sexta-feira, março 24, 2023

Júlio Verne morreu há 118 anos

      
Júlio Verne, em francês Jules Verne (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 - Amiens, 24 de março de 1905), foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o inventor da ficção científica, tendo feito predições nos seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagens à Lua.
Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.
     

O paleontólogo Harry Whittington nasceu há 107 anos

(imagem daqui)

      
Harry Blackmore Whittington (Birmingham, 24 de março de 1916 - Cambridge, 20 de junho de 2010) foi um paleontólogo britânico.
Professor no Departamento de Ciências da Terra, Cambridge, membro do Colégio Sidney Sussex. Frequentou a Escola Handsworth Grammar em Birmingham, seguido por sua licenciatura e doutoramento em Geologia na Universidade de Cambridge, onde foi professor de 1966 a 1983 (continuando a publicar mesmo depois de reformado). Durante a sua carreira paleontológica, que abrange mais de sessenta anos, o Dr. Whittington conseguiu brilhantes resultados no estudo de fósseis de artrópodes do início da Era Paleozóica, com foco particular nas trilobites. Entre as suas principais realizações estão:
Entre os seus muitos prémios, recebeu o International Prize for Biology de 2001 e a Medalha Wollaston, também em 2001.
   
Opabinia - género estudado por Whittington
       

Sharon Corr faz hoje 53 anos

      
Sharon Helga Corr (Dundalk, 24 de março de 1970) é uma música da República da Irlanda, conhecida por ser violinista e vocalista de apoio da banda de folk rock, formada por irmãos, The Corrs.
Sharon começou a aprender violino aos seis anos. A sua irmã Caroline Corr estava, originalmente, destinada pela família a aprender o instrumento. Mas, por falta de interesse dela, Sharon acabou por aprender a tocar o instrumento. Sharon orgulha-se de jamais ter faltado a uma aula desde que começou a aprender violino. Chegou a tocar numa orquestra e está qualificada para lecionar este instrumento. Em 2001, casou-se com o barrister de Belfast Gavin Bonnar. Em 31 de março de 2006, deu à luz o primeiro filho, Cathal Robert Gerard Bonnar e, em 18 de julho de 2007, nasceu Flori Jean Elizabeth Bonnar.
Sharon completou o seu primeiro álbum solo, "Dream of You", em 2010. O single "Everybody's Gotta Learn Sometime" foi lançado em 6 de setembro de 2010 e o álbum "Dream of You" foi lançado em 13 de setembro de 2010, no Reino Unido e Irlanda.
  

 


Os Pink Floyd lançaram um álbum que revolucionou a música moderna há cinquenta anos...

The Dark Side of the Moon (ou pela abreviatura DSotM) é um álbum conceptual de 1973 dos Pink Floyd, que fala sobre as pressões da vida, como tempo, dinheiro, guerra, loucura e morte. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
É considerado por muitos críticos e fãs dos Pink Floyd como sendo a obra prima da banda, ultrapassando mesmo The Wall. O álbum foi um marco do rock progressivo com músicas que eram bem aceitas pelas rádios comerciais para execução, tais como "Money", "Time", e "Us and them". O álbum é uma ponte entre o blues rock clássico e a nova (na época) música eletrónica. No entanto são os tons mais suaves e as nuances líricas e musicais que fazem com que este álbum seja uma obra à parte.

Estima-se que 1 em cada 14 pessoas com menos de 50 anos, nos EUA tenha uma cópia deste álbum. O tema de Dark Side of the Moon terá sido em parte precipitado pela saída de Syd Barrett, um dos membros fundadores dos Pink Floyd.
O álbum contém alguns dos mais complicados usos dos instrumentos e efeitos sonoros existentes à época, incluindo o som de alguém correndo à volta de um microfone e a gravação de múltiplos relógios a tocar ao mesmo tempo. Uma versão quadrifónica, foi também editada com uma nova mistura. Durante as gravações os Pink Floyd desenvolveram novos efeitos tais como gravações em duas pistas das vozes e guitarras (permitindo a David Gilmour harmonizar consigo próprio), vozes dobradas e efeitos inéditos para aquela época, como ecos e separação dos sons entre os canais. Até hoje, Dark Side of the Moon é uma referência para os audiófilos que o usam para testar a fidelidade dos equipamentos de áudio.
Outra característica do álbum são os trechos de diálogos entre as faixas. Os Pink Floyd entrevistaram várias pessoas, perguntando-lhes coisas relacionadas com os temas centrais do álbum, como a violência e a morte. O roadie "Roger The Hat" aparece em mais que uma ("giv'em a quick, short, sharp, shock…", "live for today, gone tomorrow, that's me…"). A frase no fim do álbum "there is no dark side of the moon really… matter of fact it is all dark" é do porteiro do estúdio de Abbey Road, o irlandês Jerry Driscoll. Paul McCartney foi também entrevistado mas as suas respostas foram consideradas demasiadamente cautelosas para serem incluídas
Dark Side of the Moon é o álbum que ficou por mais tempo na Billboard 200, tendo permanecido 795 semanas consecutivas e mais de 1000 semanas no total, pouco mais de 15 anos. O álbum chegou a nº 1 nos EUA, Bélgica e França, até em 2002, 30 anos após o seu lançamento, foram vendidas nos EUA mais de 400.000 cópias, fazendo do álbum o 200º mais vendido desse ano. Em 2003 mais de 800.000 cópias do híbrido SACD de Dark Side of the Moon foram vendidas apenas nos EUA. "Time", "Money", e "Us and them" foram bastante tocadas nas rádios (sendo o single "Money" um sucesso de vendas também).
Dark Side of the Moon foi editado em "Super Audio Compact Disc" (SACD), com uma mistura de som surround 5.1 DSD a partir das fitas de estúdio de 16 faixas, por ocasião do 30º aniversário do seu lançamento. Tornou-se algo surpreendente o facto de James Guthrie ter sido chamado para fazer a mistura do SACD em vez de Alan Parsons, engenheiro do LP original. Esta edição do 30º aniversário ganhou 4 prémios do "Surround Music Awards" de 2003.

 

ADENDA: o álbum foi lançado a 1 de março de 1973 no Reino Unido e a 24 de março, do mesmo ano, no resto do mundo... É esta última data que aqui recordamos.

 


São Óscar Romero foi assassinado há 43 anos...

      
Óscar Arnulfo Romero Galdámez, conhecido como Monsenhor Romero, (Ciudad Barrios, San Miguel, 15 de agosto de 1917 - San Salvador, 24 de março de 1980) foi um sacerdote católico salvadorenho, quarto arcebispo metropolitano de San Salvador (1977-1980).
  
   
Em 3 de fevereiro de 1977 foi nomeado Arcebispo de San Salvador. Escolhido como arcebispo pelo seu aparente conservadorismo, uma vez nomeado aderiu aos ideais da não-violência, posição que o levou a ser comparado a Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Por isso, Óscar Romero passou a denunciar, em suas homilias dominicais, as numerosas violações de direitos humanos em El Salvador e manifestou publicamente sua solidariedade com as vítimas da violência política, no contexto da Guerra Civil de El Salvador.
Dentro da Igreja Católica, defendia a "opção preferencial pelos pobres".
   
A morte
Na homilia de 11 de novembro de 1977, Monsenhor Romero afirmou: "a missão da Igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua salvação."
Óscar Romero foi assassinado quando celebrava a missa, em 24 de março de 1980, por um atirador de elite do exército salvadorenho, treinado na Escola das Américas. A sua morte provocou uma onda de protestos em todo o mundo e pressões internacionais por reformas em El Salvador.
Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas, em reconhecimento pela atuação de D. Romero em defesa dos direitos humanos
  
Mártir, Beato e Santo
Em 1997 Romero foi declarado "Servo de Deus" pelo papa João Paulo II. Em fevereiro de 2015 o papa Francisco aprovou o decreto de beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir. A solenidade de beatificação foi realizada no dia 23 de maio de 2015 na capital salvadorenha e presidida pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Estima-se que cerca de 300 mil pessoas estiveram presentes na cerimónia. Durante a cerimónia, Amato afirmou que a memória de Romero ainda estaria viva dando conforto aos pobres e marginalizados, e que Romero foi a luz do mundo e o sal da terra, pois seus perseguidores desapareceram e foram esquecidos, mas Romero continuaria a lançar luz sobre os pobres e marginalizados. O papa Francisco enviou uma mensagem pessoal, lida no início da cerimónia, na qual afirmou que: "Em tempos de coexistência difícil, Romero soube como guiar, defender e proteger o seu rebanho. [...] Damos graças a Deus porque concedeu ao bispo mártir a capacidade de ver e ouvir o sofrimento de seu povo. [...] Quando se entende bem e se assume até as últimas consequências, a fé em Jesus Cristo cria comunidades artífices de paz e solidariedade". Romero foi canonizado pelo papa Francisco a 14 de outubro de 2018. A Igreja Luterana também participou da cerimónia, com a presença do bispo salvadorenho Medardo Gómez.
Óscar Romero é o primeiro salvadorenho a ser elevado aos altares, o primeiro arcebispo martirizado da América, o primeiro a ser declarado mártir depois do Concílio Vaticano II, e o primeiro santo nativo da América Central. Embora também São Pedro de Betancur tenha sido canonizado na cidade de Santiago de los Caballeros, na Guatemala, pelo seu trabalho na região e portanto, também um santo centro-americano, tinha nascido em Tenerife, Espanha.
  

O Exxon Valdez provocou uma maré negra no Alasca há 34 anos

    
Exxon Valdez (atualmente chamado Dong Fang Ocean e anteriormente conhecido também como Exxon Mediterranean, SeaRiver Mediterranean, S/R Mediterranean e Mediterranean) foi um navio petroleiro que ganhou notoriedade a 24 de março de 1989, quando entre 50.000 e 150.000 m³ (aproximadamente 257.000 barris) do petróleo que transportava foram lançadas ao mar, na costa do Alasca, depois de o navio encalhar na Enseada do Príncipe Guilherme (Prince William Sound). Como consequência, houve um grande desastre ambiental. Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas, morreram 250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de milhares de milhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derrame de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.
  
  
 

O cantor brasileiro Alípio Martins morreu há 26 anos

(imagem daqui)
  
Alípio Martins (Belém, 13 de junho de 1944 - Belém, 24 de março de 1997) foi um cantor, compositor e produtor musical brasileiro.
Foi um dos expoentes da lambada e brega, ritmo latino que se tornou febre no Brasil nos anos 80.
Desde a adolescência, Alípio sonhava em tornar-se músico profissional e fazer sucesso, sonho esse que manteve até à sua morte. Aos 15 anos, fugiu de casa sem dinheiro e viajou de navio, como passageiro clandestino, para o Rio de Janeiro, numa viagem de aproximadamente 30 dias. Na viagem, foi descoberto pelo cozinheiro do navio, porém, conseguiu chegar a um acordo com a tripulação ao confessar seu sonho.
Alípio Martins acreditava ser melhor produtor musical do que cantor. Vários artistas que gravaram com Alípio recordam-se das histórias e das técnicas utilizadas por ele durante as gravações. Entre seus principais sucessos, destacam-se "Garota", "Lá Vai Ele", "Onde Andará Você", "Vem Me Amar" e "Pra Mim Você Morreu". Como compositor escreveu grandes sucessos como "Quero Você, "Ei você, pssiu", "Menina do Interior".
Os seus grandes parceiros como compositor foram Marcelle, José Orlando, Chico Roque e Jesus Couto.
Durante a sua carreira recebeu 12 Discos de Ouro, 8 de Platina, 1 de Platina Duplo  e mais 5 Discos de Ouro por Produções. Com vendas de Discos, CDs e Fitas totalizou quase 5 milhões de unidades.
Faleceu aos 52 anos, vítima de cancro do estômago.
  

 


Marcos Portugal nasceu há 261 anos

     
Marcos António da Fonseca Portugal, conhecido como Marcos Portugal ou Marco Portogallo (Lisboa, 24 de março de 1762 - Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1830) foi um compositor e organista português de música erudita. No seu tempo as suas obras foram conhecidas por toda a Europa, sendo um dos mais famosos compositores portugueses de todos os tempos.
      

 


D. António Ribeiro, cardeal Patriarca de Lisboa, morreu há vinte e cinco anos...

 

D. António Ribeiro (Celorico de Basto, 21 de maio de 1928 - Lisboa, 24 de março de 1998) foi um cardeal português, o 15.º Patriarca de Lisboa, como Dom António II.
   
Biografia
Era filho de José Ribeiro (circa 1860) e da sua mulher Ana Gonçalves (circa 1904), ambos de São Clemente de Basto. Estudou no Seminário de Braga, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, na Faculdade Teológica em Innsbruck e na Faculdade Teológica de Munique.
   
Vida religiosa
Foi ordenado em 5 de julho de 1953, na Arquidiocese de Braga. O então arcebispo de Braga, D. António Bento Martins Júnior, mandou-o estudar para Roma, onde se doutorou na Pontifícia Universidade Gregoriana com a tese «A Doutrina do Evo em S. Tomás de Aquino. Ensaio sobre a duração da alma separada». Depois desta sua formação humanística, filosófica e teológica, António Ribeiro iniciou a sua atividade na Comunicação Social e no ensino. Entre 1959 e 1964 foi membro do corpo docente do Seminário de Braga e ficou responsável pelo programa «Encruzilhadas da Vida», transmitido aos sábados na RTP, em que debate temas de atualidade, frequentemente sugeridos pelos próprios telespectadores. Foi docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, entre 1964 e 1966. Transita para o programa, também na RTP, intitulado "Dia do Senhor", entre 1964 e 1967, onde demonstrou as suas qualidades de comunicador, com um sentido crítico e uma capacidade de leitura cristã dos acontecimentos. Lecionou Filosofia Social, Filosofia Moral e Psicologia Social e foi diretor do Instituto Superior de Cultura Católica, entre 1965-1967 e foi Vigário-geral da arquidiocese de Braga, entre l966 e 1967. Para além de trabalhar na área da Comunicação Social, foi assistente nacional e diocesano da Liga Universitária Católica e ainda das associações profissionais de médicos, farmacêuticos, juristas, engenheiros e professores.
  
Episcopado
Inicialmente foi escolhido para suceder, na diocese moçambicana da Beira, ao bispo D. Sebastião Soares de Resende, mas o regime não permitiu que fosse para Moçambique. Foi então eleito bispo-titular de Tigillava e nomeado bispo-auxiliar de Braga, a 3 de julho de 1967, foi consagrado em 17 de setembro, pelo Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, Patriarca de Lisboa, assistido por Francisco Maria da Silva, arcebispo de Braga, e por António de Castro Xavier Monteiro, arcebispo titular de Mitilene, bispo-auxiliar de Lisboa.
Em 6 de junho de 1969, é nomeado bispo-auxiliar de Lisboa. Promovido ao Patriarcado de Lisboa, o décimo-quinto patriarca de Lisboa com o nome de D. António II (nomeado a 13 de maio de 1971, no aniversário das aparições marianas de Fátima). Foi ainda nomeado Vigário militar de Portugal a 24 de janeiro de 1972.
   
     
Cardinalato
Foi o enviado especial do Papa João Paulo II para a celebração do quinto centenário da evangelização de Angola, em Luanda, entre 22 e 27 de outubro de 1991 e enviado especial do Papa para a celebração do quinto centenário do Tratado de Tordesilhas, em Setúbal, Portugal, a 5 de setembro de 1994. Presidiu à cerimónia de casamento do Duque de Bragança, D. Duarte Pio de Bragança, com D. Isabel de Herédia, em 13 de maio de 1995.
Morreu em 4 de março de 1998, por conta do estágio avançado de um cancro, na sua residência em Lisboa, sendo enterrado no túmulo dos patriarcas na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa. Um monumento a recordá-lo foi erguido em Britelo, Basto, e um busto foi colocado na sua terra natal, Celorico de Basto, na praça que tem o seu nome.
    
Conclaves
    

O cantor João Mineiro morreu há onze anos...

(imagem daqui)

João Sant'Ângelo (Andradas, 23 de agosto de 1935 - Jundiaí, 24 de março de 2012), mais conhecido como João Mineiro, foi um cantor brasileiro que formou a dupla sertaneja de sucesso "João Mineiro e Marciano". Desde a separação, em 1993, participava da dupla "João Mineiro e Mariano", regravando alguns sucessos da antiga dupla. Faleceu aos 76 anos, na cidade paulista de Jundiaí, vítima de insuficiência cardíaca.

 


O geólogo Doutor Luis Mendes-Victor morreu há dez anos...

(imagem daqui)
  
Faleceu hoje, 24 de março de 2013, o Professor Luis Alberto Mendes Victor
   
Luis Mendes-Victor dedicou uma carreira de mais de 40 anos à investigação nas diversas áreas da Geofísica. Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa desde 1991, ensinando Geofísica, Sismologia, Prospeção Geofísica, Hidrologia e Física dos Recursos Naturais. Na Universidade de Lisboa, foi Diretor do Instituto Geofísico Infante Dom Luiz, e Presidente do Instituto de Ciências da Terra e do Espaço, introduzindo em Portugal o ensino e a investigação moderna em Geofísica, e dirigindo o grupo de investigação mais representativo nesta área científica. Foi fundador do Laboratório Associado Instituto Dom Luiz.
Luis Mendes-Victor ocupou lugares de grande responsabilidade internacional na área da Geofísica e Meteorologia, em particular como Diretor Geral do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (1977-1987), Vice-presidente e Presidente da Associação Regional VI da OMM (1980-1986), Membro do Conselho Executivo da OMM (1984-1986), Presidente do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (1984-1986), Presidente do Comité Ad-hoc para a Investigação dos Sismos do Conselho da Europa (1980-1983), membro do Comité de Aconselhamento para a Europa da Associação Geofísica Americana, Presidente do conselho de coordenação científica do Centro Universitário Europeu para o Património Cultural (Ravello), e Presidente do Comité Consultivo Europeu para a Avaliação da Previsão de Sismos (Conselho da Europa).
No sistema português de investigação, Luis Mendes-Victor foi Secretário do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, Presidente da Secção Portuguesa da União Internacional de Geofísica e Geodesia, membro do Comité Nacional de Geotermia (1975-1978), representante oficial do conselho de investigação científica da NATO (1978-1985) e Presidente do Comité Português para o Estudo do Espaço Exterior (1983-1986).
Em 1996, e como reconhecimento desta actividade, a Sociedade Europeia de Geofísica atribuiu-lhe a Medalha Sergey Soloviev, “for his distinguished work on seismic, tsunami, hydrological and geological hazards in complex environments at an interdisciplinary and international level”. Em 2005 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Santiago de Espada, por ocasião do Ano Internacional da Física.
 
in IPMA

quinta-feira, março 23, 2023

A estação espacial Mir foi destruída há vinte e dois anos


Mir (em russo: Мир; significa simultaneamente paz, mundo e universo) foi uma estação espacial soviética (e, mais tarde, russa). A Mir foi a primeira estação espacial modular e foi montada em órbita entre 1986 e 1996, tinha uma massa maior do que a de qualquer estação espacial anterior. Até 21 de março de 2001 foi o maior satélite em órbita, sucedida pela Estação Espacial Internacional (EEI) depois que a sua órbita declinou. A estação serviu como um laboratório de pesquisa de microgravidade em que as equipas realizaram experiências sobre biologia, biologia humana, física, astronomia, meteorologia e sistemas da naves espaciais, com o objetivo de desenvolver tecnologias necessárias para a ocupação humana permanente do espaço.

A Mir foi a primeira estação de pesquisa continuamente habitada em órbita e estabeleceu o recorde da mais longa presença humana contínua no espaço, com 3.644 dias. O recorde foi rompido em 23 de outubro de 2010, quando foi superado pela Estação Espacial Internacional. Ela detém ainda o recorde de mais longo voo espacial humano único, quando Valeri Polyakov passou 437 dias e 18 horas na estação entre 1994 e 1995. A estação espacial foi ocupada por um total de doze anos para além de sua vida útil original, de quinze anos, tendo a capacidade de suportar uma tripulação residente de três pessoas, ou de tripulações maiores para missões espaciais de curta duração.

Após o sucesso do programa Salyut, a Mir representou a fase seguinte do programa de estação espacial da União Soviética. O primeiro módulo da estação, conhecido como o módulo de núcleo, foi lançado em 1986 e foi seguido por seis módulos adicionais. Os foguetes Proton foram usados ​​para lançar todos os seus componentes, exceto para o módulo de ancoragem, que foi instalado por um vai-vem espacial da missão STS-74 em 1995. Quando concluída, a estação era composta por sete módulos pressurizados e vários componentes sem pressão. A energia era fornecida por vários painéis fotovoltaicos conectados diretamente aos módulos. A estação era mantida em uma órbita entre 296 km e 421 km de altitude e viajava a uma velocidade média de 27.700 quilómetros por hora, completando 15,7 órbitas por dia.

A estação foi lançada como parte do programa de voos espaciais tripulados soviético para manter um posto avançado de pesquisa de longo prazo no espaço, e, após o colapso da União Soviética, passou a ser operada pela nova Agência Espacial Federal Russa (RKA). Como resultado, a grande maioria da tripulação da estação era formada por russos; no entanto, através de colaborações internacionais, como os programas Intercosmos, Euromir e Shuttle-Mir, a estação foi disponibilizada para os astronautas de países da América do Norte, Europa e Japão. O custo do programa Mir foi estimado em 2001, pelo ex-diretor da RKA, Yuri Koptev, como algo em torno de 4,2 mil milhões de dólares ao longo de sua existência (incluindo desenvolvimento, montagem e operação orbital).
  
 

 
A deórbita da Mir foi uma reentrada atmosférica da estação espacial Russa Mir realizada no dia 23 de março de 2001. Os componentes principais tinham entre 5 e 15 anos de idade, incluindo o Módulo Principal da Mir, Kvant-1, Kvant-2, Kristall, Spektr, Priroda e o Módulo de Acoplagem da Mir. Apesar da Rússia ter estado otimista quanto ao futuro da estação, o seu compromisso com o projeto da Estação Espacial Internacional não deixou financiamento para a Mir.

A deórbita foi realizada em três fases. A primeira foi esperar que o arrasto atmosférico fizesse com que a órbita decaísse para uma média de 220 quilómetros. Isso começou com a acoplagem da Progress M1-5. A segunda fase foi transferir a estação para uma órbita de 165 x 220 quilómetros. Isso foi realizado com duas ignições dos motores de controle da Progress M1-5 as 00:32 UTC e 02:01 UTC do dia 23 de março de 2001. Após uma pausa de duas órbitas, a terceira e final fase da queda da Mir começou com a ignição dos motores da Progress e do motor principal às 05:08 UTC, durando pouco mais de 22 minutos. A reentrada numa altitude de 100 quilómetros ocorreu as 05.44 horas, próximo de Nadi, Fiji

 

Stendhal morreu há cento e oitenta e um anos

      
Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 - Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês. Os seus romances de formação O Vermelho e o Negro (1830), A Cartuxa de Parma (1839) e Lucien Leuwen (inacabado) fizeram dele, ao lado de Flaubert, Victor Hugo, Balzac e Zola, um dos grandes romancistas franceses do século XIX. Em seus romances, caracterizados por um estilo económico e deliberadamente seco, Stendhal busca "a verdade, a dura verdade" no campo psicológico e, essencialmente, aborda jovens com aspirações românticas de vitalidade, força de sentimento e sonhos de glória.
   
      

Começou o Ramadão...


O Ramadão, também grafado Ramadan, é o nono mês do calendário islâmico, no qual a maioria dos muçulmanos pratica o seu jejum ritual, o quarto dos cinco pilares do Islão (arkan al-Islam).

A palavra Ramadão encontra-se relacionada com a palavra árabe ramida, “ser ardente”, possivelmente pelo facto de o Islão ter celebrado este jejum pela primeira vez no período mais quente do ano. É um tempo de renovação da , da prática mais intensa da caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar. Neste período pede-se ao crente maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, frequência da oração na mesquita, correção pessoal e autodomínio.

É o único mês mencionado pelo nome no Alcorão:

 

Período

É o nono mês do calendário islâmico. Uma vez que o calendário islâmico é lunar, o Ramadão não é celebrado todos os anos na mesma data, podendo passar por todos os meses e estações do ano, conforme a progressão dos anos, porém a sua duração é entre 29 e 30 dias.

O mês inicia-se com a aparição da lua no final do mês de Shaban (oitavo mês no calendário lunar islâmico).

O período correspondente ao início e fim deste mês no calendário gregoriano para o atual ano islâmico é:

Ano (calendário islâmico) Ano (calendário gregoriano) Ramadão
1444 2023 23 de março a 20 de abril

Obrigatoriedade

O jejum é obrigatório a todos os muçulmanos que chegam à puberdade. A primeira vez em que um jovem é autorizado a jejuar pelos pais constitui um momento importante na sua vida e uma marca simbólica de entrada na vida adulta, tendo em vista o que diz no Alcorão:

"... e aquele dentre vós que presenciou a Lua Nova deste mês [Ramadão], deverá jejuar, e aquele que se encontrar enfermo ou em viagem, jejuará depois o mesmo número de dias...". [Alcorão 2:185]

Há várias justificativas válidas para não jejuar como enfermidade, gravidez, lactante, menstruação, ser idoso ou ter uma doença incurável. Aqueles que porventura quebrarem o jejum sem justificativa válida, devem passar sessenta dias jejuando ou alimentar sessenta muçulmanos.

O jejum é observado durante todo o mês, da alvorada ao pôr-do-sol, o jejum também se aplica às relações sexuais. O crente deve não só abster-se dessas práticas como também não pensar nelas e manter-se concentrado em suas orações e recordações de Alá, sendo neste mês a frequência mais assídua à mesquita. Além das cinco orações diárias (salá), durante esse mês sagrado recita-se uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).

O jejuador deve abster-se de tudo que vai contra a moral, pois o jejum é visto como uma grande prática de disciplina e da doutrina, tanto espiritual como moral. A ação não se limita somente à abstinência de comer ou beber, mas também de todas as coisas más, maus pensamentos ou maus atos. O jejuador deve ser indulgente se for insultado ou agredido por alguém, deve evitar todas as obscenidades, ser generoso, bem mais do que os outros meses e aumentar a leitura do Alcorão.

Os muçulmanos referem que o Ramadão é uma prática adotada por todas as classes sociais da comunidade, servindo, também, para que os ricos saibam como é viver como os pobres vivem, os quais, durante os 365 dias do ano, frequentemente possuem apenas uma refeição diária ou nenhuma. 

 

in Wikipédia

Juan Gris morreu há 96 anos

Retratado por Amedeo Modigliani (1915)
      
Juan Gris, pseudónimo de Juan José Victoriano González (Madrid, 23 de março de 1887 - Boulogne-Sur-Seine, 11 de maio de 1927), foi um dos mais famosos e versáteis pintores e escultores cubistas espanhóis. Apesar de ter falecido jovem, Juan Gris representa o expoente máximo do cubismo sintético.
Iniciou a sua formação ingressando na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando. Após este período tornou-se aluno do pintor José Moreno Carbonero, começando também a ilustrar algumas revistas modernistas de poesia da época.
No ano de 1906, mudou-se para Paris, a "cidade-luz", centro mundial das artes. Ali conhece artistas como Guillaume Apollinaire, André Salmon, Max Jacob e, o que mais o marcou e influenciou, Pablo Picasso. Através deste último, conhece também Georges Braque.
Em 1912, passou, finalmente, a integrar o movimento cubista, tornando-se assim, conhecido em todo o mundo. Celebrou também, a sua primeira exposição individual, realizada na Galeria Sagot.
Continuou a expor nas melhores galerias de arte até 1927, ano em que faleceu, com apenas quarenta anos de idade.
     

Retrato de Pablo Picasso, por Juan Grise (1912)
       

Ana de Castro Osório morrreu há 88 anos


Ana de Castro Osório (Mangualde, Mangualde, 18 de junho de 1872 - , Lisboa, 23 de março de 1935) foi uma escritora, especialmente no domínio da literatura infantil, jornalista, pedagoga, feminista e ativista republicana portuguesa.

Nascida em Mangualde, a 18 de junho de 1872, Ana de Castro Osório era filha de João Baptista de Castro (1845-1920), reputado bibliófilo, notário e magistrado, natural de Eucísia, Alfândega da Fé, e de Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins (1842-1917), activista feminista, natural de São Jorge de Arroios, Lisboa. A sua mãe era filha do Tenente-General José Osório de Castro Cabral de Albuquerque (1799-1857), Governador de Macau, e de Ana Doroteia Moore Quintius, de nacionalidade holandesa. Sobre o seu pai sabe-se ainda que publicou um livro sobre "Questões Jurídicas" (1868) durante a sua estadia universitária em Coimbra, quando este era companheiro de casa de Teófilo Braga, e que em 1911 julgou e aprovou o pedido de Carolina Beatriz Ângelo para ser incluída nas listas de recenseamento eleitoral, tornando-se assim na primeira mulher a votar no país. Ana era também a mais nova dos quatro filhos do casal, sendo irmã de Alberto Osório de Castro (1868-1946), juiz, maçon e poeta, João Osório de Castro (1869-1939), juiz e escritor, e de Jerónimo Osório de Castro (1871-1935), comandante e presidente da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sendo ainda tia do engenheiro e empresário industrial Jerónimo Pereira Osório de Castro (1902-1957), do médico veterinário, professor e autor Jerónimo de Melo Osório de Castro (1910-1976), do dramaturgo e escritor João Osório de Castro (1926-2007) e do ex-bastonário da Ordem dos Advogados e poeta António Osório (1933-2021).

A 10 de março de 1898, com 25 anos de idade, Ana de Castro Osório casou-se com Francisco Paulino Gomes de Oliveira (1864-1914), poeta, publicista e membro do Partido Republicano Português, comummente conhecido como Paulino de Oliveira, na igreja paroquial de Nossa Senhora da Anunciada, em Setúbal. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento do poeta Camilo Pessanha, contudo, a amizade entre os dois manteve-se até à morte deste, em 1926.

Do seu casamento, teve dois filhos: o poeta, dramaturgo, historiador literário, ensaísta e político, dirigente do Nacionalismo Lusitano,João de Castro Osório (1899-1970) e o escritor, jornalista e crítico literário José Osório de Castro (1900-1964), pai da atriz Isabel de Castro (1931-2005).

Da sua imensa obra literária, que conta com mais de cinquenta títulos, incluindo ensaios, romances e contos, algumas obras de destaque são: "Em Tempo de Guerra" (1918), "A Verdadeira Mãe" (1925), "Viagens Aventurosas de Felício e Felizarda" (1923), "A Grande Aliança" (1924), "Mundo Novo" (1927), "A Capela das Rosas" (1931), "O Príncipe das Maçãs de Oiro" (1935), e "Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa" (2 volumes, compilada somente em 1952); assim como várias publicações periódicas de destaque onde colaborou como: "A Ave azul" (1899-1900), "Branco e Negro" (1896-1898), "Brasil-Portugal" (1899-1914), "A Leitura" (1894-1896), "Serões" (1901-1911), "A Farça" (1909-1910) e "Terra portuguesa" (1916-1927).

Para além dessas obras, e de o título de criadora da literatura infantil portuguesa, é lhe reconhecida uma extensa e intensiva recolha dos contos da tradição oral do país, e a tradução e publicação de vários contos dos irmãos Grimm assim como muitos outros autores estrangeiros de literatura para crianças.

A Ana de Castro Osório ainda se deve a compilação, organização, edição e publicação de "Clepsidra", o único livro de Camilo Pessanha, em 1920, na editora por ela criada, Lusitânia.

 

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