quinta-feira, novembro 11, 2021

Gonçalo Ribeiro Telles morreu há um ano...

     
Gonçalo Pereira Ribeiro Telles  (Lisboa, 25 de maio de 1922 - Lisboa, 11 de novembro de 2020), conhecido como Gonçalo Ribeiro Telles, foi um arquiteto paisagista, ecologista e político português.
Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I (Adelino da Palma Carlos), II e III (Vasco Gonçalves) Governos Provisórios. Foi Ministro de Estado e da Qualidade de Vida do VII Governo Constitucional (AD, Francisco Pinto Balsemão), de 1981 a 1983.
     
Percurso académico e profissional
Iniciou a sua vida profissional nos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, ao mesmo tempo que lecionava no ISA, tornando-se discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da arquitetura paisagista em Portugal. Com este professor, publicará o livro A Árvore em Portugal, obra de referência sobre as espécies arbóreas existentes no nosso País.
Na Câmara de Lisboa integrou, desde 1951 até 1953, a Repartição de Arborização e Jardinagem, passando em 1955 a arquiteto paisagista do Gabinete de Estudos de Urbanização da CML, dirigido pelo engenheiro Guimarães Lobato, onde permaneceu até 1960
De 1971 a 1974 dirigiu, igualmente enquanto arquiteto paisagista, o Setor de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação.
O projeto mais marcante da sua carreira é, provavelmente, o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e que lhe valeu, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975.
Mas, também na capital, merece destaque o conjunto de projetos que concebeu, entre 1998 a 2002, por solicitação da Câmara Municipal, das estruturas verdes principal e secundária da Área Metropolitana de Lisboa, e que se encontram hoje em diferentes fases de implementação: o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
Entre os seus restantes projetos, cabe ainda assinalar o espaço público do Bairro das Estacas, em Alvalade; os jardins da Capela de São Jerónimo, no Restelo; a cobertura vegetal da colina do Castelo de São Jorge; o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII, projetado em 1996.
Na qualidade de professor catedrático convidado, lecionou na Universidade de Évora, onde criou na década de 1990 as licenciaturas em Arquitetura Paisagista e em Engenharia Biofísica.
Em abril de 2013 foi galardoado com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, a mais importante distinção internacional no âmbito da arquitetura paisagista.
  
Atividade política e pública 
Gonçalo Ribeiro Telles iniciou a sua intervenção pública como membro da Juventude Agrária e Rural Católica, estrutura juvenil ligada à Acção Católica Portuguesa.
Em 1945, participou na fundação do Centro Nacional de Cultura, da qual é hoje o associado número um, e ainda Presidente da Assembleia Geral, em cujas sessões acentuou a sua oposição ao regime de Salazar.
Com Francisco Sousa Tavares, fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares.
Em 1958, manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado.
Em 1959, encontra-se entre os signatários da Carta a Salazar sobre os serviços de repressão.
Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes.
Em 1969, integra a Comissão Eleitoral Monárquica, que se junta às listas da Acção Socialista Portuguesa, de Mário Soares, na coligação Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), liderada por Soares, para concorrer à Assembleia Nacional. Não seria eleito, tal como os restantes membros das listas da oposição democrática. Em 1971, ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica, reunião de três movimentos da resistência monárquica: o Movimento Monárquico Popular, a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, com Francisco Rolão Preto, Henrique Barrilaro Ruas, João Camossa de Saldanha, Augusto Ferreira do Amaral, Luís Coimbra, entre outros, fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Diretório presidiu. Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares.
Em 1979, alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República, consecutivamente, nas legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983, integra o VIII Governo Constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante o seu ministério, assume um papel preponderante no estabelecimento de um regime sobre o uso da terra e o ordenamento do território, ao criar as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Diretor Municipal.
Enquanto deputado na Assembleia da Republica teve responsabilidades nas propostas da Lei de Bases do Ambiente, da Lei da Regionalização, da Lei Condicionante da Plantação de Eucaliptos, da Lei dos Baldios, da Lei da Caça, e da Lei do Impacte Ambiental.
Em 1984, após sair do governo e já afastado do PPM, fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a eleição como vereador. Em 1985, regressa à Assembleia da República, agora como deputado independente, eleito nas listas do Partido Socialista (PS). Em 1993, fundou o Movimento o Partido da Terra, MPT, cuja presidência abandonou em 2007.
Em 2010, integrando a Plataforma Cidadania e Casamento, manifestou-se publicamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, recentemente legalizado em Portugal.
Em 2009 e 2013, apoiou a candidatura encabeçada por António Costa nas eleições autárquicas para o Município de Lisboa.
Em 2016, no festival de cinema IndieLisboa, foi apresentado o documentário A Vossa Terra - paisagens de Gonçalo Ribeiro Teles, do realizador João Mário Grilo.
   
Condecorações
   

quarta-feira, novembro 10, 2021

Saudades de Mama Africa...

Ennio Morricone nasceu há 93 anos

    
Ennio Morricone (Roma, 10 de novembro de 1928 – Roma, 6 de julho de 2020) foi um compositor, arranjador e maestro italiano que escreveu músicas em diversos estilos. Ao longo da sua carreira foi responsável pela composição e arranjo de mais de 500 filmes e programas de televisão.
Morricone escreveu algumas das bandas sonoras mais conhecidas dos western spaghetti do cineasta Sergio Leone: Per un pugno di dollari (Por um Punhado de Dólares), de 1964, Per qualche dollaro in più (Por mais alguns dólares), de 1965, Il buono, il brutto, il cattivo (O Bom, o Mau e o Vilão), de 1966, e Once Upon a Time in the West (Era uma Vez no Oeste), de 1968. As suas composições mais recentes incluem as bandas sonoras de Once Upon a Time in America (Era uma vez na América), de 1984, The Mission (A Missão), de 1986, The Untouchables (Os Intocáveis), de 1987, Nuovo cinema Paradiso (Cinema Paradiso), de 1988, Lolita, de 1997, Malèna, de 2000, e Inglorious Basterds (Sacanas Sem Lei), de 2009.
   

 


Getúlio Vargas instituiu o Estado Novo (ou Terceira República Brasileira) há 84 anos

 
O Estado Novo ou Terceira República Brasileira foi o regime político brasileiro fundado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 31 de janeiro de 1946. Era caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e pelo seu autoritarismo. É parte do período da história do Brasil conhecido como Era Vargas.
Em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo num pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o regime tinha como objetivo "reajustar o organismo político às necessidades económicas do país".
Após a Constituição de 1937, Vargas consolidou o seu poder. O governo implementava a censura à imprensa e a propaganda era coordenada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Também houve forte repressão do comunismo, amparada pela "Lei de Segurança Nacional", que impediu movimentos revolucionários, como a Intentona Comunista de 1935, durante todo o período.
  

Roy Scheider nasceu há 89 anos

   
Estudou no Franklin & Marshall College, em Lancaster, na Pensilvânia. A sua carreira no cinema começou em 1964, no filme The Curse of the Living Corpse. A seguir fez Star! (1968), Paper Lion (1968), Stiletto (1969) e Puzzle of a Downfall Child (1970).
   

Greg Lake nasceu há 74 anos

   
Greg Lake (Poole, 10 de novembro de 1947Dorset, 7 de dezembro de 2016) foi um músico inglês, membro fundador dos King Crimson e dos Emerson, Lake & Palmer. Algumas das mais conhecidas canções dos ELP são da sua autoria, como "Lucky Man", "The Sage", From the Beginning" e "Still... You Turn Me On".

 


Mário Viegas nasceu há 73 anos

(imagem daqui)

António Mário Lopes Pereira Viegas (Santarém, 10 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de abril de 1996) foi um actor, encenador e recitador português.
Reconhecido como um dos melhores actores da sua geração, despertou para o teatro ainda aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Daí passou para a Escola de Teatro do Conservatório Nacional, tendo a sua estreia profissional no Teatro Experimental de Cascais.
Foi fundador de três companhias teatrais (a última das quais a Companhia Teatral do Chiado) e actuou em Moçambique, Macau, Brasil, Países Baixos e Espanha. Notabilizou-se como encenador, tendo dirigido obras de autores clássicos como Samuel Beckett, Eduardo De Filippo, Anton Tchekov, August Strindberg, Luigi Pirandello ou Peter Shaffer. Pela sua actividade foi distinguido, diversas vezes, pela Casa da Imprensa, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e pela Secretaria de Estado da Cultura, que lhe atribuiu o Prémio Garrett (1987). No estrangeiro foi premiado no Festival de Teatro de Sitges (1979), com a peça D. João VI de Hélder Costa, e no Festival Europeu de Cinema Humorístico da Corunha (1978), com filme O Rei das Berlengas de Artur Semedo. O seu último êxito teatral foi a peça Europa Não! Portugal Nunca (1995).

A Revolução Húngara de 1956 terminou há sessenta e cinco anos...

 

O símbolo da revolução: a Bandeira da Hungria com o emblema comunista cortado

 

A Revolução Húngara de 1956 (em húngaro: 1956-os forradalom) foi uma revolta popular espontânea contra as políticas impostas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956.

A revolta começou como uma manifestação estudantil que atraiu milhares que marcharam pelo centro de Budapeste até o parlamento. Uma delegação de estudantes entrando no prédio da Rádio Free Europe numa tentativa de transmitir as suas demandas, mas foi detida. Quando a libertação da delegação foi exigida pelos manifestantes do lado de fora, eles foram alvejados pela Autoridade de Proteção de Estado (ÁVH) de dentro do prédio. As notícias espalharam-se rapidamente e a desordem e violência irromperam por toda a capital.
A revolta espalhou-se rapidamente por toda a Hungria e o governo caiu. Milhares organizaram-se em milícias, combatendo a Polícia de Segurança do Estado (ÁVH) e as tropas soviéticas. Comunistas pro-soviéticos e membros da ÁVH eram frequentemente executados ou aprisionados, enquanto os antigos prisioneiros eram libertados e armados. Conselhos improvisados tiraram o controle municipal do Partido dos Trabalhadores Húngaros e exigiram verdadeiras mudanças políticas. O novo governo dissolveu formalmente a ÁVH, declarou a sua intenção de se retirar do Pacto de Varsóvia e prometeu restabelecer eleições livres. No final de outubro, as lutas tinham quase parado e um senso de normalidade começava a retornar.
Depois de anunciar a boa vontade para negociar uma retirada das forças soviéticas, o Politburo mudou de ideia e decidiu suprimir a revolução. A 4 de novembro, um grande exército soviético invadiu Budapeste e outras regiões do país. A resistência húngara continuou até 10 de novembro. Mais de 2.500 soldados húngaros e cerca de 700 soldados soviéticos foram mortos no conflito, tendo 200.000 húngaros fugido, passando a ser refugiados. Prisões em massa e denúncias continuaram durante meses. Em janeiro de 1957, o novo governo soviético instalado suprimiu toda a oposição pública. Essas ações soviéticas fizeram duvidar das suas convicções muitos marxistas ocidentais, ainda mais pelo brutal reforço do controle soviético na Europa Central.
Discussões públicas sobre essa revolução foram reprimidas na Hungria durante trinta anos, mas desde os anos 80 ela tem sido objeto de intenso estudo e debate. Na inauguração da Terceira República da Hungria, em 1989, o dia 23 de outubro foi declarado feriado nacional.
   
   

Lutero nasceu há 538 anos

    
Martinho Lutero, em alemão Martin Luther, (Eisleben, 10 de novembro de 1483 - Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um sacerdote católico agostiniano e professor de teologia germânico que foi figura central da Reforma Protestante, que ficando contra os conceitos da Igreja Católica, veementemente contestou a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgências Johann Tetzel com as suas 95 Teses em 1517. A sua recusa em retirar os seus escritos a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521 resultou na sua excomunhão pelo Papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Antigo.
Lutero ensinava que a salvação não se consegue com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça, através da fé em Jesus como único redentor do pecador. Apesar disso, em suas teses não negava a necessidade da confissão, considerando-a necessária para o perdão da falta A sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um sacerdócio santo. Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamados luteranos.
A sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim,  fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de traduzir, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James. Os seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas. O seu casamento com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimónio de padres protestantes.
Em seus últimos anos, Lutero tornou-se algo antissemita, chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruídas e as suas sinagogas queimadas, dinheiro confiscado e liberdade cerceada. Essas afirmações fizeram de Lutero uma figura controversa entre muitos historiadores e estudiosos.
       
 

Música adequada à data...!

Poema musicado de poeta que nos deixou nesta data...

 

Soy Loco Por Ti, América - Caetano Veloso

Soy loco por ti, América
Yo voy traer una mujer playera
Que su nombre sea Marti
Que su nombre sea Marti...

Soy loco por ti de amores
Tenga como colores
La espuma blanca
De Latinoamérica
Y el cielo como bandera
Y el cielo como bandera...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...

Sorriso de quase nuvem
Os rios, canções, o medo
O corpo cheio de estrelas
O corpo cheio de estrelas
Como se chama amante
Desse país sem nome
Esse tango, esse rancho
Esse povo, dizei-me, arde
O fogo de conhecê-la
O fogo de conhecê-la ...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...

El nombre del hombre muerto
Ya no se puede decirlo, quién sabe?
Antes que o dia arrebente
Antes que o dia arrebente...

El nombre del hombre muerto
Antes que a definitiva
Noite se espalhe em Latino América
El nombre del hombre
Es pueblo, el nombre
Del hombre es pueblo...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...

Espero o manhã que cante
El nombre del hombre muerto
Não sejam palavras tristes
Soy loco por ti de amores
Um poema ainda existe
Com palmeiras, com trincheiras
Canções de guerra
Quem sabe canções do mar
Ai hasta te comover
Ai hasta te comover...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...

Estou aqui de passagem
Sei que adiante
Um dia vou morrer
De susto, de bala ou vício
De susto, de bala ou vício...

Num precipício de luzes
Entre saudades, soluços
Eu vou morrer de bruços
Nos braços, nos olhos
Nos braços de uma mulher
Nos braços de uma mulher...

Mais apaixonado ainda
Dentro dos braços da camponesa
Guerrilheira, manequim, ai de mim
Nos braços de quem me queira
Nos braços de quem me queira...

Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...
Soy loco por ti, América
Soy loco por ti de amores...

François Couperin nasceu há 353 anos

 
François Couperin (Paris, 10 de novembro de 1668 – Paris, 11 de setembro de 1733) foi um apreciado compositor, organista e cravista barroco francês. François Couperin era conhecido como Couperin le Grand (Couperin o Grande) para diferenciá-lo de outros membros da talentosa família Couperin.
   

 


William Hogarth nasceu há 324 anos

   
William Hogarth (Londres, 10 de novembro de 1697 - Londres, 26 de outubro de 1764) foi um pintor, gravador e ilustrador inglês. O seu trabalho foi desde excelentes retratos realistas a histórias como séries de imagens chamadas "assuntos morais modernos". Muito do seu trabalho, embora às vezes vicioso, satirizava as políticas contemporâneas e as alfândegas. Ilustrações de tal estilo são muitas vezes referidas como Hogartianas.

Início de vida
William Hogarth nasceu em Bartholomew Close, Londres, filho de Richard Hogarth, um pobre professor de latim e escritor de livros didáticos, e Anne Gibbons. Na sua juventude foi aprendiz do gravurista Ellis Gamble, em Leicester Fields, onde aprendeu a fazer gravaras de cartões de comércio e produtos similares. Jovem, Hogarth também teve um vivo interesse pela vida na rua da metrópole e as feiras de Londres, e divertiu-se desenhando as personagens que via. Na mesma época o seu pai, que tinha aberto um café de língua latina mal sucedida na St John's Gate, foi detido por dívidas na prisão de Fleet, durante cinco anos. Hogarth nunca falou da prisão de seu pai.
Tornou-se um membro do clube de artistas Rose and Crown Club, com Peter Tillemans, George Vertue, Michael Dahl e outros artistas e apreciadores.
 
Breakfeast Scene de Marriage à la Mode, National Gallery de Londres, 1743
   

John Patterson nasceu há 154 anos

   
O coronel John Henry Patterson, (Forgney, Ballymahon, Condado de Westmeath, Irlanda, 10 de novembro de 1867 - Bel Air, Califórnia, EUA, 18 de junho de 1947), conhecido como John Patterson, foi um soldado, caçador, sionista e autor anglo-irlandês, mais conhecido por seu livro The Man-Eaters of Tsavo (1907), que detalha as suas experiências na construção de uma ferrovia no Quénia. No filme Caçadores na Noite, de 1996, foi interpretado pelo ator americano Val Kilmer.
  
Juventude e serviço no exército
Patterson nasceu em 1867 em Forgney, Ballymahon, Condado de Westmeath, Irlanda, filho de um pai protestante e uma mãe católica. O jovem Patterson juntou-se ao exército britânico aos 17 anos, subiu rapidamente na hierarquia e alcançou o posto de tenente-coronel na Essex Yeomanry; renunciou à sua comissão em 1911.
Em 1898, o então tenente-coronel Patterson foi encarregado pela Companhia Britânica da África Oriental de supervisionar a construção de uma ponte ferroviária sobre o Rio Tsavo, no Quénia, onde chegou em março daquele ano.
Quase imediatamente após sua chegada, dois leões começaram a atacar a população trabalhadora, arrastando os homens para fora de suas tendas à noite e alimentando-se de suas vítimas. Patterson detalhou os ataques dos Leões em seu livro The Man-Eaters of Tsavo

(...)

Com a sua reputação, subsistência e segurança em jogo, Patterson, um caçador experiente de seu serviço militar na Índia, realizou um amplo esforço para enfrentar a crise e depois de meses de tentativas e quase-acidentes, finalmente matou o primeiro leão, na noite de 9 de dezembro de 1898, e matou o segundo, na manhã de 29 de dezembro, escapando por pouco da morte durante a caçada. Os leões eram machos maneless (sem juba), como muitos outros na área de Tsavo, mas ambos eram anormalmente grandes. Cada leão media mais de três metros de comprimento do focinho à ponta da cauda e foram necessários oito homens para carregá-los de volta ao acampamento.
Patterson foi imediatamente declarado um herói pelos trabalhadores e pelas populações locais, e a notícia do ocorrido rapidamente se espalhou por toda parte, como evidenciado pelos telegramas posteriores de felicitações que recebeu. A história do incidente foi mencionada na Câmara dos Lordes no Parlamento britânico, pelo então primeiro-ministro Lord Salisbury. Com a ameaça dos leões assassinos finalmente eliminada, os trabalhadores finalmente retornaram a Tsavo e a ponte ferroviária foi concluída em fevereiro de 1899.

(...)

Em 1906, John Patterson voltou à área de Tsavo para uma viagem de caça. Durante a viagem, ele atirou num elande, sobre o qual anotou que possuía características diferentes dos elandes da África Austral, onde a espécie foi identificada pela primeira vez. No regresso a Inglaterra, Patterson trouxe a cabeça do elande, que foi examinada por R. Lydekker, um membro do corpo docente do Museu Britânico. Lydekker identificou o troféu-de-caça de Patterson como uma nova subespécie de elande, que ele chamou de Taurotragus oryx pattersonianius.
De 1907 até 1909, Patterson foi diretor-chefe do Exército na África Oriental, uma experiência que relata em seu segundo livro, In the Grip of Nyika (1909). Infelizmente, durante uma caçada num safári com um companheiro oficial do exército britânico, o cabo Audley Blyth e a sua esposa Ethel, a sua reputação foi manchada pela misteriosa morte do cabo Blyth, devido a um ferimento de bala (possível suicídio). Testemunhas confirmaram que Patterson não estava na barraca de Blyth, quando o tiroteio aconteceu, e que era de facto a mulher de Blyth que estava com ele no momento. Patterson teve que enterrar Blyth no deserto e, em seguida, para a surpresa de todos, insistiu em continuar a expedição, em vez de regressar ao posto mais próximo para relatar o incidente. Pouco depois, Patterson voltou para a Inglaterra com a Sra. Blyth no meio de rumores de assassinato e um caso, e embora nunca oficialmente acusado ou condenado, este incidente iria segui-lo muitos anos depois, mostrado no filme The Affair Macomber (1947), que foi baseado na adaptação de Ernest Hemingway do incidente.
Em última análise, Patterson passou a servir na Segunda Guerra dos Bôeres e Primeira Guerra Mundial. Embora ele próprio era um protestante, tornou-se uma figura importante no sionismo como o comandante de ambas as Zion Mule Corp e do Batalhão Real de Fuzileiros (também conhecido como Legião Judaica do Exército Britânico) na Primeira Guerra Mundial, que viria a servir como a fundação da Força de Defesa Israelita décadas mais tarde. Foi promovido ao posto de pleno coronel, em 1917, e em 1920 aposentou-se do Exército Britânico, após 35 anos de serviço. Os seus dois últimos livros, Com os Sionistas em Gallipoli (1916) e Com os Judeus na Palestina (1922) são baseados nas suas experiências durante esses tempos. Após a carreira militar, Patterson continuou o apoio ao sionismo, como um forte defensor para o estabelecimento de um estado judeu separado no Oriente Médio, o que se tornou uma realidade com a independência de Israel, em 14 de maio de 1948, menos de um ano após a sua morte.
Patterson e a sua esposa, Frances ("Francie") Helena, viveram alguns anos numa casa modesta em La Jolla, Califórnia. Eventualmente, como a sua esposa que precisava de cuidados regulares e sua própria saúde em declínio, passou a residir na casa da sua amiga Marion Travis em Bel Air, na Califórnia, onde acabou por morrer durante o sono, aos oitenta anos de idade. A sua esposa viria a falecer seis semanas mais tarde num lar de idosos em San Diego. O corpo de Patterson foi cremado e as suas cinzas foram enterradas num cemitério judeu em Los Angeles.

A frase Dr. Livingstone, I presume? foi proferida há 150 anos...!

 
Sir Henry Morton Stanley (Denbigh, País de Gales, 28 de janeiro de 1841Londres, 10 de maio de 1904) foi um jornalista que se tornou famoso pela sua viagem através de África em busca do explorador britânico David Livingstone e pelo seu papel na criação do Estado Livre do Congo.
John Rowlands era o seu nome de registo e foi criado num orfanato. Com 18 anos, partiu para os Estados Unidos da América onde se tornou amigo de um rico comerciantes chamado Stanley, que mais tarde o adoptou, dando-lhe o seu nome. Depois de servir como soldado dos dois lados da Guerra Civil Americana, Stanley foi recrutado pelo coronel Samuel Forster Tappan como correspondente para vários jornais. Em breve, ele passou a trabalhar exclusivamente para James Gordon Bennett, fundador do New York Herald e, mais tarde, Stanley descreveu esta primeira fase da sua vida profissional no primeiro volume do seu livro My Early Travels and Adventures in America and Asia (“As Minhas Primeiras Viagens e Aventuras na América e na Ásia”, publicado em 1895).
Como correspondente do Herald, Stanley foi instruído em 1869 pelo filho de Bennett (que tinha substituído o pai na gestão do jornal) para descobrir o missionário e explorador David Livingstone, que tinha chegado a África à procura da nascente do rio Nilo e de quem não havia notícias havia algum tempo. Stanley perguntou quanto poderia gastar e a resposta foi "Levante £1,000 agora e, quando as gastar, levante mais mil e quando as terminar, mais mil e continue a gastar — MAS ENCONTRE LIVINGSTONE!"
   
  
Partindo de Zanzibar com 200 carregadores e tudo o que havia de melhor para uma expedição, o jornalista encontrou Livingstone no dia 10 de novembro de 1871 em Ujiji, perto do Lago Tanganyika, presentemente na Tanzânia, e saudou-o (de acordo com os seus próprios escritos) com a famosa frase "Dr. Livingstone, I presume?". A frase é famosa por parecer irónica: poderia traduzir-se como “Creio que seja o Dr. Livigston, não é?” Evidentemente, não poderia ser mais ninguém, uma vez que ele era o único branco que Stanley tinha visto desde deixar Zanzibar.
Stanley juntou-se-lhe para explorar a região, até ficarem seguros que não havia ligação entre o Lago Tanganica e o Nilo. Livingston estava na verdade explorando a parte superior de um grande rio do interior chamado Rio Lualaba que se revelou como sendo o alto rio Congo. Quando regressou, Stanley escreveu um livro com as suas experiências e o New York Herald, em parceria com o Daily Telegraph da Grã-Bretanha, decidiram financiar uma nova expedição de Stanley a África, com o principal objectivo de resolver o último grande mistério do continente negro, o curso do rio Congo até ao mar.
Nesta segunda expedição (1874-1877), Stanley chegou ao Lago Tanganica onde ele já sabia existir uma das nascentes do Congo e daí navegou por 1600 km Lualaba abaixo (alto Congo) até ao grande lago no rio que ele chamou de Stanley Pool (agora chamado de Pool Malebo, junto do qual se encontram as cidades de Brazzaville e Kinshasa). Então, ao invés de continuar pelas impenetráveis cataratas Livingston, Stanley optou por um longo desvio através da região para se aproximar da feitoria portuguesa em Boma no estuário do Congo.
Stanley foi consagrado em toda a Europa. Ele escreveu artigos, apareceu em reuniões públicas, fez lobby junto dos ricos e poderosos, e sempre seu tema era a oportunidade para exploração comercial das terras que ele descobriu ou, em suas palavras, "despejar a civilização europeia no barbarismo africano."
"Há 40 000 000 de pessoas nuas do outro lado das cataratas", escreveu Stanley, "e os industriais têxteis de Manchester estão à espera de os vestir... as fábricas de Birmingham estão a fulgurar com o metal vermelho que será transformado em objectos metálicos de todos os tipos e aspectos que os irão decorar... e os ministros de Cristo estão zelosos de trazer as suas pobres almas para a fé cristã."
Esta conversa abriu o apetite do rei Leopoldo II da Bélgica que rapidamente organizou uma “sociedade” (da qual ele era presidente e único membro...) para colonizar o Congo e, em 1879, contratou Stanley para organizar esta empresa. Assim nasceu o “Estado Livre do Congo”. Durante a Conferência de Berlim, Stanley foi responsável pelo apoio dos Estados Unidos da América à pretensão de Leopoldo da Bélgica pelo Congo.
A sua última missão em África foi uma expedição iniciada em 1886 para "salvar" Emin Paxá, governador de Equatória no sul do Sudão, hoje no Sudão do Sul. Depois de muitas dificuldades e mortes, Stanley encontrou Emin em 1888, descobriu o maciço Ruwenzori e o lago Edward e emergiu do interior de África com Emin e os seus seguidores sobreviventes nos finais de 1890. Esta façanha permitiu à Grã-Bretanha assegurar a posse do Uganda.
Stanley, que se tinha naturalizado americano, voltou a adoptar a nacionalidade britânica, conseguiu ser eleito para o parlamento, onde serviu entre 1895-1900 e foi galardoado com o título de cavaleiro pela rainha Vitória em 1899.
No entanto, estas aparentes vitórias não pouparam Stanley de muita controvérsia sobre violência e brutalidade durante as suas expedições a África. Apesar dos seus esforços para se defender, ficou patente sua opinião de que "o selvagem só respeita a força, a intrepidez e o poder de decisão." Esta opinião pode ter sido a causa de Stanley ser conhecido no Congo como Bula Matari, ou “O Destruidor de Rochas”).
Stanley morreu em Londres a 10 de maio de 1904 e o seu túmulo, no cemitério da igreja de São Miguel, em Pirbright, (Surrey) está marcada por uma gigantesca pedra de granito.

Álvaro Cunhal nasceu há 108 anos

   
Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de novembro de 1913 - Lisboa, 13 de junho de 2005) foi um político e escritor português, conhecido por ser um resistente ao Estado Novo e ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao seu partido, o Partido Comunista Português.
 
Devido aos seus ideais comunistas e à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo, esteve preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 13 anos, 8 dos quais em completo isolamento sem nunca, incrivelmente, ter perdido a noção do tempo. Mesmo sob violenta tortura, nunca falou. Na prisão, como forma de passar o tempo, dedicou-se à pintura e à escrita. Uma das suas produções mais notáveis aquando da sua prisão, foi a tradução e ilustração da obra Rei Lear, de William Shakespeare. A 3 de janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com outros camaradas, todos quadros destacados do PCP, protagonizaram a célebre "fuga de Peniche", possível graças a um planeamento muito rigoroso e a uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.
Em 1962 é enviado pelo PCP para o estrangeiro, primeiro para Moscovo, depois para Paris.
Ocupou o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Português, sucedendo a Bento Gonçalves, entre 1961 e 1992, tendo sido substituído por Carlos Carvalhas.
Em 1968 Álvaro Cunhal presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que é revelador da influência que já nessa altura detinha no movimento comunista internacional. Neste encontro, mostrou-se um dos mais firmes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano.

Regressou a Portugal cinco dias depois do 25 de Abril de 1974. Nesse mesmo dia, passeou de braço dado com Mário Soares, por Lisboa, como forma de ambos comemorarem o início da Democracia em Portugal, pois mesmo que divergissem ideologicamente, apoiavam um Portugal livre e democrático.
Foi ministro sem pasta no I, II, III e IV governos provisórios e também deputado à Assembleia da República entre 1975 e 1992.
Em 1982, tornou-se membro do Conselho de Estado, abandonando estas funções dez anos depois, quando saiu da liderança do PCP.
Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1995.
Nos últimos anos da sua vida sofreu de glaucoma, acabando por cegar.
Faleceu em 13 de junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral, a 15 de junho, participaram mais de 250.000 pessoas, segundo o PCP. Por sua vontade, o corpo foi cremado.
Da sua relação com Isaura Maria Moreira, teve uma filha, Ana Maria Moreira Cunhal, nascida a 25 de dezembro de 1960.
Álvaro Cunhal ficou na memória como um comunista que nunca abdicou do seu ideal.
  
 
  
(imagem daqui)

Os presídios - III

Mas,
português da rua,
entre nós,
que ninguém nos escuta,
sabes
onde
está Álvaro Cunhal?
Sabes a ausência,
ou alguém o sabe,
do valente
Militão?
Moça portuguesa,
passas como que bailando
pelas ruas
rosadas de Lisboa,
mas,
sabes onde caiu Bento Gonçalves,
o português mais puro,
honra de teu mar e de tua areia?
Sabes
que existe uma ilha,
a Ilha do Sal
e que nela o Tarrafal
verte sombra?
Sim, tu sabes, moça,
rapaz, sim, tu bem o sabes.
Em silêncio
a palavra
anda com lentidão mas percorre
não só Portugal mas toda Terra.
Sim, sabemos,
em remotos países,
que há trinta anos
uma lápide
espessa como túmulo ou como túnica,
de clerical morcego,
afoga Portugal, teu triste canto,
salpica tua doçura,
com gotas de martírio
e mantém as suas cúpulas de sombra.


in
Las uvas y el viento (1954) - Pablo Neruda

Kalashnikov, o criador da AK-47, nasceu há 102 anos

   
Mikhail Timofeevich Kalashnikov (nascido em 10 de novembro de 1919, na região de Altai, no sudeste da Rússia) é um famoso criador de armas russo, tendo seu nome sempre associado à arma automática de assalto AK-47.

Kalashnikov foi recrutado para o Exército Vermelho em 1938. Foi designado como motorista/mecânico de carros de combate, sendo promovido a sargento (comandante de carro de combate T-34) no 24º Regimento de Carros de Combate, da 12ª Divisão de Cavalaria Blindada do Exército Vermelho.
Foi ferido na Batalha de Briansk e hospitalizado em função disto. No hospital escutou reclamações de soldados sobre as armas automáticas utilizadas pelos infantaria. Projetou um protótipo de submetralhadora que não foi aceite pelas forças armadas soviéticas. Entretanto o seu talento natural para criação de armas foi reconhecido e ele foi designado para trabalhar no Centro de Desenvolvimento Científico de Armas Leves da URSS.
Neste centro, em 1944, projetou uma carabina operada a gás para cartuchos 7,62 x 39 mm sendo a arma base utilizada para uma competição de armas leves ocorrida em 1946. Este processo culminou no projeto do AK-47 (Avtomat Kalashnikova - 1947), que viria a se tornar o rifle de assalto padrão da infantaria soviética. Após isso, retirou-se da vida militar. Embora existam cerca de 100 milhões de rifles de assalto originados do AK-47, Kalashnikov não recebeu nenhum direito relativo a sua criação. Entretanto, parte de sua renda vem do uso do seu nome na vodka kalashnikov.
Posteriormente foi promovido honorificamente a Coronel em 1971. Recebeu o título de Doutor honorário em Engenharia (sem defesa de Tese). Em 1994 (seu 75º aniversário), foi promovido honorificamente a Major-General. Em função de suas realizações, o então Sargento Kalashnikov é hoje um Tenente-General reformado do Exército Soviético e Russo. Vive na cidade de Izhevsk, Udmurtia.

   

Bandeira de Moçambique que exibe o desenho de uma arma automática AK-47

A Rua Sésamo faz hoje 52 anos

     
Sesame Street é um programa de televisão educacional para crianças, produzido nos Estados Unidos. A sua estreia deu-se a 10 de novembro de 1969, na rede pública NET (atual Public Broadcasting Service - PBS). Os principais protagonistas eram bonecos animados, criados por Jim Henson, que acabaram por ter uma projeção além do programa, conhecidos por Os Muppets (Os Marretas), pertencentes atualmente à The Walt Disney Company.
Com cerca de 9.712 episódios produzidos em 48 temporadas, é o programa de televisão infantil com maior duração na história.
Foi apresentado em 120 países, em alguns com versões adaptadas, entre quais Portugal (Rua Sésamo), Brasil (Vila Sésamo), Canadá (Sesame Park), México (Plaza Sésamo) e Espanha (Barrio Sésamo).
    
 
O programa usa uma mistura de fantoches, animação e ação, ensinando às crianças pequenas lições de leitura e aritmética básicas, cores, letras, números ou os dias da semana.
Também ensinam noções básicas da vida pessoal e social, como por exemplo atravessar uma rua com segurança, a importância da higiene pessoal, etc. Muitas das secções do programa são paródias ou cópias de outros programas televisivos convencionais.
Para além dos atractivos infantis ao largo do programa são inseridos elementos de humor maduro, como incentivo aos adultos a assistir ao programa junto às crianças.
  

Os Secos & Molhados surgiram há cinquenta anos...!


Secos & Molhados foi um grupo vocal brasileiro da década de 70 cuja formação clássica consistia de João Ricardo (vocais, violão e harmónica), Ney Matogrosso (vocais) e Gérson Conrad (vocais e violão). João havia criado o nome da banda sozinho em 1970 até juntar-se com as diferentes formações nos anos seguintes e prosseguir igualmente sozinho com o álbum Memória Velha (2000).
No começo, as apresentações ousadas, acrescidas de um figurino e uma maquilhagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "O Vira", "Sangue Latino", "Assim Assado", "Rosa de Hiroshima", que misturam danças e canções do folclore português como o Vira com críticas à Ditadura Militar e a poesia de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário, pai de João Ricardo, com um rock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos maiores fenómenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela crítica nos dias de hoje.
Seu álbum de estreia, Secos e Molhados I (1973), foi possível graças à tais performances que despertaram interesse nas gravadoras, e projetou o grupo no cenário nacional, vendendo mais de 700 mil cópias no país. Desentendimentos financeiros fizeram essa formação se desintegrar em 1974, ano do Secos e Molhados II, embora João Ricardo tenha prosseguido com a marca em Secos & Molhados III (1978), Secos e Molhados IV (1980), A Volta do Gato Preto (1988), Teatro? (1999) e Memória Velha (2000), enquanto Gérson continuou a tocar sozinho. Do grupo, Ney Matogrosso é o mais bem-sucedido em sua carreira solo, e continua ativo desde Água do Céu Pássaro (1975).
Os Secos & Molhados estão inscritos em uma categoria privilegiada entre as bandas e músicos que levaram o Brasil da bossa nova à Tropicália e então para o rock brasileiro, um estilo que só floresceu expressivamente nos anos 80. Seus dois álbuns de estreia incorporaram elementos novos à MPB, que vai desde a poesia e o glam rock ao rock progressivo, servindo como fundamental referência para uma geração de bandas underground que não aceitavam a MPB como expressão. O grupo continua a ganhar atenção das novas gerações: em 2007, a Rolling Stone Brasil posicionou o primeiro LP em quinto lugar na sua lista dos 100 maiores discos da música brasileira e em 2008 a Los 250: Essential Albums of All Time Latin Alternative - Rock Iberoamericano o colocou na 97ª posição.