Mostrar mensagens com a etiqueta Paulo Saraiva. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Paulo Saraiva. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, fevereiro 06, 2025

Hoje é dia de ouvir Fado de Coimbra...

Guitarras do meu País...

Paulo Saraiva morreu há treze anos...

 

PAULO SARAIVA (1964 - 2012). Faz hoje, dia 26 de janeiro de 2013, 49 anos que nasceu Paulo Saraiva.
PAULO JORGE PEDROSO BARATA FEIO SARAIVA, nasceu em Coimbra, a 26 de janeiro de 1964, e faleceu, em Lisboa, a 6 de fevereiro de 2012, estando sepultado no cemitério da Conchada, em Coimbra. Morre aos 48 anos, na sua casa perto de Lisboa, de acidente vascular cerebral. Mais um jovem talentoso, na voz e no dedilhar da viola, algo envelhecido, que parte tão cedo.
Aos 11 anos, foi aluno da Escola de Guitarra Clássica, do extinto F.A.O.J., no ano de 1975, tendo como professor Luis Filipe Roxo. Frequenta o Conservatório de Música de Coimbra, estudando guitarra clássica (viola), começando a cantar por volta dos anos 80, na Escola de Fado do Chiado. Aqui, sob a orientação do professor Jorge Gomes, que cedo se apercebe das suas qualidades de cantor, e assim, decide abraçar decididamente o canto. Mais tarde, vem a pertencer à Tuna Académica da Universidade de Coimbra, integrando a Orquestra e um Grupo de Fados. Também faz parte da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, onde colabora na Orxestra Pitagórica e na Estudantina Universitária de Coimbra.
É fundador do Grupo de Fados e Guitarradas "Torre d'Anto" e colaborou com o Grupo "Toada Coimbrã", com o qual participou numa Serenata Monumental da Queima das Fitas, que teve um impacto extraordinário. A partir daqui, começa a cantar no grupo de António Portugal, com António Brojo, Aurélio Reis e Luis Filipe, no qual se mantém até à morte de Portugal, em 26 de junho de 1994. Cantou ao lado de grandes figuras da Canção de Coimbra, como Luiz Goes (1933 - 2012), António Bernardino (1941 - 1996), Augusto Camacho Vieira, Fernando Rolim, e muitos outros. Foi acompanhado pelos guitarristas, como António Portugal, António Brojo (1927 - 1999), Octávio Sérgio, António José Moreira, Henrique Ferrão, António Vicente, entre outros. À viola, teve o acompanhamento de Aurélio Reis, Luis Filipe, Durval Moreirinhas, Rui Pato, Luis Santos, e também muitos outros.
Considerava-se especialmente influenciado por José Afonso (1929 - 1987), António Portugal (1931 -1994) e Adriano Correia de Oliveira (1942 - 1982). Gravou alguns discos, como a "Estudantina Passa", em 1988, depois em 1997, com 33 anos, grava "Canção com Lágrimas", da etiqueta Ovação, disco que obtém um êxito assinalável. Colabora depois na fase de Lisboa, noutras gravações. Com efeito no início dos anos 90 do século passado, radica-se em Lisboa, atuando por mais de uma década na casa de fados "Sr. Vinho", onde de há muito se encontrava Fernando Machado Soares. A sua carreira de cantor, passou por participações em programas televisivos e radiofónicos, percorrendo o nosso país e o estrangeiro, em países como Espanha, Holanda, França, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Marrocos, Brasil, Cuba, Canadá, Tailândia, Malásia, Singapura e São Tomé e Príncipe.
O seu repertório incluía sobretudo Fados de Coimbra, Canção de Intervenção e Música Popular Portuguesa, interpretando temas de grandes figuras como Luiz Goes, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, suas e muitos outros.
Paulo Saraiva, deixa uma enorme saudade, em todos os que o conheceram, saudade que passa muito para além da controvérsia gerada na sua opção de radicação em Lisboa. Deixa amigos, que jamais o esquecerão, recordando o homem, e o artista, que precocemente envelheceu, e aquela voz magnífica e bem timbrada, que se fazia acompanhar na sua viola.


in Guitarra de Coimbra V (Cithara Conimbrigensis)



domingo, janeiro 26, 2025

Paulo Saraiva nasceu há sessenta e um anos...

  
PAULO JORGE PEDROSO BARATA FEIO SARAIVA, nasceu em Coimbra, a 26 de janeiro de 1964, e faleceu, em Lisboa, a 6 de fevereiro de 2012, estando sepultado no cemitério da Conchada, em Coimbra. Morre aos 48 anos, na sua casa perto de Lisboa, de acidente vascular cerebral. Mais um jovem talentoso, na voz e no dedilhar da viola, algo envelhecido, que parte tão cedo.
Aos 11 anos, foi aluno da Escola de Guitarra Clássica, do extinto F.A.O.J., no ano de 1975, tendo como professor Luis Filipe Roxo. Frequenta o Conservatório de Música de Coimbra, estudando guitarra clássica (viola), começando a cantar por volta dos anos 80, na Escola de Fado do Chiado. Aqui, sob a orientação do professor Jorge Gomes, que cedo se apercebe das suas qualidades de cantor, e assim, decide abraçar decididamente o canto. Mais tarde, vem a pertencer à Tuna Académica da Universidade de Coimbra, integrando a Orquestra e um Grupo de Fados. Também faz parte da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, onde colabora na Orxestra Pitagórica e na Estudantina Universitária de Coimbra.
É fundador do Grupo de Fados e Guitarradas "Torre d'Anto" e colaborou com o Grupo "Toada Coimbrã", com o qual participou numa Serenata Monumental da Queima das Fitas, que teve um impacto extraordinário. A partir daqui, começa a cantar no grupo de António Portugal, com António Brojo, Aurélio Reis e Luis Filipe, no qual se mantém até à morte de Portugal, em 26 de junho de 1994. Cantou ao lado de grandes figuras da Canção de Coimbra, como Luiz Goes (1933 - 2012), António Bernardino (1941 - 1996), Augusto Camacho Vieira, Fernando Rolim, e muitos outros. Foi acompanhado pelos guitarristas, como António Portugal, António Brojo (1927 - 1999), Octávio Sérgio, António José Moreira, Henrique Ferrão, António Vicente, entre outros. À viola, teve o acompanhamento de Aurélio Reis, Luis Filipe, Durval Moreirinhas, Rui Pato, Luis Santos, e também muitos outros.
Considerava-se especialmente influenciado por José Afonso (1929 - 1987), António Portugal (1931 -1944) e Adriano Correia de Oliveira (1942 - 1982). Gravou alguns discos, como a "Estudantina Passa", em 1988, depois em 1997, com 33 anos, grava "Canção com Lágrimas", da etiqueta Ovação, disco que obtém um êxito assinalável. Colabora depois na fase de Lisboa, noutras gravações. Com efeito no início dos anos 90 do século passado, radica-se em Lisboa, atuando por mais de uma década na casa de fados "Sr. Vinho", onde de há muito se encontrava Fernando Machado Soares. A sua carreira de cantor, passou por participações em programas televisivos e radiofónicos, percorrendo o nosso país e o estrangeiro, em países como Espanha, Holanda, França, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Marrocos, Brasil, Cuba, Canadá, Tailândia, Malásia, Singapura e São Tomé e Príncipe.
O seu repertório incluía sobretudo Fados de Coimbra, Canção de Intervenção, e Música Popular Portuguesa, interpretando temas de grandes figuras como Luiz Goes, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, suas e muitos outros.
Paulo Saraiva, deixa uma enorme saudade, em todos os que o conheceram, saudade que passa muito para além da controvérsia gerada na sua opção de radicação em Lisboa. Deixa amigos, que jamais o esquecerão, recordando o homem, e o artista, que precocemente envelheceu, e aquela voz magnífica e bem timbrada, que se fazia acompanhar na sua viola.


in Guitarra de Coimbra V (Cithara Conimbrigensis)



Hoje é dia de ouvir Fado de Coimbra...

segunda-feira, março 18, 2024

Hoje é dia de recordar um Poeta que deu nome a uma Torre de Coimbra...



   
A Torre de Anto, primitivamente denominada como Torre do Prior do Ameal, e atualmente como Casa do Artesanato ou Núcleo Museológico da Memória da Escrita, localiza-se na antiga freguesia de Almedina, concelho de Coimbra, distrito de Coimbra, em Portugal.
Encontra-se classificada como Monumento Nacional pelo IPPAR desde 1935.
    
História
Trata-se de uma antiga torre, integrante da cerca medieval da cidade, aproximadamente a meio da maior de suas encostas, sobranceira ao rio Mondego. Como outras torres daquela cerca, perdida a sua função defensiva, foi transformada em unidade habitacional na primeira metade do século XVI. Data deste período a a sua designação como Torre do Prior do Ameal, assim como a sua atual aparência, com alterações menores posteriores.
Esta torre celebrizou-se por ter sido a residência do poeta António Pereira Nobre (1867-1900), quando estudante, no final do século XIX. Daí deriva o nome pelo qual é melhor conhecida hoje, conforme o verso, em uma placa epigráfica, na sua fachada:
"O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
Por isso a Torre esguia o nome veio d'Anto
Legenda d'Alma Só e coração tristonho
Que poetas ungiu na graça do seu pranto"
  
Uma segunda placa epigráfica na mesma fachada esclarece ainda:
"Esta Torre de Anto foi assim chamada por António Nobre, o grande poeta do , que nela morou e a cantou nos seus versos. E habitou-a mais tarde Alberto d'Oliveira, ilustre escritor e diplomata, o grande amigo de António Nobre e da Coimbra amada."
  
O Paço de Sobre-Ribas, vizinho à Torre de Anto, também incorpora parte da antiga cerca da cidade.
    
Características
De pequenas dimensões, apresenta planta quadrangular, com quatro pavimentos interligados entre si por uma escada em caracol. A sua cobertura é em telhado de quatro águas.
     

 


sábado, março 18, 2023

Hoje é dia de recordar um Poeta que deu nome a uma Torre de Coimbra...

   
A Torre de Anto, primitivamente denominada como Torre do Prior do Ameal, e atualmente como Casa do Artesanato ou Núcleo Museológico da Memória da Escrita, localiza-se na antiga freguesia de Almedina, concelho de Coimbra, distrito de Coimbra, em Portugal.
Encontra-se classificada como Monumento Nacional pelo IPPAR desde 1935.
    
História
Trata-se de uma antiga torre, integrante da cerca medieval da cidade, aproximadamente a meio da maior de suas encostas, sobranceira ao rio Mondego. Como outras torres daquela cerca, perdida a sua função defensiva, foi transformada em unidade habitacional na primeira metade do século XVI. Data deste período a a sua designação como Torre do Prior do Ameal, assim como a sua atual aparência, com alterações menores posteriores.
Esta torre celebrizou-se por ter sido a residência do poeta António Pereira Nobre (1867-1900), quando estudante, no final do século XIX. Daí deriva o nome pelo qual é melhor conhecida hoje, conforme o verso, em uma placa epigráfica, na sua fachada:
"O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
Por isso a Torre esguia o nome veio d'Anto
Legenda d'Alma Só e coração tristonho
Que poetas ungiu na graça do seu pranto"
  
Uma segunda placa epigráfica na mesma fachada esclarece ainda:
"Esta Torre de Anto foi assim chamada por António Nobre, o grande poeta do , que nela morou e a cantou nos seus versos. E habitou-a mais tarde Alberto d'Oliveira, ilustre escritor e diplomata, o grande amigo de António Nobre e da Coimbra amada."
  
O Paço de Sobre-Ribas, vizinho à Torre de Anto, também incorpora parte da antiga cerca da cidade.
    
Características
De pequenas dimensões, apresenta planta quadrangular, com quatro pavimentos interligados entre si por uma escada em caracol. A sua cobertura é em telhado de quatro águas.
     

 


sábado, abril 03, 2021

Hilário morreu há 125 anos...

 

"Augusto Hilário da Costa Alves nasceu em Viseu em 1864. No entanto, ao consultarmos a sua Certidão de Edade no Arquivo da Universidade de Coimbra, reparamos que na transcrição do seu registo de Baptismo, afinal, foi exposto na roda desta cidade [Viseu] pelas cinco horas da manhã e que em vez de se chamar Augusto Hilário refere a quem dei o nome de Lázaro Augusto.

Fica então a questão do porquê de Augusto Hilário. A resposta vem num documento anexo à Certidão de Edade referindo que no seu crisma solicitou para daí em diante se chamar Augusto Hilário (em 1877).

Quanto ao seu percurso escolar segundo João Inês Vaz e Júlio Cruz terá principiado no Liceu de Viseu pois frequentou o Liceu de Viseu com o intuito de fazer os estudos preparatórios para admissão à Faculdade de Filosofia. Certo é que, em 1889, vem para Coimbra fazer os preparatórios de Medicina. Dos Anuários da Universidade de Coimbra conclui-se que esteve matriculado em Filosofia entre os anos lectivos de 1889/1890 e 1891/1892 como aluno obrigado, sendo de destacar também que no ano lectivo de 1890/1891 frequentou a cadeira o Curso Livre de Língua Grega. Nos anos lectivos de 1892/1893 a 1895/1896 esteve matriculado em Medicina, tendo repetido o primeiro ano, tendo falecido quase a terminar o Curso.

Viveu na Rua Infante D. Augusto n.º 60, no Largo do Observatório n º 5, e na Travessa de S. Pedro n.º 14. No entanto, segundo os autores já citados, quando veio para Coimbra também se inscreveu na Marinha para receber subsídio do Estado Português.

É claro que durante o seu tempo de estudante cantou e tocou guitarra, tendo feito parte da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (no tempo em que o Doutor Egas Moniz, futuro Prémio Nobel da Medicina, era o Presidente da Tuna). Participou também na célebre homenagem a João de Deus, durante a qual, segundo João Inês Vaz e Júlio Cruz, após a actuação, terá atirado a guitarra para a assistência e, claro está, nunca mais a viu. Para obviar a falta da Guitarra, valeu-lhe o Ateneu Comercial de Lisboa que lhe ofereceu a derradeira guitarra em 1895 (a Guitarra do Hilário que hoje conhecemos).

Depois de ter actuado em diversos locais do país, acabou por falecer em Viseu no dia 3 de abril de 1896. Segundo a cópia da Certidão de Óbito na obra dos autores referenciados, morreu pelas nove horas da noite e sem sacramentos. Além disso, foi sepultado no cemitério público desta cidade [Viseu]."

 


quinta-feira, março 18, 2021

Hoje é dia de recordar um Poeta que deu nome a uma Torre em Coimbra...

   
A Torre de Anto, primitivamente denominada como Torre do Prior do Ameal, e atualmente como Casa do Artesanato ou Núcleo Museológico da Memória da Escrita, localiza-se na antiga freguesia de Almedina, concelho de Coimbra, distrito de Coimbra, em Portugal.
Encontra-se classificada como Monumento Nacional pelo IPPAR desde 1935.
    
História
Trata-se de uma antiga torre, integrante da cerca medieval da cidade, aproximadamente a meio da maior de suas encostas, sobranceira ao rio Mondego. Como outras torres daquela cerca, perdida a sua função defensiva, foi transformada em unidade habitacional na primeira metade do século XVI. Data deste período a a sua designação como Torre do Prior do Ameal, assim como a sua atual aparência, com alterações menores posteriores.
Esta torre celebrizou-se por ter sido a residência do poeta António Pereira Nobre (1867-1900), quando estudante, no final do século XIX. Daí deriva o nome pelo qual é melhor conhecida hoje, conforme o verso, em uma placa epigráfica, na sua fachada:
"O poeta aqui viveu no oiro do seu Sonho
Por isso a Torre esguia o nome veio d'Anto
Legenda d'Alma Só e coração tristonho
Que poetas ungiu na graça do seu pranto"
  
Uma segunda placa epigráfica na mesma fachada esclarece ainda:
"Esta Torre de Anto foi assim chamada por António Nobre, o grande poeta do , que nela morou e a cantou nos seus versos. E habitou-a mais tarde Alberto d'Oliveira, ilustre escritor e diplomata, o grande amigo de António Nobre e da Coimbra amada."
  
O Paço de Sobre-Ribas, vizinho à Torre de Anto, também incorpora parte da antiga cerca da cidade.
    
Características
De pequenas dimensões, apresenta planta quadrangular, com quatro pavimentos interligados entre si por uma escada em caracol. A sua cobertura é em telhado de quatro águas.