sábado, fevereiro 27, 2021

Elizabeth Taylor nasceu há 89 anos

 
Elizabeth Rosemond Taylor, conhecida mundialmente por Liz Taylor (Londres, 27 de fevereiro de 1932 - Los Angeles, 23 de março de 2011) foi uma premiada atriz norte-americana nascida na Inglaterra.

Filha dos americanos Francis Leen Taylor (1897–1968) e Sara Viola Rosemond Warmbrodt (1895–1994), mudaram-se para os Estados Unidos em 1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estreia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.
Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um lugar ao Sol, com o actor Montgomery Clift; Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda A Última Vez Que Vi Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed.
Liz, como foi mais conhecida, foi reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registada são os traços delicados de seu rosto e seus olhos de cor azul-violeta, uma cor difícil de achar, emoldurados por sobrancelhas desenhadas e espessas, de cor negra.
Foi uma celebridade cercada por intenso glamour, cercada do carinho de fãs e muito luxo. Seu talento e beleza chocavam qualquer pessoa, do mundo da media ou de fora dele. Foi a diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano.
Elizabeth era uma compulsiva colecionadora de jóias, era muito vaidosa, adorava o brilho de brincos, colares, anéis e pulseiras, além de amar maquilhagens, sapatos de griffe, bolsas da moda e vestidos caros, mas mesmo sem tudo isso, em trajes simples e sem pintura, ainda assim era considerada de uma beleza muito rara. Os críticos da moda consideravam sua simetria de rosto e corpo ideais, os dois se encaixavam perfeitamente, e chamavam atenção de qualquer pessoa por onde andasse, seus olhos, então, ainda mais.
Certa vez, o amigo, o mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e ao gritos, divertiu a plateia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir.

Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos, oito ao todo: o seu primeiro casamento foi com Conrad Nicholson Hiltonem, em 1950, mas durou apenas 1 ano.
O mais famoso casamento foi com o ator britânico Richard Burton, o seu quinto marido, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes: De 1964 a 1974; e de 1975 a 1976. Fez duplas com ele em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, o dramático Quem tem medo de Virgínia Woolf?, em que ela ganhou o segundo Óscar, Os Farsantes e A Megera Domada. Vencedora duas vezes do Óscar da Academia para Melhor Atriz, o primeiro em 1960 pelo papel da call-girl de Disque Butterfield 8 (O Número do Amor). Nessa década, com o reconhecimento do prémio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.
Liz teve 3 filhos biológicos e 1 adotivo.
Com Michael Wilding, o seu segundo marido, com quem foi casada de 1952 a 1957, teve dois filhos: Michael Howard Taylor Wilding, nascido em 1953, e Christopher Edward Taylor Wilding, nascido em 1955.
Com Michael Todd, o seu terceiro marido, tendo sido casada com ele por 1 ano, teve uma filha em 1957, chamada Eliza Frances Todd, mas conhecida como Liza. Elizabeth Taylor ficou viúva em 1958, tendo de criar a filha sozinha, o que a fez sofrer pela perda do seu companheiro.
Em 1959 se casou com o melhor amigo de seu marido, Eddie Fisher, com quem viveu até 1964, mas se envolveu com Richard Burton e o casamento terminou.
Em 1964 casou-se com Richard Burton. O casal resolveu adotar uma menina alemã, a quem batizaram de Maria Taylor Jenkins.
O casamento com Richard era muito conturbado, cheio de brigas e ciúmes, com idas e vindas, chegando a ficar separados por mais de seis meses. Nos anos 70, ainda casada, passou a trair o marido com o embaixador iraniano nos EUA, Ardeshir Zahedi, se encontrando com ele em quartos de luxo da cidade. Elizabeth, por odiar mentiras, resolveu assumir o romance com o iraniano e assim conseguiu divorciar-se de Richard, com quem já não era mais feliz, já que ele era agressivo, ciumento e bebia demais.
Vendo que o que viveu com Ardeshir Zahedi não passou de encontros sem importância para ele, que ele não queria ter nada sério, Liz resolveu separa-se dele. Sozinha e desiludida em encontrar um grande amor, conheceu um novo homem, John Warner, um político. Foi casada com ele de 1976 a 1982, mas houve a separação.
Os anos passaram e ela não quis mais se casar, apenas namorar alguns homens e viver pequenas aventuras, até que conheceu Larry Fortensky. Apaixonou-se pelo camionista, e o casamento dos dois ocorreu em 1991 e foi realizado no Rancho Neverland, propriedade de seu amigo Michael Jackson. A separação ocorreu em 1996, por diferenças que ela classificava como irreconciliáveis. Ele foi seu último marido, e após o término, passou a namorar alguns homens, mas nada de casar outra vez, não queria mais decepções.
Foi amiga do Rei do Pop, Michael Jackson, que participou de perto e a ajudou em seus casamentos e sofrimentos. Michael dedicou-lhe vários de seus trabalhos, inclusive a canção "Liberian Girl". Também era madrinha de seu primeiro filho, Prince Michael Jackson I, juntamente com o ator Macaulay Culkin.
Em 1997, a atriz passou por uma delicada cirurgia para remover um tumor do cérebro.
Na juventude, Elizabeth também teve problemas com o vício em álcool e drogas, mas conseguiu se libertar e prosseguir na carreira.
Foi pioneira no desenvolvimento de acções filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a SIDA a partir dos anos 80, logo após a morte de Rock Hudson. A despeito de ter nascido fora dos EUA, em 2001 recebeu do presidente Bill Clinton a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.
Taylor tratou vários problemas de saúde ao longo dos anos, incluindo as questões relativas à insuficiência cardíaca crónica. Em 2009, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Ela usava uma cadeira de rodas havia mais de cinco anos para lidar com sua dor crónica na região cardíaca.
Em fevereiro de 2011, apareceram novos sintomas relacionados à sua insuficiência cardíaca. Não aguentando de dor no peito e com muita falta de ar, foi internada no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles para fazer uma cirurgia de emergência, mas não resistiu; o seu coração, que tanto amou a arte, e amou muito viver a vida, parou. Liz morreu na manhã do dia 23 de março, aos 79 anos de idade. A informação foi confirmada pelo agente da actriz e por um familiar. Encontra-se sepultada no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos.

Hoje é dia de recordar um Grande Poeta...

(imagem daqui)
   
  
Os pássaros nascem na ponta das árvores

As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores
Os pássaros começam onde as árvores acabam
Os pássaros fazem cantar as árvores
Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se
deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal
Como pássaros poisam as folhas na terra
quando o outono desce veladamente sobre os campos
Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores
mas deixo essa forma de dizer ao romancista
é complicada e não se dá bem na poesia
não foi ainda isolada da filosofia
Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros
Quem é que lá os pendura nos ramos?
De quem é a mão a inúmera mão?
Eu passo e muda-se-me o coração
   

Ruy Belo

Um incêndio acabou com o Reichstag e a democracia na Alemanha há 88 anos

  
A 27 de fevereiro de 1933, no Reichstag, em Berlim, foi ateado um fogo e, como resultado, foi visto como o acontecimento crucial para o estabelecimento da Alemanha nazi. Às 21.25 horas locais (UTC+1), um posto de bombeiros da cidade recebeu uma chamada, pois o alarme do Palácio do Reichstag, o local do parlamento alemão, estava em chamas. O incêndio começou na câmara de sessão, e quando a polícia e os bombeiros haviam chegado, a Câmara dos Deputados já tinha sido engolida pelas chamas. No interior do edifício, uma minuciosa pesquisa conduzida pela polícia resultou na culpa de Marinus van der Lubbe. Van der Lubbe foi um comunista holandês, pedreiro desempregado que tinha chegado recentemente na Alemanha, ostensivamente para realizar as suas atividades políticas. O incêndio foi utilizado pelos nazis como prova de que os comunistas estavam começando uma "conspiração" contra o governo alemão. Van der Lubbe e quatro líderes comunistas seriam presos posteriormente. Adolf Hitler, que foi empossado como chanceler da Alemanha quatro semanas antes, em 30 de janeiro, incitou o Presidente Paul von Hindenburg a apoiar um decreto de emergência, a fim de contrariar o "impiedoso confronto do Partido Comunista da Alemanha.
Entretanto, o inquérito do incêndio do Reichstag continuou, com os nazis ansiosos para descobrir a cumplicidade do Comintern no facto. No início de março de 1933, foram presos três búlgaros que estavam desempenhando funções cruciais durante a triagem de Leipzig, também conhecida como o "Inquérito do Incêndio do Reichstag": Georgi Dimitrov, Vasil Tanev e Blagoi Popov. Os búlgaros eram conhecidos da polícia da Prússia como ativistas máximos do Comintern, mas ela não tinha ideia do nível de liderança de cada um: Dimitrov era chefe de operações em todos os Comintern da Europa Ocidental.
Historiadores divergem quanto a saber se Van der Lubbe agiu sozinho ou se os nazis estavam envolvidos. A responsabilidade pelo incêndio do Reichstag permanece ainda em controvérsia e a merecer mais investigação.
  
  
  
Marinus van der Lubbe (Oegstgeest, 13 de janeiro de 1909 - Leipzig, 10 de janeiro de 1934) foi um ativista antifascista com ligações ao anarquismo e ao comunismo dito de conselhos, nascido nos Países Baixos. Foi acusado de atear diversos incêndios em Berlim, entre os quais incêndio do Reichstag, o parlamento alemão, em 27 de fevereiro de 1933, ato pelo qual foi controversamente executado. Foi perdoado postumamente pelo governo alemão, em 2008.
  
(...)
  
Condenado à morte, Van Lubbe é executado por decapitação na guilhotina em 10 de janeiro de 1934, precisamente três dias antes de fazer 34 anos. Segundo a pesquisa histórica contemporânea a sua culpabilidade no incêndio do Reichstag é plausível, mas não está completamente assegurada.
  

Baptista-Bastos nasceu há 88 anos

 
Armando Baptista-Bastos (Lisboa, 27 de fevereiro de 1933 – Lisboa, 9 de maio de 2017) foi um jornalista e escritor português. jornalista e escritor português.
 

Adrian Smith, guitarrista dos Iron Maiden, faz hoje 64 anos

  
Adrian Frederik "H" Smith (Londres, 27 de fevereiro de 1957) é um guitarrista inglês conhecido por tocar na banda de heavy metal Iron Maiden. É atualmente considerado, juntamente com Dave Murray, um dos melhores e mais influentes guitarristas de rock. Integrou-se na banda Iron Maiden logo após a saída de Dennis Straton, por indicação do seu amigo Dave Murray. Adrian manteve-se na banda durante 9 anos (1981-1990), saindo com a entrada de Janick Gers, e voltou, em conjunto com Bruce Dickinson, em 1999, com quem gravou dois álbuns a solo: Accident of Birth e Chemical Wedding. Antes disso trabalhou em outros projetos como os ASAP, gravando inclusive linhas vocais, e Psycho Motel.  Em 2010 fundou a banda Primal Rock Rebellion.
    
       


D. João de Castro nasceu há 521 anos

    
D. João de Castro (Lisboa, 27 de fevereiro de 1500 - Goa, 6 de junho de 1548) foi um nobre, cartógrafo e administrador colonial português. Foi governador e capitão general, 13.º governador e 4.º vice-rei do Estado Português da Índia.
A TAP Portugal homenageou-o ao atribuir o seu nove a uma das suas aeronaves.

Primeiros anos
Secretário da Casa do Rei D. Manuel I de Portugal, era filho de D. Álvaro de Castro, senhor do Paul de Boquilobo, governador da Casa do Cível e vedor da fazenda de João II de Portugal e de Manuel I de Portugal; e de D. Leonor de Noronha, filha do 2.º conde de Abrantes, D. João de Almeida, e de D. Inês de Noronha.
Foi discípulo de Pedro Nunes e condiscípulo do Infante D. Luís. Aprendeu Letras por vontade do pai, mas "...como por inclinação era muito afeiçoado às armas, aspirando por elas à glória, a que o exemplo de seus maiores o chamava", enveredou pela carreira militar. Embarcou aos 18 anos para Tânger, onde serviu durante nove anos sendo governador daquela praça D. Duarte de Meneses, e onde foi ordenado cavaleiro. D. Duarte escreveu a D. João III, recomendando João de Castro particularmente, dizendo que ele tinha servido de maneira que nenhum posto já lhe tivera servido.
De volta ao reino, conservou-se por algum tempo na Corte. Desposou a sua prima, D. Leonor Coutinho, filha de Leonel Coutinho, fidalgo da casa de Marialva, e de D. Mécia de Azevedo, filha de Rui Gomes de Azevedo.
Quando o soberano armou a expedição a Túnis em auxílio a Carlos V (1535), D. João acompanhou o infante D. Luís, distinguindo-se de tal modo que, com a vitória, Carlos V quis armá-lo cavaleiro, "honra a que se escusou, por já o haver sido por outras mãos, que o que lhes faltava de reais, tinham de valorosas". O imperador mandou entregar 2.000 cruzados a cada um dos capitães da armada, "o que o D. João de Castro também rejeitou, porque servia com maior ambição da glória, que do prémio".
Em seu retorno, foi recebido por D. João III com grandes provas de consideração. Este, por carta de 31 de janeiro de 1538, concedeu-lhe a comenda de São Paulo de Salvaterra na Ordem de Cristo, a qual aceitou pela honra, e não por conveniência, pois era tão pequeno o rendimento dela que não bastava para as suas despesas, sendo contudo a primeira e única mercê que recebeu. Professou a 6 de Março de 1538, conforme a lista dos cavaleiros daquela Ordem. Retirou-se então para a sua casa na serra de Sintra, desejando viver só, entregue aos cuidados da família e aos trabalhos agrícolas.

A Índia
Passou pela primeira vez à Índia Portuguesa como simples soldado, com seu cunhado D. Garcia de Noronha, nomeado vice-rei, indo render D. Nuno da Cunha, e que muito estimou levá-lo na armada "não só com os méritos de sucessor", segundo diz Jacinto Freire de Andrade, mas com a mercê de lhe suceder no governo, que lhe foi concedida por alvará de 28 de Março de 1538. Embarcou com seu filho D. Álvaro de Castro, que apenas contava 13 anos, dando por distrações daquela idade os perigos do mar.
A armada de D. Garcia de Noronha chegou a Goa com próspera viagem, e achou o governador D. Nuno da Cunha com a armada pronta a socorrer Diu, e pelejar contra as galés turcas, que o tinham sitiado no cerco, que defendeu António da Silveira. D. Garcia de Noronha, com a posse do governo, tomou a obrigação de socorrer a praça, "para o que se lhe ofereceu D. João de Castro, que embarcou no primeiro navio como soldado aventureiro, parecendo já pressentir os futuros triunfos que o chamavam a Diu; porém a retirada dos turcos privou D. Garcia da vitória, ou lha quis dar sem sangue, se menos gloriosa, mais segura."
Falecendo D. Garcia, sucedeu-lhe no governo D. Estêvão da Gama, e D. João de Castro achou-se com ele na expedição ao Mar Roxo. D. Estêvão partiu com 12 navios de alto bordo e 60 embarcações de remo, a 31 de Dezembro de 1540, sendo D. João de Castro o capitão dum galeão. Esta viagem até Suez foi deveras notável, e D. João fez dela um roteiro minucioso, que ofereceu ao infante D. Luís. Oito meses depois recolheu a Goa, em 21 de Agosto, tendo adquirido pelas experiências que fizera durante a viagem, o nome de filósofo.
Regressando a Portugal, foi nomeado general da armada da costa em 1543, em prémio dos serviços. Saiu logo para comboiar as naus, que de viagem se esperavam da Índia, contra os corsários que infestavam os mares. Conseguiu desbaratar sete naus dos corsários, e entrou com as da Índia pela barra de Lisboa, sendo recebido com o maior entusiasmo. D. João de Castro estava em Sintra quando o rei, perseguido por altos empenhos ao tratar-se de escolher o sucessor de Martim Afonso de Sousa, 13.º governador da Índia, consultou, irresoluto, o seu irmão o infante D. Luís, o qual lhe aconselhou a nomeação de D. João de Castro. Aceitou o rei o conselho, e mandou chamá-lo à Corte em Évora, e com palavras lisonjeiras o nomeou, por provisão datada de 28 de fevereiro de 1545. D. João aceitou, beijando a mão do monarca reconhecido pela honra, que não solicitara.
Levou consigo para a Índia os seus dois filhos D. Álvaro e D. Fernando. Aprestou brevemente a armada, que constava de 6 naus grandes, em que se embarcaram 2.000 homens de soldo; a capitânia S. Tomé, em que o governador ia, que lhe deu este nome, por ser o do apóstolo da Índia, sendo os outros capitães D.Jerónimo de Meneses, filho e herdeiro de D. Henrique, irmão do marquês de Vila Real, Jorge Cabral, D. Manuel da Silveira, Simão de Andrade e Diogo Rebelo. A armada partiu a 24 de março de 1515. D. João recebera a mercê da carta de conselho com data de 7 de janeiro de 1515 e fizera o seu testamento a 19 de março, deixando testamenteiros Lucas Geraldes, D. Leonor, sua mulher, e D. Álvaro, seu filho; instituiu o morgado na quinta da Fonte D'El-Rei, em Sintra, denominada da Penha Verde.
A armada chegou a Goa em setembro. Lançado nos complicadíssimos negócios da administração da Índia, teve de pegar em armas contra o Hidalcão, por lhe não querer entregar o prisioneiro Meale, como seu antecessor estava resolvido a fazer. Hidalcão foi derrotado a duas léguas da cidade de Goa, e viu-se obrigado a pedir a paz. Acabado o incidente, 1546 trouxe outro deveras gravíssimo, a guerra de Diu, promovida por Coge Çofar, que pretendia vingar a derrota sofrida. Travou-se ardente luta, e no fim de sangrentos episódios, foram derrotados os portugueses. D. João de Castro mandou novo reforço, e, não contente com isso, organizou nova expedição que ele próprio comandou. Desta vez ficaram vitoriosas as tropas portuguesas; o inimigo teve de levantar o cerco e fugiu, deixando prisioneiros e artilharia. Para reedificar a Fortaleza de Diu, que depois da vitória ficara derrubada até ao cimento, D. João escreveu aos vereadores da Câmara de Goa, a fim de obter um empréstimo de 20.000 pardaus para as obras da reedificação, a célebre carta, datada de 23 de novembro de 1546, em que ele dizia, que mandara desenterrar seu filho D. Fernando, que os mouros mataram nesta fortaleza, para empenhar os seus ossos, mas que o cadáver fora achado de tal maneira que não se pudera tirar da terra; pelo que, o único penhor que lhe restava, eram as suas próprias barbas, que lhe mandava por Diogo Rodrigues de Azevedo; porque todos sabiam, que não possuía ouro nem prata, nem móvel, nem coisa alguma de raiz, por onde pudesse segurar as suas fazendas, e só uma verdade seca e breve que Nosso Senhor lhe dera. É heróico este ato. Tanta era a consciência da própria honra que empenhava os ossos do filho, depois as barbas, ao pagamento duma soma que pedia para o serviço do rei, e não para si. 0 povo de Goa respondeu a esta carta com quantia muito superior à que fora pedida, vendo que tinham um governador tão humilde para os rogar, e tão grande para os defender. Remeteram-lhe aquele honrado penhor, acompanhado do dinheiro e duma carta muito respeitosa solicitando por mercê que aceitasse aquela importância, que a cidade de Goa e seu povo emprestavam da sua boa e livre vontade, como leais vassalos do rei. A carta tem a data de 27 de dezembro de 1547.
  
Vice-Rei e anos finais
Depois da vitória de Diu, não pôde D. João descansar. Teve novamente de combater Hidalcão, que derrotou, tomando Bardez e Salsete. Dirigiu-se para Diu, mas havendo só a notícia do socorro que levava, assustado o inimigo fugiu, voltou a Goa, onde se viu obrigado a repelir ainda o Hidalcão, destruindo-lhe os portos. Havendo chegado a Lisboa a fama das suas proezas no Oriente, o rei quis recompensá-lo, enviando-lhe o título de vice-rei, em carta de 13 de outubro de 1547, prorrogando-lhe o governo por mais três anos, dando-lhe uma ajuda de custo de 10.000 cruzados, e concedendo ao seu filho D. Álvaro o posto de capitão-mor do mar da Índia. As mercês chegaram tarde para que o novo vice-rei as pudesse gozar. Cansado pelos trabalhos das contínuas guerras, adoeceu gravemente, e reconhecendo em poucos dias indícios de ser mortal a doença, quis livrar-se do encargo do governo. Chamou o bispo D. João de Albuquerque, D. Diogo de Almeida Freire, o Dr. Francisco Toscano, chanceler-mor do Estado, Sebastião Lopes Lobato, ouvidor geral, e Rodrigo Gonçalves Caminha, vedor da Fazenda, e entregando-lhes o Estado com a paz dos príncipes vizinhos assegurado sobre tantas vitórias, mandou vir à sua presença o governador popular da cidade, o vigário Geral da Índia, o guardião de São Francisco, Frei António do Casal, São Francisco Xavier e os oficiais da Fazenda do rei. Dirigiu-lhes então as seguintes palavras: "Não terei, senhores, pejo de vos dizer, que ao vice-rei da Índia faltam nesta doença as comodidades que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmo quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro, com que se me comprasse uma galinha; porque nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do governador, que os soldos do seu rei; e não é de espantar; que esteja pobre um pai de tantos filhos. Peço-vos, que enquanto durar esta doença me ordeneis da fazenda real uma honesta despesa, e pessoa por vós determinada, que com modesta taxa me alimente."
  
O Magnetismo Terrestre no Roteiro de Lisboa a Goa: as experiências de D. João de Castro
Os antigos Gregos haviam descoberto que uma pedra metálica escura podia repelir ou atrair objectos de ferro - era a origem do estudo do magnetismo. Na época das grandes navegações, não se conseguia localizar um navio no mar pelas duas coordenadas, a latitude e a longitude; a determinação desta exigia um relógio a bordo que indicasse a hora exacta no meridiano de referência, e a determinação astronómica da longitude dava erros inaceitáveis. Durante a viagem até à Índia, D. João de Castro levou a cabo um conjunto de experiências que conseguiu detectar fenómenos, nomeadamente relacionados com o magnetismo e com as agulhas magnéticas a bordo. É de supor que devia esses conhecimentos a Pedro Nunes, naturalmente o directo inspirador de todas as observações que realizou nas suas viagens. Quando em 5 de agosto de 1538, D. João de Castro decidiu determinar a latitude de Moçambique, encontrou a causa que ditava o «espantoso desconcerto» das agulhas: notou o desvio da agulha, descobrindo-o 128 anos antes de Guillaume Dennis (1666), de Nieppe, o qual é registado na História da Navegação como se fosse o primeiro a conhecer esse fenómeno. A sua observação nas proximidades de Baçaim, em 22 de dezembro de 1538, de um fenómeno magnético, pelo qual se verificavam variações da agulha devido à proximidade de certos rochedos, confirmadas quatro séculos mais tarde, foi denominado atracção local. D. João de Castro refutou a teoria de que a variação da declinação magnética não se fazia por meridianos geográficos. As suas observações são o mais importante registo de valores da declinação magnética no Atlântico e no Índico, no século XVI, e úteis para o estudo do magnetismo terrestre. Foi uma das personalidades da ciência experimental europeia desse século, relacionando a importância desse estudo com as navegações. O seu nome ficou ligado à ciência pelas suas obras que evidenciavam uma tendência para o moderno espírito científico.
   

Mônica Salmaso - cinquenta anos


Mônica Salmaso (São Paulo, 27 de fevereiro de 1971) é uma cantora brasileira.

 

in Wikipédia



A Liga de Esmalcalda foi criada há 490 anos


A Liga de Esmalcalda ou de Schmalkalden (Schmalkaldischer Bund, em alemão) era uma aliança defensiva de príncipes protestantes do Sacro Império Romano criada em 27 de fevereiro de 1531. Recebeu o nome da cidade de Schmalkalden, na Turíngia (atual Alemanha), onde foi proclamada.

A liga foi fundada em 27 de fevereiro de 1531 por Filipe I de Hesse e João Frederico, Eleitor da Saxônia, que se comprometeram a defender-se mutuamente caso os seus territórios fossem atacados pelo imperador Carlos V.

Anhalt, Bremen, Brunswick-Lüneburg, Magdeburgo, Mansfeld, Estrasburgo e Ulm também foram membros fundadores. Konstanz, Reutlingen, Memmingen, Lindau, Biberach an der Riß, Isny im Allgäu e Lübeck juntaram-se posteriormente. Os integrantes da liga concordaram em fornecer um total de 10.000 soldados e 2.000 cavaleiros para a mútua proteção.

Depois da morte de Ulrich Zwingli algumas cidades do sul da Alemanha buscaram o apoio da liga, que se tornara o centro da oposição aos Habsburgos.

Em 1532, a liga aliou-se à França e, em 1538, à Dinamarca. A liga raramente provocou Carlos V de maneira direta, mas confiscou terras da Igreja, expulsou bispos e príncipes católicos e apoiou a propagação do luteranismo no norte da Alemanha.

A crise entre a liga e o Império Habsburgo se instaurou abertamente a partir de 1542, na Dieta de Spira, quando os príncipes protestantes pediram ao imperador o reconhecimento oficial da sua autonomia religiosa e a isso condicionam a ajuda militar e financeira necessária para a guerra contra o Império Otomano.

Carlos V celebrou a paz com a França em 1544 (Tratado de Crépy), ficando estabelecido que os franceses denunciariam sua aliança com a Liga. O imperador e o papa Paulo III começam então a reunir um exército em 1546, enquanto os integrantes da liga se desentendiam, incapazes de se unir em sua própria defesa, como originalmente proposto. Carlos derrotou a liga na Batalha de Mühlberg, em 24 de abril de 1547, capturando muitos dos seus líderes. Entretanto, nos anos subsequentes, as tropas imperiais não conseguiram obter êxitos semelhantes. A posição de Carlos V se tornou particularmente crítica. Derrotado pela kiga, entrou em guerra também contra os turcos otomanos, e os franceses se aproveitaram da situação para tomar Metz, Toul e Verdun.

Assim, em 1555, Carlos V é obrigado a assinar um acordo com os revoltosos celebrando-se a Paz de Augsburgo, que estabeleceu o princípio do cuius regio, eius religio, segundo o qual os súditos seguem a religião do governante. E enfim, embora às custas de grandes perdas, os líderes da Liga de Esmalcalda conseguiram seu objetivo. 

 

in Wikipédia

Aleksandr Borodin morreu há 134 anos

        
Filho ilegítimo do príncipe georgiano Luka Gedevanishvili (ou Gedianov, em russo), teve a sua paternidade atribuída a um servo do nobre, Porfiry Borodin. Apesar de ter recebido lições de piano quando criança, a sua educação foi direcionada para as ciências. Formado em Medicina, interessado pela Química, aperfeiçoou-se cientificamente em Heidelberg, Alemanha (1859-1862).
Em toda sua vida, Borodin dedicou-se quase inteiramente à Química, escrevendo muitos tratados científicos e fazendo muitas descobertas, nomeadamente no campo do benzol e aldeídos. Também foi professor de química orgânica na Academia Militar de São Petersburgo (1864-1887). Considerava-se apenas "um compositor aos domingos".
Vítima da cólera, morreu em 1887, de insuficiência cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina de São Petersburgo. Foi sepultado no Cemitério Tikhvin, no Mosteiro Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.

      

 


Josh Groban faz hoje quarenta anos

 

Josh Groban, nome artístico de Joshua Winslow Groban, (Los Angeles, 27 de fevereiro de 1981) é um cantor, compositor, produtor musical e ator norte-americano. Os seus primeiros quatro álbuns de carreira a solo foram certificados em platina múltipla, tendo sido considerado o maior artista em venda de discos nos Estados Unidos no ano de 2007, com mais de 22 milhões de cópias vendidas no país. Em 2012, Groban havia alcançado a marca de 25 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo.

Filho de uma professora e um empresário, Groban iniciou a sua carreira artística como ator, mudando para a música quando sentiu que a sua voz se havia desenvolvido. Groban frequentou o prestigioso Los Angeles County High School for the Arts, onde recebeu uma educação conservadora.

Em 1998, Groban foi convidado por David Foster para substituir o tenor italiano Andrea Bocelli durante um ensaio com a cantora canadiana Céline Dion para o Grammy Awards daquele ano. Logo em seguida, Groban foi convidado ao programa de entrevistas de Rosie O'Donnell, ganhando projeção nacional. No ano seguinte, atuou na cerimónia de posse de Gray Davis como Governador da Califórnia.
 

 


Um forte sismo e tsunami devastaram o Chile há onze anos...

Consequências do tsunami proveniente do terramoto que atingiu o Chile, em 27 de fevereiro de 2010
   
O sismo do Chile de 2010 ocorreu ao longo da costa da Região de Maule, no Chile, em 27 de fevereiro de 2010, às 03.34 horas na hora local (06.34 horas UTC), atingindo uma magnitude de 8,8 na escala de magnitude de momento e durando três minutos. O terramoto foi sentido na capital Santiago com intensidade VIII na escala de Mercalli (ruinoso). O sismo foi sentido em muitas cidades argentinas, incluindo Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e La Rioja. Também foi sentido mais a norte, como na cidade de Ica no sul do Peru. Alertas de tsunami foram emitidos para 53 países e um tsunami foi registado, com ondas superiores a 2,6 metros, no mar de Valparaíso, Chile. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de calamidade". Ela também confirmou a morte de pelo menos 723 pessoas e muitos outros foram registados como desaparecidos.
Sismólogos estimam que o terramoto tenha sido tão poderoso que este teria encurtado a duração do dia em 1,26 microssegundos e deslocado o eixo terrestre em 8 cm.
O epicentro do sismo foi no mar da região de Maule, aproximadamente 8 km a oeste de Curanipe e 115 km a norte-nordeste da segunda maior cidade do Chile, Concepción. O terramoto também causou seichas que ocorreram no Lago Pontchartrain, ao norte de Nova Orleães, Estados Unidos, localizadas a cerca de 7.600 km do epicentro do terramoto.
     
      
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Ruy Belo nasceu há 88 anos

(imagem daqui)
       
Ruy de Belo (São João da Ribeira, Rio Maior, 27 de fevereiro de 1933 - Queluz, 8 de agosto de 1978) foi um poeta e ensaísta português.
      
Biografia
Em 1951 entrou para a Universidade de Coimbra, como aluno de Direito e tornou-se membro da Opus Dei. Concluiu o curso de direito em Lisboa, em 1956, ano em que partiu para Roma, doutorando-se em direito canónico pela Universidade S. Tomás de Aquino (Angelicum), dois anos depois, com uma tese intitulada "Ficção Literária e Censura Eclesiástica".
Regressado a Portugal, trabalhou no campo editorial e em 1961 entrou na Faculdade de Letras de Lisboa, recebendo uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para investigação, abandonou a Opus Dei e foi leitor de Português em Madrid entre 1971 e 1977.
Exerceu, ainda que brevemente, um cargo de director-adjunto no então Ministério da Educação Nacional, mas o seu relacionamento com opositores ao regime da época, a participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado, em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, levaram a que as suas actividades fossem vigiadas e condicionadas. Ocupou, ainda, um lugar de leitor de Português na Universidade de Madrid (1971-1977). Regressado, então, a Portugal, foi-lhe recusada a possibilidade de leccionar na Faculdade de Letras de Lisboa, dando aulas na Escola Técnica do Cacém, no ensino nocturno. Em 1991 foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'iago da Espada.
Foi, na sua passagem pela imprensa, director literário da Editorial Aster e chefe de redação da revista Rumo, os seus primeiros livros de poesia foram Aquele Grande Rio Eufrates, de 1961, e O Problema da Habitação, de 1962. Às coletâneas de ensaios Poesia Nova, de 1961, e Na Senda da Poesia, de 1969, seguiram-se obras cuja temática se prende com o religioso e o metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência. É o caso de Boca Bilingue, de 1966, Homem de Palavras(s) de 1969, País Possível, de 1973 (antologia), Transporte no Tempo, de 1973, A Margem da Alegria, de 1974, Toda a Terra, de 1976, e Despeço-me da Terra da Alegria, de 1977. O versilibrismo dos seus poemas conjuga-se com um domínio das técnicas poéticas tradicionais. A sua obra, organizada em três volumes sob o título Obra Poética de Ruy Belo, obra publicada em 1981, foi, entretanto, alvo de revisitação crítica, sendo considerada uma das obras cimeiras, apesar da brevidade da vida do poeta, da poesia portuguesa contemporânea.
Apesar do curto período de atividade literária, Ruy Belo tornou-se um dos maiores poetas portugueses da segunda metade do século XX, tendo as suas obras sido reeditadas diversas vezes. Os seus primeiros livros de poesia foram Aquele Grande Rio Eufrates de 1961 e O Problema da Habitação de 1962. Às coletâneas de ensaios Poesia Nova de 1961 e Na Senda da Poesia de 1969, seguiram-se obras cuja temática se prende ao religioso e ao metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência. É o caso de Boca Bilingue de 1966, Homem de Palavra(s) de 1969, País Possível de 1973, antologia), Transporte no Tempo de 1973, A Margem da Alegria de 1974, Toda a Terra de 1976, Despeço-me da Terra da Alegria de 1977 e Homem de Palavra(s), 2ª edição de 1978. O versilibrismo dos seus poemas conjuga-se com um domínio das técnicas poéticas tradicionais. Destacou-se ainda pela tradução de autores como Antoine de Saint-Exupéry, Blaise Cendrars, Raymond Aron, Montesquieu, Jorge Luís Borges e Federico García Lorca. De Antoine de Saint-Exupéry traduz: Piloto de Guerra e Cidadela e Cidadela; Blaise Cendrars traduz: Moravagine; Jorge Luís Borges traduz:Os Poemas Escolhidos e de Dona Rosinha a Solteira ou a Linguagem das Flores.
A sua obra, organizada em três volumes sob o título Obra Poética de Ruy Belo, em 1981, foi, entretanto, alvo de revisitação crítica, sendo considerada uma das obras cimeiras, apesar da brevidade da vida do poeta, da poesia portuguesa contemporânea.
Em 1991 foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'iago da Espada.
      
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Poema Quase Apostólico
   
Está sereno o poeta
Desprende-se-lhe dos ombros e cai
depois em pregas por ele abaixo a manhã
Não pertencem ao dia os gestos que ele tem
não morrerão na noite seus assombrosos passos
Dizem que ele volta a pôr em movimento a roda
de crianças de atitudes desmedidas
que o vento varreu e parque algum queria
E abre os braços para deixar cair na cidade
um ano favorável ao senhor
E põe o rosto do senhor por trás das suas palavras
Elas decerto o hão-de dar a quem as demandar
  
  
in
Aquele Grande Rio Eufrates (1961) - Ruy Belo

Leonard Nimoy morreu há seis anos (terrestres)...

(imagem daqui)
   
O seu papel mais conhecido é como o Mr. Spock, das série de TV e nos filmes Star Trek. Também atuou na série clássica Missão: Impossível, nas temporadas de 1969–1971 e fez um episódio da primeira temporada de Agente 86. Nimoy participou no episódio "O Gorila" da série "Bonanza", dirigido por James P. Yarbrough, em 17 de dezembro de 1960.
Em Star Trek, Spock personificava o raciocínio lógico próprio do seu lado vulcano dominante, sem manifestar emoções. Mas num dos episódios (This Side of Paradise), Spock tem um rápido namoro quando o seu lado humano é libertado. Anos depois Leonard Nimoy gravou uma canção chamada "Once I Smiled" (em tradução livre: Uma vez eu sorri), cujo tema era essa namorada do seu personagem. Mr. Spock é até hoje um dos mais conhecidos e adorados personagens de Star Trek e representava o lado lógico do trio formado também por Kirk (William Shatner) e Dr. McCoy (DeForest Kelley). Dirigiu Star Trek III: A Aventura Continua e Star Trek IV: Regresso à Terra.
Um de seus trabalhos menos conhecidos é a narração do jogo Civilization IV, de 2005.
Nimoy era vegetariano, tinha dois filhos e era casado com a atriz Susan Bay. Nos últimos anos abandonou a carreira no cinema, para se dedicar à fotografia.
Nimoy atuou na série de TV da Fox, Fringe em que interpretou "William Bell".
Em 2011, dobrou o filme Transformers: Dark of the Moon fazendo o autobot "Sentinel Prime", mentor e antecessor de "Optimus Prime". Em 1986, ele dobrou "Galvatron" em The Transformers: The Movie.
O ator informou, no começo de 2014, que estava com uma doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), ocasionada por consumo de tabaco. Em 27 de fevereiro de 2015, morreu por complicações dessa doença. Foi sepultado em Hillside Memorial Park, Culver City, Los Angeles, Califórnia no Estados Unidos.
  

sexta-feira, fevereiro 26, 2021

Passaram ontem dez anos sobre a morte do fadista José Freire...


Morreu o fadista José Freire  
 
O fadista José Freire, 65 anos, faleceu na sexta-feira ao final da tarde, vítima de doença prolongada, no Hospital do Barreiro, disse este sábado à Lusa um familiar.

O corpo do fadista é este sábado velado na capela mortuária de Alcochete, segundo  a mesma fonte que não adiantou a data do funeral.  

José Freire começou a cantar nas casas de fado lisboetas no final da década de 1960, altura em que entrou para os quadros do Rádio Clube Português como locutor. Posteriormente apresentou-se também aos microfones da Rádio Difusão Portuguesa e da Rádio Comercial.  

José Freire foi o criador do ‘Fado das Iscas’, entre outros êxitos como  ‘As Duas Padroeiras’, ‘Saudades do Futuro’ e ‘Lágrima Preta’.  

Este ano o fadista recebeu a Medalha do Concelho de Alcochete, "como reconhecimento do seu valor como artista e pelo seu amor e generosidade a Alcochete e às suas gentes", segundo nota do executivo alcochetano.  

A presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, Julieta Estrela de Castro, disse à Lusa que José Freire "foi das figuras mais características do meio fadista na década de 1970".  

A responsável salientou ainda "a boa dicção e uma cor de voz muito bonita o que facilitou a carreira quer de fadista quer de profissional de rádio". 

"Tinha uma voz naturalmente velada, o que se tornava muito agradável ao ouvido, pois era muito musical e facilitava a interpretação", acrescentou. 

‘Nasci a ouvir o fado’, ‘Ronda a Lisboa’, ‘O Meio Dia da Vida’ e ‘Os  Feiticeiros’ foram outros êxitos do fadista.   

  

 in CM

   


Honoré Daumier nasceu há 213 anos

    
Honoré-Victorien Daumier (Marselha, 26 de fevereiro de 1808 - Valmondois, 10 de fevereiro de 1879), foi um caricaturista, chargista, pintor e ilustrador francês. Ele foi conhecido no seu tempo como o "Miguel Ângelo da Caricatura". Atualmente também é considerado um dos mestres da litografia e um dos pioneiros do naturalismo.
  
Une discussion littéraire à la deuxième Galerie - litografia publicada em Le Charivari, 1864
     
Les Joueurs d'échecs (Os jogadores de Xadrez), 1863