sexta-feira, janeiro 18, 2019

Jonathan Davis, vocalista e baterista dos Korn, faz hoje 48 anos

Jonathan Houseman Davis (18 de janeiro de 1971) é o vocalista dos Korn, nascido e criado em Bakersfield, Califórnia, onde viveu com o pai e a madrasta. Na infância, sofreu vários traumas (abuso infantil pela madrasta, abuso sexual por uma vizinha pedófila e bullying na escola), que depois lhe serviram de inspiração para escrever músicas, o que se torna evidente na música Falling Away From Me, uma das melhores dos KoRn, onde a letra mostra temas da sua infância. Além de vocalista, ele é baterista. Ele tocou no álbum Issues, e também durante o cover de "Earache My Eye" em Live and Rare. Jonathan toca também gaita-de-foles. Aos doze anos já sabia tocar nove instrumentos, incluindo clarinete, violino e piano.
Jonathan foi o último elemento a entrar para os Korn. Munky e Head descobriram-no num bar, onde pretendiam ficar apenas alguns minutos. Mas ao verem Jonathan apresentar-se com a sua banda da época, Sexart, ficaram até o final e convidaram-no para se juntar aos Korn. Após consultar um médium, Jonathan aceitou o convite.
Com Jonathan na banda, o Korn virou uma sensação, e manteve-se popular desde então. Desde 1993, lançaram 12 álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo e uma compilação, e conquistaram platinas,além de 2 Grammys. Davis foi eleito 16# Melhor Vocalista de Heavy Metal de Todos os Tempos pela revista Hit Parader.
Em 25 de Maio de 2018, Jonathan lançou seu primeiro álbum solo: Black Labyrinth.
  

Ary dos Santos morreu há 35 anos...

(imagem daqui)

José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na História da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções vencedoras do Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Com Fernando Tordo escreve mais de 100 poemas para canções do músico e o duo Tordo/Ary continua a ser, até hoje, um dos mais profícuos da História da Música Portuguesa. São de sua autoria canções intemporais como Tourada, Estrela da Tarde, Cavalo à Solta, O amigo que eu canto, Café, Dizer Que Sim à Vida e Rock Chock. Estas canções foram interpretadas por cantores como Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Mariza, Amália Rodrigues, Mafalda Arnauth e Paulo de Carvalho.

Placa na casa onde Ary dos Santos viveu e morreu

Biografia
Proveniente de uma família da alta burguesia, com antepassados aristocratas, era filho do médico Carlos Ary dos Santos (1905-1957) e de Maria Bárbara de Miranda e Castro Pereira da Silva (1899-1950).
Estudou no Colégio de São João de Brito, em Lisboa, onde foi um dos melhores alunos. Após a morte da mãe, vê publicados, pela mão de vários familiares, alguns dos seus poemas. Tinha catorze anos e viria, mais tarde, a rejeitar esse livro. Ary dos Santos revelaria, verdadeiramente, as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade. Várias poesias suas integraram então a Antologia do Prémio Almeida Garrett.
Pela mesma altura, Ary abandona a casa da família. Para o seu sustento económico exerce as mais variadas actividades, que passariam pela venda de máquinas para pastilhas elásticas, até ao trabalho numa empresa de publicidade. Não cessa de escrever e, entretanto, dá-se a sua estreia literária efetiva, com a publicação de A Liturgia do Sangue (1963). Em 1969 adere ao Partido Comunista Português, com qual participa activamente nas sessões de poesia do então intitulado Canto Livre Perseguido.
Através da música chegará ao grande público, concorrendo, por mais que uma vez, ao Festival RTP da Canção, sob pseudónimo, como exigia o regulamento. Classificar-se-ia em primeiro lugar com as canções Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
Após o 25 de Abril, torna-se um activo dinamizador cultural da esquerda, percorrendo o país de lés a lés. No Verão Quente de 1975, juntamente com militantes da UDP e de outras forças radicais, envolve-se no assalto à Embaixada de Espanha, em Lisboa.
Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes. Notabilizou-se também como declamador, tendo gravado um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira. À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia ser uma autobiografia romanceada.
Depois de falecer, a 18 de janeiro de 1984, o seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na fachada da sua casa, na Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida. Ainda em 1984 foi lançada a obra VIII Sonetos de Ary dos Santos, com um estudo sobre o autor de Manuel Gusmão e planeamento gráfico de Rogério Ribeiro, no decorrer de uma sessão na Sociedade Portuguesa de Autores, da qual o autor era membro. Em 1988, Fernando Tordo editou o disco O Menino Ary dos Santos, com os poemas escritos por Ary dos Santos na sua infância. Em 2009, Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti dão voz ao álbum de tributo Rua da Saudade - canções de Ary dos Santos.
Hoje, o poeta do povo é reconhecido por todos e todos conhecem José Carlos Ary dos Santos, pois a sua obra permanece na memória de todos e, estranhamente, muitos dos seus poemas continuam actuais. Todos os grandes cantores o interpretaram e ainda hoje surgem boas vozes a cantá-lo na perfeição. Desde Fernando Tordo, Simone de Oliveira, Tonicha, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, Maria Armanda, Teresa Silva Carvalho, Vasco Rafael, entre outros, até aos mais recentes como Susana Félix, Viviane, Mário Barradas, Vanessa Silva e Katia Guerreiro.
A 4 de outubro de 2004 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo.
Publicações
  • 1953 - Asas
  • 1963 - A Liturgia do Sangue
  • 1964 - Tempo da Lenda das Amendoeiras
  • 1965 - Adereços, Endereços
  • 1968 - Insofrimento In Sofrimento
  • 1970 - Fotos-grafias
  • 1970 - Ary por Si Próprio
  • 1973 - Resumo
  • 1974 - Poesia Política
  • 1975 - Lllanto para Alfonso Sastre y Todos
  • 1975 - As Portas que Abril Abriu
  • 1977 - Bandeira Comunista
  • 1979 - Ary por Ary
  • 1979 - O Sangue das Palavras
  • 1980 - Ary 80
  • 1983 - Vinte Anos de Poesia
  • 1984 - As Palavras das Cantigas
  • 1984 - Estrada da Luz
  • 1984 - Rua da Saudade
 
 
Meu Amor, Meu Amor
Poema de Ary Dos Santos
Música de Alain Oulman

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

quinta-feira, janeiro 17, 2019

O Nobel da Literatura Camilo José Cela morreu há dezasseis anos

Camilo José Cela Trulock, 1.º Marquês de Iria Flavia (Padrón, 11 de maio de 1916 - Madrid, 17 de janeiro de 2002) foi um escritor espanhol.
Ele ofereceu os seus serviços como informador ao regime de Franco e mudou-se voluntariamente de Madrid para a Galiza durante a Guerra Civil, para se juntar às forças franquistas.
Foi membro da Real Academia Espanhola desde 1957 até à sua morte. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1989.
Começou o curso de Medicina na Universidade Complutense e assistiu a algumas aulas de Filosofia e Letras na Universidade de Madrid.
Lutou na Guerra Civil, integrado no exército nacionalista de Franco, até que foi ferido por uma granada, tendo aí terminado a sua vida militar. Uma vez finda a guerra, dedicou-se ao jornalismo e ocupou vários empregos de carácter essencialmente burocrático, entre os quais o de censor, que mais tarde o faria ser bastante criticado.
Em 1944 casou com Rosario Conde Picavea, de quem teve um filho, Camilo José Cela Conde, nascido em 1946.
No meio de um panorama caracterizado pela abundância de romances de escassa capacidade renovadora, em 1942 se produz um acontecimento de singular importância literária: a publicação de A família de Pascual Duarte (uma dura história ambientada num pequeno povoado: reflecte o mundo popular e camponês e a seres primitivos, de instintos primários e grandes paixões, onde se destacam o ódio e a violência). Escrita com uma prosa brutal e crua, foi todo ele um acontecimento e deu lugar mesmo a uma corrente, conhecida como «Tremendismo».
Em 1943, Pavilhão de repouso, sucessão de monólogos dos tuberculosos de um sanatório, aprofunda a linha existencialista, que em A família de Pascoal Duarte já tinha manifestado, na caracterização da vida como algo absurdo.
Em 1948, Viagem a Alcarria descrevia, ainda que sem excessiva crueza, um mundo rural atrasado e marginalizado, semelhante ao de A família de Pascual Duarte.
A colmeia, a obra mais importante de Cela, inaugura o realismo social dos anos cinquenta. Seria editado, em 1951, em Buenos Aires, já que a censura tinha proibido a sua publicação na Espanha, por causa das suas passagens eróticas.
Sempre inquieto e desejoso de procurar novos caminhos narrativos, sua seguinte novela, Mrs. Caldwell fala com seu filho (1953), afasta-se do realismo para mergulhar na mente de uma louca que dialoga com o seu filho morto.
Depois de um longo parêntese, em 1969 publica São Camilo 1936, novela experimental que, mediante um único monólogo interior, oferece uma descrição surrealista do primeiro dia da guerra civil num bordel de Madrid.
Entre as suas últimas novelas destacam Mazurca para dois mortos (1983), que se passa na sua Galiza natal, e Cristo contra Arizona (1994), que continua a sua linha experimentalista. A sua última obra publicada é Madeira de lei, e tem como argumento a vida dos pescadores da Costa da Morte.
Escudo del marquesado de Iria Flavia.svg
Brasão do Marquês de Iria Flavia
  
 
 
Poema en forma de mujer que dicen temeroso, matutino, inútil


Ese amor que cada mañana canta
y silba, temeroso, matutino, inútil
(también silba)
bajo las húmedas tejas de los más solitarios corazones
-¡Ave María Purísima!-

y rosas son, o escudos, o pajaritas recién paridas,
te aseguro que escupe, amoroso
(también escupe)
en ese pozo en el que la mirada se sobresalta.
Sabes por donde voy:

tan temeroso
tan tarde ya
(también tan sin objeto).
Y amargas o semiamargas voces que todos oyen
llenos de sentimiento,

no han de ser suficientes para convertirme en ese dichoso,
caracol al que renuncio
(también atentamente).
Un ojo por insignia,
un torpe labio,

y ese pez que navega nuestra sangre.
Los signos de oprobio nacen dulces
(también llenos de luz)
y gentiles.
Eran
-me horroriza decirlo-
muchos los años que volqué en la mar
(también como las venas de tu garganta, teñida de un tímido color).

Eran
-¿por qué me lo preguntas?-

dos las delgadas piernas que devoré.
Quisiera peinar fecundos ríos en la barba
(también acariciarlos)
e inmensas cataratas de lágrimas
sin sosiego,

desearía, lleno de ardor, acunar allí mismo donde nadie se atreve a
levantar la vista.
Un muerto es un concreto
(también se ríe)
pensamiento que hace señas al aire.
La mariposa,

aquella mariposa ruin que se nutría de las más privadas
sensaciones,
vuela y revuela sobre los altos campanarios
(también hollados campanarios)
aún sin saber,
como no sabe nadie,

que ese amor que cada día grita
y gime, temeroso, matutino, inútil
(también gime)
bajo las tibias tejas de los corazones,
es un amor digno de toda lástima.


Camilo José Cela

Popeye surgiu há noventa anos...!

Imagem da abertura de "O Novo Show do Popeye" produzido em 1978
  
Popeye é um personagem clássico de banda desenhada, criado por E. C. Segar a 17 de janeiro de 1929, e adaptado para os desenhos animados em 1933, pelos irmãos Dave e Max Fleischer.
É um marinheiro carismático que está sempre a tentar proteger a sua namorada, Olívia Palito (em inglês Olive Oyl), das garras de seu eterno inimigo, Brutus.
Quando come espinafres, Popeye fica muito mais forte e confiante, podendo vencer qualquer desafio, tendo a sua força equiparada até à do poderoso Super Homem.
   
(...)
   
Popeye surgiu em 1929 na banda desenhada "Thimble Theatre" ("Teatro em Miniatura"), de Elzie Crisler Segar no "New York Journal". Em uma história, publicada a 17 de janeiro de 1929, o irmão da Olívia, Castor Palito, estava a voltar de uma viagem de navio em busca de Bernice, uma lendária galinha mágica, que emitia o ruído whiffle (e por isso era chamada de Galinha Whiffle), que podia dar força e invulnerabilidade a qualquer um que esfregasse as suas penas. Castor então resolve contratar mais um marinheiro para a sua tripulação, ele chega a um cais e pergunta a um homem com fato de marinheiro: "Ei, você aí! Você é um marinheiro?" e ele o responde: "Você achou que eu fosse um cowboy?!".
Antes de Popeye aparecer na banda desenhada, estas eram protagonizadas pelos membros da família Palito, o irmão da Olívia, Castor, e os pais Cole e Nana; outro que também tinha as suas próprias bndas desenhadas, como o comedor de hambúrgueres Wimpy. A Olívia tinha outro namorado antes da chegada de Popeye, que se chamava Ham Gravy. À medida que o tempo passou, Ham Gravy foi substituído por Popeye, que se tornou o novo namorado da Olívia. Com a inclusão de Popeye, as histórias mudaram de título, passando a se chamar "Thimble Theatre: Starring Popeye the Sailor".
  

Al Capone nasceu há 120 anos

Alphonsus Gabriel Capone, ou simplesmente Al Capone, (Brooklyn, 17 de janeiro de 1899 - Palm Beach, 25 de janeiro de 1947) foi um gângster ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei Seca que vigorou nos Estados Unidos nas décadas de 20 e 30. Considerado por muitos como o maior gângster dos Estados Unidos. Al - como era chamado pelo seu círculo íntimo, tinha a alcunha de Scarface ("Cara de Cicatriz"), devido a uma cicatriz no seu rosto.
  
Biografia
Alphonsus Gabriel Capone nasceu a 17 de janeiro de 1899, em Brooklyn, Nova Iorque. Os seus pais, Gabriele (12 de dezembro de 1864 - 14 de novembro de 1920) e Teresina Capone (28 de dezembro de 1867 - 29 de novembro de 1952) eram imigrantes da Itália, sendo o pai um barbeiro de Castellammare di Stabia, cidade a cerca de 26 km a sul de Nápoles, e a sua mãe uma costureira e filha de Angelo Raiola de Angri, uma cidade na província de Salerno.
Al Capone cresceu num bairro muito pobre e pertenceu a pelo menos duas quadrilhas de delinquentes juvenis. Aos catorze anos foi expulso da escola em que fazia o ensino secundário por agredir um professor. Integrou o grupo dos Cinco Pontos Five Points Gang em Manhattan, e trabalhou para o gângster Frank Yale.
Em 1918, Capone conheceu Mae "Joséphine" Coughlin, de ascendência irlandesa. A 4 de dezembro de 1918, Mae deu à luz seu filho, Albert "Sonny" Francis. Capone casou-se com ela no dia 30 de dezembro do mesmo ano.
No ano seguinte, 1919, foi enviado por Frank Yale para Chicago transferindo-se para lá com sua família para uma casa localizada em South Prairie Avenue, 7244, e tornou-se braço direito do mentor de Yale, John Torrio.
Quando Torrio foi alvejado por rivais de outras gangues, Capone passou a liderar os negócios e rapidamente demonstrou que era melhor para comandar a organização do que Torrio, expandindo o sindicato criminoso para outras cidades entre 1925 e 1930.
Aos 26 anos mostrava-se um homem sem escrúpulos, frio e violento. Em 1929 foi nomeado o homem mais importante do ano, junto com personalidades da importância do físico Albert Einstein e do líder pacifista Mahatma Gandhi.
Capone controlava informantes, pontos de apostas, casas de jogo, bordéis, bancas de apostas em corridas de cavalos, clubes noturnos, destilarias e cervejarias. Chegou a ganhar mais de 100 milhões de dólares norte-americanos por ano, durante a Lei Seca; foi um dos que mais a desrespeitaram. Por ser promíscuo, acabou contraindo sífilis, o que o obrigava tomar remédios fortes.
Em 1931, foi condenado pela justiça americana por fuga aos impostos, com onze anos de prisão. A sua pena foi revista em 1939, por causa do seu estado de saúde; ele tinha sífilis e já apresentava distúrbios mentais, tendo morrido da doença em 1947.
  
No Cinema
No cinema foi consagrado por vários filmes e representado por diferentes actores que viveram o papel do mais famoso gângster norte-americano, como Wallace Beery, Paul Muni, Barry Sullivan, Rod Steiger, Neville Brand, Ben Gazzara, Robert De Niro, Anthony LaPaglia, Jon Bernthal.
O personagem Augusto, de O Conto do Vigário, filme de Federico Fellini, foi inspirado na figura de Al Capone.
  

Torga morreu há 24 anos

Adolfo Correia da Rocha é o verdadeiro nome de Miguel Torga. Este escritor e médico nasceu em São Martinho de Anta, a 12 de agosto de 1907, e morreu em Coimbra, a 17 de janeiro de 1995, com 87 anos.
Miguel Torga, o seu pseudónimo, foi um dos poetas e escritores portugueses mais influentes do século XX.
Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
   
   
Pátria

Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma…
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra

E alma.

Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés e fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras…
 
      
Gerês, Pedra Bela, 20 de agosto de 1942 - Diário II

quarta-feira, janeiro 16, 2019

Hoje é dia de recordar Jan Palach...


 
Kasabian - Club Foot
 
One...take control of me?
Yer messing with the enemy
Said its 2..it's another trick
Messin with my mind, I wake up
Chase down an empty street
Blindly snap the broken beats
Said it's cut with a dirty trick
Its taken all these days to find ya
I tell you I want you
I tell you I need you
 
 I tell you I want you
I'll tell you I need you
I... the blood aint on my face
Just wanted you near me

A cantora Sade Adu faz hoje sessenta anos!

Sade Adu, nome artístico de Helen Folasade Adu, (Ibadan, 16 de janeiro de 1959) é uma cantora de jazz, da banda Sade, bastante popular no Reino Unido e resto do mundo.
Nascida na Nigéria, mas criada em Colchester, Reino Unido, para onde foi viver com a sua mãe (britânica), quando esta se separou do seu pai (nigeriano), cresceu ouvindo mestres do soul como Marvin Gaye, Curtis Mayfield e Donny Hathaway. Apesar dessas influências e mesmo ouvindo no período de sua adolescência, não decidiu dedicar a sua vida à música, pois estudou desenho de moda no 'St Martin's Art College'. Porém, logo descobriu que o mundo da moda não lhe permitia um bom equilíbrio entre o gosto de criar e a necessidade de ganhar a vida.
Descobriu o seu talento musical quando aderiu a uma banda formada por alguns dos seus amigos de colégio e rapidamente passou a ser a vocalista de uma banda de funk latino chamada Pride. Ganhou gosto por escrever letras de músicas (foi nesta fase que escreveu o êxito Smooth Operator). Aos 24 anos Helen assumiu-se como elemento central de uma nova banda, Sade, formada por si e por elementos da então extinta Pride - Stuart Matthewman, Andrew Hale e Paul Spencer Denman.
  
Álbuns de estúdio

Ouros álbuns
 

Jan Palach deixou-nos há 50 anos...

Jan Palach (11 de agosto de 1948 - 16 de janeiro de 1969) foi um estudante checo que cometeu suicídio, através da auto-imolação, como forma de protesto político.

A invasão da Checoslováquia, liderada pela União Soviética, em agosto de 1968, tinha a pretensão de esmagar as reformas liberalistas do governo de Alexander Dubček, na Primavera de Praga. Jan Palach morreu após atear fogo em si próprio, na Avenida Wenceslas, na cidade de Praga, no dia 16 de janeiro de 1969, quando tinha apenas 20 anos de idade.
O funeral de Jan Palach transformou-se em um grande protesto contra a ocupação, e um mês depois (em 25 de fevereiro de 1969) um outro estudante, Jan Zajíc, também ateou fogo a si próprio e ardeu até à morte no mesmo local, seguido ainda por Evžen Plocek, em abril do mesmo ano, na cidade de Jihlava.

Reconhecimento póstumo
Jan Palach foi inicialmente enterrado no cemitério Olšany. À medida que a sua lápide se  foi tornando um local de veneração, a StB (a polícia secreta do país) foi incumbida de destruir qualquer memória do legado de Jan Palach, e exumou os seus restos mortais na noite de 25 de outubro de 1973. O seu corpo foi cremado e enviado à sua mãe, na cidade de Všetaty, terra natal do estudante, enquanto uma mulher desconhecida foi posta no local. Não foi permitido à mãe de Jan Palach depositar a urna com as cinzas no cemitério local até 1974. Em 25 de outubro de 1990, a urna foi recolocada oficialmente no seu local de origem, na cidade de Praga.
A chamada "Semana Palach" ocorreu no vigésimo aniversário de morte de Jan Palach. Foi uma série de manifestações anti-comunistas em Praga, entre 15 e 21 de janeiro de 1989, todas suprimidas pela polícia, que precederam a queda do comunismo na então Checoslováquia, 11 meses depois.
Após a Revolução de Veludo, Jan Palach (juntamente com Jan Zajíc) foram homenageados com uma cruz de bronze cravada no ponto onde ele caiu, do lado de fora do Museu Nacional, bem como com uma praça com o seu nome. O astrónomo checo Luboš Kohoutek, que veio a deixar o país no ano seguinte, nomeou um asteroide, que havia sido descoberto em 22 de agosto de 1969, como 1834 Palach. Existem vários outros memoriais a Jan Palach em cidades pela Europa, incluindo um pequeno memorial dentro dos túneis em Jungfraujoch, na Suíça.
 
A poucos metros de distância do local onde Jan Palach cometeu suicídio há um monumento na cidade velha de Praga que presta homenagem ao pensador religioso Jan Hus, que foi queimado na fogueira por heresia, em 1415. Ele próprio foi celebrado como herói nacional durante muitos séculos, sendo automaticamente ligado ao caso de Jan Palach.


terça-feira, janeiro 15, 2019

Há dez anos, um pequeno grande milagre ocorreu no rio Hudson, em Nova Iorque

 O Airbus A320, depois da queda, flutuando no rio Hudson
   
O Voo US Airways 1549 foi um voo comercial de passageiros rotineiro, que iria de Nova Iorque para Charlotte, na Carolina do Norte, que, a 15 de janeiro de 2009, caiu no rio Hudson, numa zona adjacente a Manhattan, seis minutos após descolar do Aeroporto de LaGuardia.
Enquanto ganhava altitude, o Airbus A320 atingiu um grupo de gansos-do-canadá, o que resultou numa imediata perda de potência de ambas as turbinas. Quando a tripulação determinou que o avião não poderia alcançar da sua posição, logo a nordeste da ponte George Washington, nenhum local de aterragem, decidiram guiar o avião para sul e estabeleceu o seu voo para o rio Hudson, e então aterrou o avião, virtualmente intacto, curiosamente perto do Intrepid Sea-Air-Space Museum, no centro de Manhattan. Logo após a aterragem de emergência no rio, os 155 passageiros do avião, parcialmente submerso e em naufrágio, saíram e foram todos resgatados por embarcações próximas.
Toda a tripulação do voo 1549 foi mais tarde condecorada com a Medalha de Mestre da Guild of Air Pilots and Air Navigators. No momento da entrega das medalhas, foi dito que "...esta aterragem de emergência e a evacuação do avião, sem a perda de vidas humanas, é uma conquista heróica e única da aviação".
  
(...)
      
Em 8 de fevereiro de 2009, o programa da CBS, 60 Minutes, exibiu três segmentos que incluíram entrevistas com a tripulação, assim como a sua reunião com os passageiros.
Em 19 de fevereiro de 2009, o Channel 4 (Reino Unido) exibiu um documentário intitulado The Miracle of the Hudson Plane Crash (O Milagre da Queda do Avião no Hudson), que incluiu a primeira testemunha do acidente, além de relatos de outras testemunhas, incluindo passageiros e pessoas que participaram diretamente no resgate.
Em 21 de fevereiro de 2009, a ABC7 News exibiu uma entrevista com o comandante Sullenberger no programa "Face to Face", que contou suas experiências durante o acidente e desde o evento.
Em 4 de março de 2009, o Discovery Channel exibiu um documentário intitulado Hudson Plane Crash - What Really Happened (Acidente de Avião no Hudson - O que aconteceu realmente) pela primeira vez. O documentário de TV de uma hora examinou as circunstâncias que rodeavam o acidente e o resgate; o filme destacou animações geradas por computador e novas entrevistas com os passageiros, a tripulação, testemunhas, pessoas diretamente envolvidas no resgate e especialistas em segurança na aviação.
Em 14 de março de 2011, o National Geographic (NatGeo) exibiu um documentário da série Mayday Desastres Aéreos "Hudson River Runway" (Pouso do Rio Hudson) onde o documentário mostrou deste a descolagem até a aterragem na água.
Em 2016, o caso passou para o filme Sully, dirigido por Clint Eastwood, e protagonizado por Tom Hanks.
 

Martin Luther King nasceu há noventa anos

Martin Luther King Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 - Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Um pastor Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de sua carreira. Ele liderou, em 1955, o boicote aos autocarros de Montgomery e ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como o seu primeiro presidente. Os seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez o seu discurso "I Have a Dream".
Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prémio Nobel da Paz, pelo o combate à desigualdade racial através da não violência. Nos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu o seu foco de luta e debate para incluir a pobreza e a Guerra do Vietname, perdendo muitos dos seus aliados liberais com um discurso de 1967, intitulado "Além do Vietname".
King foi assassinado a 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, em 1977, e Medalha de Ouro do Congresso, em 2004; o Dia de Martin Luther King, Jr. foi estabelecido como um feriado federal dos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram renomeadas em sua homenagem.
  
(...)
  
Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos Estados Unidos para homenagear Martin Luther King, o chamado Dia de Martin Luther King - sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima do aniversário de King. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido por todos os estados do país.
      

Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados há um século

  
Karl Liebknecht (Leipzig, 13 de agosto de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919) foi um político e dirigente socialista alemão.
Filho de Wilhelm Liebknecht e colaborador de Karl Marx e Friedrich Engels, Karl Liebknecht ficou conhecido por ter, com Rosa Luxemburgo, fundado a Liga Spartacus, em 1916. Este movimento de esquerda surgiu na Alemanha em oposição ao regime social-democrata vigente na República de Weimar, acusado pelos espartaquistas de ser cooptado pela burguesia.
Karl Liebknecht estudou direito nas Universidades de Leipzig e Berlim, concluindo o seu doutoramento na Universidade de Würzburg, em 1897. Abriu um escritório de advocacia e passou a defender causas sindicais e da juventude. Em 1900 aderiu ao Partido Social-Democrata da Alemanha. Passa a intensa militância política e funda em 1915, juntamente com Rosa Luxemburgo e outros, a Liga Spartacus, sendo expulso do SPD em 1916, aglutinando-se no Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD) e, depois da ruptura com este, no Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 15 de janeiro de 1919, após o governo moderado alemão ter colocado as cabeças dos líderes da esquerda a prémio, Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados em Berlim. Entretanto, o movimento a que eles deram origem não morreu com os seus idealizadores, já que sua concepção acabou, principalmente através de sua principal teórica, Rosa Luxemburgo, influenciando diversos grupos e indivíduos, dando prosseguimento ao espartaquismo ou luxemburguismo.
Karl Liebknecht, juntamente com a Liga Spartacus, acabou por fundar o Partido Comunista da Alemanha, aliando-se a outros grupos comunistas da época, os Delegados Revolucionários e os Comunistas Internacionalistas. Com a morte de Liebknecht e Luxemburgo, o KPD acaba caindo na direção de Paul Levi, espartaquista que se aproximou da social-democracia anteriormente combatida e, posteriormente, passou ao comando de líderes pró-bolcheviques, sendo que a ala mais radical (principalmente os Comunistas Internacionalistas) juntou-se com a Esquerda de Breme e fundou o Partido Comunista Operário da Alemanha.
  
  
  
Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e alemã, que se tornou mundialmente conhecida pela sua militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1915, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Luxemburgo considerou o levantamento espartaquista de janeiro de 1919, em Berlim, como um grande erro. Entretanto, ela acabaria por apoiar a insurreição que Liebknecht iniciou, sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e alguns de seus seguidores foram capturados e assassinados. Luxemburgo foi fuzilada e o seu corpo deitado à água no Landwehr Canal, em Berlim.
(...)
Em 15 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e Wilhelm Pieck, líderes do Partido Comunista da Alemanha, foram presos e levados para interrogatório no Hotel Eden em Berlim. Enquanto que os detalhes das mortes de Luxemburgo e Liebknecht são desconhecidos, a versão mais aceite é de que foram retirados do hotel por paramilitares do grupo de direita Freikorps, que mais tarde iriam apoiar os nazis. Enquanto Luxemburgo e Liebknecht eram escoltados para fora do prédio, foram espancados até ficarem inconscientes. Pieck conseguiu fugir, enquanto Luxemburgo e Liebknecht foram levados, cada um, num jipe militar. O primeiro jipe, com Rosa Luxemburgo, virou antes da ponte Corneliusbrücke, numa pequena rua paralela ao curso de água conhecido como Canal do Exército (Landwehrkanal). Ela foi baleada e atirada, semi-morta, nas águas geladas de janeiro do Landwerkanal. O seu companheiro de luta, Karl, seguia no outro jipe, que cruzou a Corneliusbrücke e entrou numa das ruas desertas do parque Tiergarten. Ele foi baleado pelas costas, enquanto era induzido a caminhar. Morto, foi entregue como indigente num posto policial. Dois meses mais tarde, Jogiches foi morto, pelo mesmo grupo. O corpo de Rosa Luxemburgo só foi encontrado no final de junho. Os seus assassinos jamais foram condenados. Somente em 1999, uma investigação do governo alemão concluiu que as tropas de assalto haviam recebido ordens e dinheiro dos governantes social-democratas para matar Luxemburgo e Liebknecht.
Os corpos de Luxemburgo e Liebknecht estão enterrados no Cemitério Central de Freidrichsfelde, em Berlim. Todos os anos, socialistas e comunistas se reúnem no local na segunda segunda-feira de janeiro para homenageá-los.
      
(imagem daqui)
    
Epitáfio para Rosa Luxemburgo

Aqui jaz
Rosa Luxemburgo
Judia da Polónia
Vanguarda dos operários alemães
Morta por ordem
Dos opressores. Oprimidos
Enterrai as vossas desavenças!


Bertold Brecht

segunda-feira, janeiro 14, 2019

Humphrey Bogart morreu há 62 anos

Humphrey DeForest Bogart (Nova Iorque, 25 de dezembro de 1899 - Hollywood, 14 de janeiro de 1957) foi um ator de cinema e teatro dos Estados Unidos, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos.
Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey (preferia ser chamado de Bogie), é considerado um dos grandes mitos do cinema e ganhou o Óscar de melhor ator em 1951, pelo seu papel no filme A Rainha Africana. Morreu em 1957, vítima de cancro.
Dentre os seus filmes de maior sucesso podem citar-se Relíquia Macabra, O Tesouro de Sierra Madre e Casablanca.
  

Humphrey Bogart
 

Era a cara que tinha e foi-se embora
mas nunca foi tão visto como agora
O seu olhar é água pura água
devassa-nos dá nome mesmo à mágoa
Ganhámo-lo ao perdê-lo. Não se perde um olhar
não é verdade meu irmão
humphrey bogart?

 

in Homem de Palavra(s), 1969 - Ruy Belo

Dave Grohl faz hoje cinquenta anos!

David Eric Grohl (Warren, 14 de janeiro de 1969) é o ex-baterista da banda Nirvana e o atual vocalista e guitarrista dos Foo Fighters e ainda baterista das bandas Them Crooked Vultures e Queens of the Stone Age, dos Estados Unidos.
Desde cedo tocou bateria em muitas bandas punk, e aos dezasseis anos, no começo da década de 80, entrou para a banda Scream. A primeira vez que Dave viu os Nirvana tocando foi durante uma turnê europeia dos Scream. Depois, com a turnê cancelada, o fim da banda Scream e ainda com alguns problemas financeiros ele ligou para Buzz Osbourne, um amigo que conhecia Kurt e Krist, pegou o telefone de Krist, ligou para ele e foi para Seattle. Chegando, tocou com os dois, que na época tocavam, provisoriamente, com Dan Peters, baterista do Mudhoney. Kurt e Krist perceberam que ele era o baterista que eles estavam à procura e Dave entrou para a banda.
Em 1992, Grohl grava a demo Pocketwatch com algumas composições suas, sob o pseudónimo de Late!
Em 1994, com a morte de Kurt Cobain, a banda acabou. Logo a seguir ele junta-se a Tom Petty & the Heartbreakers,  para uma série de apresentações onde é convidado para assumir as baquetas. Dave à principio aceita o convite, mas depois de uma conversa com Tom Petty onde Dave fala sobre algumas músicas que tinha composto desde os tempos do Nirvana, então o próprio Tom Petty admite que ele perderia o seu tempo ali com os "velhos" Tom Petty and the Heartbreakers e diz que ele tem um belo futuro pela frente, liderando uma banda.
Tom Petty estava certo e assim Dave, com seu o amigo Barret Jones entrou num estúdio profissional e gravou algumas coisas que, mais tarde, dariam origem ao primeiro CD dos Foo Fighters. Ele gravou todos os instrumentos, fez cem cópias da fita e mandou para os amigos. Rapidamente várias gravadoras mostraram interesse e, juntamente com Nate Mendel (baixo), William Goldsmith (bateria), Pat Smear (guitarra), Dave assumiu os microfones e formou os Foo Fighters. Hoje a formação não é igual à original, pois juntaram-se a Dave e Nate, no lugar de William e Pat, Taylor Hawkins, ex-baterista da Alanis Morissette, e Chris Shiflett na guitarra, sendo que Pat Smear, que se apresentava com a banda desde 2006 como músico de apoio, voltou a ser membro oficial em 2011, com o lançamento do álbum Wasting Light.

Vida pessoal
Dave envolveu-se no início dos anos 90 com a Riot Grrrl , Kathleen Hanna da banda Bikini Kill e com a baixista da banda L7, Jennifer Finch. Dave Grohl casou-se duas vezes, a primeira vez foi com a fotógrafa Jennifer Youngblood, de 1993 à 1997; depois do divórcio, Grohl teve relacionamentos com Louise Post de Veruca Salt, com a artista solo e também com a baixista da banda Hole, Melissa Auf der Maur, e com uma snowboarder profissional, chamada Tina Basich.
Finalmente ele casou com a sua segunda esposa, uma produtora da MTV, chamada Jordyn Blum, a 2 de agosto de 2003, em Los Angeles. Entre os convidados para a cerimónia estavam Clive Davis, Jack Black e o seu ex-companheiro de Nirvana Krist Novoselic. No dia 15 de Abril de 2006, Grohl e a sua esposa comemoraram a chegada de sua primeira filha, Violet Maye. O seu nome foi escolhido em homenagem à avó materna de Dave Grohl. Em 17 de abril de 2009, nasceu a segunda filha do casal, Harper Willow. Há pouco tempo teve seu nome associado a um escândalo com Courtney Love.
  
Nirvana - reencontro
Depois de concluir o álbum Wasting Light, em meados de fevereiro de 2011, Grohl alugou um estúdio em Los Angeles para ensaiar a música, só ele, Novoselic, e o ex-guitarrista do Nirvana, Pat Smear, integrante permanente dos Foo Fighters.
“Nós tocamos a música (Marigold) inteira e pensamos ter acabado,” Diz Grohl. “Éramos só nós três no estúdio e Krist disse, ‘Você quer tocar uma das antigas?’, e eu disse, ‘Hmm…Ok’ porque nunca tínhamos feito isso antes. Nunca.”
Novoselic tinha uma música em particular. “Krist disse, ‘Que se lixe, vamos tocar (Smells Like) Teen Spirit. E então tocámos Teen Spirit.”
A única pessoa, além dos três, no prédio inteiro, era Scott, o dono do estúdio. “Scott abriu a porta e ouviu-nos tocando Teen Spirit, parou por um segundo, ficou um bocado confuso confuso e fechou a porta.”
“Depois de terminamos, Scott disse, ‘Ei, essa música é muito boa – vocês deviam ficar com ela.”
Grohl e Smear ainda parecem assustados, com a coisa mais próxima de uma reunião dos Nirvana que o mundo já viu.
“É um bocado esquisito,” diz Grohl.
“É bastante esquisito,” ressalta Smear.
“Eu nunca pensei que fosse acontecer,” complementa Grohl. “Mas aconteceu. Simplemente assim. Da melhor maneira que poderia acontecer.”
O reencontro "oficial" do grupo aconteceu nessa quarta-feira (na verdade, na madrugada de quinta 13.12.12), como parte do concerto 121212, idealizado para apoiar as vítimas do furacão Sandy, em Nova York.
A reunião partiu de uma ligação de Paul McCartney para Dave Grohl, que, segundo o tabloide, culminou numa sessão de estúdio com os outros membros dos Nirvana, Novoselic e Pat Smear (integrante não oficial do grupo).
  
Outros projetos
Não é apenas com os Foo Fighters que Dave Grohl trabalha.
Em 2002, ele participou no CD "Songs For The Deaf", da banda Queens of the Stone Age, tocando bateria e fazendo alguns shows.
Dave também participou do filme "Tenacious D, a palheta do Destino" e no clipe "Beelzeboss" da banda Tenacious D, formada por Jack Black e Kyle Gass, fazendo o papel do demónio no filme, além de participar como baterista de todo o álbum The Pick of Destiny.
Em 2004 ele lançou o Probot, projeto que reuniu grandes nomes do metal, e ídolos de Dave Grohl, como Lemmy (Motörhead), Max Cavalera (Sepultura, Soulfly), Cronos (Venom) entre outros para gravar um álbum de nome Probot, com onze faixas, lançado pela Southern Lord Records.
Em 2005 participou como baterista do álbum With Teeth do Nine Inch Nails.
Em 2009, junto com John Paul Jones (Led Zeppelin) e Josh Homme (Queens of the Stone Age), Grohl formou a banda Them Crooked Vultures, na qual toca bateria.