sábado, setembro 07, 2024

O ditador Mobutu morreu há 27 anos

     
Mobutu Sese Seko Nkuku Ngbendu wa Za Banga (Lisala, Congo Belga, 14 de outubro de 1930 - Rabat, Marrocos, 7 de setembro de 1997), cujo nome significa em português: O Todo Poderoso Guerreiro que, Por Sua Força e Inabalável Vontade de Vencer, Vai de Conquista em Conquista, Deixando Fogo em Seu Rasto (e o nome de batismo Joseph-Desiré Mobutu), foi o presidente do Zaire (atual República Democrática do Congo) entre 1965 e 1997. Com uma imagem marcada pelo uso de um barrete de pele de leopardo e uma bengala, fica para a história contemporânea de África como um dos mais poderosos governantes do continente.
Mobutu alistou-se em 1949 no exército, como sargento da Força Pública congolesa. Envolveu-se na luta pela independência, que foi conseguida em 1960, exercendo então o cargo de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.
Afastou-se depois da política, mas não da atividade militar, esfera em que foi consolidando a sua influência até que ela se tornou um incontornável poder de facto no país. Decidiu-se por uma iniciativa militar, em 1965, que afastou o presidente e o primeiro-ministro, declarando-se Mobutu seu herdeiro espiritual. Dissolveu a Assembleia Nacional e assumiu a titularidade de todos os poderes (Legislativo, Executivo e Judicial), em regime de partido único, de tal forma que o seu nome se veio a confundir com o próprio Estado.
Perante a comunidade internacional, alegou ser o único garante da unidade de um país multiétnico e, apesar da sua política ditatorial, foi apoiado pelos países ocidentais, que não queriam ver instalado um regime comunista em tão importante região africana. Em 1971, Mobutu mudou o nome do país e do importante rio internacional, ambos apelidados de Congo, para Zaire.
Mobutu governava um dos países mais ricos do continente (entre outras potencialidades económicas, merece destaque a exploração de metais e pedras preciosas), mas o seu povo vivia cada vez mais abaixo do limiar da pobreza. A dívida externa chegava a atingir os 12 mil milhões de dólares. Em simultâneo, a fortuna pessoal de Mobutu, quase toda no estrangeiro, subia para índices estimados hoje em cerca de 7 mil milhões de dólares. O presidente concentrava nas suas mãos uma grande parte do Produto Nacional Bruto do país.
Em 12 de dezembro de 1984 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 16 de maio de 1997 o regime de Mobutu chegou ao fim. Após 32 anos no poder, o "Grande Leopardo" (como era por vezes apelidado) viu-se obrigado a abandonar o país, deixando o poder a Laurent-Désiré Kabila, que durante muitos anos, lhe vinha movendo luta através de guerrilha. Morreu, de cancro da próstata, no exílio, em Rabat, Marrocos, a 7 de setembro de 1997.
   

Warren Zevon morreu há 21 anos...

Warren William Zevon (Chicago, Illinois, January 24, 1947 – Los Angeles, California, September 7, 2003) was an American rock singer, songwriter, and musician.

Zevon's most famous compositions include "Werewolves of London", "Lawyers, Guns and Money", and "Roland the Headless Thompson Gunner". All three songs are featured on his third album, Excitable Boy (1978), the title track of which is also well-known. He also wrote major hits that were recorded by other artists, including "Poor Poor Pitiful Me", "Accidentally Like a Martyr", "Mohammed's Radio", "Carmelita", and "Hasten Down the Wind". 

    

(...)   

     

Zevon died of mesothelioma on September 7, 2003, aged 56, at his home in Los Angeles. His body was cremated, and his ashes were scattered into the Pacific Ocean near Los Angeles. 

 

in Wikipédia

 


Balduíno I, Rei dos Belgas, nasceu há 94 anos...


Balduíno I (Laeken, 7 de setembro de 1930 - Motril, 31 de julho de 1993) foi o rei dos Belgas de 1953 até à sua morte.
Balduíno era o filho mais velho do rei Leopoldo III da Bélgica e de sua primeira esposa, a princesa Astrid da Suécia, falecida em um acidente de automóvel. O jovem príncipe recebeu poderes reais a partir de 1 de agosto de 1950 e, no ano seguinte, ascendeu ao trono, com a abdicação do seu pai, o qual foi um monarca impopular.
Durante o seu reinado deu-se a independência do Congo, em 1960, pondo fim à condição da Bélgica como potência colonial. Ainda no mesmo ano, em Bruxelas, Balduíno I casou-se, com a nobre espanhola Fabiola de Mora y Aragón (1928-), filha de D. Gonzalo, marquês de Casa Riera e 2.° conde de Mora. O casal não teve filhos, pois Fabiola, nas cinco vezes em que ficou grávida, sofreu abortos espontâneos.
Devido às suas convicções católicas, Balduíno I renunciou, entre 4 e 5 de março de 1990, às suas funções como chefe de Estado, ao recusar assinar a lei de despenalização do aborto no país. No final de julho de 1993, durante uma viagem a uma villa de Motril, na Espanha, o rei sofreu um ataque cardíaco que lhe tirou a vida. O seu corpo foi sepultado na cripta real da Igreja de Nossa Senhora em Bruxelas.
Balduíno I foi sucedido como rei por seu irmão, Alberto II, antes chamado de príncipe de Liège.
  

Gloria Gaynor - 75 anos...!

   
Gloria Fowles (Newark, 7 de setembro de 1949), mais conhecida pelo seu nome artístico, Gloria Gaynor, é uma cantora norte-americana, mais conhecida pelos seus grandes sucessos da Era Disco, "Never can Say Goodbye" de 1974, "Let Me Know (I Have A Right)" de 1978, "I Am What I Am" de 1984 e, principalmente, "I Will Survive" de 1978.
Gloria Gaynor começou a cantar em um grupo chamado The Soul Satifiers na década de 60. O grupo apresentava-se em discotecas e foi assim que Gloria foi descoberta e, logo foi levada para gravar o seu primeiro single, "She'll Be Sorry/Let Me Go Baby", mas não obteve sucesso com a sua primeira gravação, só mais tarde, quando gravou "Honeybee", é que Gloria Gaynor entrou nas paradas de sucesso e, com "Never Can Say Goodbye", ela ganhou fama no mundo inteiro.
"Never Can Say Goodbye" também passou a ser considerada a primeira gravação de disco music. Gloria Gaynor também foi a primeira artista a gravar versões "extended mix" das músicas e também a primeira a gravar o disco sem pausa. Gloria Gaynor continuou a gravar até que, em 1978, surge aquele que até hoje é seu maior sucesso, "I Will Survive". A música visa o ponto de vista de uma mulher recém abandonada, dizendo ao ex-companheiro que já não precisa dele e que fica melhor sozinha. A música fez muito sucesso e em 1980 ganhou o primeiro e único Grammy de Melhor Gravação para Disco Music. "I will Survive" já foi regravada diversas vezes por diversos artistas.
Gloria Gaynor, continua gravando e em 2002, lançou o álbum I Wish You Love que foi muito bem sucedido, rendendo ainda mais prémios para Gloria. Mais recentemente, Gloria Gaynor lançou os singles "Supernatural Love", "Last Night", "I Never Knew" e "Hacer por Hacer", que ela gravou com o cantor Miguel Bosé.
   

 


sexta-feira, setembro 06, 2024

Pretensas novidades sobre o local onde apareceram os humanos...

Afinal, o berço da humanidade pode não ser onde pensávamos

  

 

Durante décadas, o Rift Africano Oriental tem sido aclamado como o “Berço da Humanidade”, a região onde se acredita que os nossos primeiros antepassados evoluíram.

Esta crença baseia-se em numerosas descobertas de fósseis no Vale do Rift, que forneceram informações valiosas sobre as primeiras fases da evolução humana.

No entanto, um novo estudo, cujos resultados foram publicados em agosto na revista Natura Ecology & Evolution, sugere que esta narrativa pode estar incompleta.

O Rift Africano Oriental, uma formação geológica que se estende por toda a África Oriental, é conhecida pelos seus depósitos de rochas sedimentares que preservaram fósseis antigos durante milhões de anos.

Locais importantes como o desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, revelaram fósseis dos primeiros hominídeos, como o Paranthropus boisei e o Homo habilis, que datam de há cerca de 2 milhões de anos.

No entanto, este foco no Vale do Rift pode ter levado a uma compreensão distorcida da história inicial da nossa espécie.

“Como as provas da evolução humana inicial provêm de um pequeno número de sítios, é importante reconhecer que não temos uma imagem completa do que aconteceu em todo o continente”, explica W. Andrew Barr, primeiro autor do estudo, em comunicado publicado no EurekAlert.

O Rift Africano Oriental cobre menos de 1% do continente africano, enquanto os primeiros seres humanos provavelmente vagueavam muito para além desta estreita faixa de terra.

A preservação dos fósseis depende fortemente de condições geológicas específicas, e muitas regiões fora do Vale do Rift podem ter sido menos propícias à preservação a longo prazo dos restos mortais dos hominídeos.

Como resultado, grande parte do registo fóssil de outras partes de África provavelmente perdeu-se no tempo.

Num novo estudo, investigadores analisaram as áreas de distribuição dos mamíferos modernos no Vale do Rift e descobriram que, para os animais de médio e grande porte, o Rift Africano Oriental constituía apenas 1,6% do seu habitat. Isto sugere que os primeiros seres humanos, tal como outros animais, não se teriam confinado a esta pequena área.

O estudo também examinou a variação do tamanho do crânio e do corpo dos primatas africanos modernos, revelando que espécies como os babuínos são geralmente maiores na África Central do que na África Oriental.

Se os primeiros hominídeos apresentassem padrões semelhantes de variação morfológica, o registo fóssil do Vale do Rift não captaria esta diversidade, levando a uma imagem incompleta e potencialmente enganadora dos nossos antepassados.

 

in ZAP

Na África, há cem milhões de anos...

Encontrado o lugar mais perigoso da história da Terra

 

  

Ilustração artística mostra um enorme dinossauro Carcharodontosaurus com um grupo de predadores Elosuchus, semelhantes a crocodilos, perto de uma carcaça

 

Um paleontólogo identificou o lugar mais perigoso da história da Terra - uma região de África repleta de predadores, há 100 milhões de anos, onde um humano que viajasse no tempo não teria uma vida muito longa.

Uma equipa internacional de paleontólogos diz ter descoberto a época e o local mais perigosos da História do nosso planeta.

Com base num estudo recentemente publicado na revista ZooKeys, o único sítio do mundo que não gostaríamos de visitar era o Sahara – há 100 milhões de anos.

“Um viajante do tempo humano não duraria muito tempo nesta região”, explica Nizar Ibrahim, investigador da Universidade de Detroit Mercy e primeiro autor do estudo, em comunicado da Universidade de Portsmouth.

Efetivamente, com répteis colossais a voar pelos céus e gigantescas bestas semelhantes a crocodilos a vaguear pela paisagem local, não é difícil aceitar o argumento dos investigadores.

A investigação, que a equipa diz ser o “trabalho mais completo sobre vertebrados fósseis do Sahara em quase um século, incluiu décadas de registos fósseis de museus de todo o mundo e notas de expedição sobre a Formação Kem Kem, conjunto de formações rochosas do Cretácico, no leste de Marrocos.

As informações extraídas destas formações foram descritas pela Universidade de Portsmouth como “o primeiro relato detalhado e totalmente ilustrado da escarpa rica em fósseis” desta formação.

Segundo os autores do estudo, um viajante do tempo seria confrontado com três dos maiores dinossauros predadores de que há registo. O Carcharodontossauro, com dentes de sabre, tinha dentes de até 20 centímetros de comprimento e media cerca de 1,5 metros. O Deltadromeus – um membro da família dos velociraptores – tinha o mesmo comprimento.

Naturalmente, outro obstáculo seria sobreviver aos enormes pterossauros, répteis que sobrevoavam as terras, aos caçadores semelhantes a crocodilos que se movimentavam e às terríveis ameaças aquáticas que espreitavam nos vastos sistemas fluviais.

“Este lugar estava cheio de peixes absolutamente enormes, incluindo uma grande abundância de celacantos gigantes e peixes-pulmonados”, explica David Martill, professor da Universidade de Portsmouth e co-autor do estudo.

“O celacanto, por exemplo, é provavelmente quatro ou mesmo cinco vezes maior do que o celacanto atual. Há um enorme tubarão-serra de água doce chamado Onchopristis com os mais temíveis dentes rostrais, que são como punhais farpados, mas lindamente brilhantes”.

A Formação Kem Kem contém uma quantidade invulgarmente elevada de fósseis de grandes carnívoros e dá uma imagem mais clara da diversidade de África em comparação com qualquer outro local do continente.

“Desde as ameaças aquáticas e aéreas descritas acima, até tartarugas, peixes e mesmo plantas, a Formação Kem Kem é uma mina de ouro virtual“, diz Nizar Ibrahim.

 

in ZAP

Saudades de ouvir cantar Luciano Pavarotti...

 

Una furtiva lagrima

negli occhi suoi spuntò:

Quelle festose giovani

invidiar sembrò.

Che più cercando io vo?

Che più cercando io vo?

M'ama! Sì, m'ama, lo vedo. Lo vedo.

Un solo istante i palpiti

del suo bel cor sentir!

I miei sospir confondere

per poco a' suoi sospir!

I palpiti, i palpiti sentir,

confondere i miei co' suoi sospir...

Cielo! Si può morir!

Di più non chiedo, non chiedo.

Ah, cielo! Si può! Si può morir!

Di più non chiedo, non chiedo.

Si può morir! Si può morir d'amor.

 

Poesia de aniversariante de hoje...

 

 

Carta a Bill


Bill!
Se algum dia voltares
Aos caminhos do passado,
Acharás tudo mudado:
A dança, o trajo, os cantares…
Fica a máscara por fora?
Por baixo dela, ainda igual,
Se ergue a bandeira real –
Branca e azul – intacta, agora?

Bailam a Gota?

– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo
(Meu país foi sempre o teu
E esse país não morreu!)
Ver de perto com seus olhos
O lírio de que eu falava
(Lírio tão branco entre abrolhos!)
Em versos de silva brava.
Branco lírio!
Branco lírio!
Ao alto da serra da Arga!
Lembro nele o Fandangueiro
Que, ao bailar, de corpo inteiro,
Era uma flor, doce e amarga…

Mas, em chegando, ouvi só
Insultos de altifalantes!
Onde estavam os amantes
Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados
E toda a monotonia
Da voz que o rosto desvia
Dos rouxinóis dos silvados.
Que loucura!
(Pense-o, pense-o
Quem quiser de lábios mudos.)

– Comprei por dez mil escudos
Dez minutos de silêncio.

Calou-se o altifalante!
Castanholaram os dedos…

De novo,
Naquele instante,
Voltou o povo a ser povo!
E voltaram homens ledos:
– Veio o Nelson e a Artemisa,
Veio Afife e Gondarém
E os de Carreço também
Misturar-se aos da Galiza…

E bastaram dez minutos
(Os dez minutos comprados!)
Para dez mil namorados
Sorrirem, de olhos enxutos.
Que loucura! – (Pense-o, pense-o
Quem quiser de lábios mudos!)


Comprei por dez mil escudos
Dez minutos de silêncio!



Pedro Homem de Mello

Menez nasceu há 98 anos...

(imagem daqui)

 

Maria Inês da Silva Carmona Ribeiro da Fonseca, de seu nome artístico Menez (Lisboa, 6 de setembro de 1926 - 11 de abril de 1995), foi uma pintora portuguesa pioneira da pintura abstrata em Portugal.  Foi mãe do pintor Ruy Leitão.

Henrique VIII, 1966, óleo sobre tela

 

Paul Waaktaar-Savoy, dos A-ha, faz hoje 63 anos

  
Paul Waaktaar-Savoy, nascido Pål Waaktaar Gamst (Magnelrud, Oslo, 6 de setembro de 1961) é um guitarrista norueguês. É um dos componentes da banda A-ha. Mudou o seu apelido após o casamento, em 1994.
É um artista que, ao longo da sua carreira, ocupou vários cargos: como membro dos A-ha (como é mais conhecido) destacou-se na composição e tocando viola, na banda Bridges interpreta o papel de guitarrista, vocalista e compositor, no grupo Savoy (a sua própria banda) é o esteio da formação, no qual é o vocalista, guitarrista, compositor, programador e ainda lida com os teclados e percussão (sem bateria). 

Em paralelo com os a-ha, Paul Waaktaar-Savoy mantém, com a sua esposa Lauren Savoy e o baterista Frode Unneland, a banda Savoy. Paul e a banda Savoy residem alternadamente em Nova York e Oslo.

  • Mary is coming (1996)
  • Lackluster me (1997)
  • Mountains of time (1999)
  • Reasons to stay indoors (2001)
  • Savoy (2004)
  • Savoy Songbook Vol 1 (2007)

Em 2011, Paul juntou-se ao músico americano Jimmy Gnecco do grupo Ours e lançaram a música “Weathervane“, faixa-título do filme norueguês Hodejegerne.

 
     

 


Poesia adequada à data...

(imagem daqui)


Mania das Grandezas

Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.

No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!

Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...

Talvez ainda venha a ser Presidente da República...


Joaquim Namorado

Terminou, há 502 anos, uma circum-navegação planeada e comandada por Fernão de Magalhães...


Fernão de Magalhães (Sabrosa, Primavera de 1480 - Cebu, Filipinas, 27 de abril de 1521) foi um navegador português que, ao serviço do rei de Espanha, planeou e comandou a expedição marítima que efetuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo Sul do continente Americano, a atravessar o estreito hoje conhecido como Estreito de Magalhães e a cruzar Oceano Pacífico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em Cebu, nas Filipinas no curso da expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano até ao regresso em 1522.
  
(...)
   
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da "Casa de la Contratación" da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano.
Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projeto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; o cartógrafo de origem portuguesa Diogo Ribeiro que começara a trabalhar para Espanha em 1518, na Casa de Contratación em Sevilha participou no desenvolvimento dos mapas utilizados na viagem. Depois da ruptura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram de Sanlúcar de Barrameda em 20 de Setembro de 1519. A esquadra tinha cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, com cerca de 40 portugueses entre os quais Álvaro de Mesquita, primo co-irmão de Magalhães, Duarte Barbosa, primo da mulher de Magalhães, João Serrão, primo ou irmão de Francisco Serrão e Estevão Gomes. Seguia também Henrique de Malaca.
Antonio Pigafetta, escritor italiano que havia pago do seu próprio bolso para viajar com a expedição, escreveu um diário completo de toda a viagem, possibilitado pelo fato de Pigafetta ter sido um dos 18 homens a retornar vivo para a Europa. Dessa forma, legou à posteridade um raro e importante registo de onde se pode extrair muito do que se sabe sobre este episódio da história.
A armada fez escala nas ilhas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, chegando em 13 de Dezembro ao Rio de Janeiro. Prosseguindo para o sul, atingiram Puerto San Julian à entrada do estreito, na extremidade da atual costa da Argentina, onde o capitão decidiu hibernar. Irrompeu então uma revolta que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de espera, período no qual a "Santiago" foi perdida numa viagem de reconhecimento, tendo os seus tripulantes conseguido ser resgatados, Magalhães encontrou o estreito que hoje tem o seu nome, aprofundando-se nele. Noutra viagem de reconhecimento, outra nau foi perdida, mas desta vez por um motim na "San Antonio" onde a tripulação aprisionou o seu capitão Álvaro de Mesquita, primo de Magalhães, e iniciou uma viagem de volta com o piloto Estêvão Gomes (realmente estes completaram a viagem, espalhando ofensas contra Fernão de Magalhães na Espanha).
Apenas em Novembro a esquadra atravessaria o Estreito, penetrando nas águas do Mar do Sul (assim batizado por Balboa), e batizando o oceano em que entravam como «Pacífico» por contraste às dificuldades encontradas no Estreito. Depois de cerca de quatro meses, a fome, a sede e as doenças (principalmente o escorbuto) começaram a dizimar a tripulação. No Pacífico que encontrou as nebulosas que hoje ostenta o seu nome - as nebulosas de Magalhães.
Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões, no arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu em combate com os nativos na ilha de Mactan, atraído a uma emboscada.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano.

(...)
     
Uma única nau tinha completado a circum-navegação do globo ao alcançar Sevilha em 6 de setembro de 1522. Juan Sebastián Elcano, a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota regressaram decorridos três anos após a partida. A expedição de facto trouxe poucos benefícios financeiros, não tendo a tripulação chegado a receber pagamento.
   
  
 

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FERNÃO DE MAGALHÃES




No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.


De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto-
Cingi-lo, dos homens, o primeiro-
Na praia ao longe por fim sepulto.


Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.


Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
 


in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Havemos de Ir a Viana...

 

Havemos de Ir a Viana - Amália Rodrigues

   

Entre sombras misteriosas
Em rompendo ao longe estrelas
Trocaremos nossas rosas
Para depois esquecê-las

Se o meu sangue não me engana
Como engana a fantasia
Havemos de ir a Viana
Ó meu amor de algum dia
Ó meu amor de algum dia
Havemos de ir a Viana
Se o meu sangue não me engana
Havemos de ir a Viana

Partamos de flor ao peito
Que o amor é como o vento
Quem para perde-lhe o jeito
E morre a todo o momento

Se o meu sangue não me engana
Como engana a fantasia
Havemos de ir a Viana
Ó meu amor de algum dia
Ó meu amor de algum dia
Havemos de ir a Viana
Se o meu sangue não me engana
Havemos de ir a Viana

Ciganos, verdes ciganos
Deixai-me com esta crença
Os pecados têm vinte anos
Os remorsos têm oitenta

 

Pedro Homem de Mello

Adriano Moreira nasceu há 102 anos...


Estadista e estudioso de assuntos de política internacional, destacou-se pelo seu percurso académico e pela sua ação na qualidade de Ministro do Ultramar, durante o Estado Novo, ao pôr em prática as teses do lusotropicalismo e ao fazer aplicar uma série de reformas. Foi sob o seu Ministério que foi abolido o estatuto do Indigenato, que foi aprovado o Código de Trabalho Rural e abolido o regime de contratação.

No pós 25 de abril foi Presidente do Centro Democrático Social (1986–1988 e, interinamente, em 1991–1992). 

 

(...)   

 

Morte

Adriano Moreira faleceu aos 100 anos, na manhã do dia 23 de outubro de 2022.

 

Família

Casou em Sintra, São Martinho, a 30 de agosto de 1968, com Isabel Mónica de Lima Mayer (Lisboa, Mercês, 2 de agosto de 1945), filha de Bernardo de Lima Mayer (Sintra, São Martinho, 16 de junho de 1918 – ?) e da sua mulher Maria Isabel de Carvalho Maia (Lisboa, Mercês, 2 de fevereiro de 1923), cujo avô paterno tinha ascendência judaica asquenaze e sefardita e cuja avó paterna era de origem irlandesa e prima-tia, em segundo grau, de Fernando Ulrich. O casal teve seis filhos e filhas, uma das quais é a deputada na Assembleia da República e dirigente nacional do Partido Socialista, Isabel Moreira.

 

William DuVall - 57 anos

   
William DuVall (Atlanta, 6 de setembro de 1967) é um cantor, guitarrista e compositor norte-americano. Está na banda Alice in Chains desde 2006 como co-vocalista (juntamente com Jerry Cantrell), guitarrista rítmico e letrista. Também foi vocalista, guitarrista e letrista das bandas Neon Christ, Comes With The Fall e Giraffe Tongue Orchestra. Em 2019 lançou o seu primeiro álbum solo, One Alone.
  

 


Macy Gray - 57 anos

  
Macy Gray (nascida Natalie Renee McIntyre, em Canton, Ohio, a 6 de setembro de 1967) é uma cantora e atriz norte-americana. Famosa pela sua voz rouca, o seu estilo de música passeia pelo R&B e soul. Macy Gray também é compositora e produtora musical. O seu estilo mostra influências de Billie Holiday e Betty Davis.
  

 


Dolores O'Riordan, a precocemente desaparecida vocalista dos The Cranberries, nasceu há 53 anos...

      
Dolores Mary Eileen O'Riordan Burton (Limerick, 6 de setembro de 1971 - Londres, 15 de janeiro de 2018), mais conhecida como Dolores O'Riordan, foi uma cantora irlandesa. É considerada na Irlanda como a maior cantora de toda a história do país. Sempre deu notoriedade aos The Cranberries, embora tenha estado fora da banda entre 2003 e 2009. Mãe de três filhos (Taylor, nascido em 16 de novembro de 1997, Molly, nascida em 22 de agosto de 2001 e Dakota Rain, a 10 de abril de 2005), teve ainda um enteado, filho do primeiro casamento com Don Burton, com que se casou em 1994
    
(...)
    
Dolores O'Riordan faleceu inesperadamente no dia 15 de janeiro de 2018, aos 46 anos, enquanto estava em Londres, Inglaterra, para uma sessão de gravação. A perícia londrina localizou um frasco de Fentanil lacrado no quarto da cantora, o que levantou a hipótese de suicídio ou suposta overdose do analgésico. Porém, a causa real da morte de acordo com o relatório médico só foi revelada no dia do seu 47º aniversário, em 6 de setembro de 2018. Dolores havia consumido uma quantidade grande de bebida alcoólica, sofreu uma intoxicação e morreu afogada na banheira do quarto.

 


Idris Elba - 52 anos

 
Idris Elba (Londres, 6 de setembro de 1972) é um ator e diretor de cinema inglês, famoso pelo seu papel na série de televisão Luther. Elba também é DJ, conhecido como Big Driis/Big Driis the Londoner, além de ter produzido músicas de soul e hip-hop. Idris também atuou na aclamada série da HBO "The Wire", onde fez o papel do poderoso traficante Stringer Bell.

Tom Fogerty, dos Creedence Clearwater Revival, morreu há trinta e quatro anos...

         
Thomas Richard Fogerty, conhecido musicalmente como Tom Fogerty (Berkeley, 9 de novembro de 1941Scottsdale, 6 de setembro de 1990) foi um cantor, compositor e guitarrista, conhecido principalmente por ter sido um dos integrantes da famosa banda de rock dos Estados Unidos da América, os Creedence Clearwater Revival.
   
Carreira
Tom Fogerty ingressou na carreira musical em 1958. Assim como seu irmão John Fogerty, participava de uma banda de rock, denominada Spider Webb and the Insects, a qual chegou a assinar contrato com a gravadora Del-Fi Records, cancelado pouco tempo depois em 1959.
Após o insucesso de Spider Webb and the Insects Tom apresentou-se em concertos como cantor a solo e em algumas aparições requisitou o auxílio da banda de seu irmão, The Blue Velvets, cuja formação apresentava John na guitarra, Stu Cook no piano e Doug Clifford na bateria, banda que logo passou a integrar. Batizada de Tommy Fogerty and the Blue Velvets, a nova formação, em 1961, teve 4 discos gravados pela Scorpio Records, divisão da Fantasy Records.
Em 1966 John consegue contrato com a Fantasy Records, gravadora na qual ele já trabalhava e que exigiu a mudança de nome do grupo para The Golliwogs. O conjunto passou a ter canções escritas pelos irmãos que também realizaram duetos no vocal, união que resultou em pequenos sucessos regionais e de pouco impacto nacional. O consenso entre os integrantes pela mudança de nome resultou na formação dos Creedence Clearwater Revival, nascendo assim uma das bandas de rock mais famosas de sua época e em contraponto o desafeto entre Tom e o seu irmão.
O grupo consagrou Tom principalmente como guitarrista já que John era o vocalista principal que compunha quase todas as músicas da banda, de estilo composto pela mistura do rock com música country, fórmula que levou os Creedence Clearwater Revival ao rápido sucesso. Stu Cook era o baixista e Doug Clifford o baterista, Tom fazia vocais de acompanhamento e escreveu apenas uma música que foi gravada, "Walk on the Water". A falta de oportunidade de Tom de compor para a banda alimentava a animosidade entre os irmãos durante os anos de maior sucesso do grupo, resultando na saída de Tom no ano de 1971 depois de gravar seis álbuns de estúdio, não participando da gravação do álbum Mardi Gras, em 1972.
Logo após deixar a banda, Tom iniciou a carreira a solo. Teve músicas de maior sucesso em sua empreitada como "Goodbye Media Man" e "Joyful Resurrection", gravado com participações de Jerry Garcia e Merl Saunders. O álbum também contou com participações de seus ex-companheiros de Creedence Clearwater Revival, Stu Cook e Doug Clifford. John participou, tocando guitarra, em alguns álbuns a solo de Tom, entretanto o relacionamento entre os irmãos sempre manteve-se afetado desde a formação de Creedence Clearwater Revival.
Entre 1972 e 1977 realizou sessões de jazz com Merle Saunders e de 1976 a 1978 participou da banda Ruby, gravando 2 discos. A sua discografia a solo, apesar de vasta e bem conceituada por críticos da música, é pouco conhecido e divulgada até aos dias atuais, mesmo junto de muitos fãs dos Creedence.
     
Morte
Faleceu no dia 6 de setembro de 1990, vítima de tuberculose e insuficiência respiratória, agravadas pelo vírus da SIDA, que Tom havia contraído através de uma transfusão de sangue. O seu irmão John Fogerty nunca mais conversou com ele, mesmo estando Tom no leito de morte. O seu corpo foi cremado e as suas cinzas espalhadas em Half Moon Bay, Califórnia, nos Estados Unidos.
    

 


Pavarotti morreu há dezassete anos...

    
Luciano Pavarotti (Módena, 12 de outubro de 1935 - Módena, 6 de setembro de 2007) foi um cantor (tenor lírico) italiano, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi, dentre outros em seu grande reportório. É reconhecido como um dos tenores que popularizaram mundialmente a ópera.