domingo, agosto 04, 2024

Luiz Melodia morreu há sete anos...

 
Luiz Carlos dos Santos (Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1951 – Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2017), mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba. Filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico, cresceu no morro de São Carlos no bairro do Estácio. Foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis desde 1977 até à sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis (1980)
Começou a sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos. Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho. Lança o seu primeiro LP em 1973, Pérola Negra. No "Festival Abertura", competição musical da Rede Globo, consegue chegar à final com sua canção "Ébano".
Nas décadas seguintes Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows no Brasil e na Europa. Em 1987, apresentou-se em Chateauvallon, na França, e em Berna, Suíça. Em 1992, participou do "III Festival de Música de Folcalquier", na França, e, em 2004, do Festival de Jazz de Montreux, à beira do Lago Leman, onde se apresentou no Auditorium Stravinski, palco principal do festival.
Participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011 (Purabossanova).
Em 2015, ganhou o 26º Prémio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de MPB. Em 31 de maio de 2018, foi confirmado como homenageado póstumo da 29º Prémio da Música Brasileira.

    

 (...)

   

O músico faleceu na madrugada do dia 4 de agosto de 2017, na sequência do agravamento de um mieloma múltiplo, um tipo raro de cancro que acomete a medula óssea. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula (Catumbi).  

 


Na morte de Marilyn...

          

 

Na morte de Marilyn

 
  
Morreu a mais bela mulher do mundo
tão bela que não só era assim bela
como mais que chamar-lhe marilyn
devíamos mas era reservar apenas para ela
o seco sóbrio simples nome de mulher
em vez de marilyn dizer mulher
Não havia no fundo em todo o mundo outra mulher
mas ingeriu demasiados barbitúricos
uma noite ao deitar-se quando se sentiu sozinha
ou suspeitou que tinha errado a vida
ela de quem a vida a bem dizer não era digna
e que exibia vida mesmo quando a suprimia
Não havia no mundo uma mulher mais bela mas
essa mulher um dia dispôs do direito
ao uso e ao abuso de ser bela
e decidiu de vez não mais o ser
nem doravante ser sequer mulher
O último dos rostos que mostrou era um rosto de dor
um rosto sem regresso mais que rosto mar
e toda a confusão e convulsão que nele possa caber
e toda a violência e voz que num restrito rosto
possa o máximo mar intensamente condensar
Tomou todos os tubos que tinha e não tinha
e disse à governanta não me acorde amanhã
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito
Perto de marilyn havia aqueles comprimidos
seriam solução sentiu na mão a mãe
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes
Toda a mulher que era se sentiu toda sozinha
julgou que a não amavam todo o tempo como que parou
quis ser até ao fim coisa que mexe coisa viva
um segundo bastou foi só estender a mão
e então o tempo sim foi coisa que passou.
 

 

in Transporte No Tempo (1973) - Ruy Belo

sábado, agosto 03, 2024

A première da ópera Guilherme Tell foi há 195 anos...!

  
Guillaume Tell ("Guilherme Tell" em francês) é uma ópera em quatro atos do compositor italiano Gioachino Rossini, com um libreto em francês de Etienne de Jouy e Hippolyte Bis, feito a partir da peça Wilhelm Tell, do dramaturgo alemão Friedrich Schiller. Baseada na lenda de Guilherme Tell, esta ópera foi a última do compositor, embora ele tenha vivido mais quarenta anos depois da sua apresentação. A Abertura de Guilherme Tell, com o seu célebre finale, é uma obra importante no reportório de concertos e gravações operísticas.
Embora tenha sido encenada pela primeira vez pela Opéra de Paris, na Salle Le Peletier, a 3 de agosto de 1829, a duração da obra, cerca de quatro horas de música, bem como as suas exigências impostas ao elenco, como o registo alto exigido para o tenor, contribuíram para a dificuldade de produzi-la. Costuma sofrer grandes cortes quando é encenada, e as suas apresentações já foram feitas tanto em francês quanto em italiano.
 

 


Haakon VII, o primeiro rei do moderno estado da Noruega, nasceu há 152 anos

  
Haakon VII (Charlottenlund, 3 de agosto de 1872Oslo, 21 de setembro de 1957), nascido como príncipe Carlos da Dinamarca, foi o Rei da Noruega desde a sua eleição, em 1905, até à sua morte, sendo o primeiro monarca após a dissolução da união pessoal com a Suécia. Ele era membro da Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg. Como um dos poucos monarcas eleitos, Haakon rapidamente ganhou o respeito e afeição do povo e teve papel importante ao unir os noruegueses em resistência a invasão nazi e a subsequente ocupação de cinco anos na Segunda Guerra Mundial.
  
     
Na Noruega, é considerado como um dos maiores noruegueses do século XX, particularmente reverenciado pela sua coragem durante a invasão alemã, ameaçando abdicar caso o governo cooperasse com os invasores, e pela sua liderança e preservação da unidade do país durante o conflito. Viveu até aos 85 anos, reinando 52 anos e sendo sucedido pelo filho Olavo V.
 

Tony Bennett nasceu há 98 anos...

    
Tony Bennett, nome artístico de Anthony Dominick Benedetto, (Nova Iorque, 3 de agosto de 1926Nova Iorque, 21 de julho de 2023), foi um cantor norte-americano de traditional pop standards, show tunes, e jazz, com mais de 70 anos de carreira. Bennett também foi um talentoso pintor, tendo criado obras - sob o nome de Anthony Benedetto - que estão em exposição pública permanente em diversas instituições. Ele foi o fundador da Frank Sinatra School of the Arts em Nova Iorque. Até 2009, já tinha atingido a marca de 50 milhões de discos vendidos, em todo o mundo.
   

 


Saudades de Barros Madeira...

Para recordar Políbio Gomes dos Santos, uma poesia de Nemésio...

(imagem daqui)

À Memória de Políbio Gomes dos Santos

O poeta que morreu entrou agora,
Não se sabe bem onde, mas entrou,
Todo coberto de demora,
No bocado de noite em que ficou.

As ervas lhe desenham
Seu espaço devido:
Depressa, venham
Lê-lo no chão os que o não tenham lido.

Que o sorriso que o veste
Já galga como um potro
As coisas tenebrosas,
E esquecido – só outro:
Este
Nem precisa de rosas.


in Eu, Comovido a Oeste (1940) - Vitorino Nemésio

Martin Sheen comemora hoje 84 anos

        
Martin Sheen (nome artístico de Ramón Gerardo Antonio Estévez; Dayton, 3 de agosto de 1940) é um ator norte-americano, conhecido por suas performances como capitão Willard no filme Apocalypse Now, e também como o fictício presidente dos Estados Unidos Josiah Bartlet na série de televisão The West Wing. Sheen trabalhou com vários diretores de cinema, incluindo Martin Scorsese, Steven Spielberg, Oliver Stone, Francis Ford Coppola, Richard Attenborough, Terrence Malick e Mike Nichols, e venceu prémios como o Golden Globe Awards e o Emmy.
Juntamente com a consagração que recebeu como ator entre a crítica especializada, também se celebrizou pelo seu ativismo. É membro do grupo ambientalista Sea Shepherd Conservation Society. Nascido e criado em Ohio, filho de pais irlandeses e espanhóis (galegos), Sheen também é um cidadão irlandês.
Martin Sheen é pai dos atores Carlos Irwin Estévez (Charlie Sheen), Emilio Estévez, Ramon Estévez e Renée Estévez e é irmão de Joe Estevez, também um ator.
Trabalhou com os seus filhos em algumas oportunidades, com Charlie fez Wall Street, clássico sobre a bolsa de valores, e Cadence, filme que também dirigiu e onde o seu filho Ramon participou, também fez um episódio da série Two and a Half Men, série da qual Charlie tinha o papel principal, interpretando o papel do pai da personagem Rose. Atuou com Renée na série The West Wing e com Emilio nos filmes The Way e Bobby, dirigidos por Emilio. Sheen também fez uma participação na série de jogos eletrónicos, Mass Effect, produzido pela Bioware e publicado pela EA Games. Na série, Martin faz o papel do vilão Illusive Man, e interpretou Ben Parker, o tio do Homem Aranha, em The Amazing Spider-Man. Outros filmes são Gandhi, Os Infiltrados e Prenda-me Se for Capaz.
Sheen protagoniza a série original da Netflix, "Grace and Frankie", no papel de Robert Hanson, desde 2015. 
    

John Landis nasceu há 74 anos

  
John David Landis (Chicago, Illinois, August 3, 1950) is an American film director, comedian, screenwriter, actor, and producer. He is best known for the comedy films that he has directed, such as The Kentucky Fried Movie (1977), National Lampoon's Animal House (1978), The Blues Brothers (1980), An American Werewolf in London (1981), Trading Places (1983), Three Amigos (1986), Coming to America (1988) and Beverly Hills Cop III (1994), and for directing Michael Jackson's music videos for "Thriller" (1983) and "Black or White" (1991). 
   

James Hetfield nasceu há 61 anos

   

James Alan Hetfield (Downey, 3 de agosto de 1963) é um vocalista e guitarrista norte-americano. É o co-fundador e principal compositor da banda de metal Metallica. Em 2004 James foi considerado o segundo melhor guitarrista de heavy metal de todos os tempos pela revista Guitar World e em 2010 considerado pela MusicRadar o 12º melhor vocalista de todos os tempos.

 

 in Wikipédia

 

Colombo partiu, para descobrir um caminho para a Ásia, há 532 anos

 

(imagem daqui)
   
Na noite de 3 de agosto de 1492, Colombo partiu de Palos de la Frontera, com três navios: uma nau maior, Santa María, também apelidada de Gallega, e duas caravelas menores, Pinta e Santa Clara, apelidada de Niña depois pelo seu proprietário, Juan Niño de Moguer. Eram propriedade de Juan de la Cosa e dos irmãos Pinzón (Martín Alonso e Vicente Yáñez), mas os monarcas forçaram os habitantes de Palos a contribuir para a expedição. Colombo navegou inicialmente para as ilhas Canárias, que eram propriedade da Castela, onde reabasteceu as provisões e fez reparações. Em 6 de setembro, partiu de San Sebastián de la Gomera para o que acabou por ser uma viagem de cinco semanas através do oceano.
A terra foi avistada às duas horas da manhã de 12 de outubro de 1492, por um marinheiro chamado Rodrigo de Triana (também conhecido como Juan Rodríguez Bermejo) a bordo de Pinta. Colombo chamou a ilha (no que é agora Bahamas) San Salvador, enquanto os nativos a chamavam Guanahani. Exatamente qual era a ilha nas Bahamas é um assunto não resolvido. As candidatas principais são Samana Cay, Plana Cays e San Salvador (assim chamada em 1925, na convicção de que era a San Salvador de Colombo). Os indígenas que encontrou, os lucaians, taínos ou aruaques, eram pacíficas e amigáveis. Desde a entrada em 12 de outubro de 1492 em seu diário, Colombo escreveu sobre eles: "Muitos dos homens que já vi têm cicatrizes em seus corpos, e quando eu fazia sinais para eles para descobrir como isso aconteceu, eles indicavam que pessoas de outras ilhas vizinhas chegavam a San Salvador para capturá-los e eles se defendiam o melhor possível. Acredito que as pessoas do continente vêm aqui para tomá-los como escravos. Devem servir como ajudantes bons e qualificados, pois eles repetem muito rapidamente o que lhes dizemos. Acho que eles podem muito facilmente ser cristãos, porque eles parecem não ter nenhuma religião. Se for do agrado de nosso Senhor, vou tomar seis deles de Suas Altezas quando eu partir, para que possam aprender a nossa língua." Observou que a falta de armamento moderno e até mesmo espadas e lanças forjadas de metal era uma vulnerabilidade tática, escrevendo: "Eu poderia conquistar a totalidade deles com 50 homens e governá-los como quisesse." Colombo também explorou a costa nordeste de Cuba, onde desembarcaram em 28 de outubro (segundo os próprios cubanos o nome é derivado da palavra Taíno, "cubanacán", significando "um lugar central"), e o litoral norte de Hispaniola, em 5 de dezembro. Aqui, o Santa Maria encalhou na manhã do natal de 1492 e teve de ser abandonado. Foi recebido pelos cacique nativo Guacanagari, que lhe deu permissão para deixar alguns de seus homens para trás. Colombo deixou 39 homens e fundou o povoado de La Navidad no local da atual Môle Saint-Nicolas, Haiti. Antes de retornar à Espanha, Colombo também sequestrou entre 10 a 25 nativos e os levou de volta com ele. Apenas sete ou oito dos índios nativos chegaram à Espanha vivos, mas eles causaram forte impressão em Sevilha.
     

A baronesa P. D. James nasceu há 104 anos

     
Phyllis Dorothy James, Baronesa James de Holland Park, (Oxford, 3 de agosto de 1920 - Oxford, 27 de novembro de 2014) foi uma escritora britânica de ficção policial que usou o nome de P. D. James ao assinar as suas obras. Foi membro da Câmara dos Lordes sob o título de Baronesa James de Holland Park.
É reconhecida como uma das escritoras que mais influenciaram o género literário do romance de mistério, sendo especialmente notável a forma como caracteriza as suas personagens e a sua habilidade em construir atmosferas plenas de detalhes.
  
Biografia
Phyllis Dorothy James nasceu a 3 de agosto de 1920 em Oxford, Inglaterra, filha de Sidney James, um fiscal. Deixou a escola, a Cambridge Girls' High School, aos 16 anos. Durante a guerra, casou com Ernest Connor Bantry White, médico, de quem teve duas filhas. James deu à segunda filha o nome da sua autora preferida: Jane Austen. Em 1948, diagnosticou-se uma esquizofrenia a Ernest, que passou longos períodos hospitalizado, até ficar definitivamente internado até à sua morte, em 1964.
James trabalhou na direção do North West Regional Hospital em Londres de 1949 a 1968 e depois no Ministério do Interior, no departamento da Polícia Criminal. James tem dois protagonistas principais: a jovem detetive privada Cordelia Gray e Adam Dalgliesh, inspetor-chefe da Scotland Yard, de meia-idade, que surge pela primeira vez em 1962 no romance Cover Her Face (O Enigma de Sally Jump).
James ganhou vários prémios: Silver Dagger 1971 para Shroud for a Nightingale (Mortalha para Uma Enfermeira), Silver Dagger 1975 para The Black Tower, Silver Dagger 1986 e International Macavity Award em 1987 para A Taste for Death (O Gosto da Morte), Diamond Dagger 1987 pela carreira literária e Grand Master Award 1999.
Em 1983 foi distinguida com a Ordem do Império Britânico. Foi igualmente nomeada Par do Reino, com assento na Câmara dos Lordes, recebendo o título de Baronesa James de Holland Park. Em 1992 foi distinguida com o doutoramento em literatura pela Universidade de Buckingham e em 1993 pela Universidade de Londres. Foi membro da Royal Society of Literature.
Alguns dos seus romances foram adaptados à televisão em 1985 e 1986.
James faleceu na sua casa, em Oxford, a sua cidade de nascimento, a 27 de novembro de 2014, três anos depois a publicação da sua ultima obra, Morte em Pemberley.


Salazar caiu da cadeira há 56 anos...

    
António de Oliveira Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de abril de 1889 - Lisboa, 27 de julho de 1970) foi um estadista nacionalista português que, além de chefiar diversos ministérios, foi presidente do Conselho de Ministros do governo ditatorial do Estado Novo e professor catedrático de Economia Política, Ciência das Finanças e Economia Social da Universidade de Coimbra. Foi nomeado doutor honoris causa, em 1940, pela Universidade de Oxford.
Nascido no seio de uma família humilde de pequenos proprietários agrícolas, o seu percurso no Estado português iniciou-se quando foi escolhido pelos militares para Ministro das Finanças durante um curto período de duas semanas, na sequência da Revolução de 28 de maio de 1926. Foi substituído pelo comandante Filomeno da Câmara de Melo Cabral após o golpe do general Gomes da Costa. Posteriormente, foi de novo Ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas. Ficou também para a história como o estadista que mais tempo governou Portugal, desempenhando funções em ditadura entre 1932 e 1933, e de forma autoritária, desde o início da segunda república até ser destituído em 1968.
Figura de destaque e promotor do Estado Novo (1933–1974) e da sua organização política, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal como presidente do Ministério de forma ditatorial entre 1932 e 1933 e, como Presidente do Conselho de Ministros entre 1933 e 1968. Os autoritarismos e nacionalismos que surgiam na Europa foram uma fonte de inspiração para Salazar em duas frentes complementares: a da propaganda e a da repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT e da Mocidade Portuguesa, o Estado Novo procurava assegurar a doutrinação de largas massas da população portuguesa ao estilo do fascismo, enquanto que a sua polícia política (PVDE, posteriormente PIDE e mais tarde ainda DGS), em conjunto com a Legião Portuguesa, combatiam os opositores do regime que, eram julgados em tribunais especiais (Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, Tribunais Plenários).
Inspirado no fascismo e apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de ação económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de protecionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grandes impactos positivos e negativos durante todo o período em que exerceu funções.

(...)
 
O princípio do fim de Salazar começou a 3 de agosto de 1968, no Forte de Santo António, no Estoril. A queda de uma cadeira de lona, deixada em segredo primeiro, acabou por ditar o seu afastamento do Governo.
António de Oliveira Salazar preparava-se para ser tratado pelo calista Hilário, quando se deixou cair para uma cadeira de lona. Com o peso, a cadeira cedeu e o chefe do Governo caiu com violência, sofrendo uma pancada na cabeça, nas lajes do terraço do forte onde anualmente passava as férias, acompanhado pela governanta D. Maria de Jesus. Levantou-se atordoado, queixou-se de dores no corpo, mas pediu segredo sobre a queda e não quis que fossem chamados médicos, segundo conta Franco Nogueira. Outra testemunha, o barbeiro Manuel Marques, contraria esta tese. Segundo ele, Salazar não caiu na cadeira, que estava fora do lugar, mas tombou no chão desamparado. Segundo Marques, Salazar costumava ser distraído e tinha o hábito de «saltar para as cadeiras». Nesse dia, preparando-se para ler o jornal, caiu onde habitualmente estava uma cadeira, mas que nesse dia tinha sido movida. Ainda outra testemunha diz que Salazar não caiu de uma cadeira, e sim de uma banheira, testemunha essa que acompanhou Salazar da casa de banho até ao quarto no dia do sucedido.
A vida de António de Oliveira Salazar prosseguiu normalmente e só três dias depois é que o médico do Presidente do Conselho, Eduardo Coelho, soube do sucedido. Só 16 dias depois, a 4 de setembro, Salazar admite que se sente doente: «Não sei o que tenho». A 6 de setembro, à noite, sai um carro de São Bento. Com o médico, Salazar e, no lugar da frente, o diretor da PIDE, Silva Pais. Salazar é internado no Hospital de São José e os médicos não se entendem quanto ao diagnóstico − hematoma intra-craniano ou trombose cerebral −, mas concordam que é preciso operar, o que acontece a 7 de setembro.
Salazar foi afastado do governo em 27 de setembro de 1968, quando o então presidente da república, Américo Tomás, chamou Marcello Caetano para substituí-lo. A 4 de outubro desse ano (na véspera do 58.º aniversário da implantação da república) recebeu o grande-colar da Ordem do Infante D. Henrique. Até morrer, em 1970, continuou a receber visitas como se fosse ainda Presidente do Conselho, nunca manifestando sequer a suspeita de que já o não era − no que não era contrariado pelos que o rodeavam.
      

Stephen Carpenter, guitarrista dos Deftones, nasceu há 54 anos

      
Stephen (Stef) Carpenter (Sacramento, California, August 3, 1970) is an American musician known as the co-founder and lead guitarist of the rock band Deftones.
His guitar technique makes use of both ringing open strings and dissonant chord voicings, as well as stock power chords in polyrhythms. Carpenter began his musical career with Deftones playing the traditional six-string guitar. After becoming influenced by such bands as Fear Factory and Meshuggah, he began playing a seven-string guitar in the late 1990s. After Deftones' third album White Pony, subsequent releases would be written with seven-strings, until 2010's Diamond Eyes and 2012's Koi No Yokan, which were written with an eight-string guitar. Starting with 2020's Ohms, songs have been written with nine-string guitars. Carpenter was ranked 60th in Guitar World's The 100 Greatest Metal Guitarists poll.
    

O primeiro ditador da Guiné Equatorial foi derrubado pelo sobrinho (e atual ditador...) há 45 anos

 
Referéndum de Autonomía de Guinea Ecuatorial en 1963
   
El 15 de diciembre de 1963, el Gobierno español sometió a referéndum entre la población de estas dos provincias un proyecto de Bases sobre Autonomía, que fue aprobado por abrumadora mayoría. En consecuencia, estos territorios fueron dotados de autonomía, adoptando oficialmente el nombre de Guinea Ecuatorial, con órganos comunes a todo el territorio (Asamblea General, Consejo de Gobierno y Comisario General) y organismos propios de cada provincia. Aunque el comisionado general nombrado por el gobierno español tenía amplios poderes, la Asamblea General de Guinea Ecuatorial tenía considerable iniciativa para formular leyes y regulaciones. Su primer y único presidente fue Bonifacio Ondó Edu.
En noviembre de 1965, la IV Comisión de la Asamblea de la ONU, aprobó un proyecto de resolución en el que se pedía a España que fijase lo antes posible la fecha para la independencia de Guinea Ecuatorial. En diciembre de 1966 el Consejo de Ministros del Gobierno español acordó preparar la Conferencia Constitucional. En octubre de 1967 se inauguró dicha Conferencia, presidida por Fernando María Castiella, ministro español de Asuntos Exteriores; al frente de la delegación guineana figuraba Federico Ngomo.
   
Proclamación de la independencia (1968)
En marzo de 1968, bajo la presión de los nacionalistas ecuatoguineanos y de las Naciones Unidas, España anunció que concedería la independencia. Se formó una Convención Constituyente que produjo una ley electoral y un borrador de constitución. Terminada la segunda fase de la Conferencia Constitucional (17 de abril - 22 de junio de 1968) se llevó a cabo la consulta. El referéndum sobre la constitución se produjo el 11 de agosto de 1968, bajo la supervisión de un equipo de observadores de las Naciones Unidas. Un 63% del electorado votó a favor de la nueva constitución, que preveía un gobierno con una Asamblea General y un Tribunal Supremo con jueces nombrados por el presidente.
El 22 de septiembre se celebraron las primeras elecciones presidenciales y ninguno de los cuatro candidatos obtuvo mayoría absoluta. Una semana después fue elegido presidente de Guinea Ecuatorial Francisco Macías Nguema; su inmediato seguidor en la elección fue Bonifacio Ondó Edu.
En septiembre de 1968, Francisco Macías Nguema fue elegido primer presidente de Guinea Ecuatorial con el apoyo de movimientos nacionalistas como el IPGE (Idea Popular de la Guinea Ecuatorial), parte del MONALIGE (Movimiento Nacionalista de Liberación de Guinea Ecuatorial) y la Unión Bubi. La independencia de Guinea Ecuatorial se proclamó el 12 de octubre de 1968. El país adoptó el nombre de República de Guinea Ecuatorial. Fue admitida en la ONU como miembro 126 de la Organización.
    
Crisis de 1969
En enero de 1969, el líder de la oposición a Macías, Bonifacio Ondó Edu, que estaba sometido a arresto domiciliario, fue asesinado. Aumentó la inestabilidad en el país.
En marzo de 1969, Macías anunció que había dominado un intento de golpe de estado encabezado por el opositor Atanasio Ndongo (las versiones varían: aunque algunos autores aseguran que nunca había existido, otros afirman que el intento se produjo). El presidente ecuatoguineano aprovechó este pretexto para acabar con toda la oposición e instaurar una siniestra dictadura. Los seguidores de Atanasio Ndongo fueron arrestados o asesinados. El fallido golpe o falso golpe generó una ola de indignación popular antiespañola (estimulada por el gobierno), por lo que la comunidad española se sintió amenazada. Toda esta situación se tradujo en una crisis diplomática entre España y Guinea Ecuatorial.
El 28 de marzo de 1969 se reembarcaron las tropas españolas estacionadas en Río Muni. Ocurrirá lo mismo el 5 de abril abandonando la isla de Fernando Poo. La presencia española en Guinea Ecuatorial había terminado.
   
La dictadura de Macías (1970 - 1979)
Macías no tardó mucho en concentrar en su persona todos los poderes del Estado y en julio de 1970 creó un régimen de partido único, el PUNT (Partido Único Nacional de los Trabajadores); la República Popular China envió al país a 400 expertos (médicos, ingenieros y constructores), y asistencia económica. La Unión Soviética envió material armamentístico y consejeros militares, recibiendo a cambio derechos de pesca y derechos de uso del puerto de San Carlos de Luba. En mayo de 1971 partes cruciales de la Constitución fueron abrogadas. Con Cuba se firmó un Acuerdo de cooperación educativa a finales de 1971, y Corea del Norte empezó a enviar instructores militares para las milicias creadas por Macías y para la Guardia Nacional. El uniforme de las Milicias y las Juventudes del PUNT pasó a ser semejante al de los Guardias rojos maoístas y el presidente mandó quemar todos los libros editados en occidente, así como las bibliotecas que databan de la época colonial en un remedo de la Revolución Cultural china (1966-1976); y en julio de 1972 se autoproclamó presidente vitalicio.
A principios de 1973, todos los sacerdotes católicos y protestantes, extranjeros o no, fueron puestos bajo arresto domiciliario, iniciándose igualmente una persecución de los creyentes en esas religiones, bajo la forma de delito de subversión, castigado con una multa de 1.000 pesetas guineanas y la obligación de hacer una declaración afirmando que “Dios no existe”.
      
   
El "Golpe de la Libertad" y el Consejo Militar Supremo
El 3 de agosto de 1979, Macías fue derrocado por un golpe de estado dirigido por un grupo de oficiales salidos de la Academia Militar de Zaragoza, entre los que se encontraba Eulogio Oyó Riqueza, y liderado por el sobrino de Macías, el teniente general Teodoro Obiang, el cual había sido alcaide de la prisión de Black Beach. Este grupo se constituyó en un Consejo Militar Revolucionario presidido por el propio Obiang.
Las islas fueron renombradas como Bioko (antes "Isla de Macías Nguema Biyogo") y Annobón (antes "Isla de Pagalú"). El nuevo régimen tenía ante sí una labor ingente: las arcas del estado estaban vacías y la población era apenas un tercio de la que había en el momento de la independencia.
El 25 de agosto se disolvió el PUNT y el Consejo Militar Revolucionario pasó a llamarse Consejo Militar Supremo. Macías fue juzgado, condenado a pena de muerte y ejecutado el 29 de septiembre de 1979. También la Constitución de Guinea Ecuatorial de 1973 fue abolida.
El 12 de octubre de 1979 Teodoro Obiang se autoproclamó presidente del país. España y el país africano firmaron un Tratado de Amistad y Cooperación en octubre de 1980.
   

O poeta Alexandre Pinheiro Torres morreu há vinte e cinco anos...

(imagem daqui)

  

Alexandre Maria Pinheiro Torres (Amarante, 27 de dezembro de 1921Cardiff, 3 de agosto de 1999) foi um escritor, historiador de literatura, crítico literário português do movimento neo-realista.

Filho de João Maria Pinheiro Torres e de Margarida Francisca da Silva Pinheiro Torres, estudou na Universidade do Porto, onde se bacharelou em Ciências Físico-Químicas. Mais tarde, na Universidade de Coimbra, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas.

Foi um dos fundadores da revista A Serpente.

Enquanto residia em Coimbra, conviveu em com diversos poetas da sua época. Esse grupo de poetas tiveram parte das suas obras poéticas reunidas no Novo Cancioneiro.

Foi professor do ensino secundário até ao momento em que foi obrigado a exilar-se no Brasil. A partir de 1965 esse exílio foi continuado em Cardiff (País de Gales), onde foi professor na Faculdade de Cardiff.

O exílio de Pinheiro Torres foi consequência de ter sido proibido de ensinar em Portugal, pelo regime salazarista. Essa proibição foi consequência de o escritor, quando convidado pela Sociedade Portuguesa de Escritores para fazer parte em 1965 do júri do Grande Prémio de Ficção, ter querido atribuir esse prémio à obra “Luuanda” de Luandino Vieira, que estava preso no Tarrafal em Cabo Verde pela prática de crimes políticos. Com efeito, Alexandre Pinheiro Torres chegou a ser detido e interrogado no Aljube, na sequência destes acontecimentos. Este exílio só seria quebrado quando regressava a Portugal em férias ou de passagem.

De acordo com Eunice Cabral, na recensão que fez ao romance «Vai Alta a Noite» em 1997 para o jornal Público, este momento terá marcado profundamente a obra de Pinheiro Torres, que terá passado a perfilhar abertamente uma posição crítica do Estado Novo e da sociedade portuguesa. Em todo o caso, a autora Agustina Bessa-Luís, conterrânea e conhecida de Pinheiro Torres, concordando com a autora, fez a obtemperação de que noutras obras de ficção, particularmente no «Adeus às Virgens», aquele não deixou de transparecer um saudosismo ternurento pela terra-natal.

Na Universidade de Cardiff, em 1970, criou a disciplina “Literatura Africana de Expressão Portuguesa”. Foi a primeira universidade inglesa a ter essa disciplina. Em 1976 fundou um departamento designado por “Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros”.

Ao longo da sua vida traduziu Hemingway e de D. H. Lawrence.

A Sociedade Portuguesa de Autores fez, em 27 de novembro de 1997, uma sessão solene de homenagem comemorando os 50 anos de vida literária do escritor. 

 

in Wikipédia

 

 

Convite para as trevas

 

Enchamos de vozes este túnel vazio
e sentemo-nos a uma mesa invisível
convidando os seres que nos falam, tímidos das trevas,
a tomarem lugar e a ganharem coragem.

Nós é que estamos sós nesta floresta de egoísmos,
nós é que estamos nas trevas, como espíritos,
crendo-nos, infantilmente, corpos palpáveis,
nós, balões garrados diluindo-se entre nuvens!...

Os outros, os que já pereceram, mas vivem algures,
não entre anjos ou diabos, ou anjos-diabos ou diabos-anjos,
mas entre a névoa criada pelo bafo da nossa respiração,
os outros é que conhecem o significado da palavra irmandade.

Esses é que fatigados do seu mundo se fazem adivinhar por vezes,
para que nós os chamemos e os convidemos, deste túnel de vazio,
a sentarem-se a uma mesa invisível,
e a ganharem coragem para estar entre os vivos.



in Novo Génesis (1950) - Alexandre Pinheiro Torres

Elisabeth Schwarzkopf morreu há dezoito anos...

Elisabeth Schwarzkopf em 1958
    
Elisabeth Schwarzkopf (Jarotschin, 9 de dezembro de 1915 - Schruns, 3 de agosto de 2006) foi uma cantora de ópera alemã, uma das principais sopranos, do período pós-Segunda Guerra Mundial, alvo de grande admiração pelas suas interpretações de Mozart, Schubert, Strauss e Wolf.
   

 


Alexander Soljenítsin morreu há 16 anos...

      
Alexander Issaiévich Soljenítsin (Kislovodsk, 11 de dezembro de 1918 - Moscovo, 3 de agosto de 2008) foi um romancista, dramaturgo e historiador russo cujas obras consciencializaram o mundo quanto aos gulags, sistema de campos de trabalhos forçados existente na antiga União Soviética. Recebeu, sem poder ir a cerimónia, o Nobel de Literatura de 1970. A sua postura crítica sobre o que considerava o esmagamento da liberdade individual pelo estado omnipresente e totalitário implicou a expulsão do autor do país natal e a retirada da respetiva nacionalidade, em 1974.
Alexander Soljenítsin nasceu em Kislovodsk, pequena cidade do sul da Rússia, numa região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, filho póstumo de Isaac Soljenítsin, um oficial do exército imperial, e da sua jovem viúva, Taisia Soljenítsina. O seu avô materno havia superado as suas origens humildes e adquirido uma grande propriedade na região de Kuban, no sopé da grande cadeia de montanhas do Cáucaso. Durante a Primeira Guerra Mundial, Taisia fora estudar em Moscovo, onde conhecera o seu futuro marido. Soljenítsin relataria vividamente a história de sua família nas suas obras "Agosto de 1914" e "A Roda Vermelha".
Em 1918 Taisia encontrou-se grávida, mas pouco depois receberia a notícia da morte do seu marido num acidente de caça. Esse facto, o confisco da propriedade do seu avô pelas novas autoridades comunistas, e a Guerra Civil Russa disputada ao redor, levaram às circunstâncias bastante modestas da infância de Aleksandr. Mais tarde ele diria que a sua mãe lutava pela mera sobrevivência, e que os elos do seu pai com o antigo regime tinham que ser mantidos em segredo. O menino exibia conspícuas tendências literárias e científicas, que a sua mãe incentivava como bem podia. Esta viria a falecer no final de 1939.
Soljenítsin estudou Matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo cursando por correspondência o Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscovo. Durante a Segunda Guerra Mundial participou de ações importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.
Algumas semanas antes do fim do conflito, já havendo alcançado território alemão na Prússia Oriental, foi preso por agentes da NKVD, por fazer alusões críticas a Estaline em correspondência enviada a um amigo. Foi condenado a oito anos num campo de trabalhos forçados, a serem seguidos por exílio interno  perpétuo.
A primeira parte da pena de Soljenítsin foi cumprida em vários campos de trabalhos forçados; a "fase intermédia", como ele viria a referir-se a esta época, passou-a em uma sharashka, um instituto de pesquisas onde os cientistas e outros colaboradores eram prisioneiros. Dessas experiências surgiria o livro "O Primeiro Círculo", publicado no exterior em 1968. Em 1950 foi enviado a um "campo especial" para prisioneiros políticos em Ekibastuz, Cazaquistão onde trabalharia como pedreiro, mineiro e metalúrgico. Esta época inspiraria o livro "Um Dia na Vida de Ivan Denisovich". Neste campo retiraram-lhe um tumor, mas o seu cancro não chegou a ser diagnosticado.
A partir de março de 1953, iniciou a pena de exílio perpétuo em Kol-Terek, no sul do Cazaquistão. O seu cancro, ainda não detetado, continuou a espalhar-se, e no fim do ano, Soljenítsin encontrava-se próximo da morte. Porém, em 1954, finalmente recebeu tratamento adequado em Tashkent, Uzbequistão, e curou-se. Estes eventos formaram a base de " O Pavilhão dos Cancerosos".
Durante os seus anos de exílio, e após a sua libertação e retorno à Rússia europeia, Soljenítsin, enquanto lecionava em escolas secundárias durante o dia, passava as noites a escrever em segredo. Mais tarde, na breve autobiografia que escreveria ao receber o Nobel de Literatura, relataria que "durante todos os anos, até 1961, eu não estava apenas convencido que sequer uma linha por mim escrita jamais seria publicada durante a minha vida, mas também raramente ousava permitir que os meus íntimos lessem o que eu havia escrito, por medo de que o facto se tornasse conhecido".
Publicou ainda nos EUA uma obra sobre um gigantesco tabu que é a proeminência dos judeus russos no Partido Comunista e na polícia secreta soviética, sendo apelidado de antissemita e desmoralizado no seu exílio.
Soljenítsin regressou à Rússia a 27 de maio de 1994, depois de vinte anos de exílio e morreu em Moscovo a 3 de agosto de 2008, segundo o seu filho, em consequência de uma insuficiência cardíaca aguda.
Encontra-se sepultado no Cemitério do Mosteiro de Donskoi, em Moscovo, na Rússia.