O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
O dia 27 de abril é o “Dia da Liberdade” para os sul-africanos. A data marcou a primeira eleição (em 1994) que não foi determinada pelas regras do apartheid (regime de segregação racial oficializado pelo governo da África do Sul) desde 1948.
Até então, a cor restringia a participação nas eleições de tal modo
que, de uma população de quase 28 milhões, apenas 3 milhões eram
eleitores. A eleição de 1994, sem restrições raciais, (para as
assembleias regionais e para a assembleia nacional do país) foi possível
em função das negociações de paz que envolveram toda a sociedade
sul-africana após a libertação de Nelson Mandela, em 1990. O partido do mais famoso dissidente político do mundo, Congresso Nacional Africano, foi o grande vencedor do pleito, o que garantiu a eleição de Mandela para a presidência da República.
A eleição foi organizada pela Comissão Eleitoral Independente, formada
por representantes de diversos setores da sociedade sul-africana e
presidida pelo líder do principal tribunal do país. A Comissão enfrentou
uma série de problemas, a ponto de relatório do Departamento de Estado
dos EUA ter considerado sua tarefa um “pesadelo logístico”.
Os eleitores não estavam registados em qualquer banco de dados
específico. O documento exigido era o de identidade, e os membros das mesas foram
instruídos para flexibilizar soluções para os casos mais complicados. A
eleição decorreu ao longo de seis dias, e, como o eleitor podia votar
em qualquer mesa, alguns locais tiveram filas cujo tamanho alcançaram a
marca dos quilómetros. Ao largo de todos estes problemas, os
observadores internacionais, vinculados tanto à ONU quanto à União Europeia, afiançaram a credibilidade do pleito, que marcou uma nova era na política sul-africana.
Os votos válidos chegaram a 19.726.579, e os dois partidos mais
votados para a Assembleia Nacional foram o Congresso Nacional Africano,
com 12.237.655 votos (62.65% e 252 deputados), o Partido Nacional, com
3.983.690 de votos (20.39% e 82 deputados).
The 1992 referendum was held in South Africa on 17 March of that year. In it, white South Africans
were asked to vote in the country's last whites-only referendum to
determine whether or not they supported the negotiated reforms begun by State PresidentF.W. de Klerk two years earlier, in which he proposed to end the apartheid
that had been started in 1948. The result of the election was a large
victory for the "yes" side, which ultimately resulted in apartheid
being lifted.
Nabucco é uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com libreto de Temistocle Solera, escrita em 1842. A ação da ópera conta a história do reiNabucodonosor da Babilónia. Foi escrita durante a época da ocupação austríaca do norte da Itália e, por meio da várias analogias, suscitou um sentimento nacionalista italiano. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera (Va, pensiero, sull'ali dorate,
"Vai, pensamento, sobre asas douradas") tornou-se uma música-símbolo
do nacionalismo italiano da época. Foi estreada a 9 de março de 1842 no Teatro alla Scala de Milão.
Mandela e de Klerk: os adversários cumprimentam-se
Em 11 de fevereiro
de 1990 Mandela finalmente é solto. Uma multidão aclama-o,
respondendo quando no gesto de luta ergue o punho fechado. Tem fim o
longo cárcere, e ele iria depois registar o momento: "Quando me vi
no meio da multidão, alcei o punho direito e estalou um clamor. Não
havia podido fazer isso desde há vinte e sete anos, e me invadiu uma
sensação de alegria e de força."
Os passos de Mandela ao sair da prisão de Victor Vester, atualmente renomeada para Drakenstein,
foram perpetuados na sua entrada, com uma estátua em bronze de 3
metros de altura em que o líder aparece com o braço direito erguido e o
punho fechado, inaugurada em 2008.
Nos encontros públicos que então realizaram mais tarde Mandela gritava "Amandla!" ("Poder!), ao que a multidão respondia - "Awethu!" ("Para o povo!"); mas os seus discursos não eram tão inflamados, e sim conciliadores, para a deceção dos setores mais radicais.
As inovações que encontrou fora da prisão foram-lhe um choque; ao ter sido preso, em 1958, não havia sequer televisão
no país; ficou surpreso por ser possível usar o telefone dentro de um
avião - tinha que enfrentar um ritmo de vida que não conhecia.
A 22 de abril de 1991 foi agraciado, por Portugal, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Em julho de 1991 é eleito presidente do ANC, e passa a empreender
viagens a vários países (inclusive ao Brasil), mostrando-se desde então
um verdadeiro estadista.
Em julho de 1992 um referendo entre os brancos dá ao governo, com mais de 68% de votos, o aval para as reformas e permitem a realização de uma futura constituinte.
Chris Gueffroy (Berlim, 21 de junho de 1968 - idem, 6 de fevereiro de 1989) foi a última pessoa a ser alvejada enquanto tentava escapar para Berlim Ocidental pelo Muro de Berlim.
Ele é frequente e erroneamente referenciado como a última pessoa a
morrer numa tentativa de cruzar o muro, mas na verdade ele foi o último a
ser assassinado, e o penúltimo a morrer numa tentativa de fuga. Winfried Freudenberg morreu na queda de um balão, no qual cruzou a fronteira para Berlim Ocidental em 8 de março de 1989.
Juntamente com o seu amigo Christian
Gaudian, Gueffroy tentou escapar de Berlim Oriental para Berlim
Ocidental, na noite de 6 de fevereiro de 1989, ao longo do canal do
distrito de Britz. Os dois acreditavam que a Schießbefehl,
a ordem de atirar em qualquer um que tentasse cruzar o muro, havia
sido suspensa. Os dois pulariam o muro com a ajuda de uma escada, mas
foram descobertos. Gueffroy foi alvejado no peito por dez tiros e
morreu sobre o muro. Gaudian, muito ferido, foi preso e sentenciado, em 24 de maio de 1989, a três anos de prisão. Em setembro do mesmo ano ele foi solto e em 17 de outubro transferido para Berlim Ocidental.
Os quatro guardas implicados foram recompensados pelas autoridade da Alemanha Oriental, cada um com um prémio de 150 marcos. No entanto, com a reunificação, um processo foi aberto em Berlim pela justiça da Alemanha.
Dois dos guardas foram libertados em janeiro de 1992, um foi suspenso,
enquanto que o principal acusado, Ingo Heinrich, que era responsável
pelo tiro mortal no coração, foi condenado a três anos e meio de prisão
(penalidade reduzida pelo Tribunal Federal a dois anos com suspensões
em 1994).
O túmulo de
Gueffroy foi vandalizado diversas vezes, provavelmente por comunistas
que temiam que ele se tornasse um símbolo. Em junho de 2003 um monumento foi erguido a Gueffroy na
margem do canal de Britz.
João Villaret nasceu em Lisboa, em 1913, filho do médico Frederico
Villaret e de Josefina Gouveia da Silva Pereira. Frequentou o colégio
inglês na Rua Marquês de Abrantes e depois o Liceu de Passos Manuel,
onde foi bom aluno. Desde cedo revelou interesse pelas artes. Aos 15
anos ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa. Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro
tiveram um papel preponderante na sua iniciação teatral. Em 1930
concluiu o curso e a 16 de outubro de 1931 estreava-se interpretando um
papel na peça Leonor Teles, de Marcelino Mesquita.
Trabalhou no teatro, cinema e foi um grande declamador de poesia,
a sua maior paixão. Era um actor ecléctico, pois além do teatro
clássico também se dedicou ao teatro de revista. Fez várias digressões a
África e ao Brasil, onde esteve sete vezes. Nos últimos anos, aos
domingos, tinha um programa na RTP, onde declamava poesia e contava histórias curiosas do mundo cultural. Num desses episódios referiu que o seu amigo António Botto o apresentou a Fernando Pessoa, encontro que muito o impressionou.
Villaret era diabético, mas era avesso a tratamentos e dietas. Em 1958, quando esteve em Nova Lisboa
consultou um calista que ao extrair-lhe uma calosidade lhe provocou uma
ferida num pé, o que viria a ter consequências funestas. Viria a morrer
de insuficiência renal em 1961, aos 47 anos.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
Nos anos 50, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio
de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim
como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais.
Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de:
Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de Villaret como declamador.
Música
Na música, Villaret também deu cartas, sendo criador de grandes
sucessos, como "Rosa Araújo", "Santo António" (proibidos pela Censura do
Estado Novo) e "Sinfonia do Ribatejo", na revista "Não Faças Ondas", em
1956, e do poema-canção "Recado a Lisboa", que até hoje predomina como
um verdadeiro clássico da história da Música Portuguesa.
A sua mais conhecida obra, devido à sua originalidade, é a seguinte:
Fado falado, de Nelson de Barros, com versos de Aníbal de
Nazaré, criado pelo próprio na revista "Tá Bem ou Não 'Tá?" (1947), e
satirizada com mestria nos anos 50, onde se pode ouvir esta frase
emblemática: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial,
tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua
capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista
eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu
propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do
Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por
grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia, em agosto de 1968.
Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram
entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia,
não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como
burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974,
quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia
Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968,
criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do
primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista",
contrário à partição a Checoslováquia entre a República Checa e a
Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna, em Praga, por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu, em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel, ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.
Em apenas 269 palavras, ditas em menos de dois minutos, Lincoln invocou os princípios de igualitarismo da Declaração de Independência e definiu a Guerra Civil como um novo nascimento da Liberdade que iria trazer a igualdade entre todos os cidadãos, criando uma nação unificada em que os poderes dos estados não se sobrepusessem ao "Governo do Povo, pelo Povo e para o Povo".
A importância do Discurso de Gettysburg é comprovada pela sua recorrência na cultura americana. Além de estar gravado no Memorial de Lincoln em Washington, DC, o discurso é estudado em muitas escolas e é frequentemente mencionado pelos media e em obras de cultura popular.
Há 87 anos, os nossos pais deram origem neste continente a uma nova
Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os
homens nascem iguais.
Encontramo-nos atualmente empenhados numa grande guerra civil, pondo à
prova se essa Nação, ou qualquer outra Nação assim concebida e
consagrada, poderá perdurar. Eis-nos num grande campo de batalha dessa
guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte desse campo ao
derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua vida para que essa
Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o
façamos.
Mas, numa visão mais ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar,
não podemos santificar este local. Os valentes homens, vivos e mortos,
que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais
poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes.
O mundo muito pouco atentará, e muito pouco recordará o que aqui
dissermos, mas não poderá jamais esquecer o que eles aqui fizeram.
Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada
até este ponto tão insignemente adiantada pelos que aqui combateram.
Antes, cumpre-nos a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa
que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem maior
devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção
– que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens
não morreram em vão, que esta Nação com a graça de Deus venha gerar uma
nova Liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais
desaparecerá da face da terra.
Rommel ficou mundialmente famoso por sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, no comando do Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que então batiam em retirada frente ao exército britânico. Por sua audácia e domínio das táticas de guerra com blindados, granjeou o apelido de A Raposa do Deserto e entre os árabes como O Libertador, sendo temido e respeitado tanto por seus comandados quanto por seus inimigos.
(...)
Implicado no atentado por suas ligações com os oficiais conspiradores membros da resistência alemã, Rommel, ainda em recuperação médica, recebe em sua casa a visita de dois oficiais generais em 14 de outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, trazem os termos do Führer a Rommel: ir a Berlim,
passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à
morte, condenando também sua família a ser confinada em um campo de
concentração ou, sozinho, acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno
para suicidar-se, opção esta que garantiria a integridade de seus
familiares. Rommel sem dúvida escolhe a segunda alternativa, despede-se
da família e acompanha os dois oficiais embarcando em seu automóvel.
Às 13.25 horas os Generais Burgdorf e Maisel, fizeram a entrega do
cadáver de Rommel ao Hospital de Ulm. O médico-chefe, que se dispunha a
proceder a autópsia, foi prontamente interrompido por Burgdorf que lhe
disse: "Não toque no corpo. Em Berlim já se tomaram todas as
providências." Talvez, jamais se venha a saber o que exatamente se
passou a caminho de Ulm. Burgdorf pereceu com Hitler, no subterrâneo
da chacelaria do Reich. Maisel, que no final da guerra foi condenado,
juntamente como motorista da SS, afirmaram terem recebido ordens de
abandonar o carro por alguns momentos, quando regressaram encontraram
Rommel a agonizar.
Stauffenberg junto com outros militares alemães que já não suportavam
as ordens de Hitler e organizaram um atentado a bomba contra o mesmo.
Tinham em mente levar duas pastas com explosivos
a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo o projeto foi
coordenado com ajuda de cúmplices que aguardariam que Stauffenberg colocasse
os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma
saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste mal sucedido atentado que tentou remover o líder nazi do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu no seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" (em alemão, "Wolfsschanze") situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn, junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na Prússia Oriental, atual território da Polónia).
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1 quilo de explosivos cada
uma, sendo que só conseguiu levar a sala de reunião onde ocorreu o
atentado apenas uma das bombas. Os explosivos foram preparados para
simularem o efeito de uma bomba britânica. Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de madeira protegeu o Führer da explosão.
Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "eu sou imortal."
Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. O Duce fica impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no facto de Hitler ter sobrevivido.
O seu pai foi um operário que emigrou para a União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial,
tomou parte na resistência contra a ocupação nazi e demonstrou a sua
capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista
eslovaco contra as tropas alemãs, no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou a sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček assistiu à Escola Superior do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu
propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do
Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por
grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968.
Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela
polícia soviética de ocupação e levados para Moscovo, onde "os fizeram
entrar na razão". Quando voltou a Praga foi vítima de ostracismo, considerado como um cadáver político.
Até 1969 foi presidente da Assembleia Federal checoslovaca. Nesse mesmo ano, foi expulso do Partido. Nomeado embaixador na Turquia,
não tardou a ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como
burocrata duma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974,
quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia
Federal, na qual ratificava os postulados democráticos de 1968,
criticava as posições do Partido e denunciava os abusos de poder do
primeiro secretário Husak. Era considerado um "checoslovaquista",
contrário à divisão da Checoslováquia entre a República Checa e a
Eslováquia e defensor da opção federativa.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna de Praga por milhares de compatriotas. Inspirador das mudanças democráticas, foi feito presidente do Parlamento checo.
Faleceu em consequência dos ferimentos sofridos num acidente de automóvel ocorrido no dia 1 de setembro de 1992, perto de Humpolec. Foi sepultado em Bratislava, na Eslováquia.
Em 4 de novembro, o Exército Vermelho invade Budapeste, com o apoio de ataques aéreos e bombardeamentos de artilharia,
derrotando rapidamente as forças húngaras. Calcula-se que 20 000
pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e
posteriormente executado) e substituído no poder pelo traidor simpatizante
soviético János Kádár. Mais de 2 mil processos políticos foram abertos, resultando em 350 enforcamentos.
Dezenas de milhares de húngaros fugiram do país e cerca de 13 mil foram
presos. As tropas soviéticas apenas saíram da Hungria em 1991.