sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Um Manifesto que eu subscrevo...

(imagem daqui)

«Instaurar a Democracia, Restaurar a Monarquia»

Vivemos dias dificeis. Todos o sabemos. Mas isso não serve nem chega. Se a resignação é inútil, a indignação sem objectivo não é um valor em si. É tempo de fazer. É tempo de escolher como fazer.

Fazer o diagnóstico das nossas fraquezas é fácil e não é mais do que reiterar o óbvio ululante. Dar uma esperança real é o mais dificil: perante o preocupante enfraquecer das estruturas democráticas; a visível delapidação dos valores morais na política; o estado caótico da nossa justiça e a sua aparente dependência das mais diversas forças de influência; e finalmente (e provavelmente o mais importante) uma ameaça de perda de soberania - os portugueses não têm razões para confiar no seu futuro.

Nós, cidadãos portugueses, com as mesmas preocupações com que todos vivemos, queremos dizer: há alternativa. Há soluções que contêm valores. É isso que nos une. É isso que nos move. É isso que propomos.

Perante um regime em liberdade mas em que a verdadeira democracia está ausente, torna-se urgente uma chefia de Estado independente e supra-partidária. Isto só pode ser garantido, zelado e velado por um chefe de Estado eleito pela história. Alguém que, ao olhar para trás, perceba as pegadas históricas e que nos diga de onde viemos. Alguém que, ao olhar para a frente, veja uma continuidade e não uma ruptura episódica, ditada por interesses partidários presos apenas ao espírito do tempo. Alguém que una e não exclua. Um Chefe de Estado que esteja ao serviço da Nação e que não se sirva dela. Portugal precisa de uma Monarquia. Portugal precisa de um Rei.

Nós, democratas de sempre, apelamos a uma séria discussão em torno da nossa chefia de Estado. Apelamos a que exista uma mobilização da sociedade civil em torno do debate sobre o regime que, há uma centena de anos, foi imposto ao nosso povo pela lei das armas e precedido de um grave homicídio, que nunca foi julgado. Democratas de sempre, não aceitamos que uma chefia de Estado se legitime na espuma de dogmas passados e vontades impostas, em que ao povo português continue a ser negada a possibilidade de escolher um futuro possível e digno. A razão democrática e a justiça histórica abona a favor dos nossos príncipios. Da nossa verdade.

Acreditamos que o Senhor D. Duarte de Bragança - único e legítimo pretendente ao trono português - poderá dignificar a chefia de Estado portuguesa. Pela história que representa e que nos une. Pela liberdade que garante a ausência total de facturas a qualquer eleitorado ou clientela.

Nós, mulheres e homens livres, empenhados cidadãos portugueses, das mais diversas tendências políticas e partidárias, com os mais diversos credos religiosos, decidimos dar mais este passo para que esta esperança se realize. Acreditar que temos uma agenda ideológica seria negar a independência que nos junta em torno de uma chefia de Estado. Que nos une pela diversidade e não pela opinião política. A política é uma coisa, o Rei é outra. Esta é a questão.

Portugal só poderá ser universal se as instituições mantiverem a credibilidade histórica.

Nós, monárquicos, portugueses e democratas de sempre não desistimos de Portugal.

Assinam:

Gonçalo Ribeiro Telles
Abel Silva Mota (advogado)
Aline Gallasch-Hall (docente universitária)
Ana Firmo Ferreira (publicitária)
António Pinto Coelho (empresário)
Filipe Ribeiro de Menezes (historiador)
João Gomes de Almeida (publicitário)
Ivan Roque Duarte (jurista)
Luís Coimbra (engenheiro)
Maria João Quintans (paleógrafa)
Miguel Esteves Cardoso (escritor e cronista)
Nuno Miguel Guedes (jornalista)
Paulo Tavares Cadete (gestor)
Pedro Ayres Magalhães (músico)
Pedro Ferreira da Costa (publicitário)
Pedro Policarpo (economista)
Pedro Quartin Graça (professor universitário)
Ricardo Gomes da Silva (empresário)

Sabemos que há mais que partilham estes valores. Que apareçam.


NOTA:  para quem, como eu, quer subscrever este manifesto, o blog 31 da Armada, tem, neste post, a maneira como aderir:

O manifesto «Instaurar a Democracia, Restaurar a Monarquia» ganhou uma dimensão e adesão enormes. Mais uma vez - outra vez! -  se prova que a questão do regime não é um passatempo de excêntricos mas sim algo sério e prático. Que pode melhorar a vida. Que pode melhorar Portugal. Continuaremos a insistir nesta solução, como sempre o fizemos. 
Entretanto, e devido ao grande numero de cidadãos que perguntaram como poderiam subscrever o manifesto, eis o endereço para onde o podem fazer: restauraramonarquia@gmail.com. Incluam nome, profissão, localidade onde residem e um contacto telefónico.
 Bem hajam...

O Bispo e Prémio Nobel Ximenes Belo nasceu há 64 anos

Carlos Filipe Ximenes Belo (Uailacama, Baucau, Timor-Leste, 3 de fevereiro de 1948) é um bispo católico timorense que, em conjunto com José Ramos-Horta, foi agraciado com o Nobel da Paz de 1996, pelo seu trabalho "em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste".

Biografia
Quinto filho de Domingos Vaz Filipe e de Ermelinda Baptista Filipe, Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu na aldeia de Uailacama, concelho (hoje distrito) de Baucau, na costa norte do então Timor Português. O seu pai, professor primário, faleceu quando o jovem Carlos Filipe tinha apenas dois anos de idade. Os anos de infância foram passados nas escolas católicas de Baucau e Ossu, antes de ingressar no seminário de Daré, nos arredores de Díli, formando-se em 1968. Exceptuando um pequeno período entre 1974 e 1976 (quando esteve em Timor e em Macau) entre 1969 e 1981, Ximenes Belo repartiu o seu tempo entre Portugal e Roma, onde se tornou membro da congregação dos Salesianos e estudou filosofia e teologia antes de ser ordenado padre em 1980.
De regresso a Timor-Leste em Julho de 1981, Ximenes Belo esteve ligado ao Colégio Salesiano de Fatumaca, onde foi professor e director. Quando em 1983 se reformou Martinho da Costa Lopes, Carlos Filipe Ximenes Belo foi nomeado administrador apostólico da diocese de Díli, tornando-se chefe da igreja em Timor-Leste, respondendo exclusivamente perante o papa. Em 1988, em Lorium, Itália, foi consagrado como bispo.
A nomeação de Ximenes Belo foi do agrado do núncio apostólico em Jacarta e dos próprios líderes indonésios pela sua aparente submissão. No entanto, cinco meses bastaram para que, num sermão na sé catedral, Ximenes Belo tecesse veementes protestos contra as brutalidades do massacre de Craras em 1983, perpetrado pela Indonésia. Nos dias de ocupação, a igreja era a única instituição capaz de comunicar com o mundo exterior, o que levou Ximenes Belo a enviar sucessivas cartas a personalidades em todo o mundo, tentando vencer o isolamento imposto pelos indonésios e o desinteresse de grande parte da comunidade internacional.
Em Fevereiro de 1989 Ximenes Belo escreveu ao presidente de Portugal, Mário Soares, ao papa João Paulo II e ao secretário-geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuellar, reclamando por um referendo sob os auspícios da ONU sobre o futuro de Timor-Leste e pela ajuda internacional ao povo timorense que estava "a morrer como povo e como nação". No entanto, quando a carta dirigida à ONU se tornou pública em Abril, Ximenes Belo tornou-se uma figura pouco querida pelas autoridades indonésias. Esta situação veio a piorar ainda mais quando o bispo deu abrigo na sua própria casa a jovens que tinham escapado ao massacre de Santa Cruz (1991) e denunciou os números das vítimas mortais.
A sua obra corajosa em prol dos timorenses e em busca da paz e da reconciliação foi internacionalmente reconhecida quando, em conjunto com José Ramos-Horta, lhe foi entregue o Nobel da Paz em Dezembro de 1996. Na sequência deste reconhecimento, Ximenes Belo teve oportunidade de se reunir com Bill Clinton dos Estados Unidos e Nelson Mandela da África do Sul.
Após a independência de Timor-Leste, a 20 de Maio de 2002, a saúde do bispo começou a esmorecer perante a pressão dos acontecimentos que tinha vivido. O papa João Paulo II aceitou a sua demissão como administrador apostólico de Díli em 26 de Novembro de 2002. Após se ter retirado, Ximenes Belo viajou para Portugal para receber tratamento médico. No início de 2004, houve numerosos pedidos para que se candidatasse à presidência da república de Timor-Leste. No entanto, em Maio de 2004 declarou à televisão estatal portuguesa RTP que não autorizaria que o seu nome fosse considerado para nomeação. "Decidi deixar a política para os políticos" - afirmou.
Com a saúde restabelecida, em meados de 2004 Ximenes Belo aceitou a ordem da Santa Sé para fazer trabalho de missionação na diocese de Maputo, como membro da congregação dos Salesianos em Moçambique.
D. Ximenes Belo é «Doutor Honoris Causa» pela Universidade do Porto, por proposta da respectiva Faculdade de Letras (investido em Outubro de 2000, juntamente com Xanana Gusmão e José Ramos-Horta). Em 21 de fevereiro recebeu o "Prémio Personalidade Lusófona do Ano", concedido pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono.

Today is The Day the Music Died...

Monumento erguido no local do acidente

Em 3 de fevereiro de 1959, um pequeno avião caiu próximo de Clear Lake, Iowa, matando três músicos norteamericanos de rock and roll: Buddy Holly, Ritchie Valens e J. P. "The Big Bopper" Richardson, assim como o piloto Roger Peterson. Este dia seria definido posteriormente por Don McLean em sua canção "American Pie" como "o dia em que a música morreu" – The Day the Music Died.

Antecedentes
Os músicos estavam excursionando na tournée "The Winter Dance Party", projetada para cobrir vinte e quatro cidades do centro-oeste dos Estados Unidos em apenas três semanas, de 23 de janeiro a 15 de fevereiro de 1959. Um dos problemas logísticos era o tempo gasto durante as viagens, pois a distância entre os locais dos concertos não foi considerado quando cada um deles foi agendado. Outro era o autocarro usado para transportar os músicos, não preparado para enfrentar o inverno. Seu sistema de aquecimento quebrou pouco depois do início da tournée, e como consequência o baterista de Holly, Carl Bunch, desenvolveu um caso grave de congelamento nos pés, tendo de ser internado em um hospital. Enquanto ele se recuperava, Buddy Holly e Ritchie Valens revezavam-se na bateria.
O The Surf Ballroom em Clear Lake, Iowa, não estava agendado para ser a próxima parada da tournée, mas seus organizadores, esperando incluir mais datas, entraram em contato com Carroll Anderson, gerente do local, que aceitou a proposta. O show foi marcado para uma segunda-feira, 2 de fevereiro.
Ao chegar no local, Buddy Holly, frustrado com o autocarro de viagem, disse a seus colegas de banda que, terminado o show, ele tentaria fretar um avião para alcançar a próxima parada da tournée, a cidade de Moorhead, em Minnesota. Holly também estaria incomodado por não ter mais camisas, meias e cuecas limpas. Ele precisaria lavar suas roupas antes do próximo concerto, mas a lavandaria local estava fechada naquele dia.
Ele conseguiu então combinar um voo com Roger Peterson, um piloto de 21 anos que trabalhava para a Dwyer Flying Service na cidade vizinha de Mason City. Uma taxa de 36 dólares por passageiro foi acertada para que Peterson levasse Holly e mais dois acompanhantes até Fargo em seu Beechcraft Bonanza modelo B35, fabricado em 1947.
Uma das vagas foi oferecida a Dion DiMucci, vocalista do grupo Dion and the Belmonts, mas ele decidiu que não gastaria os 36 dólares da passagem pois aquele era o mesmo valor que seus pais pagavam pelo aluguer de um apartamento, e sendo assim ele sentiu que não poderia justificar a extravagância de gastar aquele valor. Os dois assentos ficariam então com Waylon Jennings e Tommy Allsup, músicos que acompanhavam Holly em sua recém-iniciada carreira solo.
J.P. Richardson, que contraíra gripe durante a tournée, pediu a Jennings que cedesse seu lugar no avião. Jennings concordou, e quando Holly ficou sabendo do trato, brincou: "Bom, espero que esse seu autoca velho congele". Jennings, também em tom de brincadeira, respondeu: "E eu espero que seu avião velho caia". Este diálogo perseguiria Jennings pelo resto de sua vida.
Ritchie Valens, que nunca viajara de avião antes, pediu pelo lugar de Tommy Allsup, que respondeu que isso seria decidido em um jogo de cara ou coroa. Bob Hale, radialista da KRIB-AM, estava trabalhando no concerto como DJ naquela noite, e jogou a moeda pouco antes dos músicos partirem para o aeroporto. Valens venceu, ganhando o assento na aeronave.

Acidente
O avião descolou por volta de 00.55 (hora local). Pouco depois de 01:.00 da manhã, Hubert Dwyer, piloto comercial e dono da aeronave, observando de uma plataforma do lado de fora da torre de controle, viu a luz de cauda do avião descer gradualmente até sumir de vista.
Peterson havia dito a Dwyer que passaria seu plano de voo à torre de controle por rádio depois da descolagem. Como ele não se comunicou com os controladores, Dwyer pediu que eles tentassem entrar em contacto com a aeronave, mas não obtiveram resposta.
Às 3.30 da manhã, quando o Aeroporto Hector em Fargo, Dakota do Norte, informou não ter recebido qualquer sinal do Bonanza, Dwyer contactou as autoridades e declarou a aeronave como desaparecida.
Por volta das 09.15 da manhã, Dwyer descolou de outro avião de pequeno porte para seguir a rota planejada por Peterson. Pouco tempo depois, ele visualizou os destroços do Bonanza em uma plantação de milho pertencente a Albert Juhl, situada oito quilómetros a noroeste do aeroporto.
A aeronave estava em um ângulo levemente descendente e inclinada para a direita quando atingiu o solo a 270 quilómetros por hora. Ela então capotou e derrapou por mais 170 metros na paisagem congelada antes que a massa retorcida de ferragens batesse contra uma cerca de arame farpado nas cercanias da propriedade de Juhl. Os corpos de Holly e Valens caíram próximos ao avião, Richardson foi arremessado através da cerca e dentro da plantação de milho do vizinho de Juhl, Oscar Moffett, enquanto Peterson ficou preso à cabine. Carroll Anderson, o gerente do Surf Ballroom que levara os músicos ao aeroporto da cidade vizinha e presenciara a descolagem do avião, foi o primeiro a identificar as vítimas.
Autópsias posteriores indicaram que todos os quatro morreram instantaneamente com o impacto. O registo do médico legista detalhou os ferimentos múltiplos sofridos por Holly, demonstrando como ele morreu na queda:
Cquote1.svg O corpo de Charles H. Holley estava vestido com uma jaqueta amarela de material semelhante a couro, com as costuras na parte das costas rasgadas em quase toda sua extensão. O crânio foi partido medianamente à testa (...) Aproximadamente metade do tecido cerebral estava ausente. Havia sangue em ambos os ouvidos, e a face mostrava diversos cortes. A consistência do tórax estava mole devido a extensivo esmagamento da estrutura óssea. Ambas as pernas apresentavam fraturas múltiplas. Cquote2.svg
Investigações concluíram que o acidente foi provocado por uma combinação de mau tempo e erro humano. Peterson, operando em voo por instrumentos, ainda estava sendo testado nesta especialidade, não sendo habilitado para pilotar em condições climáticas não visuais, que requeriam que operação da aeronave fosse feita apenas por orientação dos instrumentos. O inquérito final da Civil Aeronautics Board observou que Peterson havia sido treinado em aeronaves equipadas com horizonte artificial, não tendo portanto experiência com o pouco comum giroscópio indicador de altitude Sperry F3 utilizado no Bonanza. Para piorar a situação, os dois instrumentos indicavam o eixo de uma aeronave de maneira exatamente oposta; isso levou os investigadores a concluírem que Peterson pode ter pensado que estava subindo quando estava, de fato, descendo. Eles também descobriram que o piloto não recebeu alertas adequados sobre as condições climáticas, o que, dado seus conhecimentos limitados, poderia tê-lo feito adiar o voo.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Sleep Song - Graham Nash


Sleep Song - Graham Nash

When you were asleep
I was kissing your forehead
You gave a frown so I kissed you again
You started waking and put your arms round my waist
Just making sure I was there then you drifted away
Then you drifted away

And when I awoke I found out I'd been dreaming
Some of my bed clothes were still on the floor
I looked around realized you were leaving me
I saw the back of your dress as you slipped through the door
As you slipped through the door

And when I return I will kiss your eyes open
Take off my clothes and I'll lie by your side
Then I will wait till the sandman has done with you
And as you're sleepily rise you'll find I'll be there
You'll find I'll be there, there

I Feira de Minerais, Gemas e Fósseis da Escola EB1 de Santo António de Tercena

Vai-se realizar, nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro de 2012,  a  I  Feira de Minerais, Gemas e Fósseis da Escola EB1 de Santo António de Tercena, em Tercena, concelho de Oeiras, organizada pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1 de Santo António de Tercena
Tendo por objectivos criar em ambiente escolar um espaço privilegiado de divulgação científica e diálogo entre especialistas, alunos e professores na divulgação das Ciências da Terra em geral (e da Mineralogia e Paleontologia em particular) conta com um expositor de venda nestas áreas, pretendendo ainda cativar os visitantes e, principalmente, os alunos, para a Ciência e para o Colecionismo, ao mesmo tempo que se faz uma chamada de atenção para a defesa de um património geológico natural que é de todos.

Horário:
  • 10.00 às 18.00 horas (Escolas)
  • 15.45 às 18.00 horas (Público em geral)

Para marcação de visitas guiadas, por parte das escolas, contactar pelo telemóvel 926 596 131 ou através do e-mail: associacaodepaiseb1detercena@gmail.com
ORGANIZAÇÃO
e
José Gomes (Minerais) 
LOCAL:
EB1 SANTO ANTÓNIO DE TERCENA
Av. Santo António de Tercena, TERCENA


ENTRADA LIVRE

Materiais de Apoio

O cantor Graham Nash faz hoje 70 anos!

Graham William Nash (Blackpool, 2 de fevereiro de 1942) é um cantor e compositor do Reino Unido conhecido por suas contribuições em bandas como The Hollies e Crosby, Stills, Nash & Young. Graham também é fotógrafo.

Vida
Nash nasceu em Blackpool, Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. Durante o início da década de 1960 ele foi líder do The Hollies, uma das mais bem sucedidas bandas de música pop do Reino Unido. Em 1966, durante uma turnê com o conjunto The Byrds na Inglaterra, David Crosby ficou conhecendo o conjunto Hollies, e por sua vez, Graham Nash. Em 1967, Graham Nash foi convidado pelos Beatles para participar do coro da canção All You Need Is Love, numa apresentação ao vivo na primeira transmissão mundial via-satélite, em 26 países simultaneamente. A apresentação foi transmitida ao vivo do lendário estúdio Abbey Road e contou também com as participações de Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull e Keith Moon no coro do refrão da canção.
Quando Nash visitou a California, em 1968, reencontrou seu amigo David Crosby. Deixou o Hollies no auge de sua fama para formar um grupo com Crosby e Stephen Stills, e juntos se apresentaram no Festival de Woodstock. Durante este festival eles tocaram em público pela primeira vez com Neil Young e o trio posteriormente tornou-se o quarteto, Crosby, Stills, Nash & Young. Tiveram ainda mais sucesso que sua banda original. eles continuaram a lançar discos, ora como Crosby, Stills, Nash & Young, ora como, Crosby Stills & Nash somente, e noutros projetos somente, Crosby & Nash. Nash participou de vários projetos de colaboração, incluindo gravações com Art Garfunkel, Paul Simon, James Taylor, Jackson Browne, Carly Simon, Joni Mitchell, Judy Collins e outros.
Nash tornou-se politicamente ativo após sua mudança para a Califórnia, o que refletiu em canções como "Military Madness" e Chicago. Sua canção "Immigration Man", um de seus maiores sucessos do primeiro disco solo, surgiu de um desentendimento que ele teve com um oficial estado-unidense ao entrar no país. Nash tornou-se cidadão norteamericano em 14 de agosto de 1978. Com Crosby, Stills & Young, seus grandes sucessos colaborativos foram: Suite: Judy Blue Eyes (S. Stills), Right Between the Eyes(G. Nash), Long Time Gone (D. Crosby) e Ohio, (N. Young).

Estilo musical
O estilo musical de Graham Nash é indiscutivelmente e extremamente melódico, romântico e mellow (dito calmo, em português). Suas composições, tanto na carreira solo como com seus parceiros, sempre se destacaram como as músicas mais calmas e harmoniosamente melódicas. Mesmo as músicas mais agitadas de Nash tem um "sabor" melódico e doce. As suas composições, além das canções já mencionadas acima, que são exemplos de seu estilo distinto são:
  • Sleep Song;
  • Teach Your Children;
  • Our House;
  • Another Sleep Song;
  • Simple Man;
  • Wind on the Water (com David Crosby)
  • Wounded Bird
  • I Used to Be a King
  • Be yourself
  • Man in the Mirror
  • There is Only One
  • I Miss You
A partir de 1972, Nash reuniu-se somente com Crosby, e o duo continuou a gravar até a reformulação com Stills no final da década de 1970.
Durante os últimos anos Graham Nash aparece em concerto ao vivo no clube The Fillmore de San Francisco, California, região aonde ele reside. Em 2006, Nash trabalhou com David Gilmour e David Crosby no faixa título do terceiro álbum solo de Gilmour, On an Island.


Damião de Góis nasceu há 510 anos

Damião de Góis - desenho de Durer, Galeria Albertina, Viena
 
Damião de Góis (Alenquer, 2 de fevereiro de 1502 - 30 de janeiro de 1574) foi um historiador e humanista português, relevante personalidade do renascimento em Portugal. De mente enciclopédica, foi um dos espíritos mais críticos da sua época, verdadeiro traço de união entre Portugal e a Europa culta do século XVI.
 
De família nobre, filho do almoxarife Rui Dias de Góis, valido do Duque de Aveiro e da sua quarta esposa Isabel Gomes de Limi, descendente de Nicolau de Limi, fidalgo flamengo que se estabeleceu em Portugal. Devido à morte do seu pai, Damião de Góis passou 10 anos da sua infância na corte de D. Manuel I como moço de câmara. Em 1523 foi colocado por D. João III como secretário da Feitoria Portuguesa de Antuérpia — também, em atenção, à sua ascendência flamenga.
Efectuou várias missões diplomáticas e comerciais na Europa entre 1528 e 1531. Em 1533 abandonou o serviço oficial do governo português e dedicou-se exclusivamente aos seus propósitos de humanista. Tornou-se amigo íntimo do humanista holandês Desiderius Eramus, com quem convive em Basileia em 1534 e que o guiou nos seus estudos assim como nos seus escritos. Estudou em Pádua entre 1534 e 1538 onde foi contemporâneo dos humanistas italianos Pietro Bembo e Lazzaro Buonamico. Pouco tempo depois fixou-se em Lovaina por um período de seis anos.
Damião de Góis foi feito prisioneiro durante a invasão francesa da Flandres mas foi libertado pela intervenção de Dom João III que o trouxe para Portugal. Em 1548 foi nomeado guarda-mor dos Arquivos Reais da Torre do Tombo, e dez anos mais tarde foi escolhido pelo cardeal D. Henrique para escrever a crónica oficial do rei D. Manuel I que foi completada em 1567.
No entanto este seu trabalho histórico desagradou a algumas famílias nobres, e em 1571 Damião de Góis caiu nas garras do Santo Ofício (Inquisição), de maneira brutal, pois foi preso, sujeito a processo e depois, em 1572, foi transferido para o Mosteiro da Batalha. Trágico fim de vida, pois abandonado pela sua família, apareceu morto, com suspeitas de assassinato, na sua casa de Alenquer, em 30 de Janeiro de 1574, sendo enterrado na igreja de Santa Maria da Várzea, da mesma vila.
As suas maiores obras em latim e em português são históricas. Incluem a Crónica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel (quatro partes, 1566–67) e a Crónica do Príncipe Dom João (1567). Ao contrário do seu contemporâneo João de Barros, ele manteve uma posição neutra nas suas crónicas sobre o rei Dom Manuel I e do seu filho o príncipe João, depois João III de Portugal.

 

Shakira - 35 anos!

Shakira Isabel Mebarak Ripoll (Barranquilla, 2 de fevereiro de 1977), mais conhecida simplesmente como Shakira, é uma cantora, compositora, produtora e dançarina colombiana.
Vencedora de dois prémios Grammy, oito Latin Grammy, quatro VMA, um EMA, dois AMA, três BMA, vinte e dois Latin Billboard Awards, três WMA e quatro NRJ Music Awards, Shakira já vendeu mais de 60 milhões de álbuns em todo o mundo, sendo uma das maiores vendedoras de discos nos anos 2000. Essa ampla rede de ritmos é identificável em canções como "Ciega, Sordomuda" (em que há nítidas influências mexicanas), "Ojos Así" e "Suerte" (dotadas de sons andinos e orientais), "Te Aviso, Te Anuncio" (em que o rock se mistura ao tango), "Obtener Un Sí" (no estilo bossa nova), "La Tortura" (com o reggaeton), "She Wolf" (estilo dance anos 1980 com música eletrónica). Shakira tem 9 músicas em #1 na Billboard Hot Latin Songs. Para além do espanhol que é a sua língua materna, é fluente em inglês e português.


Stan Getz nasceu há 85 anos

Stan Getz, de seu nome Stanley Gayetsky (Filadélfia, 2 de fevereiro de 1927 - Malibu, Califórnia, 6 de junho de 1991) foi um saxofonista norte-americano de jazz. Fez parcerias com João Gilberto e Antônio Carlos Jobim, tornando-se um dos principais responsáveis em difundir o movimento musical brasileiro conhecido como bossa nova pelo mundo.

Mendeleiev, o pai da Tabela Periódica, morreu há 105 anos

Dmitri Ivanovich Mendeleiev (Tobolsk, 8 de fevereiro de 1834 - São Petersburgo, 2 de Fevereiro de 1907) - foi um químico russo, criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos.

Dmitri I. Mendeleev nasceu na cidade de Tobolsk na Sibéria. Era o filho mais novo de uma família de 17 irmãos. Seu pai, Ivan Pavlovich Mendeleev era diretor da escola de seu povoado, perdeu a visão no mesmo ano de seu nascimento. Como consequência perdeu seu trabalho.
Já que seu pai recebia uma pensão insuficiente, sua mãe Maria Dmitrievna Mendeleeva, passou a dirigir uma fábrica de cristais fundada por seu avô, Pavel Maximovich Sokolov. Na escola, desde cedo destacou-se em Ciências (nem tanto em ortografia). Um cunhado, exilado por motivos políticos e um químico da fábrica inspiraram sua paixão pela ciência. Depois da morte de seu pai um incêndio destruiu a fábrica de cristais. Sua mãe decidiu não reconstruir a fábrica mas sim investir suas economias na educação do filho.
Nessa época todos os seus irmãos, excepto uma irmã, já viviam independentemente. Sua mãe então mudou-se com ambos para Moscovo a fim de que ele ingressasse na universidade de Moscovo o que não conseguiu. Talvez devido ao clima político vivido pela Rússia naquele momento a universidade só admitia moscovitas.
Foram então para São Petersburgo, onde a situação era precisamente a mesma, não se admitiam estudantes de outras regiões, porém sua mãe descobriu que o diretor do Instituto Pedagógico Central (principal escola formadora de professores da Rússia da época) era amigo de seu finado marido, portanto, onde a burocracia frustrava, o favoritismo mandava e Dmitri consegue uma vaga.
O Instituto Pedagógico Central ficava nos mesmos prédios da Universidade de São Petersburgo e tinha em seu quadro docente muitos professores da própria universidade, dentre eles o famoso físico alemão Heinrich Lenz. Interessou-se pela química graças ao prestigiado professor Alexander Voskresenki, que passou seus últimos anos de vida em uma enfermaria devido a um falso diagnóstico de tuberculose. Ainda assim graduou-se em 1855 como primeiro de sua classe.
Em 1859 conseguiu uma verba do governo para estudar no exterior por dois anos. Primeiro foi à Paris estudar sob Henri Victor Regnault, um dos maiores experimentalistas europeus da época (consta que Regnault havia feito várias descobertas importantes, como o princípio da conservação de energia, mas seus estudos haviam sido destruídos e Regnault não conseguiu recuperar antes de sua morte).
No ano seguinte, Mendeleev seguiu para a Alemanha estudar com Gustav Kirchhoff e Robert Wilhelm Bunsen, inventores do espectroscópio - importante instrumento para descoberta de novos elementos daquela época - e do até hoje utilizado bico de Bunsen.
O comportamento explosivo de Mendeleev tornou-se sua ruína. Com pouquíssimo tempo de convivência, brigou com Kirchoff e desistiu das aulas, porém, continuou na Alemanha onde residia em um pequeno apartamento que transformou em laboratório. Neste laboratório improvisado, trabalhando sozinho, limitou-se a estudar a dissolução do álcool em água e fez importantes descobertas sobre estruturas atômicas, valência e propriedades dos gases.
Em 1860, pouco antes de voltar à Rússia, participou do 1º Congresso Internacional de Química da Alemanha, em Karlsruhe, onde foi decido por influência do químico italiano Stanislao Cannizzaro que o padrão de abordagem dos elementos químicos seria o peso atômico.
Casa-se pela primeira vez, por pressão da irmã, em 1862 com Feozva Nikítichna Lescheva com a qual teve três filhos um dos quais faleceu. Esta foi uma união infeliz e, em 1871, separaram-se. Casou-se pela segunda vez em 1882 com Ana Ivánovna Popova 26 anos mais jovem. Tiveram quatro filhos. Teve de enfrentar a oposição da família de Ana e o facto de que Feozva negava-se a dar-lhe o divórcio.
Em 1869, enquanto escrevia seu livro de química inorgânica, Dimitri Ivanovich Mendeleev organizou os elementos na forma da tabela periódica actual. Ele criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atômica e as suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas numa mesa, organizou-as em ordem crescente de massas atómicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes. Tinha então acabado de formar a tabela periódica.
Esta tabela de Mendeleev tinha algumas vantagens sobre outras tabelas ou teorias antes apresentadas, mostrando semelhanças numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal. A classificação de Mendeleev deixava ainda espaços vazios, prevendo a descoberta de novos elementos.
A tabela de Mendeleev serviu de base para a elaboração da actual tabela periódica, que além de catalogar 118 elementos conhecidos, fornece inúmeras informações sobre o comportamento de cada um.
Mendeleev ordenou os 60 elementos químicos conhecidos de sua época na ordem crescente de peso atômico de certa forma que em uma mesma vertical ficavam os elementos com propriedades químicas semelhantes, constituindo os grupos verticais, ou as chamadas famílias químicas. O trabalho de Mendeleev foi um trabalho audacioso e um exemplo extraordinário de intuição científica. De todos os trabalhos apresentados que tiveram influência na tabela periódica o de Mendeleev teve maior perspicácia.

O mais famoso Frankenstein morreu há 43 anos


Boris Karloff, nome artístico de William Henry Pratt (Dulwich, Londres, 23 de novembro de 1887 - Sussex, 2 de fevereiro de 1969) foi um ator britânico nascido na Inglaterra. Atuava principalmente em filmes de terror.
Projetou-se interpretando o monstro de Frankenstein em 1931, com isso se especializando em papéis de filmes de terror. Seu último trabalho foi em Targets (1968).
Morreu devido a graves problemas respiratórios em 2 de fevereiro de 1969, na Inglaterra, aos 81 anos de idade.

Sid Vicious morreu de overdose há 33 anos

Sid Vicious (nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de maio de 1957 - Nova Iorque, 2 de fevereiro de 1979) foi um músico inglês, conhecido por tratar-se de um ícone da cultura punk, baixista da banda Sex Pistols.
Sid Vicious, antes de entrar para a banda Sex Pistols, era baterista do Siouxsie & The Banshees. Também foi vocalista da banda The Flowers Of Romance.



quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Edmundo Bettencourt morreu há 39 anos

Edmundo Bettencourt estabelece uma profunda mudança no panorama do Fado/Canção de Coimbra em plena primeira década de oiro do Fado/Canção de Coimbra, pois Bettencourt vai buscar temas de vários pontos do país. Disso são exemplo a “Tirana do Faial” ou “Lá vai Serpa, lá vai Moura”, transformando ele na voz e Artur Paredes na Guitarra, como já referimos anteriormente no que diz respeito a Artur Paredes.

Passando agora ao percurso de Edmundo Bettencourt, há que esclarecer que não era açoriano, como é muitas vezes referido, mas sim madeirense. Tal facto pode ser comprovado na sua Certidão de Idade do Arquivo da Universidade de Coimbra, onde é referido que nasceu às duas horas da manhã do dia sete de agosto de 1899, na Freguesia da Sé, Funchal.

Chegada a altura de frequentar a Universidade, segundo António Nunes, ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1918. Apenas no ano lectivo de 1922-1923 se inscreve na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, para frequentar o quinto ano de Direito e vem viver para Coimbra. Da consulta dos Anuários da Universidade de Coimbra, conferimos que esteve inscrito em Direito dos anos lectivos de 1922-1923 a 1924-1925, sendo que posteriormente não surge qualquer referência a uma matrícula de Bettencourt. O facto é que nunca chegou a terminar o Curso de Direito.

Paralelamente ao Fado/Canção de Coimbra, não podemos esquecer que Edmundo Bettencourt foi poeta e, entre a sua poesia resolvemos destacar este soneto da sua autoria intitulado “Sugestão”:

Entro na Igreja majestosa e calma,
Erro na sombra sob as arcarias
Anda no ar silêncio, e a minha alma
Toma a frieza das colunas frias


Numa capela triste aonde espalma,
Doirado ilustre, chamas fugidias,
Tocam-me o peito as setas duma palma
A evocar-me de Cristo em agonias


Começa o som do órgão, morno, errante,
E o aroma do incenso penetrante
Como as garras aduncas do tormento


E o já desejo acre de esquecer,
De o longe e o mundo eu só escutar e ver,
No coração me nasce brando e lento

E será no âmbito da poesia que também ficará ligado a um movimento que surge em Coimbra: a “Presença”, que várias fontes referem que Bettencourt, além de se ter relacionado com o grupo literário que origina o movimento “Presença” (Miguel Torga, José Régio, Branquinho da Fonseca, entre outros), de que foi fundador, terá sido mesmo Bettencourt que deu o nome de “Presença”, embora tenha abandonado o grupo em 1930, como refere o periódico Diário de Notícias de três de fevereiro de 1973. Segundo esta fonte, foi, também nesta altura que terá publicado a obra “O momento e a legenda”, sendo a sua obra poética publicada toda em conjunto em 1964 com o título “Poemas de Edmundo Bettencourt”, com prefácio de Herberto Hélder.

Ao abandonar Coimbra para o seu “exílio” lisboeta, sem tirar o Curso de Direito, dois periódicos referem que a sua profissão foi delegado de informação médica, função que terá exercido até à aposentação, pelo que refere o Diário de Lisboa de dois de Fevereiro de 1973.

Em relação ao Fado/Canção de Coimbra, tem uma voz característica que interpreta novos temas tanto de Coimbra:

Coimbra menina e moça
Rouxinol de Bernardim
Não há terra como a nossa
Não há no mundo outra assim


Coimbra é de Portugal
Como a flor é do jardim
Como a estrela é do céu
Como a saudade é de mim.

Temas de outras zonas do pais, por exemplo do Alentejo:
Lá vai Serpa, lá vai Moura
Ai, as Pias, ficam no meio/
uem vier à minha terra
Ai, não tem que ter receio


Teus olhos linda morena
Ai, deixam-me a alma sombria
Quero-te mais ó morena
Ai, do que a luz de cada dia.

Ou dos Açores:
Ó Tirana, saudade
Saudade, ó minha saudadinha
Foste nada no Faial
Baptizada na achadinha

Ou seja, Bettencourt, traz para o Fado/Canção de Coimbra uma nova forma de cantar e temas que não era de Coimbra nem da sua região foram adaptados ao Fado/Canção de Coimbra caracterizando-se a sua voz, segundo Jorge Cravo de canto acutilante e agreste […] intensidade vocal […] impetuosidade e brutalidade de algumas notas cantadas.

No entanto, não terá sido apenas os temas novos de várias regiões do país, mas a própria divulgação do Fado/Canção de Coimbra de matriz coimbrã, se tivermos em conta as palavras do Dr. Afonso de Sousa: Até a própria canção de pura raiz coimbrã, que a voz privilegiada de Edmundo de Bettencourt proclamou ad urbi et orbi (a canção “Coimbra menina e moça”).

Faleceu em Lisboa no dia 1 de fevereiro de 1973, referindo o Diário de Notícias que o seu corpo seguiu da Igreja de S. José para o Cemitério do Alto de S. João.

Também a placa que foi colocada na casa onde viveu em Coimbra, à entrada a Rua dos Coutinhos (junto à Sé Velha) mantém o seu memorial, destacando-se, obviamente, os versos da autoria de José Régio já sobejamente conhecidos:

Gritos de Cristal e de oiro
Que o Bettencourt alto erguia
Que é da roda que algum dia
Vos havia de acompanhar


A Infanta Adelaide de Bragança, neta do Rei D. Miguel e afilhada de batismo dos últimos Rei e Rainha portugueses, fez ontem 100 anos!

 
 Jantar em homenagem ao seu 100º aniversário no Centro Cultural de Belém (imagem daqui)

Infanta Maria Adelaide de Bragança é condecorada no dia em que faz 100 anos

Maria Adelaide de Bragança van Uden, neta do Rei D. Miguel, será condecorada na terça-feira pelo Presidente da República com a Ordem de Mérito Civil, num jantar em Lisboa, no qual celebrará cem anos.

A condecoração será imposta durante o jantar de homenagem à infanta no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelo embaixador Pinto da França, chanceler da Ordem de Mérito, em representação do Presidente da República.

A infanta Maria Adelaide, que será agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil, integrou a resistência austríaca aos nazis, esteve presa e veio viver para Portugal, onde criou a Fundação Nun’Álvares Pereira para apoio aos carenciados.

Maria Adelaide de Bragança “é um exemplo de vida pela estatura moral", disse à agência Lusa Raquel Ochoa, autora de uma biografia da infanta editada em Maio passado.

Referindo-se à actividade de Maria Adelaide como resistente aos nazis, na Áustria, Raquel Ochoa considerou que é “um ato heróico, mas quando questionada sobre a questão, Dona Maria Adelaide apenas afirma que foi uma reacção natural com algo com que não concordava. Era-lhe impossível viver num mundo assim”.

“A resistência era como respirar, perante a educação que tinha tido e os ideais que tinha. Não resistir é que era uma violência contra ela mesma. Resistir era um acto natural”, explicou a biógrafa.

Maria Adelaide foi detida pelas tropas nazis, tendo sido salva de fuzilamento in extremis e após várias diligências de António Oliveira Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, que se indignou por terem prendido uma infanta portuguesa.

A autora sublinhou que Maria Adelaide de Bragança van Uden “teve outros actos heróicos” e referiu o seu trabalho “como assistente social em prol das populações desfavorecidas” na margem sul do Tejo, desenvolvido de “forma discreta”.

“Ela [Maria Adelaide] percebeu que através da discrição não era notada nem perseguida, além de, por educação, não gosta de fazer alarde do que faz, há zero de gabarolice nesta família, o que é a antítese da sociedade em que vivemos”, disse.

Esta acção social foi feita no âmbito da Fundação Nun'Álvares Pereira que se diluiu após o 25 de Abril de 1974.

Referindo-se à posição da infanta ao regime que antecedeu a revolução de 1974, Raquel Ochoa afirmou que “reconheceu Salazar como quem pôs em ordem as contas do Estado, mas insurgiu-se sempre contra os métodos usados”.

Na obra, intitulada “D. Maria Adelaide de Bragança. A Infanta Rebelde”, com chancela da Oficina do Livro, Duarte Pio de Bragança refere no prefácio que a tia é “um exemplo”.


NOTA: é bonito ver o estado português a reconhecer, na festa do centenário da Infanta Rebelde, as suas proezas e desejo de ajudar o próximo. Tia-avó do atual Duque de Bragança, é a última neta de um Rei de Portugal ainda viva, lenda viva da resistência contra os nazis e da vontade de ajudar. É ainda de salientar que os seus padrinhos de batismo, no âmbito da reconciliação dos dois ramos da Casa de Bragança, foi o Rei D. Manuel II e a sua Rainha-Mãe, Dª Amélia de Orleães e Bragança. É assim um símbolo de reconciliação nacional, tal como o seu sobrinho-neto, D. Duarte Pio de Bragança, o chefe da Casa Real Portuguesa, que é trineto do Rei D. Miguel, por parte do pai, e tetaraneto do Rei D. Pedro IV, por parte da mãe (e, curiosamente, também afilhado de batismo da Rainha Dª Amélia...).

Música para um dia triste



Hoje é dia de ler poesia de Assis Pacheco

(imagem daqui)

A MISSÃO DOS SETENTA E DOIS


(1)

E depois disto designou o comandante
ainda outros setenta e dois e mandou-os
em fila adiante de si
por todos os matos e morros
aonde ele devera ter ido.
E dizia-lhes: grande é na verdade
a guerra, poucos os homens.
Rogai pois ao dono da guerra
que mande homens
para a sua (dele dono) guerra.
Ide, e olhai, que eu vos mando
como lobos entre cordeiros.

Levai bornal, cantil, calçado
de lona e a ninguém saudeis
senão com fogo pelo caminho.
Na cabana aonde entrardes
dizei primeiro do que tudo:
guerra seja nesta casa;
e se ali houver algum
filho da guerra descerá
sobre ele a vossa guerra;
porque senão a guerra, a guerra, a guerra
vos enganará.


(2)

Voltaram mais tarde os setenta e dois
muito alegres
dizendo: senhor, até mesmo
os demónios se nos submetem
em virtude do teu nome.
E o comandante lhes volveu:
eu via cair do céu
a Satanás, como um relâmpago.
Dei-vos então o poder
de pisardes serpentes, e escorpiões,
e toda a força do inimigo;
e nada vos fará dano.


(3)

Digo-vos que naquele dia
haverá menos rigor para Sodoma
do que para tal povo.
E tu, Quinguengo, que te elevaste
até ao alto da mata
- serás submergida até ao inferno.
Pois eu vos afirmo que foram
muitos os profetas e reis
que desejaram ver o que vós vedes, e não o viram;
e que desejaram ouvir o que vós ouvis
e não o ouviram.
Os PV-2 acertam sempre.

in
Katalabanza, Kilolo e Volta (1976) - Fernando Assis Pacheco

Porque, há 104 anos, um duplo homicído destruiu o futuro de um país

(imagem daqui)

Destino


Partiram, Pai e Filho,
trespassados por balas,
quando a Pátria lhes pedia tanto.
Ficou Manuel, sem saber o que o esperava...

Levaram-nos a Alma.
Prisioneiros, esperamos que Sebastião a devolva
em manhã de nevoeiro.

Nunca é a Hora?...

Pedro Luna (inédito)

Don Everly, dos Everly Brothers, nasceu há 75 anos

Os Everly Brothers, Phil (esquerda) e Don

Don (1 de fevereiro de 1937, em Brownie, uma pequena província - já extinta - perto de Central City, Kentucky), e Phil Everly (nascido em 18 de janeiro de 1939, em Chicago, Illinois), são músicos de rock and roll com influência de música country que alcançaram o sucesso nos anos 50.
Com um som leve, calcado mais na viola e em harmonias vocais, e, com seus versos inocentes e caras limpas, os Everly Brothers nunca foram, no seu auge, considerados uma ameaça à sociedade (como acontecia por exemplo com Chuck Berry e Little Richard); eles foram um dos grupos de rock mais importantes da música por suas canções, que ajudaram a fazer a ponte entre o rock e a música country, de uma maneira que agradava aos fãs de ambos os estilos. Além disso, seu estilo de cantar harmonicamente influenciou praticamente quase todas as bandas de rock dos anos 60.
A dupla separou-se em 1973, mas juntou-se novamente, em 1983, com um novo álbum produzido por Paul McCartney e Dave Edmunds. On The Wings Of A Nightingale foi sucesso tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido.
Em 1990,o A-Ha regravou um dos sucessos da dupla, "Crying In The Rain", uma canção que obteve muito sucesso também com o seu cover.
Os Everly Brothers tiveram um total de 26 canções no top 40 da Billboard Hot 100. Em 1986 eles estavam entre os 10 primeiros artistas a entrarem para o Hall da Fama do Rock and Roll, e seriam também incluídos no Hall da Fama da Música Country em 2001. Eles ainda atuam como uma dupla por todo o mundo.