sábado, outubro 23, 2021

A Batalha do Golfo de Leyte começou há 77 anos

Batalha do Golfo de Leyte
Guerra do Pacífico
USS Princeton (CVL-23) burning on 24 October 1944 (80-G-287970).jpg
O porta-aviões USS Princeton em chamas
durante a Batalha do Golfo de Leyte.
Data 23-26 de outubro de 1944
Local Golfo de Leyte, Filipinas
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
Flag of the United States (1912-1959).svg Estados Unidos
Flag of Australia.svg Austrália
Flag of Japan (1870–1999).svg Japão
Comandantes
Flag of the United States (1912-1959).svg William Halsey, Jr.
Flag of the United States (1912-1959).svg Thomas C. Kinkaid
Flag of the United States (1912-1959).svg Clifton Sprague
Flag of the United States (1912-1959).svg Jesse B. Oldendorf
Flag of Australia.svg John Collins
Flag of Japan (1870–1999).svg Takeo Kurita
Flag of Japan (1870–1999).svg Shōji Nishimura
Flag of Japan (1870–1999).svg Kiyohide Shima
Flag of Japan (1870–1999).svg Jisaburō Ozawa
Flag of Japan (1870–1999).svg Yukio Seki
Forças
+ 300 navios
8 porta-aviões grandes
8 porta-aviões leves
18 porta-aviões de escolta
12 couraçados
24 cruzadores
166 contratorpedeiros
Dezenas de barcos PT, submarinos e navios de apoio
Cerca de 1 500 aeronaves
68 navios
1 porta-avião grande
3 porta-aviões leves
9 couraçados
20 cruzadores
+ 35 contratorpedeiros
300 aeronaves
Baixas
~ 3.000 mortos ou feridos
1 porta-avião leve afundado
2 porta-aviões de escolta afundados
3 contratorpedeiros afundados
+ 200 aviões perdidos
~ 12.500 mortos ou desaparecidos
1 porta-avião grande afundado
3 porta-aviões leves afundados
3 couraçados afundados
10 cruzadores afundados
11 contratorpedeiros afundados
+ 300 aviões perdidos

 

A Batalha do Golfo de Leyte foi a maior batalha naval da história contemporânea, ocorrida entre 23 a 26 de outubro de 1944 nas águas à volta da ilha de Leyte, nas Filipinas, entre o Japão e os Aliados, durante a II Guerra Mundial.
Esta batalha na verdade foi uma campanha naval dividida em quatro batalhas correlatas: Batalha do Mar de Sulu, Batalha do Estreito de Surigao, Batalha do Cabo Engaño e Batalha de Samar.
Os Aliados invadiram a ilha de Leyte para cortar a ligação e a linhas de suprimento entre o Japão e o resto das suas colónias do Sudeste Asiático, principalmente o fornecimento de petróleo para a marinha imperial japonesa. Os japoneses então reuniram todas as suas principais forças navais ainda em operação na guerra para reprimir o desembarque das tropas aliadas, mas falharam o seu objetivo, sendo derrotados e sofrendo pesadas baixas.
A batalha foi o último grande confronto naval da II Guerra Mundial, porque após a sua derrota a Marinha Imperial Japonesa deixou de ter condições de colocar em combate uma força naval significativa, e ficou sem combustível para os seus restantes navios, aguardando pelo fim da guerra ancorados nas suas águas territoriais. Foi em Leyte que aconteceram, pela primeira vez na guerra, os ataques suicidas dos aviões kamikazes japoneses contra a frota norte-americana no teatro da Guerra do Pacífico.
      

 

A Hungria revoltou-se e derrubou os comunistas há 65 anos

   
A Revolução Húngara de 1956 (em húngaro: 1956-os forradalom) foi uma revolta popular espontânea contra as políticas impostas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956.
A revolta começou como uma manifestação estudantil que atraiu milhares que marcharam pelo centro de Budapeste até o parlamento. Uma delegação de estudantes, entrando no prédio da rádio numa tentativa de transmitir as suas exigências, foi detida. Quando a libertação da delegação foi exigida pelo manifestantes do lado de fora, ele foram alvejados pela Autoridade de Proteção de Estado (ÁVH) de dentro do prédio. As notícias espalharam-se rapidamente e desordem e violência irromperam por toda a capital.
A revolta espalhou-se rapidamente pela Hungria, e o governo caiu. Milhares de pessoas organizaram-se em milícias, combatendo a Polícia de Segurança do Estado (ÁVH) e as tropas soviéticas. Comunistas pro-soviéticos e membros da ÁVH eram frequentemente executados ou aprisionados, enquanto os antigos prisioneiros eram libertados e armados. Conselhos improvisados tiraram o controle municipal do Partido dos Trabalhadores Húngaros e exigiram mudanças políticas. O novo governo formalmente dissolveu a ÁVH, declarou a sua intenção de se retirar do Pacto de Varsóvia e prometeu restabelecer livres eleições. No final de outubro, as lutas tinham quase parado e uma sensação de normalidade começava a retornar.
Depois de anunciar a boa vontade para negociar uma retirada das forças soviéticas, o Politburo mudou de ideia e decidiu suprimir a revolução. Em 4 de novembro, um grande exército soviético invadiu Budapeste e outras regiões do país. A resistência húngara continuou até 10 de novembro. Mais de 2.500 soldados húngaros e cerca de 700 soldados soviéticos foram mortos no conflito, tendo 200.000 húngaros fugido, passando a ser refugiados. Prisões em massa e denúncias continuaram durante meses. Em janeiro de 1957, o novo governo soviético instalado suprimiu toda a oposição pública. Estas ações soviéticas fizeram duvidar das suas convicções muitos marxistas ocidentais, ainda mais pelo brutal reforço do controle soviético na Europa Central.
Discussões públicas sobre essa revolução foram reprimidas na Hungria durante trinta anos, mas desde os anos 1980 ela tem sido objeto de intenso estudo e debate. No princípio da Terceira República da Hungria, em 1989, o dia 23 de outubro foi declarado feriado nacional.
   
Cronologia
O levantamento popular húngaro começou a 23 de outubro de 1956, com uma manifestação pacífica de estudantes em Budapeste. Exigiam o fim da ocupação soviética e a implantação do "socialismo verdadeiro". Quando os estudantes tentaram resgatar alguns colegas que haviam sido presos pela polícia política, esta abriu fogo contra a multidão.
No dia seguinte, oficiais e soldados juntaram-se aos estudantes nas ruas da capital. A estátua de Estaline foi derrubada por manifestantes que entoavam, "Russos, voltem para casa", "Abaixo Gerő" e "Viva Nagy". Em resposta, o Comité Central do Partido Comunista Húngaro recomendou o nome de Imre Nagy para a chefia de governo.
Em 25 de outubro, tanques soviéticos dispararam contra manifestantes na Praça do Parlamento. Chocado com tais acontecimentos, o Comité Central do partido forçou a renúncia de Gerő e substituiu-o por Imre Nagy.
Nagy foi à Rádio Kossuth e anunciou a futura instalação das liberdades, como seja o multipartidarismo, a extinção da polícia política, a melhoria radical das condições de vida do trabalhador e a busca do socialismo condizente com as características nacionais da Hungria.
Em 28 de outubro, o primeiro-ministro Nagy vê as suas opções serem aceites por todos os órgãos do Partido Comunista. Os populares desarmam a polícia política.
Em 30 de outubro, Nagy comunicou a libertação do cardeal Mindszenty e de outros prisioneiros políticos. Reconstituíram-se os Partidos dos Pequenos Proprietários, Social-Democrata e Camponês Petőfi. O Politburo Soviético decide, numa primeira fase (30 de outubro) mandar as tropas sair de Budapeste, e mesmo da Hungria se viesse essa a ser a vontade do novo governo. Mas no dia seguinte volta a trás e decide-se pela intervenção militar e instauração de um novo governo. A 1 de novembro, o governo húngaro, ao tomar conhecimento das movimentações militares em direcção a Budapeste, comunica a intenção húngara de se retirar do Pacto de Varsóvia e pede a protecção das Nações Unidas.
A 3 de novembro, Budapeste está cercada por mais de mil tanques. Em 4 de novembro, o Exército Vermelho invade Budapeste, com o apoio de ataques aéreos e bombardeamentos de artilharia a Hungria, derrotando rapidamente as forças húngaras. Calcula-se que 20.000 pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e posteriormente executado) e substituído no poder pelo simpatizante soviético János Kádár. Mais de 2 mil processos políticos foram abertos, resultando em 350 enforcamentos. Dezenas de milhares de húngaros fugiram do país e cerca de treze mil foram presos. As tropas soviéticas apenas saíram da Hungria em 1991.
 
Cenas da revolução, em cinejornal da época
 
   

Weird Al Yankovic - 62 anos

 
Alfred Matthew Yankovic (Downey, Califórnia, 23 de outubro de 1959), mais conhecido como "Weird Al" Yankovic, é um músico com diversos prémios Grammy, humorista, parodiante, acordeonista e produtor de televisão. Ele é particularmente conhecido pelas suas músicas satirizando a cultura popular e paródias de músicas contemporâneas. Os seus trabalhos renderam-lhe três discos de ouro e cinco de platina nos Estados Unidos.

 


Larousse nasceu há 204 anos

Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de outubro de 1817 - Paris, 3 de janeiro de 1875) foi um pedagogo e pedagogista, editor e enciclopedista francês. A sua sepultura encontra-se no cemitério de Montparnasse.

Biografia
Nascido a 23 de outubro de 1817, na cidade de Toucy, na França., aos dezasseis anos ganhou uma bolsa para concluir os seus estudos em Versailles. Com 21 anos, Pierre Larousse regressou à sua terra natal para trabalhar como professor. Deparou-se com métodos e manuais de ensino que considerou extremamente arcaicos.
Dois anos depois, em 1840, abandonou a escola em que lecionava para dedicar-se plenamente à sua grande vocação. Apesar dos poucos recursos, foi a Paris onde participou de diversos cursos gratuitos. Como os estudos não eram oficializados por nenhum tipo de diploma, foi considerado um autodidata. Em 1848 publica a sua primeira obra, uma gramática: "A lexicologia das escolas". Tratava-se de uma obra moderna e pioneira. Naquela época, a maioria das regiões francesas falava dialetos e era na escola que se aprendia o francês. Em 1851, Pierre Larousse teve um encontro com Augustin Boyer, um professor que acabava de abandonar o magistério e pretendia iniciar-se no comércio. Os dois ficaram amigos e associaram-se para fundar, em 1852, a livraria Larousse & Boyer. A partir de então, Pierre Larousse revolucionou o ensino do francês, com o objetivo de estimular a criatividade, inteligência e capacidade de raciocínio das crianças. Assim, em 1856, foi lançado, com grande êxito, o Novo Dicionário da Língua Francesa, precursor do Petit Larousse. Mas havia tempo que Pierre Larousse tinha outro projeto em mente: a elaboração de uma enciclopédia comparável, segundo o seu desejo, à enciclopédia Diderot y d'Alembert. Seria um livro em que, em suas próprias palavras, "fosse possível encontrar, por ordem alfabética, todo o conhecimento que atualmente enriquece o espírito humano"; que não fosse dirigido apenas a uma elite, mas a toda à sociedade, para "instruir a todo o mundo sobre todas as coisas". Esse projeto tornou-se uma realidade em 27 de dezembro de 1863, com o lançamento do primeiro fascículo do Grande Dicionário Universal, dedicado à glória das ideias republicanas, liberais, progressistas e laicas. Pierre Larousse esteve presente em todo o processo de criação da obra, lendo e revendo os verbetes dos dicionários. Durante o trabalho, contava piadas, divertia-se, indignava-se, fazia reflexões, explicava, sempre... ensinava. Em 1869, Auguste Boyer separou-se de Pierre Larousse. As obras escolares e o dicionário passaram a ser distribuídos, a partir de então, pela Editora Boyer, que imprimia através de Larousse as suas próprias obras. Pierre Larousse sofreu uma embolia cerebral, causada pelo esgotamento provocado pelo excesso de atividades empreendidas. Em 1871 foi afetado por uma paralisia e faleceu a 3 de janeiro de 1875, aos 57 anos, sem chegar a ver a sua obra finalizada.


Théophile Gautier morreu há 149 anos

Pierre Jules Théophile Gautier (Tarbes, 31 de agosto de 1811 - Paris, 23 de outubro de 1872) foi um escritor, poeta, jornalista e crítico literário francês.
Enquanto Gautier fosse um ardente defensor do romantismo, a sua obra é difícil de classificar e continua a ser um ponto de referência para muitas tradições literárias posteriores, como parnasianismo, simbolismo, modernismo e decadentismo. Este autor foi amplamente valorizado por escritores tão diversos como Balzac, Baudelaire, os irmãos Goncourt, Flaubert, Proust e Oscar Wilde.

 

Absence

Reviens, reviens, ma bien-aimée !
Comme une fleur loin du soleil,
La fleur de ma vie est fermée
Loin de ton sourire vermeil.

Entre nos cœurs tant de distance !
Tant d'espace entre nos baisers !
Ô sort amer ! Ô dure absence !
Ô grands désirs inapaisés !

D'ici là-bas, que de campagnes,
Que de villes et de hameaux,
Que de vallons et de montagnes,
À lasser le pied des chevaux !

Au pays qui me prend ma belle,
Hélas ! Si je pouvais aller ;
Et si mon corps avait une aile
Comme mon âme pour voler !

Par-dessus les vertes collines,
Les montagnes au front d'azur,
Les champs rayés et les ravines,
J'irais d'un vol rapide et sûr.

Le corps ne suit pas la pensée ;
Pour moi, mon âme, va tout droit,
Comme une colombe blessée,
S'abattre au rebord de son toit.

Descends dans sa gorge divine,
Blonde et fauve comme de l'or,
Douce comme un duvet d'hermine,
Sa gorge, mon royal trésor ;

Et dis, mon âme, à cette belle :
« Tu sais bien qu'il compte les jours,
Ô ma colombe ! À tire d'aile
Retourne au nid de nos amours. »

 

Théophile Gautier

O Padre Américo nasceu há 134 anos

   
Américo Monteiro de Aguiar, mais conhecido por Padre Américo (Penafiel, Galegos, 23 de outubro de 1887 - Campo, Valongo, 16 de julho de 1956), foi um importante benfeitor português que dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente jovens, que se traduziu em inúmeras realizações. Foi em São Pedro de Alva que o Padre Américo idealizou a Obra da Rua e fundou a sua primeira Casa da Colónia, como era assim chamada a Casa do Gaiato, a mais conhecida e relevante referida obra.

Vida e obra
O Padre Américo nasceu a 23 de outubro de 1887 na freguesia de Galegos, concelho de Penafiel, tendo sido baptizado a 4 de novembro do mesmo ano. Frequentou o Ensino Primário na sua terra natal, transitando, em 1898, para o Colégio do Carmo, em Penafiel, e no ano seguinte para o Colégio de Santa Quitéria, em Felgueiras. Terminados os estudos liceais, em 1902, emprega-se, no Porto, numa loja de ferragens. Em 1906, porém, resolve partir para Moçambique, estabelecendo-se em Chinde, onde trabalha na companhia The British Central Africa e na African Lakes, como despachante. Por essa altura trava conhecimento com o padre Rafael Maria da Assunção, que mais tarde seria nomeado Bispo de Cabo Verde.
Regressado a Penafiel, em 1923, contacta o pároco local de quem tinha sido amigo de infância e comunica-lhe o desejo de entrar para um convento franciscano, dando como única explicação a frase é uma martelada!... Dois meses depois entra no Convento de Santo António de Vilariño, em Tui (Espanha), onde permanece durante nove meses como postulante, a estudar latim e ciências naturais e mais um ano, depois da tomada do hábito.
As dificuldades em se adaptar à vida monástica conduzem à sua saída, em julho de 1925, mas tenta ingressar no seminário diocesano do Porto, embora o Bispo D. António Barbosa Leão não dê seguimento ao seu requerimento. Contacta então o Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, que o aceita.
Depois de se formar em Teologia no Seminário de Coimbra, foi nomeado Perfeito do Seminário e professor de Português. É igualmente capelão em Casais do Campo, freguesia de São Martinho do Bispo e designado pároco de São Paulo de Frades, não chegando a tomar posse, incapacitado por um esgotamento.
É quando D. Manuel Luís Coelho da Silva, Bispo de Coimbra, lhe entrega a Sopa dos Pobres, em 1932 que começa a revelar a sua verdadeira vocação. A partir daí não mais parou.
Em maio de 1935, foi convidado para São Pedro de Alva, para pregar à população. Certo dia o pároco da freguesia leva-o à escola primária e foi aí que idealizou e teve a visão da obra da rua. Logo aí fundou a primeira Casa da Colónia. Decidiu em agosto ir para a capital de distrito, e então inicia as Colónias de Férias do Garoto da Baixa, em Coimbra, estágio embrionário do que viria a ser posteriormente a Casa do Gaiato. Seguem-se Vila Nova do Ceira e Miranda do Corvo. A 7 de janeiro de 1940, finalmente, o Padre da Rua funda a primeira Casa do Gaiato, no lugar de Bujos, em Miranda do Corvo. A segunda Casa do Gaiato, no mosteiro beneditino de Paço de Sousa, seria o local escolhido para o surgimento da Aldeia do Gaiato, para acolhimento e alojamento de jovens a que se seguiria o Lar do Gaiato, no Porto. No mesmo âmbito e sob o lema «cada freguesia cuide dos seus pobres» é o projecto de construção das primeiras casas do património dos pobres, também em Paço de Sousa, em fevereiro de 1951.
A Obra da Rua é consagrada ao Santíssimo Nome de Jesus, e o seu ex-libris é o Quim Mau, o garoto de braços abertos que pede o amor do próximo.
A 1 de janeiro de 1941 abre o lar do Ex-Pupilo das Tutorias e dos Reformatórios, na Rua da Trindade, em Coimbra, instituição que será entregue aos Serviços Jurisdicionais de Menores em 1950; em junho do mesmo ano, publica o primeiro volume do Pão dos Pobres.
Em 1942, publica Obra da Rua.
A 5 de março de 1944 aparece o primeiro número do jornal O Gaiato, quinzenário da Obra da Rua, de que é fundador e director.
A 4 de janeiro de 1948 seria inaugurada a Casa do Gaiato de Lisboa, situada na quinta da Mitra, em Santo Antão do Tojal, em Loures.
Em 1950, saem a público o opúsculo Do Fundamento da Obra da Rua e do Teor dos seus Obreiros e o primeiro volume do livro Isto é a Casa do Gaiato.
Em 1952, viagem a África; publica um novo livro, O Barredo, a que se seguem, em 1954, Ovo de Colombo e Viagens, no ano em que toma posse da quinta da Torre, em Beire, freguesia de Paredes, para a instalação de uma Casa do Gaiato e do Calvário, para o abrigo de doentes incuráveis.
A 1 de julho de 1955, abre a Casa do Gaiato de Setúbal, em Algeruz.
Em 1956 morre, vitima de acidente de viação, em Campo, no concelho de Valongo. O seu processo de glorificação canónica teve início em 1986.

Jean Absil nasceu há 128 anos

Buste de Jean Absil à Bon-Secours (Péruwelz, Belgique)
     
Jean Absil est un compositeur et pédagogue belge, né à Bon-Secours en Belgique le 23 octobre 1893 et décédé à Uccle (Bruxelles) le 2 février 1974.
       

  


Hermínia Silva nasceu há 114 anos

(imagem daqui)
    
  
Hermínia Silva (Lisboa, 23 de outubro de 1907 - 13 de junho de 1993) foi uma fadista portuguesa.

Biografia
Hermínia Silva nasceu no Hospital de São José em Lisboa, a 23 de outubro 1907, sendo filha de Josefina Augusta, natural de Samora Correia. Tinha dois irmãos: Emília, a mais velha e Artur, o mais novo. Quando tinha apenas oito meses, a família mudou-se para o bairro do Castelo.

Chegou a ser aprendiz de alfaiate numa alfaiataria na Rua dos Fanqueiros, mas cedo começou a interessar-se por uma vida artística. Frequentadora da Sociedade de Recreio Leais Amigos, acaba por se inscrever no grupo como amadora na arte de representar, em 1925, tendo cantado os primeiros fados acompanhada ao piano. Cedo se tornou presença notada nos retiros de Lisboa, que não hesitaram em contratá-la, pela originalidade com que cantava o Fado.

A Canção dos Bairros de Lisboa estava-lhe nas veias, não fora ela nascida, ali mesmo junto ao Castelo de São Jorge. As "histórias" dos amores da Severa com o Conde de Vimioso estavam ainda frescas na memória do povo.

Rapidamente, a sua presença foi notada nos retiros, e passados poucos anos, em 1929, Hermínia Silva estreava-se numa revista do Parque Mayer. Era a primeira vez que o Fado vendia bilhetes na Revista. Alguns jornais da época, referiam-se a ela, como a grande vedeta nacional, chegando a afirmar-se, que a fadista tinha "uma multidão de admiradores fanáticos". A sua melismática criativa, a inclusão no Fado, de letras menos tristes, por vezes com um forte cunho de crítica social, e o seu empenho em trazer para o Fado e para a guitarra portuguesa, fados não tradicionais, compostos por maestros como Jaime Mendes, compositores como Raul Ferrão, criando assim o chamado "fado musicado", aquele fado cuja música corresponde unicamente a uma letra, se bem que composto segundo a base do Fado, e em especial, tendo em atenção as potencialidades da guitarra portuguesa.

Hermínia Silva torna-se assim, sem o haver planeado, num dos vértices do Fado, tal qual ele existe, enquanto estilo musical: Alfredo Marceneiro foi o primeiro vértice, o da exploração estilística do Fado Tradicional. Viria a trazer o Fado para as grandes salas do Teatro de Revista, e viria a "inaugurar" a futura Canção Nacional, com acompanhamentos de grandes orquestras, dirigidas por maestros, que também eram compositores. A sua fama atingiu um tal ponto que o Cinema, quis aproveitar o seu sucesso como figura de grande plano.

Efectivamente, nove anos depois de se ter estreado na Revista, Hermínia integra o elenco do filme de Chianca de Garcia, Aldeia da Roupa Branca (1938), num papel que lhe permite cantar no filme. Nascera assim, a que viria a ser considerada, a segunda artista mais popular do século XX português, depois de Amália Rodrigues, o terceiro vértice do Fado, ainda por nascer.

Depois de várias presenças no estrangeiro, com especial incidência no Brasil e em Espanha, Hermínia aposta numa carreira mais concentrada em Portugal. O seu conhecido e parodiado receio em andar de avião, inviabilizou-lhe muitos contratos que surgiam em catadupa. Mas, Hermínia estava no Céu, na sua Lisboa das sete colinas.

Em 1943 é chamada para mais um filme, o Costa do Castelo, em 1946 roda o Homem do Ribatejo, passando regularmente pelos palcos do Parque Mayer, fazendo sucesso com os seus fados e as suas rábulas de Revista. Efectivamente, consegue alcançar tal êxito no Teatro, que o SNI, atribui-lhe o "Prémio Nacional do Teatro", um galardão muito cobiçado na época. Até 1969, em "O Diabo era Outro", a popularidade da fadista encheu os écrans dos cinemas de todo o país. Vieram mais revistas, mais recitais, muitos discos de sucesso. No ano de 1949, casa com Manuel Guerreiro, mas como verificámos a sua carreira prossegue muito ligada ao teatro, actuando em diversas peças nos palcos do Teatro Maria Vitória, Variedades, Apolo, Politeama ou Avenida. Neste último Teatro Avenida é-lhe prestada uma homenagem em Dezembro de 1945.

Mas, para quem quisesse conhecer a grande Hermínia bem mais de perto, ainda tinha a oportunidade de ouro, de vê-la ao vivo e a cores, sem microfone, na sua casa: o Solar da Hermínia, restaurante que manteve quase até ao fim da sua vida artística.

Felizmente, o Estado Português, o Antigo e o Contemporâneo, reconheceu Hermínia Silva. São vários os Prémios e Condecorações, as distinções e as nomeações, justíssimas para uma artista, que fez escola, e que hoje, constitui um dos três maiores nomes da Canção Nacional, ao lado de Marceneiro e de Amália, que por razões diferentes, pelos "apports" de forma e conteúdo distintos que trouxeram à Canção de Lisboa, fizeram dela, o Fado, tal qual hoje é entendido, cantado, tocado e formatado.

A fadista cantou quase até falecer, a 13 de junho de 1993, aos 85 anos. Morria assim uma das maiores vedetas do Fado e do Teatro de Revista português. Está sepultada no Cemitério dos Prazeres

  

Marcos principais da sua carreira
  • 1920 - Canta para Alfredo Marceneiro e para os amigos, entre os quais Armandinho, que adoravam ouvir a "miúda".
  • 1926 - Começa a cantar no Valente das Farturas, no Parque Mayer. Alfredo Marceneiro canta ao lado, no Júlio das Farturas.
  • 1929 - Na Esplanada Egípcia, no Parque Mayer, interpreta Ouro Sobre Azul, De Trás da Orelha e Off-Side.
  • 1932 - Ainda no Parque, muda-se para o Teatro Maria Vitória, onde actua na opereta A Fonte Santa.
  • 1933 - Ingressa no Teatro Variedades, onde é segunda figura, logo a seguir a Beatriz Costa. Canta e representa em inúmeras revistas.
  • 1958 - Inaugura o Solar da Hermínia, no Bairro Alto, ao qual se dedicará de tal forma que deixa o teatro de revista. Estará à frente desta casa durante 25 anos.
  • 1970 - Faz uma digressão de 3 meses ao Brasil.
  • 1982 - Fecha o Solar da Hermínia, o ponto de referência da sua carreira e onde inúmeros artistas despontaram.
  • 1987 - Na discoteca Loucuras! dá um espectáculo memorável, na presença do então Presidente da República, Mário Soares.

 


O baixo Robert Trujillo faz hoje 57 anos


Robert Trujillo (nome artístico de Roberto Agustin Miguel Santiago Samuel Trujillo Veracruz; Santa Mónica, Califórnia, 23 de outubro de 1964) é um baixista dos Estados Unidos.
   

 


Ryan Reynolds nasceu há 45 anos...!

    
Ryan Rodney Reynolds (Vancouver, 23 de outubro de 1976) é um ator, produtor, roteirista, apresentador e comediantecanadiano. Ele é conhecido pelos seus papeis em National Lampoon's Van Wilder, Waiting..., The Amityville Horror, Just Friends, Definitely, Maybe, The Proposal e Buried, bem como Wade Wilson/Deadpool em X-Men Origins: Wolverine e no filme a solo do próprio Deadpool, que estreou em 2016. Os seus papéis na televisão incluem Michael "Berg" Bergen, em Two Guys and a Girl. Reynolds também ator principal no filme Green Lantern juntamente com Blake Lively e Mark Strong. Foi o protagonista do filme a solo do Deadpool, interpretando o papel do mercenário tagarela. 

   

Um duplo atentado pôs em fuga a Força Multinacional do Líbano há 38 anos

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute
   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é um nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
     

Michael Crichton nasceu há 79 anos

       

John Michael Crichton (Chicago, 23 de outubro de 1942 - Los Angeles, 4 de novembro de 2008) foi um escritor, produtor de filmes e de televisão norte-americano. Os seus trabalhos mais conhecidos são romances de ficção científica, dentre os quais, a sua obra mais conhecida, Parque Jurássico, adaptado para o cinema por Steven Spielberg, com o título Jurassic Park, e a série de televisão ER.

Michael Crichton também dirigiu e/ou produziu vários filmes e programas de televisão. Entre outros, Crichton dirigiu o filme Coma, adaptado de uma novela de Robin Cook.
O seu género literário pode ser descrito como techno-thriller, que é, geralmente, a união de ação e de detalhes técnicos. Muitas das suas novelas têm termos médicos ou científicos, refletindo os seus conhecimentos médicos e científicos - Crichton era licenciado em Medicina pela Harvard Medical School.
Crichton morreu a 4 de novembro de 2008, aos 66 anos, por causa de um cancro.
     

Música adequada à data...!

Porque, aparentemente, hoje a Terra faz hoje (poucos) anos...

   
James Ussher ou simplesmente Usher (Dublin, 4 de janeiro de 1581 - 21 de Março de 1656) foi um Arcebispo de Armagh (Anglicano). Baseando-se na Bíblia, escreveu o livro The Annals of the World, em 1658. Neste livro, Ussher fez uma cronologia da vida na Terra baseada em estudos bíblicos e de outras fontes, de tal maneira concluiu que a criação do mundo ocorreu no dia 23 de outubro do ano 4004 antes de Cristo (a. C.), pelo calendário juliano. Na época, a afirmação foi amplamente aceite.
   
      
      in Wikipédia

 

 

Génesis

No princípio o Universo era muito quente e  denso muito denso e quente
e começou a expandir-se e a arrefecer a arrefecer e a expandir-se

Consoante ia arrefecendo o Universo que era violeta passou a amarelo
e de amarelo passou a laranja e de laranja passou a vermelho


Cada vez menos quente e denso cada vez menos denso e quente
o universo que era opaco tornou-se transparente

E os raios de luz puderam caminhar livremente
porque o universo que era opaco tornara-se transparente

E continuou a arrefecer e a expandir-se e a arrefecer
e a condensar-se para formar galáxias estrelas planetas nebulosas

e este ramo de rosas


in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

 

sexta-feira, outubro 22, 2021

E começou a Queima!

O Dia do Grande Desapontamento foi há 177 anos

     
O Dia do Grande Desapontamento, a 22 de outubro de 1844, foi o dia em que religiosos norte americanos inspirados em profecias bíblicas esperaram o retorno de Jesus Cristo. O movimento foi liderado por William Miller. Os remanescentes deste evento mais tarde fundaram diversas denominações adventistas.
    
História
Entre 1831 e 1844, William (Guilherme) Miller - um agricultor e pregador leigo Batista, ex-capitão de exército da guerra de 1812 - após estudar a Bíblia, lançou o "grande despertar do segundo advento", o qual eventualmente se espalhou através do mundo cristão nos Estados Unidos. Baseado na sua própria interpretação da profecia das 2.300 tardes e manhãs, contida no livro bíblico de Daniel 8:14, Miller subtraiu o número 2.300 de 457, visto que em 457 a.C. Esdras chegou a Jerusalém, para reconstruir o Templo, e chegou à conclusão que Jesus Cristo regressaria à Terra entre a primavera de 1843 e a primavera de 1844.
O período passou e nada aconteceu. Ele e muitos de seus colaboradores, pastores de várias denominações, voltaram novamente ao estudo da Bíblia para descobrir o erro. Dentre eles Samuel Snow, chegou à conclusão da vinda de Jesus em 22 de outubro de 1844, portanto no outono, no dia 10 do sétimo mês quando ocorria a purificação do santuário, que naquele ano cairia em 22/10. Quando Jesus não apareceu, os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar "O Grande Desapontamento".
A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda e amarga desilusão. Uns poucos, no entanto, voltaram para as suas Bíblias para descobrir porque eles tinham sido desapontados. Apesar de não terem visto acontecer nada que desacreditasse o cálculo, eles concluíram que a data de 22 de outubro ainda era correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Verificaram, em Daniel 7, que o Jesus se dirige ao "ancião de dias" e não à terra entendendo, portanto, que a purificação da Terra (como criam naquela época) na realidade era a purificação do Santuário Celestial, iniciando-se o período do juízo a partir de então. Mais tarde realizaram a conferência de Albany em 1845, onde 61 delegados compareceram, foi organizada a Associação Milenial Americana (American Millennial Association), que tornou-se na Igreja Evangélica Adventista, hoje extinta.
Miller baseou os seus estudos do regresso de Jesus em 1844 numa crença popular que dizia na época que "a terra era o santuário". Quando ele interpretou no livro de Daniel "purificação do santuário" seria a purificação da terra. Os Adventistas na época eram todos os que criam no advento de Jesus independentemente de qual denominação pertencessem. Após o Desapontamento, alguns (poucos) reestudaram as profecias, entenderam e passaram a crer que o Santuário a que se referia o livro de Daniel era o Santuário Celeste. Com outros demais estudos bíblicos é que em 1863 originou-se a Igreja Adventista do Sétimo Dia e também outros grupos.
Então do pequeno grupo que se recusou a desistir depois do "grande desapontamento" surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Cristã do Advento, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e os Estudantes da Bíblia (movimento conhecido atualmente como Testemunhas de Jeová) entre outros.

   

A PIDE foi criada há 76 anos

  

A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) foi uma polícia existente em Portugal entre 1945 e 1969. Apesar de ser, hoje em dia, sobretudo conhecida como polícia política, as funções da PIDE eram bastante mais abrangentes, sendo especialmente importantes as suas funções nos setores dos serviços de estrangeiros, fronteiras e segurança do Estado.
 

Funções

A PIDE foi criada pelo Decreto-Lei n.º 35 046 de 22 de outubro de 1945 - em substituição da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado - sendo considerada como um organismo autónomo da Polícia Judiciária e apresentada como seguindo o modelo da Scotland Yard. A PIDE desempenharia tanto funções administrativas como funções de repressão e de prevenção criminal.
No âmbito das suas funções administrativas, competia-lhe encarregar-se dos serviços de emigração e passaportes, dos serviços de passagem de fronteiras e dos serviços de permanência e trânsito de estrangeiros em Portugal.
No âmbito das funções de repressão e de prevenção criminal, competia à PIDE a instrução preparatória dos processos respeitantes aos crimes de estrangeiros relacionados com a sua entrada ou com o regime legal da sua permanência em território nacional, às infrações relativas ao regime da passagem nas fronteiras, aos crimes de emigração clandestina e aliciamento ilícito de emigrantes e aos crimes contra a segurança exterior e interior do Estado.
   
Atividade  

No contexto das suas funções no setor da segurança do Estado, destaca-se a importância da atividade da PIDE na neutralização da oposição ao Estado Novo.

A PIDE utilizava a tortura para obter informações e foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do Partido Comunista Português (PCP) José Dias Coelho e do General Humberto Delgado. Este último foi atraído para uma emboscada, só possível pela introdução de informadores nas organizações que o general liderava ou na sua teia mais íntima de relações pessoais, ultrapassando mesmo as fronteiras nacionais (não só o crime foi cometido em território espanhol como os informadores se encontravam instalados no Brasil, na França e na Itália).

Durante a Guerra do Ultramar, a PIDE, até aí virtualmente ausente dos territórios africanos, assumiu nos três teatros de operações a função de serviço de informações e - constituindo, enquadrando e dirigindo milícias próprias, os Flechas, compostas por africanos, por vezes desertores das guerrilhas - colaborou com as forças militares no terreno. Neste âmbito, poderá a sua ação ter também ultrapassado as fronteiras; com efeito, são-lhe atribuídas responsabilidades, quer no atentado que vitimou o dirigente da FRELIMO Eduardo Mondlane, quer na manipulação dos descontentes do PAIGC que, num "golpe de Estado" dentro do partido, assassinaram o dirigente independentista Amílcar Cabral.

Pelo Decreto-Lei n.º 49 401, de 24 de Novembro de 1969, o Governo presidido por Marcello Caetano substituiu a PIDE pela Direcção-Geral de Segurança (DGS), que, por sua vez, foi extinta na sequência da Revolução de 25 de abril de 1974, pelo Decreto-Lei n.º 171/74, de 25 de abril.