quinta-feira, março 14, 2019

A última Imperatriz da Áustria-Hungria morreu há trinta anos

Zita Maria da Graça Aldegunda Micaela Rafaela Gabriela Josefina Antonia Luísa Agnes de Bourbon-Parma, em italiano: Zita Maria delle Grazie Adelgonda Micaela Raffaela Gabriella Giuseppina Antonia Luisa Agnese di Borbone-Parma (Viareggio, 9 de maio de 1892 - Zizers, 14 de março de 1989) foi princesa de Parma e última imperatriz da Áustria, rainha da Hungria e da Boémia, como consorte do imperador Carlos I da Áustria. Ela descendia das famílias reais de Portugal, França e Espanha.
Filha do duque Roberto I de Parma e da infanta Maria Antonia de Bragança, Zita desposou o então arquiduque Carlos da Áustria em 1911. Carlos tornou-se herdeiro presuntivo do imperador Francisco José I da Áustria em 1914, após o assassinato do seu tio Francisco Fernando da Áustria, e ascendeu ao trono em 1916.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, os Habsburgos foram depostos com a formação de novos países, tais como a Áustria, a Hungria e a Checoslováquia. Carlos e Zita partiram em exílio para a Suíça e, mais tarde, para Madeira, onde Carlos morreu em 1922. Após a morte de seu marido, Zita e seu filho Otto tornaram-se símbolos de unidade da dinastia exilada.
Uma católica devota, ela criou uma grande família sozinha, tendo ficado viúva aos vinte e oito anos, e permaneceu fiel à memória de Carlos I pelo resto de sua vida.
   
Família
A princesa Zita de Bourbon-Parma nasceu em Villa Pianore, situada na província italiana de Lucca. O nome pouco comum, Zita, foi escolhido por causa da popular santa Zita, que viveu em Toscana durante o século XIII. Era a quinta filha (terceira mulher) do deposto duque Roberto I de Parma e da sua segunda esposa, Maria Antonia de Bragança, filha do ex-rei Miguel I de Portugal. O seu pai perdera o trono devido ao movimento de unificação italiana em 1859, quando ele ainda era uma criança. Roberto I teve doze filhos de seu casamento anterior, com Maria Pia de Bourbon-Duas Sicílias, dos quais seis eram retardados mentais e três morreram jovens. Dois anos depois de ficar viúvo, ele desposou a mãe de Zita. O segundo casamento gerou mais doze filhos.
Roberto viveu com sua numerosa família entre Villa Pianore (uma grande propriedade rural localizada entre Pietrasanta e Viareggio) e seu castelo em Schwarzau, na Baixa Áustria. Foi principalmente nestas duas residências que Zita passou seus primeiros anos de vida. A família ficava a maior parte do ano na Áustria, mudando-se para Pianore no outono e retornando na primavera. Para realizar tal viagem, eles tomavam um trem especial, de dezasseis carruagens.
   
Educação
Zita e os seus irmãos aprenderam a falar francês, alemão, italiano, espanhol, português e inglês.
Aos dez anos de idade, Zita foi matriculada num internato em Zangberg, na Alta Baviera, onde havia um rígido sistema de ensino de instrução religiosa. Zita e sua irmã Francisca foram mandadas a um convento na Ilha de Wight, para completar sua educação.
As crianças Parma regularmente faziam trabalhos de caridade aos pobres. Zita, por exemplo, distribuía comida, roupas e remédios aos necessitados em Pianore. Três de suas irmãs tornaram-se freiras e, durante algum tempo, Zita pensou em seguir o mesmo caminho
 Medalha comemorativa de Carlos e Zita (daqui)
  
Casamento
Nas proximidades do Castelo de Schwarzau ficava a Villa Wartholz, residência da arquiduquesa Maria Teresa de Áustria-Este, tia materna de Zita. Ela foi madrasta do arquiduque Otto, pai do arquiduque Carlos, à época segundo na linha de sucessão ao trono austríaco. As duas filhas de Maria Teresa eram primas em primeiro grau de Zita e "tias" de Carlos. Apesar de terem se conhecido na infância, Carlos e Zita não se viam há quase dez anos, devido aos estudos de ambos. Em 1909, o regimento de Dragões do arquiduque permaneceu estacionado em Brandýs nad Labem-Stará Boleslav, de onde ele visitava a sua tia em Franzensbad. Foi durante uma dessas visitas que os primos se reencontraram. Carlos vinha sendo pressionado a casar-se (Francisco Fernando, o seu tio e herdeiro presuntivo da coroa, havia casado morganaticamente, e os seus filhos foram excluídos da sucessão) e Zita vinha de uma longa linhagem real. Ela recordaria mais tarde: "Estávamos naturalmente felizes por encontrarmo-nos novamente e nos tornamos amigos íntimos. Do meu lado, os sentimentos desenvolveram-se gradualmente ao longo dos dois anos seguintes. Porém, ele foi muito mais rápido e tornou-se ainda mais entusiasmado quando, no outono de 1910, se espalharam rumores de que eu estava noiva de D. Jaime, duque de Madrid, um distante parente espanhol. Ao saber disso, o arquiduque deixou apressadamente Brandýs e procurou sua avó, a arquiduquesa Maria Teresa, que também era minha tia e confidente natural em tais assuntos. Perguntou se o boato era verdadeiro e, quando ela o negou, ele respondeu: 'Bem, de qualquer forma, é melhor eu me apressar, ou ela ficará noiva de outra pessoa.'" 
O arquiduque Carlos viajou até a Villa Pianore a fim de pedir a mão de Zita e, em 13 de junho de 1911, o seu compromisso foi anunciado na corte austríaca. Anos mais tarde, Zita recordou que, após o noivado, revelou a Carlos suas preocupações com a destino do Império Austro-Húngaro e os desafios da monarquia . Carlos e Zita casaram-se no Castelo Schwarzau, a 21 de outubro de 1911. O imperador Francisco José I, tio de Carlos - então com 81 anos -, aliviado por ver o seu herdeiro realizando um "casamento adequado", compareceu à cerimónia de muito bom humor, chegando mesmo a fazer um brinde aos noivos no desjejum nupcial. Zita logo concebeu um filho, dando à luz o arquiduque Otto a 20 de novembro de 1912. O casal teria outras sete crianças.
  
Esposa do herdeiro do trono austríaco
Nesta época, Carlos contava com vinte e cinco anos e não esperava tornar-se Imperador tão cedo, especialmente por Francisco Fernando gozar de boa saúde. Isso mudou em 28 de junho de 1914, quando o herdeiro e sua esposa Sofia foram assassinados em Sarajevo por Gavrilo Princip, um estudante servo-bósnio da organização nacionalista "Jovem Bósnia". Carlos e Zita receberam a notícia por telegrama naquele mesmo dia. Segundo a arquiduquesa, a reação de Carlos foi espetacular: "Apesar de ter sido um belo dia, vi seu rosto empalidecer sob o sol." 
Na guerra que se seguiu, Carlos foi promovido a general do exército austríaco, assumindo o comando do 20º Corpo para a ofensiva no Tirol. A guerra foi pessoalmente difícil para Zita, pois vários de seus irmãos lutaram em lados opostos no conflito (os príncipes Félix e René haviam se juntado ao exército austríaco, enquanto os príncipes Sixto e Xavier - que viviam na França antes da guerra - alistaram-se no exército belga). Também o seu país natal, a Itália, uniu-se à Tríplice Entente contra a Áustria em 1915, dando origem a diversos rumores da 'italiana' Zita. Em 1917, quando o conflito já caminhava para seu final, o embaixador alemão em Viena, conde Otto Wedel, escreveria a Berlim: "Ela descende de uma casa principesca italiana... O povo não confia plenamente na italiana e no seu bando de parentes". A pedido de Francisco José, Zita e seus filhos deixaram o Palácio de Hetzendorf e se mudaram para um conjunto de apartamentos no Palácio de Schönbrunn. Lá, Zita passou muitas horas com o velho imperador em ocasiões formais e informais, onde Francisco José confidenciou os seus temores em relação ao futuro. O imperador morreria de bronquite e pneumonia a 21 de novembro de 1916, aos 86 anos. Zita relatou mais tarde: "Lembro-me da encantadora figura gorducha do príncipe Lobkowitz dirigindo-se ao meu marido e, com lágrimas nos olhos, fazendo o sinal da cruz em sua testa. Então ele disse: 'Deus abençoe Vossa Majestade!'. Foi a primeira vez que ouvi o título Imperial dirigido a nós."
   
Imperatriz e Rainha
Carlos e Zita foram coroados em Budapeste a 30 de dezembro de 1916. Após a coroação, houve um banquete, mas depois a festa foi encerrada, pois o imperador e a imperatriz achavam inconveniente fazer celebrações prolongadas em tempos de guerra. No início do reinado, Carlos ausentava-se frequentemente de Viena; então foi instalada uma linha telefónica ligando Baden (onde o seu estado-maior se encontrava reunido) ao Palácio de Hofburg. Ele ligava várias vezes por dia a Zita sempre que estavam separados. A imperatriz tinha alguma influência sobre o marido e acompanhava discretamente as audiências com o primeiro-ministro e as instruções militares, tendo interesse especial pelas políticas sociais. Contudo, as questões militares eram o único domínio de Carlos. Enérgica e de temperamento forte, Zita acompanhou o marido às províncias e à frente de guerra, além de ocupar-se com obras de caridade e visitas aos feridos na guerra.
   
O "Caso Sixto"
Quando a guerra já se arrastava pelo seu quarto ano, o irmão de Zita, Sixto (que servia no exército belga), foi o principal articulador de um plano para a Áustria-Hungria fazer a paz em separado com a França. Carlos iniciou conversações com o príncipe por meio de contatos na neutra Suíça e Zita escreveu uma carta convidando-o para Viena. Maria Antonia, mãe de Zita, entregou a carta pessoalmente.
Sixto chegou com as condições francesas para a paz: a devolução da Alsácia-Lorena à França (anexada pela Alemanha após a Guerra Franco-Prussiana em 1870), o restabelecimento da independência da Bélgica; a independência do Reino da Sérvia e a entrega de Constantinopla à Rússia. Carlos concordou, inicialmente, com os três primeiros pontos e escreveu uma carta a Sixto, datada de 25 de março de 1917, declarando que "secreta e extra-oficialmente, usarei todos os meios e toda minha influência pessoal" junto ao presidente da França . Essa tentativa de "diplomacia dinástica" eventualmente fracassou. A Alemanha recusou-se a negociar sobre a Alsácia-Lorena e, vendo um colapso russo no horizonte, estava relutante em desistir da guerra. Sixto continuou os seus esforços, reunindo-se com David Lloyd George em Londres, para tratar das demandas territoriais da Itália sobre a Áustria no Tratado de Londres, mas o primeiro-ministro não poderia convencer seus generais a fazer a paz com a Áustria. Zita conseguiu uma realização pessoal neste período, impedindo os planos alemães de enviar aviões para bombardear o palácio de Alberto I da Bélgica durante as comemorações do dia do nome .
Em abril de 1918, após o Tratado de Brest-Litovski entre a Alemanha e a Rússia soviética, o ministro do exterior austríaco, conde Ottokar Czernin fez um discurso acusando o primeiro-ministro francês Georges Clemenceau de ser o principal obstáculo para uma paz favorecendo os Impérios Centrais. A vida de Sixto estava em risco e temia-se a ocupação da Áustria pela Alemanha. Czernin convenceu Carlos a enviar uma "palavra de honra" aos aliados da Áustria, dizendo que Sixto não tinha sido autorizado a mostrar a carta ao governo francês, que a Bélgica não tinha sido mencionada e que Clemenceau havia mentido com relação à Alsácia. Czernin manteve contato com a embaixada da Alemanha durante toda a crise e estava tentando convencer o imperador a abdicar por causa do incidente. Com o fracasso de seu plano, Czernin renunciou.
   
Fim do Império
A essa altura, o cerco fechava-se para Carlos I. A União dos Deputados Checos já havia feito, em 13 de abril de 1918, um juramento para um novo estado checoslovaco independente do Império dos Habsburgos; o prestigiado exército alemão havia sofrido um severo golpe na Batalha de Amiens e, em 25 de setembro de 1918, o rei Fernando I da Bulgária rompeu com seus aliados da Tríplice Aliança para negociar a paz de forma independente. Zita estava com Carlos quando ele recebeu o telegrama do colapso da Bulgária e lembrou que "tornava-se ainda mais urgente o início das negociações de paz com as potências ocidentais, enquanto ainda havia algo para se falar". Em 16 de outubro, o imperador lançou um "Manifesto Público", propondo a reestruturação do império em unidades federativas, onde cada nacionalidade teria seu próprio estado. Ao invés disso, cada país separou-se e o império foi efetivamente dissolvido.
Deixando os seus filhos em Gödöllő, Carlos e Zita voltaram ao Palácio de Schönbrunn. Nessa altura, o novo estado da "Áustria Alemã" já havia nomeado ministros e, em 11 de novembro, juntamente com os porta-vozes do imperador, eles elaboraram um manifesto para Carlos assinar. Zita, à primeira vista, confundiu o documento com uma abdicação e fez sua famosa declaração: "Um soberano não pode nunca abdicar. Ele pode ser deposto... Tudo bem. Isso é força. Mas abdicar - nunca, nunca, nunca! Eu prefiro cair aqui ao seu lado. Então haveria Otto. E mesmo que todos nós aqui fôssemos mortos, haveria ainda outros Habsburgos!" Carlos deu a sua permissão para que o documento fosse publicado e, com sua família e o restante de sua corte, partiu para o pavilhão de caça de Eckartsau, próximo à fronteira com a Hungria e a Eslováquia. A República da Áustria Alemã foi proclamada no dia seguinte.
   
Exílio
Após um mês difícil em Eckartsau, a família imperial recebeu auxílio de uma fonte inesperada. O príncipe Sixto encontrou-se com o rei Jorge V do Reino Unido e pediu-lhe para ajudar os Habsburgos. Movido pelo pedido (apenas alguns meses após a execução de seu primo Nicolau II da Rússia por revolucionários), Jorge prometeu: "Iremos fazer imediatamente o que for necessário".
Vários oficiais do exército britânico foram enviados para ajudar Carlos, mais notavelmente o tenente-coronel Edward Lisle Strutt. A 19 de março de 1919, recebeu ordens do Ministério da Guerra para "retirar o imperador de Áustria sem demora". Com alguma dificuldade, Strutt conseguiu arranjar um comboio para a Suíça, permitindo que o imperador saísse do país com dignidade e sem ter de abdicar. Carlos, Zita e seus filhos partiram em 24 de março.
   
Hungria e exílio na Ilha da Madeira
A primeira casa da família no exílio foi o Castelo Wartegg em Rorschach, na Suíça, um imóvel de propriedade dos Bourbon-Parma. No entanto, as autoridades suíças, preocupadas com as implicações dos Habsburgos, que viviam perto da fronteira austríaca, os obrigou a se deslocar para a parte ocidental do país. No mês seguinte, portanto, transferiram-se para a Villa Prangins, perto do Lago Léman, onde tiveram uma vida familiar tranquila. Esta foi abruptamente encerrada em março de 1920 quando, após um período de instabilidade na Hungria, Miklós Horthy foi eleito regente. Carlos ainda era, tecnicamente, rei (como Carlos IV), mas Horthy enviou um emissário a Prangins aconselhando-o a não ir para a Hungria até que a situação se acalmasse. Após o Tratado de Trianon, a ambição de Horthy aumentou. Carlos ficou preocupado e pediu a ajuda do Coronel Strutt para levá-lo à Hungria. Por duas vezes, Carlos tentou recuperar o controle, em março 1921 e novamente em outubro de 1921. Ambas as tentativas fracassaram, apesar do apoio incondicional de Zita (ela insistiu em viajar com ele na dramática viagem final para Budapeste).
Carlos e Zita residiram temporariamente Castelo de Tata, residência do conde Móric Esterházy, até que um "adequado" exílio permanente fosse encontrado. Malta foi sugerida como uma opção, mas foi recusada por lord George Nathaniel Curzon e o território francês foi descartado devido à possibilidade dos irmãos de Zita agirem em nome de Carlos. Finalmente, a portuguesa Ilha da Madeira foi o escolhida. Em 31 de outubro de 1921, o ex-casal imperial viajou de comboio da vila de Tihany até Baja onde o monitor britânico HMS Glow-worm os aguardava. Eles finalmente chegaram ao Funchal a 19 de novembro. As crianças permaneceram na Suíça, sob os cuidados da arquiduquesa Maria Teresa, juntando-se aos pais em fevereiro de 1922.
   
A morte de Carlos
O ex-imperador estava com a saúde debilitada há algum tempo. Após sair num dia frio no Funchal para comprar brinquedos para o filho Carlos Luís, Carlos teve uma crise de bronquite, que evoluiu rapidamente para uma pneumonia em virtude da inadequada assistência médica. Muitas das crianças e funcionários da casa também adoeceram e Zita (na época grávida de oito meses) ajudou a cuidar de todos. Muito debilitado, Carlos morreu no dia 1 de abril de 1922, aos 34 anos de idade. As suas últimas palavras para a esposa foram "Eu te amo tanto". Após os funerais uma testemunha afirmou: "Esta mulher deve realmente ser admirada. Nem por um segundo perdeu sua compostura... ela cumprimentou as pessoas em todos os lados e depois falou com quem tinha ajudado com o funeral. Todos ficaram encantados com ela". Zita usou luto em memória de Carlos durante todos seus 67 longos anos de viuvez.
   
Viuvez
Após a morte de Carlos, a ex-família imperial austríaca estava prestes a mudar-se novamente. Afonso XIII de Espanha consultou o Ministério do Exterior britânico, através de seu embaixador em Londres, e este concordou em permitir que Zita e seus sete (em breve oito) filhos se mudassem para a Espanha. Afonso enviou o navio de guerra Infanta Isabel para o Funchal para trazê-los até Cádis, de onde foram escoltados até o Palácio El Pardo, em Madrid. Neste local, logo após sua chegada, Zita deu à luz um filho póstumo, a arquiduquesa Isabel. O rei espanhol ofereceu como residência aos seus exilados parentes Habsburgo o Palácio Uribarria, em Lekeitio, na Baía de Biscaia, onde Zita e seus filhos viveram durante seis anos.
  
Mudança para a Bélgica
Em 1929, vários de seus filhos estavam se aproximando da idade de frequentar a universidade e a família procurava por um lugar com ambiente educacional mais agradável do que a Espanha. Em setembro daquele ano, eles se mudaram para a aldeia belga de Steenokkerzeel, próximo de Bruxelas, onde estavam mais perto de vários membros da sua família. Zita continuou seu lobby político em nome da família Habsburgo. Havia até a possibilidade de uma restauração Habsburgo sob os chanceleres austríacos Engelbert Dollfuss e Kurt Schuschnigg, o que levou o príncipe Otto a visitar a Áustria inúmeras vezes. Essas sondagens foram abruptamente encerradas com a anexação da Áustria pela Alemanha Nazi, em 1938. Como exilada, a família Habsburgo assumiu a liderança da resistência aos nazis na Áustria, mas esta fracassou devido à oposição entre monárquicos e socialistas.
  
Fuga para os Estados Unidos e Canadá
Com a invasão nazi da Bélgica, em 10 de maio de 1940, Zita e a sua família tornaram-se refugiados de guerra. Eles escaparam por pouco de um ataque direto ao castelo por bombardeiros alemães, fugindo para o castelo francês do príncipe Xavier em Bostz . Com a tomada do poder pelo governo colaboracionista de Philippe Pétain, os Habsburgos fugiram para o fronteira espanhola, atingindo-a a 18 de maio. Eles mudaram-se para Portugal, onde o governo dos Estados Unidos concedeu-lhes vistos em 9 de julho. Depois de uma perigosa jornada eles chegaram a Nova York a 27 de julho, seguindo para Long Island e Newark, em Nova Jersey, permanecendo hospedados por um longo tempo em Tuxedo Park, em Suffern, Nova York.
Os refugiados austríacos acabaram por se instalar no Quebec, que tinha a vantagem do idioma francês (as crianças mais novas ainda não eram fluentes no inglês). Como todos os fundos europeus foram cortados, as finanças estavam mais limitadas do que nunca. Por um período, Zita viu-se reduzida a servir saladas de espinafre e folhas de dente-de-leão. Não obstante, todos os seus filhos estavam ativos no esforço de guerra. Otto promoveu o papel da dinastia num pós-guerra europeu e reunia-se regularmente com Franklin Roosevelt; Roberto era o representante dos Habsburgos em Londres; Carlos Luís e Félix juntaram-se ao Exército dos Estados Unidos, servindo com vários parentes americanos do ramo Mauerer; Rodolfo entrou clandestinamente na Áustria no final da guerra, para ajudar a organizar a resistência. Em 1945, Zita comemorou o seu aniversário no primeiro dia de paz, 9 de maio. Ela passaria os dois próximos anos percorrendo os Estados Unidos e Canadá para arrecadar fundos para a Áustria e a Hungria, devastadas pela guerra.
    
Pós Guerra
Após um período de descanso e recuperação, Zita voltava regularmente à Europa para os casamentos dos seus filhos. Ela decidiu mudar-se definitivamente para a Europa em 1952, a fim de cuidar de sua idosa mãe, no Luxemburgo. A Infanta Maria Antónia de Bragança faleceu, aos 96 anos de idade, em 1959. O bispo de Chur propôs que Zita se mudasse para uma residência que ele administrava (o antigo castelo dos Condes de Salis) em Zizers, no cantão de Graubünden, Suíça. Como o castelo tinha espaço suficiente para as visitas da sua grande família, com uma capela nas proximidades (uma necessidade para a católica devota), ela aceitou facilmente a proposta.
Zita ocupou seus últimos anos com sua família. Embora as restrições à entrada dos Habsburgos na Áustria tivessem sido revogadas, estas só se aplicam para os que nasceram depois de 10 de abril de 1919. Isso significa que Zita não pôde comparecer ao enterro da sua filha Adelaide, em 1972, algo bastante doloroso para ela. Ela também se envolveu nos esforços para a canonização de seu falecido marido, o "Imperador da Paz". Em 1982 as restrições ao seu retorno à Áustria foram suavizadas e ela pôde voltar ao país, após seis décadas de ausência. Nos anos seguintes, ela fez várias visitas à sua antiga pátria austríaca, até mesmo com aparições na televisão estatal. Numa série de entrevistas concedidas ao tablóide vienense Kronen Zeitung, Zita expressou a sua convicção de que as mortes do príncipe herdeiro Rodolfo da Áustria e a sua amante, a baronesa Maria Vetsera, em Mayerling, em 1889, não se tratava de um duplo suicídio, mas de um assassinato premeditado e executado por agentes franceses e austríacos.
  
Morte
Após um inesquecível 90º aniversário, quando esteve cercada por sua agora vasta família, a saúde de Zita começou a se deteriorar. Ela desenvolveu cataratas inoperáveis em ambos os olhos. A sua última reunião de família aconteceu em Zizers, em 1987, quando os seus filhos e netos se juntaram para comemorar o seu aniversário de 95 anos. Ao visitar sua filha, no verão de 1988, ela desenvolveu uma pneumonia e passou a maior parte do outono e do inverno acamada. Finalmente ela chamou o seu primogénito Otto, no início de março de 1989, e disse-lhe que estava morrendo. Ele e o restante da família viajou para a Suíça, onde os seus filhos e netos revezavam-se em seus aposentos, fazendo-lhe companhia até à sua morte, na madrugada de 14 de março de 1989, aos 96 anos.
Os funerais, com honras imperiais, realizaram-se em Viena, a 1 de abril. O governo permitiu que as exéquias ocorressem em solo austríaco, desde que os Habsburgos arcassem com os custos. O corpo de Zita foi levado para a Cripta Imperial de Viena no mesmo coche funerário que transportou os restos mortais do imperador Francisco José I, em 1916. Estiveram presentes mais de 200 membros das famílias Habsburgo e Bourbon-Parma, e o serviço fúnebre contou com 6.000 participantes entre líderes políticos, autoridades estatais e representantes internacionais, incluindo um representante do Papa João Paulo II. Seguindo um costume antigo, Zita pediu que o seu coração fosse colocado numa urna e depositado no Mosteiro de Muri, na Suíça, onde o coração do Imperador havia descansado durante décadas.
  
Processo de beatificação
Em 10 de dezembro de 2009, Yves Le Saux, bispo de Le Mans, na França, abriu o processo diocesano de beatificação de Zita. Em 13 de março de 2006 e 4 de março de 2008, o antecessor do bispo Le Saux, monsenhor Jacques Maurice Faivre, solicitou à Congregação para as Causas dos Santos permissão para o processo, a ser conduzido em Le Mans. Em 11 de abril de 2008 a Congregação, tendo recebido o parecer favorável do bispo de Chur, respondeu afirmativamente ao pedido. Zita tinha o hábito de passar vários meses por ano na diocese de Le Mans, na Abadia de Santa Cecília de Solesmes, onde três das suas irmãs eram freiras.
   

quarta-feira, março 13, 2019

Neil Sedaka faz hoje oitenta anos!

Neil Sedaka (Brooklyn, New York, 13 de março de 1939) é um cantor, pianista e compositor americano geralmente associado com Brill Building. Ele fez parceria com Howard Greenfield para compor muitos de seus sucessos, tanto para si como para outros cantores. A voz de Sedaka é identificada com a de tenor. O maior sucesso de Neil é a canção "Oh Carol" de 1959. Além de "Oh Carol", outras canções de Neil Sedaka fizeram sucesso entre o final da década de 50 e início dos anos 60. "The Diary" (provavelmente de 1958) fez parte da banda sonora da novela Esplendor, da Rede Globo. As músicas "Breakin' Up Is Hard To Do" e "Calendar Girl", esta última de 1961 e a primeira de 1962, além de "Laughter in the Rain" são outros sucessos do cantor. Curiosidade: quando o grupo sueco ABBA estava no início de carreira, Neil Sedaka ajudou-os a fazer a versão em inglês de uma das primeiras canções do grupo nessa língua. A canção é Ring Ring, incluída no álbum de mesmo nome, em 1973.
 
    

A Batalha de Dien Bien Phu começou há 65 anos

Batalha de Dien Bien Phu
Guerra da Indochina
Dien bien phu castor or siege deinterlaced.png
Pára-quedistas saltando de um Noratlas
Data 13 de março a 7 de maio de 1954
Local Dien Bien Phu, província de Lai Chau, alto Tonkin, Vietname
Resultado Vitória do Việt Minh
Combatentes
Flag of North Vietnam (1945-1955).svg Việt Minh Flag of France.svg França
Flag of South Vietnam.svg Estado do Vietname
Comandantes
Vo Nguyen Giap Christian de Castries
Forças
13 de março de 1954:
48.000 combatentes, apoio logístico de 15.000
7 de maio de 1954:
80.000 homens incluindo os serviços e a logística.
13 de março de 1954:
10.800 homens
7 de maio de 1954:
14.014 homens (incluindo serviços logística)
Baixas
Estimativas francesas:
entre 23.000 e 25.000 baixas, incluindo 15.000 feridos.
Números vietnamitas:
4.020 mortos, 9.118 feridos e 792 desaparecidos.
2.293 mortos e 5.195 feridos na batalha.
11.721 soldados feitos prisioneiros dos quais 3.290 foram repatriados vivos; desapareceram 7.801 homens.

A Batalha de Dien Bien Phu (em francês Bataille de Diên Biên Phu, em vietnamita Trận Điện Biên Phủ), travada entre o Việt Minh e o corpo expedicionário francês no Extremo Oriente, de 13 de março a 7 de maio de 1954, foi a última batalha da Guerra da Indochina.
Após 8 semanas de duros combates, as tropas do Vietname do Norte, que, com uma força de cerca de 80 mil homens sofreram 7.900 mortos e 15.000 feridos, venceram as tropas da União Francesa. Dos franceses, que registaram 2.293 mortos e 5.193 feridos na batalha, 11.721 soldados ficaram prisioneiros e a maioria não sobreviveu ao cativeiro, tendo sido repatriados apenas 3.290.
Dien Bien Phu é um pequeno planalto no nordeste do Vietname, na província de Lai Chau, no alto Tonkin, na qual se encontra a localidade de Dien Bien Phu. Encontra-se na proximidade das fronteiras da China e do Laos, em plena região tai. Ðiện significa uma administração, Biên um espaço fronteiriço e Phủ un distrito, ou seja, em termos afrancesados, “chef lieu d'administration préfectorale frontalière” (ou, em tradução para português, “sede da circunscrição administrativa fronteiriça”). Em língua tai, a povoação chama-se Muong Tanh. O local apresenta-se como uma grande planície coberta de arrozais e de campos, com a aldeia propriamente dita, e uma ribeira (a Nam Youn) que atravessa a planície. É o único sítio plano em centenas de quilómetros ao redor, inclui um antigo aeródromo construído pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
Depois da sua conquista, em novembro de 1953, durante a operação Castor, foi, no ano seguinte, o teatro de uma violenta batalha entre o corpo expedicionário francês, composto de tropas da Legião Estrangeira, de tropas coloniais pára-quedistas, de artilheiros, de cavaleiros, de tropas aerotransportadas pára-quedistas metropolitanas, regimento de engenharia, saúde, grupos de caça da força aérea. Sem esquecer as tropas de África, bem como o batalhão pára-quedista vietnamita, que compõem os países membros da União Francesa, sob o comando do coronel Castries (nomeado general durante a batalha) e o essencial das tropas Việt Minh sob as ordens do general Giáp.
Esta batalha saldou-se com a vitória do general Giap, a 7 de maio de 1954, e foi a última da Guerra da Indochina, exceptuando uma emboscada do Grupo Móvel 100 em An Khé, alguns dias antes dos Acordos de Genebra. França abandonou a parte norte do Vietname (o Tonkin), depois dos acordos de Genebra, assinados em julho de 1954, que instauraram uma divisão do país ao longo do paralelo 17.

César Cui morreu há 101 anos

Pintura de César Cui de Ilya Repin
  
César Antonovitch Cui (Vilnius, 18 de janeiro de 1835 - Petrogrado, 13 de março de 1918) foi um compositor e crítico musical russo, de ascendência francesa e lituana. Foi um compositor extremamente prolífico, escrevendo muitas peças para piano, música de câmara, centenas de canções, peças para orquestra e várias óperas.
Cui nasceu em Vilnius. Estudou piano e teoria musical na infância, e entrou na Escola de Engenharia Militar de São Petersburgo, iniciando uma carreira militar e tornando-se especialista em fortificações. Quando, em 1857, conhece Mily Balakirev, passa a dedicar-se seriamente à música, tornando-se membro do Grupo dos Cinco.
Como crítico, Cui escreveu mais de 800 artigos entre 1864 e 1918 (sobretudo na época 1864-1900) para vários jornais e outras publicações na Rússia e resto da Europa. Vários dos artigos foram agrupados tematicamente em monografias: Kol'tso Nibelungov (O Anel do Nibelungo, 1876); A música na Rússia (1880); Russkii romans (O Romance Russo, 1896). Na década de 1860, a sua crítica no jornal são-petersbuguense Vedomosti valeu-lhe a alcunha "niilista musical" devido ao desdém pela antiga música clássica (como a da época de Mozart) e ao seu apelo à originalidade musical.
   
  

Adam Clayton - 59 anos

Adam Charles Clayton (Chinnor, Oxfordshire, 13 de março de 1960) é um músico inglês, baixista do U2, banda irlandesa de rock. Adam, que não teve aulas de música, é um autodidata que chegou a bom porto graças a muita dedicação e treino. Entre alguns dos temas em que o seu contributo é mais distinto temos "New Year's Day", "With or Without You" e "Gloria", "Bullet the Blue Sky", "Mysterious Ways", "Get on Your Boots" e "Magnificent". No álbum de estúdio No Line on the Horizon, foi citado como um dos melhores baixistas.
Na décadas de 80 e de 90, Adam apostou nos efeitos, com ênfase ao uso de "slaps", e "distorções". O baixista prefere um som mais puro e direto do seu instrumento. Seja qual for a abordagem, o jazzman da banda (assim chamado pelo vocalista da banda, Bono Vox) continua imprevisível e criativo. Adam é também responsável pelo site oficial da banda no U2.com, tendo entregado a gestão ao seu irmão Sebastian.
Adam é o filho mais velho de Brian e Jo Clayton, nasceu na cidade de Chinnor, na Inglaterra. Quando Clayton tinha apenas 5 anos de idade, a sua família mudou-se de Oxfordshire para Malahide, uma pequena cidade próxima de Dublin, na Irlanda, onde o irmão de Adam, Sebastian, já nasceu. A família Clayton tornou-se amigo da família Evans, com os seus filhos Dik Evans e David Evans (mais conhecido como The Edge), que eram do grupo original, Feedback, que mais tarde se tornou os U2.
   
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Hoje é dia de recordar Félix Rodríguez de la Fuente

Félix Samuel Rodríguez de la Fuente (Poza de la Sal, Burgos; 14 de marzo de 1928-Shaktoolik, Alaska; 14 de marzo de 1980) fue un naturalista y divulgador ambientalista español, defensor de la naturaleza, y realizador de documentales para radio y televisión, destacando entre ellos la exitosa e influyente serie El hombre y la Tierra (1974-1980). Licenciado en medicina por la Universidad de Valladolid y autodidacta en biología, fue un personaje polifacético de gran carisma cuya influencia ha perdurado a pesar del paso de los años.​ Su saber abarcó campos como la cetrería y la etología, destacando en el estudio y convivencia con lobos. Casado con Marcelle Geneviève Parmentier Lepied.
Ejerció además como expedicionario, guía de safaris fotográficos en África, conferenciante y escritor. Contribuyó en gran medida a la concienciación ecológica de España en una época en la que el país todavía no contaba con un movimiento de defensa de la naturaleza. Su repercusión no fue solo a nivel nacional sino también internacional y se calcula que sus series de televisión, emitidas en numerosos países y plenamente vigentes hoy en día, han sido vistas por varios cientos de millones de personas. Murió en Alaska, Estados Unidos, junto con dos colaboradores y el piloto al accidentarse la aeronave que los transportaba mientras hacían una filmación aérea para uno de sus documentales.
in Wikipédia
  
Félix Rodríguez de la Fuente - monumento no Zoo de Madrid

terça-feira, março 12, 2019

Liza Minnelli - 73 anos

Liza May Minnelli (Los Angeles, 12 de março de 1946) é uma atriz e cantora americana. É filha do diretor Vincent Minnelli e da atriz e cantora Judy Garland. Eternizou-se no cinema como a dançarina Sally Bowles, no filme que lhe rendeu um Óscar de melhor atriz, Cabaret.

Liza Minnelli foi uma atriz precoce, participando no primeiro filme em 1949 (In the Good Old Summertime), aos catorze meses de idade. Com dezasseis anos, Liza foi para Nova Iorque, por sua conta, para iniciar a carreira artística. Em 1964, a mãe convidou-a para participarem juntas num espectáculo em Londres, que teve excelente repercussão. Foi nessa ocasião que Liza conheceu o primeiro marido, o cantor e compositor australiano Peter Allen, amigo de Judy Garland.
Liza ganhou um prêmio Tony aos 19 anos de idade e, em 1969, aos 23 anos, foi indicada ao primeiro Óscar, pelo papel de Pookie Adams em The Sterile Cuckoo.
Os anos 70 foram anos de muito trabalho para Liza. Actuou nos palcos, nas telas e na música.
Em 1972, Minnelli protagonizou um dos maiores sucessos da carreira, como Sally Bowles, no filme Cabaret, adaptação do musical homônimo. A longa-metragem é também um dos maiores sucessos de bilheteira de Hollywood e projetou Liza como um dos maiores ícones do cinema mundial. O talento como cantora foi reconhecido com a interpretação antológica da canção-tema homónima. Minnelli venceu o Óscar de Melhor Atriz pelo desempenho e o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical. Foi simultaneamente capa das revistas Time e Newsweek. Além de Cabaret, uma das interpretações mais conhecidas é New York, New York, do musical homónimo.
Com o amigo Halston, era frequentadora assídua do Studio 54, o mais famoso clube noturno do mundo. Em 1974, participou como narradora do filme Isto é o espetáculo, com Fred Astaire e Gene Kelly. Casou-se em 1974 com o produtor e diretor de televisão Jack Haley, Jr., e em 1979 com o escultor Mark Gero, mas os dois casamentos acabaram em divórcio.
Nos últimos anos, a carreira tem estado voltada mais para os palcos e para a música. Gravou com Frank Sinatra o CD Duets e Sammy Davis Jr.; juntou-se a eles para uma série de concertos e espetáculos na televisão, que tiveram óptima repercussão.
Em 1997, Liza sofreu uma cirurgia às cordas vocais, época em que começou a assistir a todos os filmes do pai adoptivo. Isso levou-a a estrear um espetáculo na Broadway intitulado Minnelli on Minnelli.
Casou-se em 2002 com David Gest, promoter e produtor de televisão, e o divórcio ocorreu em 2007 (ela separou-se de Gest em 2003).
Em 2006 gravou a canção Mama em parceria com a banda My Chemical Romance.
Após a performance como Dudley Moore, no longa-metragem Arthur, Minnelli fez poucas aparições no cinema.
Em 2015 teve uma recaída e voltou ao tratamento psicoterápico e de desintoxicação em uma clínica de reabilitação, devido ao seu vício em drogas e álcool. É conhecida dos media as brigas entre Liza e a sua meia-irmã Lorna Luft. Ambas não se dão bem desde a adolescência, e as brigas intensificaram-se após Liza recair no seu vício, e Lorna descobrir um cancro de mama com metástase cerebral. Ela acusou Liza de não tê-la visitado no hospital. Liza rebateu em entrevistas, afirmando que quando mais precisou da irmã, em uma overdose e posterior tentativa de parar o uso, não teve apoio dela.

 

Al Jarreau nasceu há 79 anos

Alwyn Lopez Jarreau (Milwaukee, 12 de março de 1940 - Los Angeles, 12 de fevereiro de 2017), conhecido popularmente como Al Jarreau, foi um cantor  norte-americano. Versátil no seu estilo de cantar, foi premiado sete vezes com o Grammy, sendo o único a vencer o prémio em três categorias distintas: jazz, pop e R&B.
Filho de um pastor, Al Jarreau começou a cantar no coro de sua igreja aos quatro anos de idade, ao mesmo tempo em que se apresentava em uma variedade de eventos em Milwaukee, sua cidade natal, ao lado dos irmãos ou sozinho. Mas a música não foi a única atividade a qual se dedicou nessa época: sobressaiu-se, também, nos desportos e nos estudos, onde, por suas notas, foi considerado um aluno acima da média. Na juventude, já estudando no respeitado Ripon College, em Wisconsin, Jarreau continuou a cantar nos finais de semana e feriados para se divertir, associando-se nessa época a um grupo local chamado The Indigos.
Em 1975, após uma pequena temporada estendida no Bla Bla Cafe, ainda em Los Angeles, ele foi descoberto por pessoal da Warner Bros Records e assinou um contrato de gravação. Seu primeiro álbum lançado para o selo, We Got By, foi aclamado, por unanimidade, pelos críticos e deu-lhe fama internacional, chegando a receber um Grammy na Alemanha, facto que se repetiu com o lançamento de seu segundo álbum, Glow. Seu quarto álbum, All Fly Home, foi lançado em 1978 com muitos elogios na media, o que lhe rendeu um segundo Grammy nos EUA como melhor vocalista de Jazz. Nos anos 80, seu álbum Breakin 'Away (1981), que inclui seu hit We're in This Love Together, foi campeão de vendas e lhe rendeu mais dois Grammy como o de Melhor Vocalista Pop Masculino e Melhor Vocalista Masculino de Jazz.
Em 1985, esteve no Rock in Rio e cantou na mesma noite que James Taylor e George Benson, para um público recorde naquela edição do Show.
Em 1992, com o álbum Heaven and Earth, ele recebeu seu quinto Grammy como Melhor Performance Vocal de R&B.
O ano de 1996 trouxe um novo desafio para sua carreira: Jarreau aceitou permanecer três meses na Broadway protagonizando o musical Grease com muito sucesso.
Pela sua carreira, Al foi distinguido com uma estrela no Hollywood Walk of Fame, eternizando-o como um dos melhores cantores da sua geração.
  
 

Charlie Parker morreu há 64 anos

Charles Parker, Jr. (Kansas City, Missouri, 29 de agosto de 1920New York, 12 de março de 1955) foi um saxofonista dos Estado Unidos de jazz e compositor. No início da sua carreira Parker foi apelidado de Yardbird; essa alcunha mais tarde foi encurtada para Bird e permaneceu como a sua para o resto da sua vida.
  
 

El-Rei D. Manuel I surpreendeu Roma e o Papa há 505 anos atrás

Elefante Hanno e o seu mahout (desenho a caneta e tinta, Museu das Belas-Artes de Angers)
  
Em 1514 Tristão da Cunha foi mandado a Roma como embaixador ao papa Leão X, tendo como seu secretário Garcia de Resende. A embaixada faustosíssima que comandava, acompanhado por Diogo Pacheco e João de Faria, percorreu as ruas da cidade numa extravagante procissão, a 12 de março de 1514, onde se viam animais selvagens das colónias e riquezas das Índias. O cortejo trazia um elefante como presente para o papa, a que este deu o nome Hanno), e que durante quase 3 anos foi a sua mascote. Vinham também dois leopardos, uma pantera, alguns papagaios, perus raros e cavalos indianos. Hanno carregava um palanque de prata no seu dorso, em forma de castelo, contendo um cofre com os presentes reais, entre os quais paramentos bordados com pérolas e pedras preciosas, e moedas de ouro cunhadas para a ocasião.
O papa recebeu o cortejo no Castelo de Santo Ângelo. O elefante ajoelhou-se três vezes em sinal de reverência e depois, obedecendo a um aceno do seu mahout (tratador) indiano, aspirou a água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre a multidão e os cardeais.
Para a mesma ocasião viria um rinoceronte, que seria retratado por Albrecht Dürer em uma famosíssima xilografia. Apesar de nunca o ter visto, o artista baseara-se numa descrição extremamente precisa do animal. O barco com o rinoceronte terá naufragado ao mesmo tempo que Hanno chegava de Lisboa.
  

O geólogo William Buckland nasceu há 235 anos

William Buckland (Axminster, Devon, 12 de março de 1784 - 24 de agosto de 1856) foi um teólogo britânico que se tornou Deão de Westminster, geólogo e paleontólogo que fez a primeira coleta e descrição completa de um dinossauro nomeado megalossauro, seu trabalho na caverna de Kirkdale comprovando um covil pré-histórico de hiena, e pelo qual foi premiado com a Medalha Copley, foi amplamente elogiado como um exemplo de como a análise científica detalhada pode ser usada para entender a história geológica pela reconstrução de eventos do conceito Tempo Profundo. Foi um pioneiro no uso de fezes, restos fossilizados, pelo qual ele inseriu o termo coprólito, para reconstruir antigos eco-sistemas. Buckland foi o proponente da Teoria do Hiato, que interpretava o acontecimento Bíblico de Génesis se referindo a dois episódios da Criação separados por um período de duração, que surgiu no final do século XVIII e começo do século XIX com uma maneira de reconciliar os acontecimentos das escrituras com as descobertas geológicas que sugeria a terra muito antiga. No começo de sua carreira ele acreditou que tivesse encontrado evidência geológica do Diluvio Bíblico, porém mais tarde convenceu-se que a Era do Gelo de Louis Agassiz era uma melhor explicação, e, ele desempenhou um importante papel na promoção da teoria na Grã Bretanha.
Foi laureado com a Medalha Copley, em 1822, e com a medalha Wollaston, concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1848.

Gabriele d’Annunzio nasceu há 156 anos

Gabriele d’Annunzio (Pescara, 12 de março de 1863  - Gardone Riviera, 1 de março de 1938) foi um poeta e dramaturgo italiano, símbolo do decadentismo e herói de guerra. Além de sua carreira literária, teve também uma excêntrica carreira política.
  
  
Sopra un erotik
  
Voglio un amore doloroso, lento,
che lento sia come una lenta morte,
e senza fine (voglio che più forte
sia de la morte) e senza mutamento.

Voglio che senza tregua in un tormento
occulto sien le nostre anime assorte;
e un mare sia presso a le nostre porte,
solo che pianga in un silenzio intento.

Voglio che sia la torre alta granito,
ed alta sia così che nel sereno
sembri attingere il grande astro polare.

Voglio un letto di porpora, e trovare
in quell'ombra giacendo su quel seno,
come in fondo a un sepolcro l'Infinito.

Graham Coxon, dos Blur, faz hoje cinquenta anos!

Graham Coxon (nascido Graham Leslie Coxon, a 12 de março de 1969, em Rinteln, na Alemanha) é um músico que construiu a sua carreira tocando guitarra numa das principais bandas inglesas de sua época, os Blur. Mesmo tendo o seu talento como guitarrista e a sua importância nos Blur reconhecidos por fãs e pela crítica, Graham deixou a banda em 2003, após seis álbuns, embarcando definitivamente numa carreira a solo iniciada quatro anos antes. Entretanto, regressou aos Blur em 2009.
É considerado um dos melhores guitarristas de sua época e entrou, inclusive, na lista dos 40 melhores guitarristas dos últimos 30 anos, em decimo quinto lugar.

Blur
O seu envolvimento com a música começou muito cedo. Nascido na antiga Alemanha Ocidental, numa base militar inglesa onde seu pai, músico de jazz, dava aulas de música, Graham e a sua família estabeleceram-se na Inglaterra poucos anos depois. Por volta dos 12 anos, Graham aprendeu a tocar guitarra e saxofone e, em pouco tempo, já participava em diversas bandas. Aos 14 conheceu Damon Albarn e eles reencontrariam-se na faculdade, onde formaram os Blur. Ao longo da uma trajetória bem sucedida, os Blur passaram por inúmeras transformações sonoras. Do primeiro álbum, Leisure (1991), quando a banda ainda parecia um filhote de Manchester dos Stone Roses, ao auge do britpop (em Parklife de 1994 ) e mais tarde ao namoro com o rock americano (no álbum Blur, de 1997) e com a música eletrénica (a partir de 13, de 1999), o elemento que sempre deu unidade ao som da banda foi a guitarra característica de Graham Coxon. Desde o primeiro single dos Blur, “There’s No Other Way”, podia-se comprovar pelo riff que ali estava um guitarrista especial, e a sua carreira comprova isso. Nos Blur, enquanto Damon Albarn centralizava as atenções e os holofotes dos media como frontman pelo comportando no palco e em entrevistas como um típico popstar, Coxon era o carismático guitarrista tímido e nerd, satisfeito a ficar de canto sem aparecer muito. Era também um notório beberrão, as suas inúmeras e curiosas histórias de backstage só aumentavam o folclore em torno de si, que aos poucos foi se tornando uma figura muito querida entre os fãs da banda. Com o passar dos anos, a facilidade de Graham Coxon em compor foi crescendo e começou a faltar espaço no Blur para conciliar as canções de Graham e de Damon Albarn, por si próprio uma locomotiva criativa. Além disso, Graham mostrava também uma disposição para se expressar como autor. No álbum Blur de 1997, surgiu a primeira música interpretada unicamente por ele na voz e guitarra, a balada “You’re So Great”. Com isso, não foi surpresa quando em 1998, Graham Coxon montou o selo Transcopic Records e lançou um álbum a solo, The Sky Is Too High Assim como em “You’re So Great”, Graham Coxon é o único músico presente no álbum, tocando todos os instrumentos.

Carreira a Solo
No disco, Graham explorava uma massiva gama de influências e experimentações, desde folk até o punk, gravado com uma produção descuidada, por vezes precária, evidenciando se tratar de um projeto paralelo onde Graham dava vazão à sua produção como compositor. A prioridade (ainda) era visivelmente os Blur, tanto que não houve promoção ou turnê em torno do disco. Em 2000 surge o segundo álbum solo, “The Golden D”, mais pesado e agressivo, que teve uma repercussão um pouco menos restrita, sendo percebido fora do espectro dos fãs dos Blur como um trabalho distinto da sonoridade da banda.

Em 2001, tirando proveito de um intervalo nas atividades do Blur, que a esta altura tinha Damon Albarn envolvido no seu próprio projeto paralelo, os Gorillaz, Graham Coxon deu sequência à sua carreira a solo com o álbum “Crow Sit on Blood Tree”. Trata-se de um disco completamente diferente dos anteriores, mais introspectivo e delicado. Com a boa repercussão do álbum junto à crítica, o entusiasmo de Graham foi aumentando e ele já preparava um novo álbum quando o Blur se reuniu novamente para discutir ideias para o seu próximo disco. Foi então que começaram a surgir especulações sobre a possível saída de Graham do grupo. De facto, já fazia algum tempo que se tornava difícil para o Blur conciliar a divergência musical de seus dois principais compositores e, com os anos de convivência, as relações pessoais também já andavam desgastadas, com o agravante do histórico de Graham com o álcool. A soma desses fatores resultou na saída definitiva de Graham Coxon dos Blur em 2002. A banda seguiu o seu rumo sem um substituto e com Damon deixando as portas abertas em entrevistas para um eventual retorno, ao que Graham reagiu declarando não ter intenção de voltar a integrar o grupo.
The Kiss of Morning”, lançado em outubro de 2002, foi gravado enquanto Graham Coxon ainda era membro do Blur, foi o primeiro a contar com músicos de apoio e a ajuda de um produtor, resultando num disco mais coeso.
Após quatro discos tão diferentes entre si, para os críticos se tornou uma tarefa árdua situar o trabalho solo de Graham e não é difícil encontrar nomes absolutamente díspares como Pavement, Sonic Youth, Syd Barrett e Nick Drake sendo citados como referências em textos sobre o agora cantor-compositor. O facto é que, apesar de refletir as suas influências no seu trabalho, Graham Coxon consegue passar nas músicas a sua personalidade, transitando com facilidade entre vários estilos mantendo uma identidade própria, facilmente reconhecível. Nesse aspecto, um outro nome frequentemente relacionado ao trabalho a solo de Graham é o de Billy Childish, que inclusive teve álbuns seus lançados pela Transcopic Records, gravadora montada por Coxon.
Em 2004 surge o primeiro álbum de Graham Coxon efetivamente como um artista solo, “Hapiness In Magazines”. Desta vez, o enfoque foi diferente, a ideia de produção caseira, lo-fi, foi deixada de lado, assim como boa parte dos experimentalismos, tornando o som mais pop e acessível. Para o disco, Graham contou com a produção de Stephen Street, que havia trabalhado nos quatro primeiros álbuns dos Blur. Com isso, a comparação com o som de sua antiga banda foi inevitável. O disco, sonoramente falando, se situa entre Modern Life Is Rubbish e Parklife, como se numa hipotética linha no tempo o Blur lançasse Hapiness In Magazines como uma ruptura ao caminho traçado pela banda em Parklife. Essa característica do “novo velho” Graham Coxon certamente agradou fãs mais antigos dos Blur, além de ser pop o suficiente para atingir o grande público na Inglaterra. O disco esteve muito bem nas paradas, puxado principalmente pelos singles “Freak Me Out” e “Bittersweet Bundle of Misery”. Com sua primeira turnê solo, Graham tocou nos grandes festivais ingleses e em 2005 foi escolhido como melhor artista a solo do ano pela NME.

Midlife: Um novo começo para os Blur
O regresso aos Blur foi confirmada e as suas atividades reiniciaram, com a formação original, ensaiando para os shows do meio do ano, que não acontecia desde 2000. Com o lançamento da sua nova coletânea "Midlife: A New Begginers To Blur" que inclui varias músicas marcantes em toda a carreira de blur, e o primeiro show para marcar o retorno será no "Festival de Glastonbury" o maior festival de música ao ar livre do mundo, e ainda as apresentações no Hide Park e no T in the Park. Já se falava da possibilidade do lançamento de um novo álbum em 2010 (Into the Silence) que foi anunciado por "Damon Albarn" em 2009.
A banda também tocou no British Awards 2012 e fechou os Jogos Olímpicos de Londres, no mesmo ano.