terça-feira, julho 03, 2012

Laura Branigan nasceu há 55 anos

Laura Ann Branigan Kruteck (Brewster, 3 de julho de 1957East Quogue, 26 de agosto de 2004) foi uma cantora e atriz estadunidense conhecida mundialmente como Laura Branigan.

Laura nasceu em 3 de julho de 1957 em Brewster, no Condado de Putnam, estado de Nova Iorque.
Casou-se em 1981 com o advogado Lawrence Kruteck, 20 anos mais velho que ela. Pouco depois de ter sido diagnosticado um cancro do cólon ao seu marido, retirou-se temporariamente da cena musical, em 1994, para o acompanhar nos tratamentos, até à morte do seu companheiro, em 15 de junho de 1996.
Ficou mundialmente famosa devido a grandes hits músicais como "Gloria", "Solitaire", "How Am I Supposed To Live Without You, "Self Control", "Ti Amo", "Spanish Eddie", "I Found Someone", "Power of Love", "Shattered Glass", "Never In A Million Years" e "Over You".
Faleceu subitamente em sua casa em Long Island, Nova Iorque, a 26 de agosto de 2004, vítima de um aneurisma cerebral não-diagnosticado. Tinha apenas 47 anos de idade.


O mineralogista e pai da Cristalografia morreu há 222 anos

Estátua de Jean-Baptiste Romé de l'Isle em sua cidade natal, Gray (Haute-Saône)

Jean-Baptiste Louis Romé de l'Isle (Gray, 26 de agosto de 1736 - Paris, 3 de julho de 1790) foi um mineralogista francês.
É considerado o criador da moderna cristalografia.
Formulou a lei de constância dos ângulos interfaciais em seu Tratado sobre Cristalografia (1772), baseado nas observações do geólogo Nicolaus Steno.
Em 1775 foi eleito membro estrangeiro da Academia Real das Ciências da Suécia.

segunda-feira, julho 02, 2012

Música para terminar um triste dia...


EL-REI

Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.

Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.

Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.

Branca Gonta Colaço

Sophia morreu há 8 anos

Sofia de Melo Breyner Andresen (Porto, 6 de novembro de 1919 - Lisboa, 2 de julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu bisavô, Jan Heinrich Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique comprado, em 1895, a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. Como afirmou em entrevista, em 1993, essa quinta "foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa". A mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, é filha do conde de Mafra, médico e amigo do rei D.Carlos. Maria Amélia é também neta do conde Henrique de Burnay, um dos homens mais ricos do seu tempo.
Criada na velha aristocracia portuense, educada nos valores tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-39). Colaborou na revista Cadernos de Poesia, onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos: Rui Cinatti e Jorge de Sena. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção dos Católicos Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e chamada pelo seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!" Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor de renome (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.
Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto. Já depois do Revolução dos Cravos (25 de Abril), foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu marido navegava rumo ao Partido Social Democrata.
Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prémio Camões, foi também distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003.
Sofia de Melo Breyner faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de julho de 2004 no Hospital da Cruz Vermelha.
Desde 2005, no Oceanário de Lisboa, os seus poemas com ligação forte ao Mar foram colocados para leitura permanente nas zonas de descanso da exposição, permitindo aos visitantes absorverem a força da sua escrita enquanto estão imersos numa visão de fundo do mar.


(imagem daqui)

Nunca mais

Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.

E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência.

in
Poesia I (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen

O último Rei de Portugal morreu há oitenta anos...


D. Manuel II de Portugal (nome completo: Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha; 15 de novembro de 18892 de julho de 1932) foi o trigésimo-quinto e último Rei de Portugal. D. Manuel II sucedeu ao seu pai, o rei D. Carlos I, depois do assassinato brutal deste e do seu irmão mais velho, o Príncipe Real D. Luís Filipe, a 1 de fevereiro de 1908. Antes da sua ascensão ao trono, D. Manuel foi duque de Beja e Infante de Portugal.

domingo, julho 01, 2012

Salgueiro Maia nasceu há 68 anos

Placa de homenagem a Salgueiro Maia, no local onde se dirigiu aos sitiados no Quartel do Carmo

Fernando José Salgueiro Maia (Castelo de Vide, 1 de julho de 1944 - Santarém, 4 de abril de 1992), foi um militar português.

Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução dos Cravos, que marcou o final da ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Em outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de março de 1974 e do «Levantamento das Caldas», foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.
Em 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 1992, a título póstumo, o grau de Grande Oficial da Ordem da Torre e Espada e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém. Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de abril de 1992.


Um momento para a História

Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.


Marisa Monte - 45 anos

Marisa de Azevedo Monte (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma cantora, compositora, instrumentista e produtora musical brasileira de música pop e samba. Marisa já vendeu mais de 10 milhões de álbuns e ganhou inúmeros prémios nacionais e internacionais, incluindo três Grammy Latinos, sete Video Music Brasil, nove Prémios Multishow de Música Brasileira, cinco APCA e seis Prémios TIM de Música. Marisa é considerada pela revista Rolling Stone Brasil como a maior cantora do Brasil. Ela também tem dois álbuns (MM e Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão) na lista dos 100 melhores discos da música brasileira.


Debbie Harry - 67 anos

Deborah "Debbie" Ann Harry (Miami, 1 de julho de 1945) é uma cantora e compositora de punk rock/new wave dos Estados Unidos da América. Ganhou fama por ser a vocalista e líder da banda de new wave Blondie. Após o despertar ao sucesso, Deborah desenvolveu carreira a solo como cantora, gravando cinco álbuns e também como atriz, atuando em mais de 30 filmes.

Amália nasceu (talvez...) há 92 anos

Amália da Piedade Rodrigues (Lisboa, 1 de julho de 1920 - Lisboa, 6 de outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill.


Madrugada de Alfama
Música de Alain Oulman e letra de David Mourão-Ferreira

Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a madrugada,
mas ela, de tão estouvada
nem sabe como se chama.


Mora numa água-furtada
que é a mais alta de Alfama
e que o sol primeiro inflama
quando acorda à madrugada.
Mora numa água-furtada
que é a mais alta de Alfama.


Nem mesmo na Madragoa
ninguém compete com ela,
que do alto da janela
tão cedo beija Lisboa.


E a sua colcha amarela
faz inveja à Madragoa:
Madragoa não perdoa
que madruguem mais do que ela.
E a sua colcha amarela
faz inveja à Madragoa.


Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a madrugada;
são mastros de luz doirada
os ferros da sua cama.


E a sua colcha amarela
a brilhar sobre Lisboa,
é como a estatua de proa
que anuncia a caravela,
a sua colcha amarela
a brilhar sobre Lisboa.

Há 15 anos Hong Kong voltou a ser território chinês

Hong Kong é uma das duas regiões administrativas especiais (RAE) da República Popular da China (RPC), sendo a outra Macau. Uma cidade-estado situada na costa sul da China e delimitada pelo delta do Rio das Pérolas e pelo Mar da China Meridional, é conhecida por seu horizonte repleto de arranha-céus e por seu profundo porto natural. Com uma área de 1.104 km² e uma população de sete milhões de pessoas, Hong Kong é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. A população da cidade é composta por 95% de pessoas de etnia chinesa e 5% de outros grupos étnicos. A maioria chinesa Han da cidade é originária, principalmente, das cidades de Guangzhou e Taishan, na vizinha província de Guangdong.
Hong Kong tornou-se uma colónia do Império Britânico após a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842). Originalmente confinada à Ilha de Hong Kong, as fronteiras da colónia foram estendidas em etapas para a Península de Kowloon em 1860 e, em seguida, para os Novos Territórios, em 1898. Foi ocupada pelo Império do Japão durante a Guerra do Pacífico, após a qual o controle britânico foi retomado até 1997, quando a China reassumiu a soberania da cidade. Durante a era colonial, a região adotou a mínima intervenção do governo sob o ethos do não intervencionismo positivo. A era colonial teve grande influência na atual cultura de Hong Kong, muitas vezes descrita como o lugar onde o "Oriente encontra o Ocidente", e no seu sistema educacional, que costumava seguir o sistema do Reino Unido até que reformas foram implementadas em 2009.
 
(...)

Em 1982, a China e o Reino Unido iniciaram conversações para a devolução da soberania sobre Hong-Kong à primeira. Um acordo assinado em 1984, em Pequim, determinou que a China tomaria conta do território a partir de 1 de julho de 1997. Em conformidade, o regresso de Hong-Kong à soberania chinesa após 156 anos de administração colonial britânica deu-se às 24.00 horas daquele dia.
Hong-Kong desfruta do estatuto de Região Administrativa Especial, de acordo com a fórmula "um país, dois sistemas", também aplicada a Macau a partir de 20 de dezembro de 1999. Deste modo, o território continua a ser um porto livre e um centro financeiro internacional, e, exceto nas áreas da defesa e da política externa, tem um alto grau de autonomia. Não paga impostos ao Governo central e o seu modo de vida, incluindo a liberdade de imprensa, quase não foi alterado.



sábado, junho 30, 2012

Harry Potter nasceu há 15 anos

Harry Potter é uma série de aventuras fantásticas escrita pela britânica J. K. Rowling. É constituída por sete livros e, desde o lançamento do primeiro volume, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 30 de junho de 1997, ganhou grande popularidade e sucesso comercial no mundo todo e deu origem a filmes, videojogos, entre outros itens.
Mundialmente, a série Harry Potter vendeu cerca de mil milhões de exemplares, até dezembro de 2011, em mais de 67 idiomas. O livro da série que mais vendeu foi Harry Potter e a Pedra Filosofal, com cerca de 120 milhões de cópias comercializadas. Graças ao grande sucesso dos livros, Rowling tornou-se a mulher mais rica na história da literatura. Os livros são publicados pela Editora Rocco no Brasil e pela Editorial Presença em Portugal.
Grande parte da narrativa se passa na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e foca os conflitos entre Harry Potter e o feiticeiro das trevas Lord Voldemort. Ao mesmo tempo, os livros exploram temas como amizade, ambição, escolha, preconceito, coragem, crescimento, responsabilidade moral e as complexidades da vida e da morte, e acontecem num mundo mágico com suas próprias histórias, habitantes, cultura e sociedades.
Todos os sete livros planejados foram publicados. O sétimo e último, denominado "Harry Potter and the Deathly Hallows", foi lançado nos Estados Unidos em 21 de julho de 2007, e no Brasil e Portugal em 10 de novembro e 16 de novembro, respectivamente.
Os sete livros deram origem a oito filmes, com o último, Harry Potter e as Relíquias da Morte, sendo dividido em duas partes: uma lançada em 19 de novembro de 2010, e a outra em 15 de julho de 2011.

O Evento de Tunguska foi há 104 anos

Árvores caídas após a explosão (foto tirada durante a expedição de Kulik, em 1927)
 
O Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska, em 30 de junho de 1908. A queda provocou uma grande explosão, devastando uma área de milhares de quilómetros quadrados. A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulativas sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteoroide ou fragmento de cometa a uma altitude de 5 a 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.
Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatoneladas e 30 megatoneladas de TNT, com 10–15 megatoneladas sendo o mais provável. Isso é aproximadamente igual a 1000 vezes a bomba lançada em Hiroshima, na segunda guerra mundial, e aproximadamente um terço da Bomba Czar, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão tinha energia suficiente para destruir uma grande área metropolitana e derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilómetros quadrados, estimando-se que tenha provocado um terramoto de aproximadamente magnitude 5 na escala Richter.
Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70.

Localização aproximada do evento de Tunguska, na Sibéria

sexta-feira, junho 29, 2012

Colin Hay, dos Men at Work, faz hoje 59 anos

(imagem daqui)

Colin Hay é um músico escocês, mas reconhecido como australiano, já que desde a adolescência que vive na Austrália.
Seu nome completo é Colin James Hay, e ele nasceu em 29 de junho de 1953 em Saltcoats, uma localidade da Escócia. A família foi para a Austrália quando ele tinha 14 anos. Nessa época, Colin começou a interessar-se por guitarras e em cantar. Em 1978, juntamente com Ron Strykert (guitarra), Greg Ham (sax, flauta, teclado e gaita), John Rees (baixo) e Jerry Speiser (bateria), formaram o Men at Work, que se tornaram um sucesso e ícones de surf-rock.
Colin Hay esteve à frente da banda como vocalista, guitarrista e principal compositor até a metade dos anos 1980, quando a banda se separou. Depois, seguiu uma carreira a solo.


Saint-Exupéry nasceu há 112 anos

Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (Lyon, 29 de junho de 1900 - Mar Mediterrâneo, 31 de julho de 1944) foi um escritor, ilustrador e piloto, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.

quinta-feira, junho 28, 2012

Rubens nasceu há 435 anos

 Auto-retrato de 1639, Kunsthistorisches Museum

Peter Paul Rubens (Siegen, 28 de junho de 1577 - Antuérpia, 30 de maio de 1640) foi um pintor flamengo inserido no contexto do Barroco.
Além de manter um grande estúdio em Antuérpia que produziu muitas pinturas populares entre a nobreza e os colecionadores por toda a Europa, Rubens foi humanista de educação clássica, um colecionador e um diplomata, e foi elevado ao título de cavaleiro por Filipe IV da Espanha e Carlos I de Inglaterra.

Hoje é um dia duplamente negro para a História da Europa

Francisco Fernando Carlos Luís José Maria de Áustria-Este (em alemão: Franz Ferdinand Karl Ludwig Joseph Maria von Österreich-Este; em húngaro: Habsburg–Lotaringiai Ferenc Ferdinánd Károly Lajos József Mária; em italiano: Francesco Ferdinando Carlo Luigi Giuseppe Maria d'Austria-Este) (Graz, 18 de dezembro de 1863 - Sarajevo, 28 de junho de 1914) foi um arquiduque da Áustria, chefe do ramo secundário de Áustria-Este e herdeiro presuntivo do trono do Império Austro-Húngaro.
Filho mais velho do arquiduque Carlos Luís (irmão dos imperadores Francisco José I da Áustria e Maximiliano do México) e da princesa Maria Anunciata de Bourbon-Duas Sicílias, ele herdou de seu primo, o duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado quando tinha apenas 12 anos de idade. Em 1889, com a morte do arquiduque Rodolfo, único filho varão de Francisco José I, no chamado Incidente de Mayerling, seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos em seu favor.
Sua morte num atentado em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, foi um dos fatores desencadeadores da Primeira Guerra Mundial.

(...)

Em 28 de junho de 1914, um domingo, por volta de 10:45h, Francisco Fernando e sua esposa foram mortos em Sarajevo, capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina, por Gavrilo Princip, à época com apenas 19 anos, membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra. O evento foi um dos fatores que desencadearam a Primeira Guerra Mundial.
O casal já havia sido atacado um pouco antes, quando uma granada foi atirada em seu carro. Fernando desviou-se do artefato e a granada explodiu atrás deles. Encolerizado, ele teria gritado às autoridades locais: "Então vocês recebem os vossos convidados com bombas?" Fernando e Sofia insistiram em visitar o hospital onde os feridos no atentado estavam sendo atendidos. Ao saírem de lá, seu motorista perdeu-se no caminho para o palácio onde estavam hospedados e, ao entrar em uma rua secundária, os ocupantes foram avistados por Princip. Quando o motorista fazia uma manobra, o jovem aproximou-se e disparou contra o casal, atingindo Sofia no abdómen e Francisco Fernando na jugular. O arquiduque ainda estava vivo quando testemunhas chegaram para socorrê-lo, mas expirou pouco depois, dirigindo suas últimas palavras à esposa: "Não morra, querida, viva para nossos filhos." Assessores ainda tentaram abrir sua farda, mas perceberam que teriam que cortá-la com uma tesoura. Sofia morreu a caminho do hospital. Princip utilizou-se de uma 7.65 x 17 mm Browning, de potência relativamente baixa, e de uma pistola FN Model 1910 para cometer os assassinatos.
Um relato detalhado do atentado foi descrito por Joachim Remak no livro Sarajevo:
"Uma bala perfurou o pescoço de Francisco Fernando, enquanto a outra perfurou o abdome de Sofia (...) Como o carro estava manobrando (para retornar à residência do governador), um filete de sangue escorreu da boca do arquiduque sobre a face direita do Conde Harrach (que estava no estribo do carro). Harrach usou um lenço para tentar conter o sangue. Vendo isso, a duquesa exclamou: "Pelo amor de Deus, o que aconteceu com você?" e afundou-se no assento, caindo com o rosto entre os joelhos de seu marido."
"Harrach e Potoriek (...) acharam que ela havia desmaiado (...) só o marido parecia ter ideia do que estava acontecendo. Virando-se para a esposa, apesar da bala em seu pescoço, Francisco Fernando implorou: "Sopherl! Sopherl! Sterbe nicht! Bleibe am Leben für unsere Kinder!" ("Querida Sofia! Não morra! Fique viva para os nossos filhos!!!"). Dito isto, ele curvou-se para a frente. Seu chapéu de plumas (...) caiu e muitas de suas penas verdes foram encontradas em todo o assoalho do carro. O conde Harrach puxou o colarinho do uniforme do arquiduque para segurá-lo. Ele perguntou: "Leiden Eure Kaiserliche Hoheit sehr?" ("Vossa Alteza Imperial está sentindo muita dor?") "Es ist nichts..." ("Não é nada..."), disse o arquiduque com voz fraca, mas audível. Ele parecia estar a perder a consciência durante seus últimos minutos mas, com voz crescente embora fraca, repetiu esta frase, talvez, seis ou sete vezes mais."
"Um ronco começou a brotar de sua garganta, diminuindo quando o carro parou em frente ao Konak bersibin (Câmara Municipal). Apesar dos esforços médicos, o arquiduque morreu pouco depois de ser levado para dentro do prédio, enquanto sua amada esposa morreu de hemorragia interna antes da comitiva chegar ao Konak."
Os assassinatos, juntamente com a corrida armamentista, o imperialismo, o nacionalismo, o militarismo e o sistema de alianças contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que começou menos de dois meses após a morte de Francisco Fernando, com a declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia. O assassinato do arquiduque é considerado a causa mais imediata da Primeira Guerra Mundial.



O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de Novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos. O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.
Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colónias sobre os oceanos e sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indemnização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de junho de 1919. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de janeiro de 1920. Na Alemanha o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão do Nazismo.
No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do Tratado de Versalhes.

quarta-feira, junho 27, 2012

História do Brasil divulgação da 4ª Olimpíada Nacional

4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

O Museu Exploratório de Ciências – Unicamp recebe a partir do dia 01.06.2012, as inscrições para a 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Poderão participar estudantes regularmente matriculados no 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e demais séries do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, incluindo alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Para orientar a equipe, composta por três estudantes, é obrigatória a participação de um professor de história.
O formulário de inscrição e o boleto para pagamento estarão disponíveis no site do Museu Exploratório de Ciências de 1 de junho até 10 de agosto. A taxa de inscrição é de 21 reais para as equipes de escolas públicas e 45 reais para as equipes das escolas particulares. O valor da inscrição corresponde à inscrição de todos os membros da equipe (incluindo o professor-orientador).
Em 2012, o Museu Exploratório de Ciências custeará, para participarem da final, as passagens de avião das 27 equipes mais bem colocadas em cada estado da Federação (escolas públicas ou particulares) e mais 10 equipes de escolas públicas com a maior pontuação, sendo uma por região do país, e cinco escolas públicas com mais alta pontuação em todo o Brasil, independente de sua região. Após a final da Olimpíada, os professores responsáveis por essas equipes são convidados a permanecer na Unicamp para realizar capacitação de uma semana, com custos de hospedagem cobertos também pelo Museu.
A ONHB premiará escolas, alunos e professores, com medalhas de ouro (60), prata (100) e bronze (140) e certificados de participação para todos os inscritos e também para as escolas.
A 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências – Unicamp. O evento é patrocinado pelo CNPq e tem o apoio da Rede Globo de Televisão e da Revista de História da Biblioteca Nacional. A última edição, realizada em 2011, inscreveu mais de 65 mil participantes e reuniu cerca de duas mil pessoas na final presencial, realizada na Unicamp, nos dias 15 e 16 de outubro.
A ONHB é organizada pela equipe do Museu Exploratório de Ciências e as provas são concebidas e elaboradas por historiadores, professores e pós graduandos de História da Unicamp. Como proposta, os participantes têm a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias utilizadas pelos historiadores.

Calendário da 4ª ONHB
  • Inscrições e pagamento dos boletos: de 01.06.2012 a 10.08.2012
  • Primeira fase: inicia no dia 20.08.2012 e finaliza no dia 25.08.2012
  • Segunda fase: inicia no dia 27.08.2012 e finaliza no dia 01.09.2012
  • Terceira fase: inicia no dia 03.09.2012 e finaliza no dia 08.09.2012
  • Quarta fase: inicia no dia 10.09.2012 e finaliza no dia 15.09.2012
  • Quinta fase: inicia no dia 17.09.2012 e finaliza no dia 22.09.2012
  • Grande Final Presencial: Prova: 20.10.2012
  • Cerimônia de Premiação: 21.10.2012

Inscrições no site: www.mc.unicamp.br

NOTA: a Coordenadora Associada da Olimpíada Nacional em História do Brasil, Alessandra Pedro, do Museu Exploratório de Ciência, pediu-nos para divulgar este concurso aqui no Blog. Ora, tendo o Geopedrados imensos leitores no Brasil (e tendo o autor destas linhas todos os seus primos direitos paulistas, com dupla nacionalidade, portuguesa e brasileira...), não nos podíamos de aceitar este repto, mantendo, naturalmente, o texto em português do Brasil.

terça-feira, junho 26, 2012

Eu só quero um Xodó...


Eu só quero um xodó - Gilberto Gil

Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só...

Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó prá mim
Do meu jeito assim
Que alegre o meu viver...

Gilberto Gil - 70 anos!

Gilberto Passos Gil Moreira (Salvador, 26 de junho de 1942) é um músico e político brasileiro.

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Em fins de 1968, Gil e Caetano Veloso, cuja importância no Brasil era, e é, de certa forma comparável à de John Lennon e Paul McCartney no mundo anglófono, foram presos pelo regime militar brasileiro instaurado após 1964 devido a supostas atividades subversivas, de que foram taxados. Ambos exilaram-se por ocasião do AI-5 (Ato Institucional 5) do governo militar em vigência no Brasil a partir de 1969 em Londres.
Nos anos 1970 iniciou uma turnê pelos Estados Unidos e gravou um álbum em inglês. De volta ao Brasil, em 1975 Gil grava Refazenda, um dos mais importantes trabalhos que, ao lado de Refavela, gravado após uma viagem ao continente africano, e Realce, formariam uma trilogia RE. Refavela traria a canção "Sandra", onde, de forma metafórica, Gil falaria sobre a experiência de ter sido preso por porte de drogas durante um excursão ao sul do país e ter sido condenado à permanência em manicómio judiciário, ou conforme denominação eufemística, casa de custódia e tratamento, entretanto designada por Gil como hospício.
Fechamento da trilogia, Realce, apesar de trazer em uma de suas faixas um dos mais belos e marcantes sucessos de Gil, Superhomem (influenciado pelo lançamento, um ano antes, do filme Superman), causaria certa polémica quando alguns considerariam a canção título, inspirada na disco music, como uma ode ao uso de cocaína, isto talvez explicitado pelos versos: realce, quanto mais purpurina melhor.
Ao lado dos colegas Caetano Veloso e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado por Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros foi tema de filme, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994, com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e para a Rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970.

Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções "Esotérico", "Chuckberry Fields Forever", "São João Xangô Menino" e "O seu amor", todas gravações raras.



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Quando se realizou o III Festival de Música Popular Brasileira, produzido pela Rede Record, apareceram várias composições que tiveram enorme êxito junto ao público brasileiro e entre elas estavam Domingo no Parque, de Gilberto Gil e Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, que seriam o carro-chefe do tropicalismo, surgido "mais de uma preocupação entusiasmada pela discussão do novo do que propriamente como movimento organizado".
Segundo Celso F. Favaretto, em seu livro "Tropicália - Alegria, Alegria":
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O procedimento inicial do tropicalismo inseria-se na linha de modernidade: incorporava o caráter explosivo do momento às experiências culturais que vinham se processando; retrabalhava, além disso, as informações então vividas como necessidade, que passavam pelo filtro da importação. Este trabalho consistia em redescobrir e criticar a tradição, segundo a vivência do cosmopolitismo dos processos artísticos, e a sensibilidade pelas coisas do Brasil.
O que chegava, seja por exigência de transformar as linguagens das diversas áreas artísticas, seja pela indústria cultural, foi acolhido e misturado à tradição musical brasileira. Assim, o tropicalismo definiu um projeto que elidia as dicotomias estéticas do momento, sem negar, no entanto, a posição privilegiada que a música popular ocupava na discussão das questões políticas e culturais. Com isto, o tropicalismo levou à área da música popular uma discussão que se colocava no mesmo nível da que já vinha ocorrendo em outras, principalmente o teatro, o cinema e a literatura. Entretanto, em função da mistura que realizou, com os elementos da indústria cultural e os materiais da tradição brasileira, deslocou tal discussão dos limites em que fora situada, nos termos da oposição entre arte participante e arte alienada. O tropicalismo elaborou uma nova linguagem da canção, exigindo que se reformulassem os critérios de sua apreciação, até então determinados pelo enfoque da crítica literária. Pode-se dizer que o tropicalismo realizou no Brasil a autonomia da canção, estabelecendo-a como um objeto enfim reconhecível como verdadeiramente artístico.
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Celso F. Favaretto
Tropicália, canção de Caetano Veloso, é um autêntico exemplo da verdadeira revolução operada na estrutura letrista da canção popular e da necessidade de se reestudar então os critérios de avaliação e compreensão da nova linguagem utilizada.
Em confronto com a Bossa Nova, o tropicalismo teve como preocupação principal os problemas sociais do país, aliada a uma ideologia libertadora, a um inconformismo diante da maneira de viver do povo brasileiro, o que gerou uma crescente onda de participação popular, em face dos agravantes problemas por que sofria a nação. Já a Bossa Nova quis mostrar uma nova concepção musical, calcada na versatilidade que a música brasileira oferece.
Os responsáveis diretos pelo tropicalismo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Tom Zé, Rogério Duprat e outros, sem dúvida alguma, deram um salto a mais na modernização da música popular, buscando formas alternativas de composição e explorando uma concepção artística de mudança radical, dentro de um clima favorável. Foi impressionante sua importância nesse sentido, pois, sendo o último grande movimento realizado no país, deixou marcas que seriam cultivadas com o amadurecimento de seus próprios criadores e daqueles que seguiram sua linha de pensamento.


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Em janeiro de 2003, quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva tomou posse, nomeou-o para o cargo de ministro da Cultura, nomeação que originou severas críticas de personalidades como Paulo Autran e Marco Nanini em entrevistas à Folha de São Paulo.
Entretanto, permaneceu no cargo de ministro por cinco anos e meio. Deixou o ministério em 30 de julho de 2008 para voltar a dedicar-se com maior exclusividade à sua vida artística.

O fadista Alfredo Marceneiro morreu há 30 anos

Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de Fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de Junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro devido a sua profissão, foi um fadista Português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal.