O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Condenado pela Inquisição à pena de reclusão pelo crime de heresia, a importância deste cientista português do século XVIII só viria a ser reconhecida em fins do século XX, pela sua contribuição para a reforma do cálculo infinitesimal, assim como pelo seu valor literário.
Os fãs e amigos de Adams o descreveram também como um ativista ambiental, um assumido ateu radical e amante dos automóveis possantes, câmaras, computadores Macintosh e outros 'apetrechos tecnológicos'. O biólogoRichard Dawkins dedicou-lhe o seu livro The God Delusion e nele descreve como Adams compreendeu a teoria da evolução e se tornou um ateu. Adams era um entusiasta de novas tecnologias, tendo escrito sobre email e usenet
antes de tornarem-se amplamente conhecidos. Até o fim de sua vida,
Adams foi um famoso professor de tópicos que incluíam ambiente e
tecnologia.
(...)
Adams morreu de um ataque cardíaco em 11 de maio de 2001, aos 49 anos, depois de descansar de seus exercícios regulares numa academia particular em Montecito, Califórnia. O seu funeral foi realizado a 16 de maio em Santa Bárbara. As suas cinzas foram colocadas no Cemitério de Highgate,
no norte de Londres, em junho de 2002. Um serviço memorial foi
realizado em 17 de setembro de 2001 na igreja de St.
Martin-in-the-Fields, em Trafalgar Square, Londres.
Em maio de 2002, o livro O Salmão da Dúvida foi publicado,
contendo muitos contos, ensaios e cartas, bem como elogios de Richard
Dawkins, Stephen Fry (na edição do Reino Unido), Christopher Cerf (na
edição dos EUA) e Terry Jones (na edição de bolso dos EUA). Ele também
inclui onze capítulos de seu romance inacabado, O Salmão da Dúvida,
que foi originalmente planeado para se tornar um novo romance de Dirk
Gently, mas poderia ter-se tornado o sexto romance do Hitchhiker.
Outros eventos após a morte de Adams incluíram uma produção
webcast de Shada, permitindo que a história completa fosse contada,
dramatizações de rádio dos três últimos livros da série Hitchhiker e a
conclusão da adaptação cinematográfica do livro À Boleia Pela Galáxia.
O filme, lançado em 2005, postumamente creditou a Adams como produtor, e
vários elementos de design - incluindo um planeta em forma de cabeça
visto perto do final do filme - incorporaram os recursos de Adams.
Uma série de rádio de 12 partes baseada nos romances de Dirk Gently foi anunciada em 2007.
Em 25 de maio de 2001, duas semanas após a morte de Adams, os seus fãs organizaram uma homenagem conhecida como Dia da Toalha, que tem sido lembrada todos os anos desde então.
John Howard Rutsey (Ontario, July 23, 1952 – Toronto, May 11, 2008) was a Canadian drummer, best known as a co-founding member of Rush, and performing on the band's debut album. John Rutsey left the band in 1974, due to musical differences and health problems with type 1 diabetes, and was replaced by Neil Peart.
Rutsey's type 1 diabetes was believed to be a complicating factor in
his death from a heart attack in 2008. Tape-recorded comments from
Rutsey are heard in the 2010 documentary Rush: Beyond the Lighted Stage, and the DVD release includes two performances with him on drums.
(...)
On May 11, 2008, Rutsey died in his sleep of an apparent heart attack, related to complications from diabetes.
Rutsey's family wished to keep the funeral a private affair, although
donations would be sent to the Juvenile Diabetes Research Foundation in Markham, Ontario.
O Sismo de Lorca de 2011 foi um sismo moderado (magnitude 5,1 Mw) que causou 9 mortes e grandes danos no sul da Espanha. Com hipocentro a uma profundidade de 1 km e epicentro próximo de Lorca, ocorreu às 18.47 horas locais (16.47 UTC) em 11 de maio de 2011,
provocando o pânico entre a população e forçando muitos a deixar as
residências. Foi precedido por um sismo de magnitude 4,4 (Mw),
que provocou danos em estruturas na região. A Torre Espolón do castelo
de Lorca foi danificada. Três pessoas morreram ao ser atingidas
por uma cornija. Nas primeiras horas já havia 9 mortes confirmadas e
dezenas de feridos.
Foi o pior sismo na região desde 1956 e, na noite de 11 para 12 de
maio, cerca de dez mil pessoas dormiram ao relento, com receio das
réplicas.
Não é a primeira vez que a cidade é afetada por um sismo de grandes proporções. Lorca, situada na Comunidade de Múrcia, na área do Levante, a de maior incidência sísmica no país, já sofreu dois grandes sismos na sua história, em 1647 e 1818.
Apesar de ser menos forte que o sismo da Península Ibérica de 2007,
sem vítimas nem danos, por seu epicentro se localizar em terra e a
pouca profundidade do hipocentro explicam a devastação atingida.
Esquema dos efeitos dos sismos de Lorca em 2011 Epicentro dos sismos Área com edifícios danificados Pessoas falecidas
Danos do sismo
Foi confirmado que 80% das infraestruturas estavam danificadas, das quais 14% não seria possível aceder durante vários dias.
O alcaide de Lorca (Francisco Jódar Alonso) confirmou que este sismo
causou uma das maiores catástrofes para o património, com 33 edifícios
históricos afetados, entre eles o Castelo de Lorca.
Quando o Regime ordenou que queimassem em público
Os livros de saber nocivo, e por toda parte
Os bois foram forçados a puxar carroças
Carregadas de livros para a fogueira, um poeta
Expulso, um dos melhores, ao estudar a lista
Dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus
Livros tinham sido esquecidos. Correu para a secretária
Alado de cólera e escreveu uma carta aos do Poder
Queimai-me! escreveu com pena veloz, queimai-me!
Não me façais isso! Não me deixeis de lado! Não disse eu
Sempre a verdade nos meus livros? E agora
Tratais-me como um mentiroso! Ordeno-vos:
Queimai-me!
Era o filho mais novo de Sidónio de Freitas Branco Pais (Lisboa, Mercês, 11 de novembro de 1925 - Lisboa, São Mamede,
4 de dezembro de 2006) e de sua mulher e prima em 2.º e 3.º graus
(casados a 8 de novembro de 1951) Maria de Lourdes da Costa de Sousa de
Macedo Sassetti (15 de junho de 1929), de ascendência italiana. O seu pai era neto paterno de Sidónio Pais, sobrinho materno de Luís de Freitas Branco e Pedro de Freitas Branco, primo-irmão de João de Freitas Branco, bisneto do 1.º Conde de Vila Franca do Campo e sobrinho-trineto do 1.º Visconde das Nogueiras.
A sua mãe era prima-sobrinha de Luís de Freitas Branco e Pedro de
Freitas Branco, prima em 2.º grau de João de Freitas Branco, bisneta do
5.º Visconde de Mesquitela e 3.º Conde de Mesquitela e sobrinha-trineta do 1.º Visconde das Nogueiras.
Iniciou os seus estudos de piano
clássico aos nove anos com a professora Maria Fernanda Costa e,
mais tarde, com o professor António Menéres Barbosa, tendo frequentado
também a Academia dos Amadores de Música. Dedicou-se ao jazz,
estudando com Zé Eduardo, Horace Parlan e Sir Roland Hanna. Em 1987
começa a sua carreira profissional, em concertos e clubes locais, com o
quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet; participa em inúmeros
festivais com músicos tais como Al Grey, John Stubblefield, Frank Lacy e
Andy Sheppard. Desde então, nos primeiros quinze anos de carreira,
apresenta-se por todo o mundo ao lado de Art Farmer, Kenny Wheeler, Freddie Hubbard, Paquito D'Rivera, Benny Golson, Curtis Fuller, Eddie Henderson, Charles McPherson, Steve Nelson, integrado na United Nations Orchestra e no quinteto de Guy Barker
com o qual gravou o CD "Into the blue" (Verve), nomeado para os Mercury
Awards 95- Ten álbuns of the year. Em novembro de 1997, também com Guy
Barker, gravou "What Love is", acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Londres e tendo como convidado especial o cantor Sting.
Como compositor destacam-se as suites "Ecos de África", "Sons do
Brasil", "Mundos", "Fragments (Of Cinematic Illusion)", "Entropé" (para
piano e orquestra) e "4 Movimentos Soltos" (para piano, vibrafone,
marimba e orquestra). O seu primeiro trabalho discográfico como líder,
Salsetti (Groove/Movieplay), foi gravado em abril de 1994 com a
participação de Paquito D'Rivera, o segundo, Mundos (Emarcy/Polygram), em janeiro de 1996.
"Nocturno", lançado pela editora Clean Feed em 2002, foi distinguido com o 1.º Prémio Carlos Paredes. "Índigo" e "Livre" são outras das suas mais recentes gravações de piano solo para a mesma editora.
Bernardo Sassetti foi casado com a atriz Beatriz Batarda, com a qual teve duas filhas, Maria e Leonor Batarda Fernandes Sassetti Pais, de 8 e 6 anos, à data da sua morte.
Faleceu no dia 10 de maio de 2012, na sequência de uma queda de 20 metros duma falésia no Guincho.
A Capitania do Porto de Cascais recebeu uma chamada às 15.15 de
quinta-feira, 10 de maio, para socorrer “um indivíduo caído numas pedras a
norte da Praia do Abano”.
Música para cinema
Dedicava-se
regularmente à música para cinema, tendo realizado vários trabalhos, de
entre os quais se destaca a sua participação no filme do realizador Anthony Minguella - "The Talented Mr. Ripley" (Paramount/Miramax). Para este projeto gravou "My Funny Valentine" com o ator Matt Damon,
entre outros temas. Compôs igualmente, em parceria com o trompetista
Guy Barker, uma série de temas para serem apresentados na estreia deste filme realizada em Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Berlim, Paris Londres e Roma.
Os seus mais importantes trabalhos de composição para cinema são
os seguintes: "Maria do Mar" de Leitão Barros, "Facas e Anjos" de
Eduardo Guedes, "Quaresma" de José Álvaro Morais, "O Milagre Segundo
Salomé" de Mário Barroso, "A Costa dos Murmúrios" de Margarida Cardoso,
"Alice" de Marco Martins, o documentário "Noite em Branco" de Olivier
Blanc e a curta-metragem "As Terças da Bailarina Gorda" de Jeanne Waltz.
Como solista, participou também no filme "Pax" de Eduardo Guedes e na
curta-metragem "Bloodcount" de Bernard McLoughlan.
Bücherverbrennung significa, em alemão, literalmente, Queima de Livros. É um termo muitas vezes associado à ação propagandística dos nazis, organizada entre 10 de maio e 21 de junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler.
Em várias cidades alemãs foram organizadas queimas de livros em
praças públicas, com a presença da polícia, bombeiros e outras
autoridades.
Tudo o que fosse crítico, ou se desviasse dos padrões impostos pelo
regime nazi, foi destruído. Centenas de milhares de livros foram
queimados no auge de uma campanha iniciada pelo diretório nacional de
estudantes (Verbindungen).
Os estudantes, em particular os estudantes membros das Verbindungen, membros das SA e SS participaram nestas queimas. A organização deste evento coube às associações de estudantes alemãs NSDStB e a ASTA,
que com grande zelo competiram entre si tentando cada uma provar que
era melhor do que a outra. Foram queimados milhares de cerca de 20.000
títulos de livros, a maioria dos quais pertencentes às bibliotecas
públicas, de autores oficialmente tidos como "pouco alemães" (undeutsch).
O poeta nazi Hanns Johst
foi um dos que justificou a queima, logo depois da ascensão dos nazis
ao poder, com a "necessidade de purificação radical da literatura
alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura alemã".
Oskar Maria Graf
não foi incluído na lista. Para seu espanto, os seus livros não foram
banidos como até foram recomendados pelos nazis. Em resposta, ele
publicou um artigo intitulado "Verbrennt mich! (Queimem-me!) no
jornal de Viena "Arbeiter-Zeitung" (Jornal dos Trabalhadores). Em 1934 o
seu desejo foi tornado realidade e os seus livros foram também banidos
pelos nazis.
Repercussão
A opinião pública e a intelectualidade alemãs ofereceram pouca
resistência à queima. Editoras e distribuidoras reagiram com
oportunismo, enquanto a burguesia nada fez, passando a responsabilidade
para os universitários. Também os outros países acompanharam a
destruição de forma distanciada, chegando a minimizar a queima como
resultado do "fanatismo estudantil".
Entre os poucos escritores que reconheceram o perigo e tomaram uma posição estava Thomas Mann, que havia recebido o Prémio Nobel de Literatura em 1929. Em 1933, ele emigrou para a Suíça e, em 1939, para os Estados Unidos. Quando a Faculdade de Filosofia da Universidade de Bona lhe retirou o título de Doutor Honoris Causa,
ele escreveu ao reitor: "Nestes quatro anos de exílio involuntário,
nunca parei de meditar sobre minha situação. Se tivesse ficado ou
retornado à Alemanha, talvez já estivesse morto. Jamais sonhei que no
fim da minha vida seria um emigrante, despojado da nacionalidade,
vivendo desta maneira!"
Também Ricarda Huch se retirou da Academia Prussiana de Artes.
Na carta ao seu presidente, em 9 de abril de 1933, a escritora
criticou os ditames culturais do regime nazi: "A centralização, a
opressão, os métodos brutais, a difamação dos que pensam diferente, os
auto-elogios, tudo isso não combina com meu modo de pensar",
justificou. Em 1934, a "lista negra" incluía mais de três mil obras
proibidas pelos nazis.
Como disse o poeta Heinrich Heine: "Onde se queimam livros, acaba por se queimar pessoas."
Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico,
contando 65 anos de idade. Os seus discursos memoráveis, chamando o
povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então
presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos da América
ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito
dos aliados. O exemplo de Churchill e a sua incendiária oratória
permitiram-lhe manter a coesão do povo britânico nas horas de prova
suprema que significaram os bombardeamentos sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeamentos, em 20 de julho de 1944, no mesmo dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso
em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra
moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos,
abandonando a ideia ao final.
Nessa época, ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios
simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs
deitado na cama, tomando banho numa casa-de-banho separado de seu quarto, de
forma tal que às vezes oficiais ingleses encontravam-no andando pelo
prédio seminu e molhado. A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo whiskies, apavorava o seu médico.
Formado em Ciências Económicas e Financeiras pelo Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, de pensamento multifacetado, definiu-se filosoficamente como idealista e realista, defensor do socialismo democrático no seio de um regime parlamentarista.
Afirmou-se como figura cimeira do pensamento político português no primeiro quartel do século XX, marcando decisivamente a intervenção cívica durante a Primeira República Portuguesa, cujos vícios generalizados e corrupção criticou duramente.
É, ainda assim, "vítima" da mentalidade da sua época, aderindo a dogmas racistas, então populares em certos meios republicanos. Publica neste tópico, por exemplo, "A Ditadura Militar: História e Análise de Um Crime", na qual defende a democracia de homens como Mussolini que a destruíram no seu país. Mas defende também a eugenia, por uma "raça mais pura", apelando a uma "política da raça"
que corrija a decadência portuguesa, cuja causa principal dizia ser a
"degradação étnica" por culpa da "nossa sensualidade" "em contacto com
outros povos". Declara portanto uma "política fisiológica "a mais
importante das políticas", "defendendo o português de maiores abastardamentos",
procurando uma raça "indemne", a par de re-educação nacional.
Declararia também, contrariando aqui os dogmas da época, a
"superioridade intelectual da mulher portuguesa sobre o homem", ainda
que declarasse isto como um "extraordinário" sintoma de uma "catástrofe
étnica e educativa".
Carlton George Douglas (Kingston, 10 May 1942), also known by his stage name Carl Douglas, is a Jamaican recording artist who rose to prominence with his single "Kung Fu Fighting".
A sua composição mais conhecida é "Feelin' Alright", gravada pelos Traffic em 1968 e regravada por diversos outros artistas, incluindo Joe Cocker, que obteve enorme êxito com a sua versão em 1969.
Donovan Phillips Leitch (Glasgow, 10 de maio de 1946) é um cantor, compositor e guitarrista escocês. Ele desenvolveu um estilo eclético e distinto que mistura folk, jazz, pop, psicodelia e world music (nomeadamente calypso).
Ángel Campos Pámpano (San Vicente de Alcántara, 10 de maio de 1957 - Badajoz, 25 de novembro de 2008) foi um poeta e tradutor espanhol, grande defensor da cultura e literatura de Portugal.
Biografia
Nascido no município estremenho de San Vicente de Alcántara, na província de Badajoz, estudou filologia hispânica na Universidade de Salamanca, e foi professor do ensino secundário durante vinte anos nos institutos da Estremadura e durante seis anos no Instituto Espanhol Giner de los Ríos, em Lisboa,
onde regressou em 2008, por forma a permitir-lhe prosseguir a sua
função na Estremadura. Deu um ímpeto às relações culturais e poéticas
entre as instituições e indivíduos da região fronteiriça da Estremadura e de Portugal. Morreu a 25 de novembro de 2008 em Badajoz, após sofrer uma operação por causa de um cancro do pâncreas, aos cinquenta e um anos. A sua poesia La vida de otro modo, ilustrada por Javier Fernández de Molina e prolongada pelo professor Miguel Ángel Lama, foi publicada pela editora Calambur.
Para além das suas traduções e trabalhos de agitação cultural, a sua criação poética mais importante é La ciudad blanca
(1988), uma obra pioneira de poesia contemplativa, impressionista e de
forte impacto do conhecimento e descoberta de Portugal, da sua língua,
cultura, literatura, e especialmente a poesia. Entre as suas obras
encontram-se: Siquiera este refugio (1993), La voz en espiral (1998) e La semilla en la nieve (2004), onde recebeu o Prémio Estremadura para a Criação.
Fundou e dirigiu as revistas Espacio/Espaço escrito e Hablar/Falar de Poesía, que tinham como objetivo unir as culturas e literaturas espanhola, estremenha e portuguesa.
Ángel Campos presidiu a Associação de Escritores Estremenhos. Em
1992, fundou a Aula de Poesia Enrique Díez-Canedo de Badajoz na
associação, que percorreu mais de cento e quinze autores, através das
instituições culturais e dos institutos educacionais em toda a região.
ha traído el domingo la ceguera
la mudez de unas manos que ensordecen
tus párpados cerrados a mis ojos
tan solo tres mujeres velan tu silencio
tres mujeres y el llanto desgarrado
del ángel del dolor que no consiguen ahuyentar
que permanece aún
prendido en tus entrañas
dan ganas de gritar
de no ausentarse
de quedarse aquí junto a los versos
últimos que leíste
porque a veces el grito y las palabras
escritas del poema dilatan la emoción
hasta las lágrimas
crean nuevos espacios compartidos
en los que respirar
profundamente
es imposible escapar a la pregunta
qué queda de tu luz esta mañana
hay flores secas que perfuman
la casa y sin embargo
alguien ha puesto entre tus manos frías
una rosa desnuda.
Ángel Campos Pámpano
A ROSA DO MUNDO
o domingo trouxe a cegueira
a mudez de umas mãos que ensurdecem
tuas pálpebras cerradas a meus olhos
apenas três mulheres velam teu silêncio
três mulheres e o pranto rasgado
do anjo da dor que não conseguem afugentar
que permanece ainda
preso nas tuas entranhas
dá vontade de gritar
de não ir embora
de ficar aqui ao pé dos versos
últimos que leste
porque o grito, às vezes, e as palavras
escritas do poema dilatam a emoção
até às lágrimas
criam novos espaços partilhados
para respirar
profundamente
é impossível fugir à pergunta
o que resta de tua luz esta manhã
há flores secas que perfumam
a casa e contudo
alguém pôs nas tuas mãos frias
uma rosa nua
Sid Vicious nasceu a 10 de maio de 1957, em Londres. Batizado como John
Simon Ritchie, era filho de um ex-guarda, John Ritchie, e de Anne
Randall, uma hippie,
o que o deixava à vontade. Alguns consideravam-no um pouco
problemático desde pequeno, sentia falta de atenção e fazia de tudo
para que todos olhassem para ele. A família morava em Lee Green e o seu
pai abandonou Anne logo após o seu nascimento.
Com 3 anos, John foi com a mãe para Ibiza
(ilha espanhola) com a ajuda financeira do pai. Anne vendia drogas
para sobreviver e, após perder o apoio financeiro do "ex", foi obrigada
a voltar para a Inglaterra com John.
Após o regresso de Ibiza, John e a mãe não tiveram uma residência fixa e
a mãe acabou casando com Christover Beverly, que morreu 6 meses
depois, antes mesmo de adotar a criança. Em 1971 (ou 1974 - varia
conforme a fonte) John mudou-se para Hackney (com ou sem a mãe, também
varia de acordo com a fonte). Segundo o que se conta, o garoto foi
estudar fotografia e arte e nessa época já tinha tido empregos
temporários e já tinha vendido LSD em concertos, para ajudar a mãe.
O encontro com Johnny Rotten
Em Hackney (bairro no nordeste de Londres), John conheceu John Joseph Lydon (que mais tarde se tornou Johnny Rotten),
John Wardle e John Gray, formando "o bando de Johns". Nessa época,
ficou bastante amigo de John Lydon e já eram considerados estranhos,
pois ele pintava os cabelos, influenciado por David Bowie.
Antes de ser Sid Vicious, John eram chamado de Sly e acabou trocando
seu apelido após levar uma mordida do roedor de John Lyndon, Sydney, e
chamá-lo de perverso (vicious significa perverso em inglês - daí surgiu
o nome Sid Vicious).
Sid e John andavam sempre estranhos e Sid inspirava-se muito em David Bowie. John não aguentava mais o fanatismo religioso da família e fugiu de casa, levando Sid com ele.
Abandonando a escola, Sid e o amigo passaram por diversos "squats"
(prédios abandonados que são invadidos por jovens, e que passaram a
ficar conhecidos por se tornarem centros culturais e de encontros
promovidos por punks) e acabaram ficando no apartamento de Linda Ashby, uma prostituta lésbica amiga deles.
Formação dos Sex Pistols
Nessa época, Sid vivia sem emprego fixo e a suas ideias anarquistas
começavam a surgir. A vida era difícil e, noutro canto da cidade, Malcom McLaren teve a brilhante ideia de criar uma banda (os Sex Pistols) para divulgar sua loja, a Sex, onde vendia roupas para interessados no rock e acessórios considerados "estranhos", que atraiam jovens como Sid e John.
Um dia, Sid e John chamaram a atenção de McLaren na Sex, pelo seu cabelo vermelho e estilo estranho. Os Sex Pistols precisava de um vocalista e Malcon convenceu Lydon a tentar preencher o cargo.
Foi cantando com uma jukebox a música "I'm Eighteen", de Alice Cooper que Lydon se tornou oficialmente vocalista da banda punk e Sid, que acompanhava de perto, se apaixonou de vez pelo estilo.
Sid substituiu David Bowie pelo estilo punk, que cada vez mais crescia, e, no primeiro festival punk, o 100 Club, em Oxford Street, apareceu como baterista da banda Siouxsie & The Banshees. O festival contava com outras bandas, tais como: Subway Seet, The Clash
e os próprios Sex Pistols. Mesmo nunca tendo tocado bateria, Sid
impressionou com a sua performance, que durou pouco, pois a banda foi
criada apenas para o evento. Após a bateria, Sid arriscou-se e passou a
vocalista da banda The Flowers of Romance, que também durou pouco.
Os Sex Pistols cresceram mas havia constantes disputas entre Johnny Rotten (Lydon já havia adquirido o novo nome nessa época) e o baixista Glen Matlock - que segundo o que dizem, era o único da banda que realmente sabia tocar.
Sex Pistols
Sem Matlock, Malcom foi atrás de Vicious para assumir a vaga de
baixista. Sid não sabia tocar mas compensava com o seu estilo e
aparência, o mais importante da banda. Em março de 1977, Sid entra para os Pistols e recusa a ajuda de Matlock para aprender a tocar baixo.
Como Sid não sabia tocar baixo, Jones (o guitarrista da banda) teve que
ajuda-lo em todas as músicas do álbum da banda, com exceção de
"Anarchy in the UK" que o Glen Matlock (baixista original da banda)
gravou.
Mesmo que não tivesse nenhum senso sobre como tocar, Sid era uma imagem publicitária enorme para os Pistols e
eles fecham um contrato com a A&M Records. Como a festa de
comemoração do novo contrato acabou em muita disputa e pancadaria (bem
ao estilo deles), pelo que a A&M cancelou tudo e eles ficaram
novamente sem gravadora.
Com os problemas causados pelas letras polémicas e desrespeito pelas
regras impostas pelo país e pela Rainha da Inglaterra (eles foram
proibidos de tocar em território inglês, pelo que fizeram um show num
barco, sob as águas da Inglaterra) e foram parar à cadeia. Eles
começaram a ser obrigados a tocar escondidos e a palavra "bollocks" no
encarte de seu disco (Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols) fez com que ele fosse retirado das lojas.
Para a felicidade de McLaren, os Sex Pistols deixavam notícias
por onde passavam. Porém, além de alguns problemas envolvendo Sid e
Nancy, as disputas entre os integrantes fez com que a banda finalmente
acabasse, em 1978, em São Francisco após a turnê americana.
Os outros integrantes dos Pistols nunca gostaram de Sid, pois achavam-no um idiota.
Sid e Nancy
Em novembro de 1977, Sid conheceu Nancy Spungen, por quem se apaixonou. Nancy era uma drogada que tentara a vida como prostituta em Nova York e que acabou apelidada de groupie,
por se aproximar de vários astros do rock. Ninguém gostava dela,
então ela arriscou a sua sorte em Inglaterra e foi parar ao
apartamento da sua amiga Linda, o mesmo de Sid e Johnny, na época em
que Sid entrou para os Sex Pistols.
Nancy já era viciada em heroína, enquanto Sid ainda era virgem.
Começaram a namorar, e Sid pediu a Nancy que lhe desse heroína,
afirmando que já sabia usar. Passou o dia inteiro a vomitar.
Nancy dividia um colchão com Sid no apartamento. Ela relata que lhe tirou a virgindade e o encantou.
Sid uniu-se a ela e aos seus amigos e se viciaram juntos na heroína
(ele já tinha a filosofia de vida de viver intensamente e morrer jovem).
Ele usava liamba e anfetaminas apenas para se divertir.
Os amigos de Sid tentaram ajudá-lo a sair da situação. Eles achavam que
afastá-lo de Nancy seria a solução. Malcon, sem sucesso, tentou
sequestrá-la, mas apenas conseguiu mantê-la fora da turnê americana. De
qualquer forma, Sid bebia e falava de Nancy o tempo todo durante a
turnê, o que comprova que a sua vontade era estar com Nancy.
Após o fim da banda, Sid foi morar com Nancy em Nova York, no hotel
Chelsea. Spungen tornou-se a sua manager em 1978. Chegou um momento em
que Sid estava convencido de que ele era a alma da banda e que poderia
muito bem seguir numa carreira a solo. Até fez uma versão da música My Way (de Paul Anka),
mas não foi muito longe. A carreira a solo de Sid fracassou
completamente e todo o dinheiro que conseguia era destinado ao vício em
heroína.
A morte de Nancy
Vicious e a namorada tinham constantes disputas e, em 12 ou 13 de
outubro, varia conforme a fonte, ele encontrou a sua namorada morta na
casa de banho, com uma facada no abdómen, no quarto nº100 onde
moravam. Uma das histórias, diz que Sid estava drogado e a matou.
Outra versão, envolve dinheiro desaparecido durante o assassinato e
conta que Nancy foi assassinada por um traficante que vivia no
apartamento. A terceira versão da história diz que Nancy, drogada, se
matou. Ela não esperava nada da vida e eles tinham feito um pacto de
suicídio.
Sid foi preso acusado de assassiná-la e, arrasado, tentou se matar
várias vezes na cadeia. Enquanto esteve lá, Sid escreveu poesias e
músicas para Nancy.
Juntando 30 mil dólares, a gravadora pagou a fiança e Sid foi
libertado. Dizem que ele era um bom compositor e que as letras escritas
na prisão nunca foram gravadas.
A recuperação de Sid e a sua morte
Após ser libertado, Sid começa a namorar Michelle Robinson e, mesmo estando com ela, ele envolveu-se com a namorada do irmão de Patti Smith,
Todd Smith. A história acaba com uma luta e Sid agridiu Todd com uma
garrafa de cerveja no rosto. Sid regressa à cadeia e mais uma vez sob
fiança, sai de lá após 55 dias, com liberdade condicional.
Todos acreditavam na desintoxicação de Sid mas, após uma festa de
homenagem pela sua libertação, na casa da sua mãe, ele fechou-se na casa
de banho e injetou uma grande dose de heroína. Foi achado morto,
deitado de costas na cama do apartamento de Michelle Robinson, na manhã
de 2 de fevereiro de 1979, aos 21 anos, de overdose de heroína.
Acredita-se que Sid havia roubado a droga à própria mãe (que tinha ido
para a prisão por posse de drogas). Uma das últimas pessoas que
estiveram com ele naquela noite foi Jerry Only o baixista do Misfits.
Após a morte, a sua mãe encontrou na sua jaqueta uma carta de suicida, que dizia:
We had a death pact, and I have to keep my half of the bargain.
Please bury me next to my baby in my leather jacket, jeans and
motorcycle boots. Goodbye.
(Nós fizemos um pacto de morte, e eu tenho que manter a minha
parte do acordo. Por favor, enterrem-me ao pé do meu amor com a minha
jaqueta, jeans e botas de motard. Adeus.)
- Sid Vicious
Pelo facto de Nancy ser judia e ter sido enterrada num cemitério
israelita, Vicious não foi autorizado a ser enterrado próximo de Nancy.
Ele foi cremado e conta-se que a sua mãe perdeu parte das suas cinzas
no aeroporto de Heathrow e depositou o resto no túmulo de Nancy,
contrariando as autoridades judaicas.
O seu romance com Nancy tornou-se a versão de Romeu e Julieta no mundo punk.