Com mais de quarenta anos de carreira musical, é reconhecido como um dos representantes da actual música popular portuguesa.
Paco Bandeira é o nome artístico pelo qual se tornou conhecido
Francisco Bandeiras que nasceu
2 de maio de
1945, na cidade
alentejana e fronteiriça de
Elvas,
Portugal. As características da sua região natal, tais como as planícies e as
searas, a interioridade da província portuguesa, a fronteira com a
Estremadura, de
Espanha, acabaram por marcar indelevelmente a sua
música.
Ingressou no serviço militar, passando três anos em
Angola como primeiro-cabo num regimento de transmissões.
Foi casado duas vezes, pai de 3 filhas (Paula, Conceição e Constança) e avô de 4 netos (Rúben, Carlota, Rita e
Jessica Bandeiras).
Em
1996, a sua vida é violentamente agitada pela morte da sua mulher em circunstâncias trágicas após suicídio.
No início de
2012, Paco Bandeira foi acusado pelo Ministério Público de violência doméstica.
(...)
Aprendeu a tocar guitarra com a ajuda de um tio e aos 14 anos torna-se guitarrista e vocalista do grupo
Cuban Boys, com o qual deu vários concertos em Portugal e Espanha. Também, durante cinco anos, foi locutor da estação regional Extremadura-
Badajoz da rádio espanhola S.E.R. Acabou por se tornar conhecido por Paco devido à ascendência espanhola da sua família e pela sua actividade inicial em Espanha, onde os Franciscos são chamados de Pacos, Panchos ou Curros. Assim, por hábito, os seus colegas da rádio começaram a chamá-lo Paco. Tiraram-lhe também o 'S' do apelido Bandeiras, porque em Espanha também é natural singularizar o nome das pessoas, dando-lhes mais importância. Veio portanto a ficar conhecido por Paco Bandeira, nome que acabou por adoptar definitivamente. Outras tentativas de mudar o seu apelido foram manifestamente fracassadas. Conforme o próprio cantor referiu em entrevista, poucos hoje o chamam de Francisco. Entre os seus familiares, só os seus irmãos o costumam chamar pelo diminutivo 'Chiquinho'.
(...)
Após o serviço militar, ao regressar a Portugal, começa a compor os seus próprios temas, e só então passa a cantar em português, a partir de
1972, como solista, pela mão de
Hermínia Silva, no Solar daquela famosa artista, no qual Paco tinha começado por trabalhar quando veio para
Lisboa.
O primeiro dos seus sucessos foi "A Minha Cidade" (mais conhecida por "Ó Elvas, Ó Elvas"), seguindo-se outros tantos êxitos, tais como "É Por Isso Que Eu Vivo", "Chula da livração" ou "Ceifeira Bonita". Em consequência destes êxitos, inicia uma intensa carreira internacional junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, actuando em palcos e televisões de
Espanha,
Itália,
EUA,
Austrália ou
Canadá.
Em
1980, edita o álbum "Malhas, Malhões e Outras Canções", com arranjos de Pedro Osório, cujo repertório foi registado também num programa para a
RTP, intitulado "A Vez e a Voz". O disco, com temas como "Tempo de Valsa" ou "Flor da Esperança", foi gravado em
Madrid nos estúdios
Eurosonic. No disco participa o músico e produtor
Johnny Galvão.