja “Tartaruga de Angola”, “a tartaruga representa um novo género e uma nova espécie para a ciência”, disse em declarações à Lusa Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa.
Segundo o paleontólogo, pelas suas características anatómicas é possível concluir que a tartaruga pertence a um novo grupo até agora desconhecido para a ciência.
“Há as tartarugas que encolhem o pescoço para dentro da carapaça (criptodira) e as que encolhem para o lado. Esta recolhe o pescoço para o interior da carapaça e é a mais antiga em África a pertencer a este grupo”, explicou o paleontólogo.
Sendo a mais antiga tartaruga criptodira do continente africano com 90 milhões de anos (Cretácico Superior), caracteriza-se por ser “uma grande tartaruga marinha de mais de um metro de comprimento e com um crânio de 20 centímetros”.
“É um dos primeiros répteis marinhos que cruzam o Atlântico de Norte para Sul”, sublinhou o paleontólogo, comprovando assim que há 90 milhões de anos os continentes americano e africano já estavam separados pelo oceano.
Além disso, o que a diferencia em relação às outras tartarugas são as “narinas separadas”.
Em 2005, o paleontólogo, que participou numa expedição com paleontólogos e geólogos norte-americanos, angolanos, holandeses e o português Miguel Telles Antunes, descobriu o crânio, fragmentos da carapaça, vértebras e garras do animal.
Após trabalhos laboratoriais e estudos de anatomia e relações de parentesco, Octávio Mateus viu agora a sua descoberta ser reconhecida pela comunidade científica, com a publicação do artigo “A mais antiga tartaruga criptodira de África do Cretácico de Angola” numa revista da especialidade.
Postado por Fernando Martins às 18:45 0 bocas
Marcadores: Angola, Angolachelys mbaxi, Doutor Octávio Mateus, Fósseis, Paleontologia
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
No dia em que o José Cid faz anos...
José Cid (Chamusca, 4 de Fevereiro de 1942), de seu nome completo José Albano Salter Cid de Ferreira Tavares, é um popular cantor, teclista e compositor português.in Wikipédia
Parabéns José Cid!
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Poesia para malta amiga
A meu favor
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
in Tempo de Fantasmas (1951) - Alexandre O'Neill
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terça-feira, fevereiro 02, 2010
Torga foi libertado da prisão há 70 anos
Foi a 30 de Novembro de 1939 que a PSP o prendeu, sob orientação da PVDE e por ordem do Ministro do Interior, Mário Pais de Sousa.
(...)
Miguel Torga é conduzido para a esquadra, situada então nas imediações do edifício do Governo Civil, a caminho do castelo. Depois de interrogado, é encarcerado, em regime de incomunicabilidade. O dia seguinte era feriado, dia da Restauração da Independência. Torga permaneceu em estrita reclusão, a sua solidão apenas quebrada pelos contactos indispensáveis com os guardas. Só no dia 3, depois de pagar do seu bolso a estadia no «cuarto particolar» [sic] da PSP, o autor foi conduzido a Lisboa na «carreira», por um agente de Leiria.
É aí que reencontra os seus amigos, que, para surpresa sua, decidem acompanhá-lo clandestinamente na viagem.
«Mal entrei na camioneta da carreira, avistei o Dr. Olívio calmamente sentado a um canto, a folhear o jornal e a fumar o seu cigarro. Fez um gesto imperceptível, num discreto sinal de cumplicidade, e mergulhou de novo na leitura. (…) Em Alcobaça, o Dr. Olívio saiu e o lugar foi ocupado imediatamente pela D. Gena. (…)
Nas Caldas da Rainha, a D. Gena apeou-se, sorriu mais uma vez antes de desaparecer, e entrou o marido a substituí-la. Só então intuí o que algumas espreitadelas furtivas pelo vidro traseiro da viatura logo confirmaram: que o Tomé nos acompanhava de perto no Ford escalavrado, a apoiar aqueles revezamentos.
Comovido por semelhante dedicação, tão delicadamente manifestada – os quatro a dizerem-me todo o caminho, num testemunho sem palavras, que não estava sozinho no mundo, que algumas almas solidárias iam ali fiéis a meu lado – o resto da viagem foi quase de inteira placidez.»
Em Lisboa, a PVDE voltou a interrogá-lo, sem grande resultado, identificou-o e encaminhou-o para a cadeia do Aljube. Levantada a incomunicabilidade, foi encafuado numa cela colectiva, onde conviveu durante uns dias com cerca de uma dezena de outros prisioneiros. Mas os seus problemas com uma úlcera gástrica fizeram com que, a 18 de Dezembro, fosse internado na enfermaria da prisão, onde permaneceu até à sua libertação.
Ao longo desse tempo, recebeu visitas e manteve correspondência com os amigos de Leiria, que continuaram a apoiá-lo em tudo aquilo que estivesse ao seu alcance. Foi a eles que Torga pediu ajuda quando Andrée Crabbé, sua futura mulher, sofreu um acidente de automóvel em Caldas da Rainha, quando se dirigia a Lisboa para o visitar, ficando internada durante mais de um mês. Foi também com a sua ajuda que conseguiu iludir os pais sobre a situação, evitando assim um desgosto que considerava desnecessário. A correspondência entre Lisboa e S. Martinho de Anta passava obrigatoriamente por Leiria, onde recebia o carimbo do correio.
Mas a prisão de Torga provocou algumas reacções na sociedade portuguesa daquele tempo. Destaca-se, por exemplo, a existência, no processo da Pide sobre Torga, de um “memorial” [sic], sem data, do deputado, médico e professor António de Almeida, natural de Penalva do Castelo, que se insurge com tal medida.
Exaltando as qualidades literárias e “nacionalistas” de Torga, sugere que, «para castigo basta a apreensão do livro». E ainda que «a completar os ensinamentos que da prisão resultaram, deixá-lo estar mais uns dias na cadeia e, depois, deixá-lo ir tratar da vida».
Mas, como se sabe, só a 2 de Fevereiro de 1940 o ministro do Interior resolve dar ordem para a sua libertação, cerca de dois meses depois da sua detenção em Leiria.A encruzilhada do destino - Um balanço do período leiriense de Miguel Torga - texto de Carlos Alberto R. S. Silva publicado nas Actas do I Colóquio "Miguel Torga em Leiria" - 2009
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A música planetária de Houston
Houston Symphony's The Planets - An HD Odyssey
Ler aqui a crítica da actuação da Orquestra de Houston no Carnegie Hall em Nova Iorque na quinta-feira passada. O filme em alta definição é digital e deve estar disponível. Uma boa ideia, portanto, para uma orquestra portuguesa...
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segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Censura à moda de Sócrates
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Poema para um bonito dia de Sol de Inverno
Quem tem consciência para ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
e no centro da própria engrenagem
inventa a contra-mola que resiste
Quem não vacila mesmo derrotado
Quem já perdido nunca desespera
E envolto em tempestade, decepado
entre os dentes segura a primavera
in Morse de Sangue (1955) - João Apolinário
PS - o filho luso-brasileiro do poeta João Apolinário, membro do grupo "Secos & Molhados", transformou o poema em música, com o nome de "Primavera nos dentes" - aqui fica ela:
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Música histórica para um triste dia
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Música para triste dia
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Um bonito poema para um triste dia
D. Dinis
Toma nos dedos reais a tua cítara
E canta, do fundo do tempo, para nós
Uma canção de amigo
Com a pálida flor da tua voz
E as flores do pinhal florido.
Na singeleza
Duma toada de jogral à amada
Em estrofes de lírica beleza,
Que alva rompe as cordas da tua lira
Brisa simples suspira
Nas ondas do mar de Vigo ou do Destino?
Por obra e graça da tua Poesia,
Tens ainda actual soberania,
Tens ainda vassalos.
Mas hás-de vir uni-los e ordená-los
Na linha portuguesa do teu verso
Feito de Amor, de Morte e de Magia.
................................................................
Faz-nos tanta falta uma canção de amigo!
in Verbo do Verbo - João Maia
domingo, janeiro 31, 2010
Conferência em Lisboa
Application of magnetic susceptibility
on different carbonate systems
por
Anne-Christine da Silva
(Université de Liège, Bélgica)
2 de Fevereiro de 2010 (3ª-feira)
14.00 horas
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Campo Grande, Cidade Universitária
Edifício C6, sala 6.2.53
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Os dias que a NASA gostava de retirar do calendário
Aventuras fatais no espaço
Por três vezes o azar bateu à porta da NASA e sempre em finais de Janeiro, custando a vida a 17 astronautas, entre os quais quatro mulheres. A euforia do início da conquista espacial, num caso, a rotina dos voos, nos outros dois, foram apontados como os grandes culpados. Muita coisa foi entretanto reequacionada e a exploração espacial tomou novos rumos após estas tragédias.
O primeiro grande acidente da história espacial norte-americana ocorreu a 27 de Janeiro de 1967, quando a tripulação da Apollo 1 – Virgil Grissom, Ed White e Roger Chaffee – morreu num acidente do módulo de comando durante os testes de pré-lançamento. O que ocorreu de facto foi um curto-circuito no interior da cabina e ainda que a roupa espacial os tenha protegido do fogo, a inalação excessiva de fumo foi fatal.
Como resultado, toda a programação do projecto Apollo foi atrasada em 21 meses e cerca de 1300 alterações foram feitas.
Dezanove anos depois, a tragédia repetia-se, agora com outro tipo de transportadores espaciais – os vaivéns. A 28 de Janeiro de 1986, e 76 segundos após a descolagem no Cabo Canaveral, o vaivém Challenger explodia: a cerca de 14 mil metros de altitude, começaram a sair chamas de um dos foguetes, que se soltou e bateu contra um dos tanques de combustível externos.
Morreram sete astronautas, entre eles Judith Resnick, segunda mulher norte-americana a ir ao espaço, e Christa McAuliffe, escolhida entre 11 400 professores. O relatório final concluiu que uma junta circular que devia selar duas secções do foguete tornou-se quebradiça com o frio e rompeu-se.
O acidente provocou a paralisação dos voos durante 32 meses para fazer revisões que garantissem a segurança, mas 17 anos depois, um segundo vaivém, o Columbia, já no fim da sua missão de 16 dias, na reentrada da atmosfera terrestre, desintegrou-se nos céus do estado norte-americano do Texas, a 1 de Fevereiro de 2003, 16 minutos antes da aterragem, matando mais sete astronautas.
A perda do Columbia foi o resultado de um dano ocorrido durante o lançamento, quando um pedaço da espuma, do tamanho de uma pequena mala, bateu na asa esquerda da aeronave danificando o escudo de protecção térmica, que protege do calor gerado pelo choque com a atmosfera na reentrada.
O estrago permitiu que o ar extremamente aquecido penetrasse no interior da asa, enfraquecendo a sua estrutura e causando a desintegração do Columbia.
Geo-humor...
HUMOR - CHÁVEZ E O TERRAMOTO
O David Marçal que se cuide. O Presidente da Venezuela Hugo Chávez pede meças aos mais imaginativos escritores de humor científico. Mas alguém que quisesse competir com Chávez sempre poderia dizer que foi a queda ao chão do computador Magalhães que ele estava a testar que provocou, ao retardador, o recente terramoto e, já agora, os próximos que houver...
Música para desanuviar
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
We can´t go on together with suspicious minds;
And we can´t build our dreams on suspicious minds.
I saw an old friend I know, I stop and say hello,
Would I still see suspicion in your eyes?
Here you go again, ask me where I´ve been,
You can´t see the tears I´ve cried - tears I - tears I´ve cried.
We can´t go on together with suspicious minds;
And we can´t build our dreams on suspicious minds.
Oh, let out love survive, I´ll dry the tears you cry.
Don´t let this good thing die, you know,
I have never lied to you, no, no, no!
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
We can´t go on together with suspicious minds;
And we can´t build our dreams on suspicious minds.
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
We´re caught in a trap, I can´t walk out,
Because I love you too much, baby.
Why can´t you see what you´re doin´ to me,
When you don´t believe a word I´m sayin´?
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sábado, janeiro 30, 2010
Poesia para preparar uma reunião
Convite para as trevas
Enchamos de vozes este túnel vazio
e sentemo-nos a uma mesa invisível
convidando os seres que nos falam, tímidos das trevas,
a tomarem lugar e a ganharem coragem.
Nós é que estamos sós nesta floresta de egoísmos,
nós é que estamos nas trevas, como espíritos,
crendo-nos, infantilmente, corpos palpáveis,
nós, balões garrados diluindo-se entre nuvens!...
Os outros, os que já pereceram, mas vivem algures,
não entre anjos ou diabos, ou anjos-diabos ou diabos-anjos,
mas entre a névoa criada pelo bafo da nossa respiração,
os outros é que conhecem o significado da palavra irmandade.
Esses é que fatigados do seu mundo se fazem adivinhar por vezes,
para que nós os chamemos e os convidemos, deste túnel de vazio,
a sentarem-se a uma mesa invisível,
e a ganharem coragem para estar entre os vivos.
in Novo Génesis - Alexandre Pinheiro Torres
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Pena de morte ou assassinato político?
Teerão executa dois opositores
28 Janeiro 2010
Dois iranianos foram executados durante a madrugada de hoje por terem participado nas manifestações contra os resultados eleitorais de Junho passado.
Mohammad Reza Ali-Zamani e Arash Rahmanipour foram enforcados na madrugada de hoje na prisão onde se encontravam, em Teerão.
Os dois iranianos tinham sido condenados à morte por serem "inimigos de Deus", afirmou a agência Isna. Na realidade, terão sido detidos, julgados e condenados por terem participado nos protestos contra os resultados das presidenciais de Junho de 2009 que deram, de novo, a vitória a Mahmud Ahmadinejad.
Advogados de Ali-Zamani afirmaram, porém, que este não teve qualquer relação com os protestos e consideraram que a sua "confissão" foi feita depois de os esbirros do regime terem ameaçado atacarem a família do detido.
Estas duas execuções são as primeiras de 2010 e com ligação aos protestos eleitorais. Analistas consideram que elas irão agudizar a tensão que se vive no país.
NOTA: Alguém que diga ao Irão que estamos no século XXI...
Postado por Fernando Martins às 14:07 0 bocas
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sexta-feira, janeiro 29, 2010
Poema para um amigo
Um dos pouco conhecidos e grandes poetas portugueses do século XX de que eu gosto morreu faz hoje 9 anos - Egito Gonçalves. Fiquemos com um poema seu, dedicando-o a um grupo de amigos de Leiria...
A Aventura é Ficar
Calafetado contra os sonhos, fico
Contigo, prisioneiro dos liames
Que te cercam e cercam o teu rosto,
A tua carne rasgada nos arames.
Extinguiu-se o apelo da partida…
As quilhas já não sofrem a espuma.
Fico contigo na luta pelo dia
No endurecido leito de caruma.
Tu estás sentada sobre a terra…
Pelas searas corre um vento rude.
Teu corpo é uma espiga amadurecida
Pela água aprisionada do açude.
Corsários acamaradam no mar largo…
Mas do teu caule fino, nasce e ondeia
À minha volta, uma canção serena
Que me prende docemente à sua teia.
in A Evasão Possível - Egito Gonçalves
Postado por Pedro Luna às 21:00 0 bocas
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Egito Gonçalves partiu há 9 anos
José Egito de Oliveira Gonçalves (Matosinhos, 8 de Abril de 1920 - Porto, 29 de Janeiro de 2001), mais conhecido por Egito Gonçalves, foi um poeta, editor e tradutor. Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como actividade profissional a administração de uma editora. A sua intensa actividade de divulgação cultural e literária concretizou-se, a partir dos anos 50, na fundação e/ou direcção de diversas revistas literárias, como A Serpente (1951), Árvore (1952-54), Notícias do Bloqueio (1957-61), Plano (1965-68, publicada pelo Cineclube do Porto) e Limiar. Em 1977 foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução Calouste Gulbenkian, da Academia das Ciências de Lisboa pela selecção de Poemas da Resistência Chilena e, em 1985, recebeu o Prémio Internacional Nicola Vaptzarov, da União de Escritores Búlgaros. Em 1995 obteve o Prémio de Poesia do Pen Clube, o Prémio Eça de Queirós e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o livro E No Entanto Move-se. A sua obra encontra-se traduzida em francês, polaco, búlgaro, inglês, turco, romeno, catalão e castelhano.in Wikipédia
Notícias do bloqueio
Aproveito a tua neutralidade,
o teu rosto oval, a tua beleza clara,
para enviar notícias do bloqueio
aos que no continente esperam ansiosos.
Tu lhes dirás do coração o que sofremos
os dias que embranquecem os cabelos…
tu lhes dirás a comoção e as palavras
que prendemos – contrabando – aos teus cabelos.
Tu lhes dirás o nosso ódio construído,
sustentando a defesa à nossa volta
– único acolchoado para a noite
florescida de fome e de tristezas.
Tua neutralidade passará
por sobre a barreira alfandegária
e a tua mala levará fotografias,
um mapa, duas cartas, uma lágrima…
Dirás como trabalhamos em silêncio,
como comemos silêncio, bebemos
silêncio, nadamos e morremos
feridos de silêncio duro e violento.
Vai pois e noticia como um archote
aos que encontrares de fora das muralhas
o mundo em que nos vemos, poesia
massacrada e medos à ilharga.
Vai pois e conta nos jornais diários
ou escreve com ácido nas paredes
o que viste, o que sabes, o que eu disse
entre dois bombardeamentos já esperados.
Mas diz-lhes que se mantém indevassável
o segredo das torres que nos erguem,
e suspensa delas uma flor em lume
grita o seu nome incandescente e puro.
Diz-lhes que se resiste na cidade
desfigurada por feridas de granadas
e enquanto a água e os víveres escasseiam
aumenta a raiva
............................e a esperança reproduz-se.
in A Viagem com o teu Rosto - Egito Gonçalves
Postado por Fernando Martins às 19:54 0 bocas
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Encontrado sinapsídeo moçambicano
Expedição de dois cientistas portugueses à zona do lago Niassa
Ricardo Araújo e Rui Castanhinha partiram numa aventura a Moçambique, no Verão passado, com uma ideia fixa: encontrar o primeiro dinossauro daquele país. Saiu-lhes na rifa algo ainda mais antigo e raro, que agora revelaram: o fóssil de um antepassado comum a todos os mamíferos, com 250 milhões de anos, quando ainda faltavam 30 milhões de anos para aparecerem os primeiros dinossauros.
Tanto Ricardo Araújo (24 anos) como Rui Castanhinha (27 anos) estavam prestes a entrar numa nova fase da vida. O primeiro ia começar o mestrado em paleontologia na Universidade Metodista do Sul, no Texas (Estados Unidos); o segundo, o doutoramento no Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras. Estavam ambos a colaborar, tal como agora, com o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã, e antes da nova fase nada melhor do que uma expedição científica em África. “Eu e o Rui tínhamos decidido cometermos a loucura de partir para Moçambique para descobrir o primeiro dinossauro do país”, conta Ricardo Araújo.
Tal significava ir em prospecção num local com fósseis com mais de 65 milhões de anos, a altura em que os dinossauros se extinguiram. “Até agora, existe apenas um local em Moçambique com fósseis de vertebrados com mais de 65 milhões de anos: esse local é naquilo a que os geólogos chamam o Graben de Metangula [bacia que resultou da actividade tectónica], mesmo ao lado do lago Niassa.”
Rui Castanhinha teve de voltar a Portugal, mas o amigo continuou a viagem, só com um motorista e um guia local. “Tínhamos uma semana pela frente e os resultados até à data não eram animadores. Não tínhamos descoberto mais do que uns troncos [de árvores] fossilizados. Os dias foram-se passando e a minha frustração ia-se tornando mais palpável. Tinha de garantir o sucesso mínimo da expedição, nem que fosse um fragmento de osso convincente.”
E eis que os seus desejos se concretizaram. “Praticamente no último dia, depois de quase toda a região batida a pé, encontro finalmente no chão uma série de concreções [nódulos] calcárias, daquelas em que sabia que há fósseis”, lembra Ricardo Araújo. “Lá estava ele: um crânio completo de um ancestral comum a todos os mamíferos. Olhei primeiro para uma característica do crânio, sem me aperceber que tinha um esqueleto praticamente completo nas mãos.”
Ontem, a edição portuguesa da revista “National Geographic” assinalou a descoberta numa pequena notícia.
É um réptil mamaliano, com uns meros 15 centímetros de comprimento, que se encontrava enrolado sobre ele próprio e encarcerado na rocha esférica. “O esqueleto estar quase completo é relativamente único. Não há assim tantos fósseis de répteis mamalianos”, frisa Octávio Mateus. “Quando comparados com os dinossauros, os fósseis de répteis mamalianos são raros”, diz também Rui Castanhinha.
Tal como outros répteis mamalianos, este tem uma mistura de características anatómicas de réptil e mamífero. Deles surgiriam os mamíferos, que, até à extinção dos dinossauros, não passavam de animais do tamanho de ratinhos. Com o fim dos dinossauros, os mamíferos começaram a assumir uma variedade de formas e tamanhos.
Sem uma análise mais profunda do fóssil de Moçambique, ainda a ser limpo dos sedimentos nos EUA, a equipa apenas pode dizer pertence aos sinapsídeos, grupo de vertebrados terrestres de que fazem parte, entre outros, os mamíferos. Não quer dizer que o fóssil de Moçambique, em concreto, tenha dado origem aos mamíferos.
Mas o facto de ter sido encontrado o crânio com o resto do esqueleto pode ajudar a desvendar um pouco mais a história evolutiva dos mamíferos. “Ainda não sabemos se será uma espécie nova, será certamente um espécime importante”, diz Ricardo Araújo, que destaca ainda o seu tamanho diminuto: “O que poderá indicar que ou era uma espécie muito pequena, ou era um jovem sinapsídeo passeando pelo Niassa há 250 milhões de anos.”
Postado por Fernando Martins às 12:59 0 bocas
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