segunda-feira, abril 29, 2024
Porque é dia de dançar...!
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sábado, abril 27, 2024
Secção de Fado ameaça boicotar Serenata Monumental
Secção de Fado ameaça boicotar Serenata Monumental: “Serenata só há uma. Na Sé Velha e mais nenhuma”
Apesar da insistência da organização, a Polícia de Segurança Pública deu parecer negativo à realização do evento neste espaço.
A atuação na serenata é “reservada a grupos de fado constituídos por estudantes sócios da AAC”, segundo o Regulamento de Organização da Queima das Fitas.
A mudança do local acontece desde 2020. A razão inicial prendia-se com obras que se iam realizar no espaço, antes da pandemia da Covid-19. Desde esse ano que a Serenata Monumental da Queima das Fitas já se realizou na Sé Nova, espaço característico da Serenata da Festa das Latas e Imposição de Insígnias, e no Paço das Escolas.
A 30 de abril vai decorrer uma Assembleia de Auscultação da Academia, convocada pelo Magnum Consilium Veteranorum, aberta a todos os estudantes para que saia uma decisão quanto ao local, com transmissão na tvAAC.
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segunda-feira, abril 22, 2024
Não se pode ter os dois...?
Ou há TGV ou vinho da Bairrada
O presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) garante que o atual projeto de alta velocidade, que atravessa uma longa mancha de vinha da região, pode pôr em causa marcas que são o “carro chefe” de um grupo ou empresa de vinhos.
“[O projeto de alta velocidade] pode ser determinante para o desaparecimento de marcas, marcas que temos que são dependentes da existência desta ou daquela vinha e que podem desaparecer por desaparecerem as condições de produção que existem”, explicou à agência Lusa Pedro Soares.
Do traçado já definido (que reserva um corredor que será depois afinado), a linha de alta velocidade terá “um impacto muito grande” numa mancha praticamente contínua de vinha da Bairrada, que se estende “ao longo do concelho da Anadia, tocando também no concelho de Cantanhede e, ligeiramente, no concelho de Oliveira do Bairro”, notou.
Para Pedro Soares, mais importante do que o impacto direto num número de hectares de vinha que possam vir a ser expropriados, os efeitos sentir-se-ão nos solos “que vão ficar mexidos” e na alteração da paisagem, quando a Bairrada tem apostado cada vez mais no enoturismo.
“Do ponto de vista ambiental, vamos estar a mexer em cursos de água, vamos alterar aquilo que é o ecossistema existente no solo e, por conseguinte, vamos estar a alterar as condições desse solo para a prática da vitivinicultura”, aclarou.
Pedro Soares realçou que é também importante definir como serão ressarcidas empresas e produtores que podem ver ameaçadas propriedades assentes num trabalho “com mais de 80, 100 ou 120 anos” e marcas construídas que, vendo desaparecer uma determinada vinha, “podem também vir a desaparecer”.
“Se a vinha não existe, acabou a narrativa e acabou aquele vinho e aquela história”, constatou, salientando que essas propriedades pequenas são, por vezes, “a bandeira de uma região para o comércio e para o mundo” e “o carro chefe que ajuda a colocar valor nas restantes marcas” de uma determinada empresa.
Quinta das Cunhas pode desaparecer
O projeto da alta velocidade, cujo traçado em Coimbra, na zona sul, não acolheu a opção defendida pelo município, prevê a possibilidade de demolição de cerca de 60 habitações no concelho de Coimbra.
Quando Estrela Dias, de 70 anos, soube que a sua casa poderia ir abaixo com a alta velocidade, no verão de 2023, teve “um ataque de coração” e teve de ir ao hospital.
Desde então, a habitante da Quinta das Cunhas, que viveu sempre naquela localidade junto à fronteira do concelho de Coimbra com o de Condeixa-a-Nova, tem precisado de medicação para dormir à noite, face à possibilidade de quase toda a localidade, com cerca de uma dezena de habitações e uma população de 15 a 20 pessoas, poder desaparecer.
“A casa é reles, mas, mesmo reles, fui eu que a fiz, mais o meu marido. Agora, ao fim de tanto tempo, e a vida cara, a gente vai ficar sem casa?”, questiona Estrela Dias.
Ainda sem projeto de execução, na Quinta das Cunhas a população agarra-se à esperança de que possa vir a ser evitada a demolição das casas.
O presidente da União de Freguesias do Ameal, Taveiro e Arzila, Jorge Mendes (CDU), salienta essa mesma esperança de que o projeto possa ser revisto, uma vez que aquela localidade “está rodeada de floresta e um desvio de 100 ou 200 metros deixaria de passar por cima das casas”.
“Temos a convicção de que isso vá acontecer”, notou, recordando que as reuniões preparatórias com a Câmara de Coimbra e Infraestruturas de Portugal também apontam para essa possibilidade, em fase de projeto de execução.
Coimbra quer TGV “rapidamente”
Face à possibilidade de demolições, o município de Coimbra criou um gabinete de apoio para acompanhar essas situações, tendo já recebido três munícipes.
No entanto, para o autarca de Coimbra José Manuel Silva, os efeitos positivos deste investimento para o concelho superam, em larga medida, os impactos negativos.
A alta velocidade, para José Manuel Silva, é um investimento fundamental para Coimbra e tem de avançar “no mais curto espaço de tempo”.
Este investimento já “vem a ser discutido há muitos anos e é essencial para Portugal avançar rapidamente com este projeto e, para Coimbra, é de uma importância estratégica”, vincou.
O autarca recordou que a alta velocidade aproxima Coimbra “de dois aeroportos”, que passam a servir a cidade de “forma direta, com os mesmos tempos que acontecem em praticamente todas as cidades da Europa”.
Naquele concelho, foi escolhida a opção que menos impactos trará e, mesmo com alguns prejuízos sobretudo em zonas de vinha, o município salienta que os benefícios suplantam os impactos negativos.
quarta-feira, abril 17, 2024
Há um novo mural em Coimbra a celebrar o 55º aniversário da crise académica de 1969...
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A Crise Académica de 1969, que abalou o Estado Novo, em filme de tvAAC
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Coimbra começou uma crise académica há 55 anos...
A crise académica de 1969 começou quando não foi permitido aos estudantes o uso da palavra durante uma inauguração. À greve e à falta aos exames assumidos pelos estudantes respondeu o governo com a prisão e a mobilização para a guerra do ultramar.
NOTA: A sala onde a crise começou não é desconhecida para os Geopedrados - eu, por exemplo, fiz o meu último exame, como estudante da licenciatura em Geologia, no edifício das Matemáticas da FCTUC, numa sala chamada, naturalmente, de 17 de abril...
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sábado, abril 06, 2024
José Bonifácio de Andrada e Silva morreu há 186 anos...
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terça-feira, abril 02, 2024
O primeiro Jardim-Escola João de Deus, em Coimbra, faz hoje 113 anos
A história dos Jardins-Escola João de Deus tem origem na constituição da Associação de Escola Móveis pelo Método de João de Deus, fundada a 18 de maio de 1882, por iniciativa de Casimiro Freire, secundado por algumas personalidades destacadas do seu tempo como Bernardino Machado, Jaime Magalhães Lima, Francisco Teixeira de Queiroz, Ana de Castro Osório e Homem Cristo, entre outros.
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segunda-feira, março 18, 2024
Hoje é dia de recordar um Poeta que deu nome a uma Torre de Coimbra...
Esta torre celebrizou-se por ter sido a residência do poeta António Pereira Nobre (1867-1900), quando estudante, no final do século XIX. Daí deriva o nome pelo qual é melhor conhecida hoje, conforme o verso, em uma placa epigráfica, na sua fachada:
- "O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
- Por isso a Torre esguia o nome veio d'Anto
- Legenda d'Alma Só e coração tristonho
- Que poetas ungiu na graça do seu pranto"
- "Esta Torre de Anto foi assim chamada por António Nobre, o grande poeta do Só, que nela morou e a cantou nos seus versos. E habitou-a mais tarde Alberto d'Oliveira, ilustre escritor e diplomata, o grande amigo de António Nobre e da Coimbra amada."
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sábado, março 16, 2024
Música adequada à data...!
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Ginga Malaia... - a Estudantina Universitária de Coimbra celebra hoje 39 anos...!
Formado, essencialmente, por estudantes, o grupo acarreta um cancioneiro que atravessa gerações, cativa quem o ouve e é indissociável das vivências que se levam da cidade de Coimbra.
in Wikipédia
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domingo, março 10, 2024
A revista Presença foi lançada há 97 anos
A Presença - Folha de Arte e Crítica foi uma das mais influentes revistas literárias portuguesas do Século XX. Foi lançada em Coimbra, a 10 de março de 1927, sendo publicados 54 números até à sua extinção, em 1940.
"Folha de Arte e Crítica", publicada em Coimbra, em 1927, sob a direção de José Régio, Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões. Foi editada em duas séries: a primeira, entre 1927 e 1939, com cinquenta e três números, e a segunda com apenas dois números, entre 1939 e 1940. Em 1977, saiu um número especial, comemorativo do cinquentenário do seu lançamento. Distinguindo-se por um cuidadoso grafismo, enriquecido com reproduções de trabalhos de Almada, Sarah Afonso, Mário Eloy, Júlio, Dórdio Gomes, entre outros, a Presença recebeu colaboração de José Régio, Branquinho da Fonseca, Edmundo de Bettencourt, António Navarro, Carlos Queirós, Adolfo Casais Monteiro (que entra para a direção a partir do n.° 33), Miguel Torga, Alberto de Serpa, Francisco Bugalho, Saul Dias, João Falco (Irene Lisboa), Fausto José e João Gaspar Simões, entre outros. Acolheu textos de autores do primeiro modernismo como Luís de Montalvor, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Ângelo de Lima, aí vindo a colaborar ainda Vitorino Nemésio, Teles de Abreu (Jorge de Sena), Tomás Kim, Mário Saa, António Botto, Pedro Homem de Mello, Afonso Duarte, António de Sousa, João de Castro Osório, José Gomes Ferreira, Fernando Namora, João José Cochofel, Mário Dionísio ou Joaquim Namorado.
No n.° 1, na primeira página, José Régio publicou o texto "Literatura Viva", que pode ser entendido como manifesto programático da publicação. Defende nesse texto inaugural que "Em arte, é vivo tudo o que é original. É original tudo o que provém da parte mais virgem, mais verdadeira e mais íntima duma personalidade artística", pelo que, "A primeira condição duma obra viva é pois ter uma personalidade e obedecer-lhe". Reclama, assim, para a obra artística, o carácter de "documento humano", os critérios de originalidade e sinceridade, definindo "literatura viva" como "aquela em que o artista insuflou a sua própria vida, e que por isso mesmo passa a viver de vida própria." Com efeito, a descoberta, pelas leituras de Freud e Bergson, "do inconsciente e a sua colaboração nas mais rudimentares manifestações psíquicas" (J. G. Simões - "Individualismo e Universalismo", Presença, n.° 4, 1927), inspirará o pendor psicologista da criação literária revelada pela Presença, marcada por um lirismo e dramatismo na exploração das inquietações mais profundas do Homem. Em prefácio à edição fac-similada da Presença, David Mourão-Ferreira enumera os valores defendidos pela publicação: "Primado absoluto [...] de uma liberdade de criação tanto mais ameaçada [...] quanto pretendia exercer-se em período político de crescentes limitações à mesma"; "preeminência, pelo menos aparente, ou mais visível na doutrina do que em obras concretas, do individual sobre o coletivo", e do "psicológico" [...] sobre o chamado "social"; "afirmada valorização do intuitivo sobre o racional [...]"; "assumido princípio, a cada passo posto em prática, da total independência da arte e da crítica em relação a qualquer poder"; "exercício, enfim, de uma tónica intransigência perante as expressões inautênticas, todas as glórias fáceis ou fabricadas artificialmente, todos os produtos e todas as manobras de mediocridade mais ou menos organizada".
A história da revista foi marcada por uma cisão entre os colaboradores - em 1930, Adolfo Rocha (Miguel Torga), Edmundo de Bettencourt e Branquinho da Fonseca endereçam a José Régio e João Gaspar Simões uma carta de dissidência - e pela polémica aberta com publicações defensoras de conceções estético-literárias de sinal oposto. Por volta de 1935, declara-se um conflito entre o grupo presencista e a geração neorrealista, que desponta em publicações como Seara Nova, O Diabo ou Sol Nascente, o primeiro acusando a segunda de não servir a arte, mas ideais sociais e políticos, e esta acusando os primeiros de alheamento num esteticismo egoísta. Em 1939, a revista inicia uma segunda série, que reafirma, em editorial, a opção por uma arte não-empenhada, embora consciente de que "a alguns parecerá desumanidade, mania, esta prova de atenção e amor às questões da arte, da crítica, da cultura, quando a questão social, a questão política e a questão económica deveriam, segundo esses, absorver todo o interesse de todos.", interessando-lhe exclusivamente "as criações de arte, as pesquisas ou conclusões da crítica" (Presença, nº 1, 2.a série, 1939, p. 1).
Coube à Presença, entre outros méritos, o de reabilitar as propostas artísticas da geração de Orpheu (o n.° 48 é dedicado a Fernando Pessoa), consagrando a modernidade literária veiculada pelos homens de 1915, e a exigência de isenção e rigor no exercício da crítica literária. Ao mesmo tempo, a Presença desempenhou um papel cultural determinante na divulgação de autores estrangeiros, como Proust, Gide, Pirandello, Dostoievsky, Ibsen, ou os brasileiros Jorge Amado, José Lins do Rego, Cecília de Meireles, Ribeiro Couto e Jorge de Lima.
quinta-feira, fevereiro 29, 2024
Saudades das músicas de Alberto Ribeiro...
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Marcadores: actor, Alberto Ribeiro, Coimbra, Fado Hilário, música
domingo, fevereiro 18, 2024
São Teotónio, o primeiro santo português, morreu há 862 anos
São Teotónio (século XV), por Nuno Gonçalves
São Teotónio (Ganfei, Valença, 1082 - Coimbra, 18 de fevereiro de 1162) foi um religioso português do século XII, tendo sido canonizado pela Igreja Católica.
Reconhecido por todo o Ocidente, contava-se entre os seus amigos pessoais São Bernardo de Claraval.Postado por Fernando Martins às 08:06 0 bocas
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sexta-feira, fevereiro 16, 2024
Saudades de Carlos Paredes...
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Marcadores: Carlos Paredes, Coimbra, Fado de Coimbra, guitarra, Guitarra de Coimbra, música, Verdes anos
José Manuel dos Santos nasceu há oitenta e um anos...
Faz hoje, dia 16 de fevereiro de 2013, 70 anos que nasceu em Coimbra, JOSÉ MANUEL DOS SANTOS. Faleceu na sua cidade natal, a 25 de julho de 1989.
José Manuel Martins dos Santos, nasceu em Coimbra, fez a instrução primária na sua terra, e curso liceal no Liceu D. João III. A seguir, matriculou-se em Engenharia Civil, na Universidade de Coimbra, depois no curso de Psicologia, nunca tendo avançado significativamente em nenhum deles. A canção de Coimbra, a vida académica, e a boémia saudável que quase todo o estudante adora viver, eram superiores à vontade de estudar. Os seus pais, com um pequeno comércio na Rua Ferreira Borges, na Baixa de Coimbra, e com uma venda de bilhetes no teatro Avenida, lá iam assegurando o tipo de vida, que o Zé Manel gostava de viver. Calcorreava a Coimbra nas serenatas de rua, nos espetáculos organizados pelos diferentes Organismos e Instituições, onde a Canção de Coimbra, era presença indispensável, e onde a sua voz se identificava pela diferença qualitativa.
Vivia a mística do Penedo da Saudade, e o simbolismo da sua Sé Velha, emprestando com a sua voz maviosa, e um estilo muito próprio de cantar. A sua dimensão estética invulgar, ao cantar de Coimbra, sem romantismos retrógrados, respeitando a tradição, mas inserido num movimento de modernidade e de mudança, marcavam uma diferença significativa para os demais. Tomando por base o escrito por José Niza, JOSÉ MANUEL DOS SANTOS, acompanha pelo país e pelo estrangeiro, o Coro Misto da Universidade de Coimbra, a Tuna Académica, e o Orfeon, do qual fez parte como 1º tenor, nos anos de 1966 a 1968.
Cantou com Rui Nazaré, José Niza, Eduardo Melo, Ernesto Melo, Durval Moreirinhas, Rui Borralho, Manuel Borralho, Jorge Godinho, Hermínio Menino, António Bernardino, José Miguel Baptista, Jorge Rino, António Portugal, Rui Pato, Jorge Cravo, José Ferraz, António Andias, Manuel Dourado, Octávio Sérgio e muitos outros, igualmente importantes na divulgação da Canção de Coimbra. Refere ainda José Niza, no mesmo livro, que o Dr. Rui Pato, no Jornal de Coimbra, de setembro de 1989, escreve que José Manuel dos Santos, terá sido o único que teve a honra de interpretar a obra poética de José Nuno Guimarães. Pelo Dr. Rui Pato sabemos do agradecimento comovido da sua viúva, quando da leitura do artigo em causa, pouco tempo após a partida do amigo Zé Manel, aos 46 anos de idade. O seu filho, médico em Coimbra, terá talvez outra visão e relação, com a música e o canto de Coimbra, não tendo sofrido o encantamento que a voz de seu pai ajudou a construir, e que no fundo não foi uma contribuição ativa, para uma de carreira profissional consolidada.
Gravou dois fonogramas. Vamo-nos socorrer do trabalho do Prof. Doutor Armando Luís de Carvalho Homem, sob o título “NUNO GUIMARÃES (1942 – 1973), e a Guitarra de Coimbra nos anos 60: - impressões perante uma re–audição de cinco 45 RPM”. O autor aborda aquilo que considera que foi o caminho seguido por ele, e pelos seus companheiros, nas suas vivências académicas, inseridas nas preocupações estéticas dos mesmos, no domínio da Canção de Coimbra. Atende-se preferencialmente no contexto social e político envolvente, à época, na Academia do Porto, e num tempo de mudança, de lutas sociais e políticas dos anos 60. ALCH aborda a discografia de Nuno Guimarães, com base na sua experiência da sua vida de jovem compositor e violista, a nosso ver, estruturada em dois pilares fundamentais:
- A dimensão cimeira, do que foram o saber, a experiência na composição e interpretação da música e da canção de Coimbra, da lavra do seu saudoso Pai, o Dr. Armando de Carvalho Homem (1923 – 1991), e a sua passagem enriquecedora pela Academia de Coimbra.
A propósito dos fonogramas gravados por JOSÉ MANUEL DOS SANTOS, ALCH, escreveu:
- Serenata de Coimbra: José Manuel dos Santos, EP AM 4.039, ed. OFIR/ Discoteca Santo António, s.d. (tal com os restantes); instrumentistas: Nuno Guimarães/ Manuel Borralho (gg), Rui Pato/ Jorge Ferraz (vv); contém os seguintes temas (todos da autoria de NG): “Fado da Vida”, “Elegia à Mãe”, “Anjo Negro” e “Rosa e a Noite”.
- Coimbra Antiga: Fados por José Manuel dos Santos, EP AM 4.069; instrumentistas: Nuno Guimarães/ Manuel Borralho (gg), Rui Pato/Jorge Rino (vv); contém os temas “Adeus Minho Encantador”, “Fado das Penumbras”, “Canção da Beira” e “Fado Manassés”.
JOSÉ MANUEL DOS SANTOS partiu muito novo. Tinha 46 anos e a cidade que o viu nascer, também o viu partir, naquele dia 25 de julho de 1989.
in Guitarra de Coimbra V (Cithara Conimbrigensis)
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Carlos Paredes nasceu há 99 anos...
Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”.
Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa".
"Quando eu morrer, morre a guitarra também. O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele. Eu desejaria fazer o mesmo. Se eu tiver de morrer.” |
- Carlos Paredes
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in Wikipédia
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quarta-feira, janeiro 17, 2024
Poesia adequada à data...
Vou aqui como um anjo, e carregado
De crimes!
Com asas de poeta voa-se no céu...
De tudo me redimes, Penitência De ser artista!
Nada sei,
Nada valho,
Nada faço,
E abre-se em mim a força deste abraço
Que abarca o mundo!
Tudo amo, admiro e compreendo.
Sou como um sol fecundo
Que adoça e doira, tendo
Calor apenas.
Puro,
Divino
E humano como os outros meus irmãos,
Caminho nesta ingénua confiança
De criança
Que faz milagres a bater as mãos.
in Penas do Purgatório (1954) - Miguel Torga
Postado por Pedro Luna às 02:09 0 bocas
Marcadores: Adolfo Correia da Rocha, Coimbra, literatura, Medicina, Miguel Torga, poesia, Trás-os-Montes
Miguel Torga morreu há vinte e nove anos...
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha (Vila Real, São Martinho de Anta, 12 de agosto de 1907 - Coimbra, 17 de janeiro de 1995), foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Exortação a Sancho
Senhor meu, Sancho Pança enlouquecido
Servo vencido
Na terra sonhada
Olha esta Ibéria que te foi roubada,
E que só terá paz quando for tua.
Ergue a fronte dobrada
E começa a façanha prometida!
Cumpre o voto da nova arremetida,
Feito aos pés de quem foi
O destemido herói
Da batalha de ser fiel à vida!
Nega-te a ser passiva testemunha
Do amor cobiçoso
Que os falsos namorados
Fazem crer impoluto e arrebatado
Àquele que reflecte o céu lavado
Nos olhos confiados.
Venha o teu grito de transfigurado:
Ai, no se muera!... E a Donzela acorda
E renega o idílio traiçoeiro.
Venha o Sancho da lança e do arado,
E a Dulcineia terá, vivo a seu lado,
O senhor D. Quixote verdadeiro!
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 00:29 0 bocas
Marcadores: Adolfo Correia da Rocha, Coimbra, literatura, Medicina, Miguel Torga, poesia, Trás-os-Montes
domingo, janeiro 07, 2024
Inês de Castro foi executada há 669 anos...
Postado por Fernando Martins às 06:06 0 bocas
Marcadores: Alcobaça, amor, assassinato, Coimbra, D. Afonso IV, D. Pedro I, Mosteiro de Alcobaça, Quinta das Lágrimas, Rainha de Portugal