segunda-feira, julho 01, 2013

Amália nasceu há 93 anos

Amália da Piedade Rodrigues (Lisboa, 23 de julho de 1920 - Lisboa, 6 de outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill e outros.

Filha de Albertino de Jesus Rodrigues (Castelo Branco, Castelo Branco, 6 de Agosto de 1888 - 13 de Maio de 1962), um músico sapateiro que, para sustentar os quatro filhos e a mulher (Fundão, Fundão, 3 de Fevereiro de 1913), Lucinda da Piedade Rebordão (Fundão, São Martinho, 2 de Maio de 1892 - Lisboa, Graça, 23 de Novembro de 1986), tentou a sua sorte em Lisboa. Amália nasceu a 1 de julho de 1920, porém apenas foi registada dias depois, tendo no seu assento de nascimento como nascida às cinco horas de 23 de julho de 1920, na rua Martim Vaz, na freguesia lisboeta da Pena. Amália pretendia, no entanto, que o aniversário fosse celebrado a 1 de julho ("no tempo das cerejas"), e dizia: Talvez por ser essa a altura do mês em que havia dinheiro para me comprarem os presentes. Catorze meses depois, o pai, não tendo arranjado trabalho, volta com a família para o Fundão. Amália fica com os avós na capital.
A sua faceta de cantora cedo se revela. Amália era muito tímida, mas começa a cantar para o avô e os vizinhos, que lhe pediam. Na infância e juventude, cantarolava tangos de Carlos Gardel e canções populares que ouvia e lhe pediam para cantar.
Aos 9 anos, a avó, analfabeta, manda Amália para a escola, que tanto gostava de frequentar. Contudo, aos 12 anos tem que interromper a sua escolaridade como era frequente em casas pobres. Escolhe então o ofício de bordadeira, mas depressa muda para ir embrulhar bolos.
Aos 14 anos decide ir viver com os pais, que entretanto regressam a Lisboa. Mas a vida não é tão boa como em casa dos avós. Amália tinha que ajudar a mãe e aguentar o irmão mais velho, autoritário. Trabalha como bordadeira, engomadeira e tarefeira.
Aos 15 anos vai vender fruta para a zona do Cais da Rocha, e torna-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integra a Marcha Popular de Alcântara (nas festividades de Santo António de Lisboa) de 1936. O ensaiador da Marcha insiste para que Amália se inscreva numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera, em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabaria por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela.
Conhece nessa altura o seu futuro marido, Francisco da Cruz (c. 1915 - ?), um guitarrista amador, com o qual casará em 1940. Um assistente recomenda-a para a casa de fados mais famosa de então, o Retiro da Severa, mas Amália acaba por recusar esse convite, e depois adiar a resposta, e só em 1939 irá cantar nessa casa.
Estreia-se no teatro de revista em 1940, como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. No meio teatral encontra Frederico Valério, compositor de muitos dos seus fados.
Em 1943 divorcia-se a seu pedido. Torna-se então independente. Neste mesmo ano actua pela primeira vez fora de Portugal, a convite do embaixador Pedro Teotónio Pereira, canta em Madrid.
Em 1944 consegue um papel proeminente, ao lado de Hermínia Silva, na opereta Rosa Cantadeira, onde interpreta o Fado do Ciúme, de Frederico Valério. Em setembro, chega ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no Casino Copacabana. Aos 24 anos, Amália tem já um espectáculo concebido em exclusivo para ela. A recepção é de tal forma entusiástica que o seu contrato inicial de 4 semanas se prolongará por 4 meses. É convidada a repetir a turné, acompanhada por bailarinos e músicos.
É no Rio de Janeiro que Frederico Valério compõe um dos mais famosos fados de todos os tempos: Ai Mouraria, estreado no Teatro República. Grava discos, vendidos em vários países, motivando grande interesse das companhias de Hollywood.
Em 1947 estreia-se no cinema com o filme Capas Negras, o filme mais visto em Portugal até então, ficando 22 semanas em exibição. Um segundo filme, do mesmo ano, é Fado, História de uma Cantadeira.
Amália é apoiada por artistas inovadores como Almada Negreiros e António Ferro. Esse que a convida pela primeira vez a cantar em Paris, no Chez Carrère, e a Londres, no Ritz, em festas do departamento de Turismo que o próprio organiza.
A internacionalização de Amália aumenta com a participação, em 1950, nos espectáculos do Plano Marshall, o plano de apoio dos Estados Unidos à Europa do pós-guerra, em que participam os mais importantes artistas de cada país. O êxito repete-se por Trieste, Berna, Paris e Dublin (onde canta a canção Coimbra, que, atentamente escutada pela cantora francesa Yvette Giraud, é popularizada por ela em todo o mundo como Avril au Portugal).
Em Roma, Amália actua no Teatro Argentina, sendo a única artista ligeira num espectáculo em que figuram os mais famosos cantores de música clássica.
Em setembro de 1952 a sua estreia em Nova Iorque fez-se no palco do La Vie en Rose, onde ficou 14 semanas em cartaz. Ainda nos Estados Unidos, em 1953 canta pela primeira vez na televisão (na NBC), no programa do Eddie Fisher patrocinado pela Coca-Cola, que teve que beber e de que não gostara nada. Grava discos de fado e de flamenco. Convidam-na para ficar, mas não fica por que não quer.
Nos EUA editou o seu primeiro LP (as gravações anteriores eram em discos de 78 rotações). Amalia Rodrigues Sings Fado From Portugal and Flamenco From Spain, lançado em 1954 pela Angel Records, assinala a sua estreia no formato do long-play, a 33 rotações, criado apenas seis anos antes e, na época, ainda longe de conhecer a expressão de mercado que depois viria a conquistar. O álbum, que seria editado em 1957 em Inglaterra e, um ano depois, em França, nunca teve prensagem portuguesa.
Amália dá ao fado um fulgor novo. Canta o repertório tradicional de uma forma diferente, sincretizando o que é rural e urbano.
Canta os grandes poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escrevem para ela (Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, O’Neill). Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe várias canções.
O seu fado de Peniche é proibido por ser considerado um hino aos que se encontram presos em Peniche, Amália escolhe também um poema de Pedro Homem de Mello Povo que lavas no rio, que ganha uma dimensão política.
A 16 de julho de 1958 é feita Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
A 26 de abril de 1961, casa-se no Rio de Janeiro com o seu segundo marido, o engenheiro luso-brasileiro César Henrique de Moura de Seabra Rangel (Anadia, Avelãs do Caminho, c. 1920 - Odemira, Zambujeira do Mar, 11 de junho de 1997), filho de Augusto César de Seabra Rangel (Anadia, Avelãs de Caminho, Casa dos Rangel, 16 de abril de 1885 - Anadia, Avelãs do Caminho, Casa dos Rangel, 28 de outubro de 1929), sobrinho-neto do 1.º Barão de Mogofores, e de sua mulher Teresa de Seabra de Moura, com quem fica até à morte deste, em 1997.
Em 1966, volta aos Estados Unidos, actuando no Lincoln Center, em Nova Iorque, com o maestro Andre Kostelanetz frente a uma orquestra, num programa essencialmente feito de canções do folclore português, numa das noites e num outro, feito de fados (também com orquestra), na seguinte. O mesmo espectáculo foi encenado, dias depois, no Hollywood Bowl. Voltaria ao Lincoln Center em 1968.
Ainda em 1966, o seu amigo Alain Oulman é preso pela PIDE. Amália dá todo o seu apoio ao amigo e tudo faz para que seja libertado e posto na fronteira.
Em 1969, Amália é condecorada pelo novo presidente do conselho, Marcelo Caetano, na Exposição Mundial de Bruxelas antes de iniciar uma grande digressão à União Soviética.
Em 1970 é editado o álbum Com Que Voz.
A 16 de fevereiro de 1971 é elevada a Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Nesse mesmo ano encontra finalmente Manuel Alegre, exilado em Paris.
Em 1974 grava o álbum Encontro - Amália e Don Byas com o saxofonista Don Byas.

Em 1976 é editado o disco Amália no Canecão gravado no Brasil. No mesmo ano é lançado o álbum Cantigas da boa gente. Fandangueiro e Cantigas numa Língua Antiga são lançados em 1977.
No ano de 1980 é lançado o disco Gostava de Ser Quem Era. Em 1982 é lançado o Máxi-single Senhor Extraterrestre com dois temas de Carlos Paião. É editado o álbum Amália Fado com temas de Frederico Valério.
A 9 de abril de 1981 é feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 1983 é editado o álbum Lágrima a que se segue Amália na Broadway em 1984.
Em 1985 obtém grande sucesso a colectânea O Melhor de Amália: Estranha forma de vida. É lançado um novo volume: O Melhor de Amália, vol. 2: Tudo isto é fado.
Ao mesmo tempo, atravessa dissabores financeiros que a obrigam a desfazer-se de algum do seu património.
A 4 de janeiro de 1990 é elevada à Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Nesse mesmo ano, em França, depois da Ordem das Artes e das Letras, recebe, desta vez das mãos do presidente Mitterrand, a Légion d'Honneur.
Ao longo dos anos que passam, vê desaparecer o seu compositor Alain Oulman, o seu poeta David Mourão-Ferreira e o seu marido, César Seabra, com quem era casada há 36 anos, e que morre em 1997.
Em 1997 é editado pela Valentim de Carvalho o álbum Segredo com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975. É ainda publicado o livro (Versos) com os seus poemas. É-lhe feita uma homenagem nacional na Exposição Mundial de Lisboa (Expo 98).
A 27 de julho de 1998 é elevada a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Em abril de 1999, Amália desloca-se pela última vez a Paris, sendo condecorada na Cinemateca Francesa, por os muitos espectáculos que deu naquela cidade e, dever-se a ela o facto da França começar a apreciar o Fado. Já ligeiramente debilitada, agradeceu aos franceses o facto de se ter começado a projectar no mundo, pois era a partir de França que os seus discos começaram a espalhar-se.
A 6 de outubro de 1999, Amália Rodrigues morre, em sua casa, repentinamente, ao início da manhã, com 79 anos, poucas horas depois de regressar da sua casa de férias no litoral alentejano. Imediatamente, o então primeiro-ministro, António Guterres, decreta Luto Nacional por três dias. No seu funeral centenas de milhares de lisboetas e portugueses descem à rua para lhe prestar uma última homenagem. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Dois anos depois, em julho de 2001, o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional, em Lisboa (após pressão dos seus admiradores e uma modificação da lei que exigia um mínimo de quatro anos antes da trasladação), onde repousam as personalidades consideradas expoentes máximos da nacionalidade.
Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, de Lisboa ao Rio de Janeiro, de Nova Iorque a Roma, de Tóquio à União Soviética, do México a Londres, de Madrid a Paris (onde actuou tantas vezes no prestigiadíssimo Olympia).


Marlon Brando morreu há nove anos

Marlon Brando, Jr. (Omaha, 3 de abril de 1924Los Angeles, 1 de julho de 2004) foi um ator de cinema e teatro americano. Considerado um dos mais importantes atores do cinema dos Estados Unidos, Brando foi um dos três únicos atores profissionais, juntamente com Charlie Chaplin e Marilyn Monroe, a fazer parte da lista de 100 pessoas mais importantes do século compilada pela revista Time, em 1999.
É talvez mais conhecido pelos seus papéis como Stanley Kowalski em A Streetcar Named Desire (1951), Emiliano Zapata em Viva Zapata! (1952), Marco António na adaptação da MGM da peça de Shakespeare, Julius Caesar e Terry Malloy em On the Waterfront (1954). Durante os anos 70, ele foi mais famoso pela sua performance vencedora do Óscar como Don Vito Corleone, em The Godfather (1972), de Francis Ford Coppola, e, também, pelo seu papel como Coronel Walter Kurtz em Apocalypse Now (1979), também de Coppola. Brando também recebeu uma indicação para o Óscar pela sua performance como Paul em Last Tango in Paris (1972), além de ter dirigido e estrelado One-Eyed Jacks (1961).
É considerado um dos maiores e mais influentes atores do século XX. Na opinião de Martin Scorsese, "Ele é o marco. Há o 'antes de Brando' e 'depois de Brando'." Brando foi, também, um ativista, apoiando diversas causas, mais notavelmente o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e diversos movimentos em defesa dos índios norte-americanos.

Salgueiro Maia nasceu há 69 anos

Placa de homenagem a Salgueiro Maia, no local onde se dirigiu aos sitiados no Quartel do Carmo

Fernando José Salgueiro Maia (Castelo de Vide, 1 de julho de 1944 - Lisboa, 4 de abril de 1992), foi um militar português.

Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português, que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril, que marcou o final da ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Em outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.
A 24 de setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 28 de junho de 1992 e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de abril de 1992.

Roddy Bottum, o teclista dos Faith No More, faz hoje 50 anos!

Roddy Bottum (nascido Roswell Christopher Bottum III, Los Angeles, 1 de julho de 1963) é um músico americano, mais conhecido como teclista da banda californiana de rock Faith No More.

Bottum estudou piano clássico desde muito jovem, até se mudar para São Francisco, com 18 anos. Em 1982 juntou-se a seus amigos de escola, Billy Gould e Mike Bordin, formando os Faith No More, grupo em que permaneceu até seu fim, em 1998. Após o álbum Angel Dust, lançado em 1992, no entanto, a sua participação na banda foi drasticamente reduzida. Numa entrevista lançada em edição especial em vinil do álbum King for a Day... Fool for a Lifetime, Bottum explicou que suas contribuições diminuíram devido à morte de seu pai, naquele mesmo ano. Em 2009 Bottum retornou aos Faith No More para uma turnê de reunião, e uma possível gravação de material inédito.
Entre 1994 e 1995 Bottum formou o grupo Imperial Teen, com a baterista Lynn Perko, outra veterana da cena musical da Bay Area. A banda ficou conhecida pelo single "Yoo Hoo", utilizado no filme Jawbreaker, de 1999.

Leãozinho...



O Leãozinho - Caetano Veloso

Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho

Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão raio da manhã;
Arrastando o meu olhar como um íman...
O meu coração é o sol, pai de toda cor;
Quando ele lhe doura a pele ao léu...

Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar


PS - queríamos dedicar esta música aos nossos leitores adeptos do clube português com mais troféus em todas as modalidades e que faz hoje 107 anos (mesmo...  e sem aldrabices...) nomeadamente ao meu pai (seu sócio há 59 anos) e aos meus irmãos, duas sobrinhas e filho...

Marisa Monte - 46 anos

Marisa de Azevedo Monte (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma cantora, compositora, instrumentista e produtora musical brasileira de música pop e samba. Marisa já vendeu mais de 10 milhões de álbuns e ganhou inúmeros prémios nacionais e internacionais, incluindo três Grammy Latinos, sete Video Music Brasil, nove Prémios Multishow de Música Brasileira, cinco APCA e seis Prémio TIM de Música. Marisa é considerada pela revista Rolling Stone Brasil como a maior cantora do Brasil. Ela também tem dois álbuns (MM e Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão) na lista dos 100 melhores discos da música brasileira.

Nasceu no Rio de Janeiro, filha do engenheiro Carlos Saboia Monte e de Sylvia Marques de Azevedo Monte. Através do pai, descende da família Saboia, uma das famílias italianas mais antigas radicadas no Brasil.
Estudou canto, piano e bateria na infância. Na adolescência participou do musical Rock Horror Show, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do Colégio Andrews. Iniciou o estudo de canto lírico aos catorze anos.
Marisa tem três irmãs: Lívia, Letícia e Carolina. Lívia, a irmã mais velha, é produtora e empresária musical, que muitas vezes trabalhou com Marisa. Ela é casada com o produtor e diretor Luiz Buarque de Hollanda. Carol, a menor, é uma DJ popular que faz parte do grupo de música eletrónica Os Irreversíveis, com o cantor e músico Léo Benitez.
Os seus relacionamentos amorosos vieram a público no fim dos anos 80 e início dos anos 90. Nessa época Marisa teve relações afetivas com seu primeiro produtor, Nelson Motta. Ficaram alguns anos juntos e se separaram. Após o fim da relação, namorou Nasi, ex-vocalista do Ira! por um ano e meio e depois o cantor Nando Reis por alguns meses. Marisa começou a se relacionar com Pedro Bernardes, músico, e dessa união tiveram um filho, Mano Wladimir, nascido em 17 de dezembro de 2002. Em 2003, se casou oficialmente com o Pedro, 16 anos mais jovem que ela. Após desentendimentos no casamento, os dois se divorciaram em agosto de 2007.
Depois da separação conheceu o guitarrista Davi Moraes, e em menos de 2 meses de namoro Marisa foi morar junto com seu filho no apartamento do guitarrista. Por brigas constantes e diárias, se separaram em apenas 4 meses vivendo juntos.
Após menos de 3 meses da separação, começou a namorar um empresário musical chamado Diogo Pires Gonçalves. Após poucos meses juntos, foram morar juntos. Dessa união tiveram uma filha, Helena, nascida em 3 de novembro de 2008. O filho de Marisa mora com a mãe e o padrasto e os dois continuam casados até hoje, e inclusive trabalham juntos.


domingo, junho 30, 2013

António Sousa Freitas morreu há 9 anos


António Sousa Freitas (Buarcos, 1 de janeiro de 1921 - Lisboa, 30 de junho de 2004), poeta e letrista português, distinguido com o Prémio Antero de Quental, em 1951, e com o Prémio Camilo Pessanha, em 1958, e agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em 1985, pelo então Presidente da República Ramalho Eanes.



Acho inúteis as palavras - Amália Rodrigues
Letra de António Sousa Freitas e música de Joaquim Campos

Acho inúteis as palavras
Quando o silêncio é maior
Inúteis são os meus gestos
P'ra te falarem de amor

Acho inúteis os sorrisos
Quando a noite nos procura
Inúteis são minhas penas
P'ra te falar de ternura

Acho inúteis nossas bocas
Quando voltar o pecado
Inúteis são os meus olhos
P'ra te falar do passado

Acho inúteis nossos corpos
Quando o desejo é certeza
Inúteis são minhas mãos
Nessa hora de pureza.

Matisyahu - 34 anos

Matthew Paul Miller, conhecido por Matisyahu (cujo sentido é "Dom de Yahu" ou "Dom do Deus", na língua aramaica), (Westchester, 30 de junho de 1979) é um cantor judeu americano de reggae, que enfatiza nas suas letras os ensinos do judaísmo da linha Chabad Lubavitch.

Nasceu no estado da Pensilvânia, no dia correspondente ao calendário judaico de 5 de Tamuz de 5740. Depois de crescido, os pais de Matisyahu enviaram-no para uma Escola Judaica onde estudava duas vezes na semana, porém como muitos outros rapazes da sua idade, resistiu às horas adicionais da escola e foi frequentemente expulso por perturbações durante as aulas.
Aos catorze anos, Matthew Miller adquiriu um estilo de vida hippie. "Entrou na onda" das pessoas "Dead-Head", cultivou "dreadlocks" e gastou os seus "birkenstocks" (sandálias) durante todo o inverno. Tocava os seus bongos no recreio e aprendia a fazer "beat-box" no fundo da sala de aula. No 3º ano do colégio, embora estivesse numa época em que não havia nenhuma preocupação, Matisyahu não conseguia ignorar o vazio que sentia na sua vida. Depois de quase queimar a sua sala de química, sabia que a sua missão deveria começar imediatamente. Decidiu então fazer uma viagem pelo Colorado. Afastado da sua vida suburbana nas planícies brancas, Matisyahu teve a oportunidade de analisar e ter um olhar mais introspectivo sobre si , contemplando o ambiente em seu redor. Estava ele na paisagem impressionante das Montanhas Rochosas, quando teve uma visão a qual atribuiu a Deus.
Após a sua viagem para o Colorado, a sua curiosidade espiritual aumentou e Matisyahu fez sua primeira viagem a Israel. Lá, pela primeira vez na sua vida, sentiu uma conexão ao que viu eno Colorado. Israel era um ponto de giro principal. Matisyahu aproveitou o tempo que gastou lá, rezando, explorando, e dançando em Jerusalém. Em cada canto encontrou a sua identidade judaica, até então inativa na sua mente. Sair de Israel provou ser uma transição difícil. De volta as planícies brancas, Matisyahu não soube manter a sua nova conexão com o judaísmo. Abatido, desanimado saiu do colégio e começou a seguir a banda Phish numa tour nacional. Na estrada, Matisyahu pensou seriamente sobre a sua vida, a sua música, e a sua sede pelo judaísmo.
Após alguns meses ele regressou a casa. Nessa altura os seus pais insistiram para que ele se "endireitasse" e fosse para uma escola numa região selvagem, em Bend, Oregon. A escola incentivava os exercícios artísticos e Matisyahu tirou vantagem deste momento para aprofundar-se mais na sua música. Estudou reggae e hip-hop. Semanalmente ele ia a um open-mic onde cantava, fazia o seu beat-box, e era capaz de fazer quase qualquer coisa para manter e aguçar a sua criatividade. Foi aí que começou a desenvolver o seu estilo reggae-hip-hop. Depois de dois anos "lutando", aos dezanove anos Matisyahu volta para Nova York um homem mudado. Mudou-se para a cidade para continuar afinando o seu estudo musical, e também começou a interessar-se pelo teatro. Durante este tempo, foi ver o Carlebach Shul, uma sinagoga no lado ocidental, bem conhecida por ser amigável à energia hippie e ao seu canto exuberante. Isto fortaleceu mais a sua alma, favorecendo o poder místico da música judaica hassídica. Agora, em vez do beat-box no fundo da sala de aula, ele ia para o telhado da escola orar. Religioso ou não, ele não nasceu para ficar em salas de aula.
Ao estudar na nova escola, Matisyahu escreveu uma letra intitulada "Echad" (One). A letra era sobre um rapaz que se encontrou com um rabino hassídico no Washington Square Park em Nova Iorque e através dele se tornou religioso. Logo após ter feito a letra, a vida de Matisyahu imitou estranhamente a sua arte. Encontrou-se com o rabino Lubavitch no parque, iniciou-se aí sua transformação de Matthew para Matisyahu. Ele, que já fora céptico da autoridade e das suas regras, começou então a explorar e finalmente adquirir o estilo de vida do hassídico Lubavitch. Prosperou na disciplina e na estrutura do judaísmo, tentando cada vez mais entender a Lei Judaica. A filosofia de Chabad-Lubavitch provou ser um guia poderoso para Matisyahu. Cercou-o com o diálogo espiritual e o desafio intelectual que tem procurado desde a década passada. O distúrbio e a frustração da sua busca precipitada, e agora, 2 anos mais tarde, Matisyahu vive em Crown Heights, dividindo seu tempo entre os palcos e a yeshivá, centro de estudos religiosos.


Mikhail Baryshnikov fugiu da União Soviética há 39 anos

Mikhail Nikolaévich Baryshnikov (Riga, 28 de janeiro de 1948) é um bailarino, coreógrafo e ator.

Nascido na Letónia e naturalizado norte-americano, começou seus estudos de ballet em 1960. Em 1964, ele entrou na Escola Vaganova, na então cidade de Leningrado (atual São Petersburgo), conquistando  logo o primeiro prémio, para debutantes do Concurso Internacional Varna. Ele entrou o Ballet Kirov e fez sua estreia no Teatro Mariinsky, em 1967, dançando o papel de "camponês" no pas de deux de Giselle. O talento de Baryshnikov, em particular a força da sua presença e pureza técnica clássica, foi reconhecido por vários coreógrafos soviéticos, incluindo Oleg Vinogradov, Konstantin Sergeyev, Igor Tchernichov, e Leonid Jakobson
Ainda na União Soviética, foi chamado pelo crítico Clive Barnes "o mais perfeito bailarino que alguma vez vi".
Baryshnikov é frequentemente citado, ao lado de Vaslav Nijinsky e Rudolf Nureyev, como um dos maiores bailarinos da história. Após um promissor início de carreira no Kirov Ballet em Leningrado, ele foi ao Canadá, em 1974, em busca de maiores oportunidades na dança ocidental. Após atuar como artista convidado ao lado de várias companhias, juntou-se à Companhia de Ballet de Nova Iorque como solista para aprender o estilo de movimento de George Balanchine. Ele dançou com a companhia American Ballet Theatre, onde posteriormente se tornou diretor artístico.
Baryshnikov liderou muitos de seus próprios projetos artísticos e foi associado principalmente à promoção da dança moderna, lançando dezenas de novos trabalhos, incluindo muitos dele próprio. Seu sucesso como ator no teatro, cinema e televisão o ajudaram a se tornar provavelmente o mais largamente reconhecido bailarino contemporâneo. Em 1977, ele recebeu uma indicação para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e para o Globo de Ouro por seu trabalho como "Yuri Kopeikine" no filme "O Ponto de Mutação (filme)"
Durante uma turnê no Canadá, com o Balé Kirov, em 1974, Baryshnikov figiu da União Soviética, posicionando-se contra o regime comunista, pedindo asilo político em Toronto, a 29 de junho de 1974. Ele declarou posteriormente que Christina Berlim, uma amiga americana, o ajudou a planear a sua mudança de lado durante sua turnê 1970 de Londres. A sua primeira performance após a sair do isolamento temporário no Canadá foi com o Ballet Nacional do Canadá, em uma versão televisiva de "La Sylphide". Ele foi então para os Estados Unidos.
De 1974 a 1979, ele foi o principal bailarino do American Ballet Theatre (ABT), onde ele se associa com Gelsey Kirkland. Ele também trabalhou com o New York City Ballet, com George Balanchine. Também fez tours de ballet e dança moderna com companhias ao redor do mundo, durante quinze meses. Vários papéis foram criados por ele, incluindo os Opus 19: A Dreamer (1979), por Jerome Robbins, Rhapsody (1980), por Frederick Ashton, e Outras Danças (com Natalia Makarova) por Jerome Robbins. Ele retornou à ABT, em 1980 como dançarino e diretor artístico, cargo que ocupou durante uma década. Em 3 de julho de 1986, ele tornou-se cidadão dos Estados Unidos. De 1990 a 2002, Baryshnikov passou a diretor artístico da White Oak Dance Project, uma empresa que ele co-fundou com Mark Morris. Em 2004 ele lançou o Baryshnikov Arts Centre, em Nova Iorque.
Foi bailarino do American Ballet Theater de Nova Iorque onde foi bailarino de 1974 a 1989, e onde estrelou A Bela Adormecida (1975); Hamlet Conotations (1976); Giselle (1977); Balanchine (1980); Don Quixote (1989). Também foi diretor da companhia do American Ballet Theater entre 1985 e 1989. Além de bailarino é ator, tendo estrelado o filme O Sol da Meia-Noite (White Nights de 1985) ao lado do dançarino e ator americano, Gregory Hines.

Baryshnikov tem uma filha, Aleksandra Baryshnikova (nascido em 1981), a partir de um relacionamento anterior, com a atriz Jessica Lange. Quando Baryshnikov e Lange se conheceram, ele era capaz de falar muito pouco inglês, e eles tiveram de se comunicar usando francês. Baryshnikov está atualmente numa longa relação com a ex-bailarina Lisa Rinehart, e eles têm três filhos: Sofia, Anna, e Peter. Em uma entrevista com Larry King, Baryshnikov disse que não acredita no casamento, pois o compromisso de que as pessoas fazem entre si não tem nada a ver com um casamento legal. Ele afirmou que não era religioso, de forma que permanecer em frente a um altar não significa nada para ele.


Walter Ulbricht, o político que mandou fazer o Muro de Berlim, nasceu há 120 anos

Walter Ulbricht (Leipzig, 30 de junho de 1893Berlim Oriental, 1 de agosto de 1973) foi um político alemão, membro do Partido Comunista da Alemanha (KPD) e depois secretário-geral do Partido Socialista Unificado (SED), que resultou da fusão forçada pelos soviéticos do Partido Social-Democrata da Alemanha (SDP) com o Partido Comunista da Alemanha (KDP), na República Democrática Alemã. Ocupou o cargo de Presidente do Conselho de Estado da República Democrática Alemã entre 12 de setembro de 1960 e 1 de agosto de 1973. Foi o responsável por mandar fazer o Muro de Berlim, embora dois meses antes tivesse negado tal intenção. Apoiou a intervenção soviética na Checoslováquia, durante a Primavera de Praga, mandando inclusive tropas da RDA para pôr fim ao levantamento democrático na Checoslováquia.

Grafitties sobre o Muro de Berlim em 1986
 

O Evento de Tunguska foi há 105 anos

Árvores caídas após a explosão (foto tirada durante a expedição de Kulik, em 1927)

O Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska em 30 de junho de 1908. A queda provocou uma grande explosão, devastando uma área de milhares de quilómetros quadrados. A ausência de uma cratera e de evidências diretas do objeto que teria causado a explosão levou a uma grande quantidade de teorias especulativas sobre a causa do evento. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um meteorito ou fragmento de cometa a uma altitude de 5 a 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Diferentes estudos resultaram em estimativas para o tamanho do objeto variando em torno de algumas dezenas de metros.
Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatons e 30 megatons de TNT, com 10–15 megatons sendo o mais provável. Isso é aproximadamente igual a 1000 vezes a bomba lançada em Hiroshima na segunda guerra mundial e aproximadamente um terço da Bomba Csar, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão teria sido suficiente para destruir uma grande área metropolitana. A explosão derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilômetros quadrados e estima-se que tenha provocado um terremoto de 5 graus na escala Richter.
Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70.

Localização aproximada do evento de Tunguska, na Sibéria

A natureza do objeto que se chocou com a terra, meteoróide ou cometária, foi objeto de pesquisa ao longo do século XX e ainda é assunto de debate. Em 1930, o astrónomo F. J. W. Whipple sugeriu que o impacto teria sido com um pequeno cometa, um objeto composto primariamente de poeira e gelo, que teria sido completamente vaporizado na atmosfera, não deixando traços óbvios. Essa hipótese recebeu suporte a partir da observação de brilhos noturnos no céu da Europa por muitas noites após o evento, que poderiam ser explicados pela luz do sol refletida no gelo e poeira dispersada pela cauda do cometa na alta atmosfera.
Em 1978, o astrónomo Lubor Kresák sugeriu que o corpo fosse um fragmento do cometa Encke, responsável pela chuva de meteoros anual conhecida como beta taurídeos. O evento coincidiu com um pico de atividade dessa chuva de meteoros e a trajetória estimada para o objeto que causou a explosão de Tunguska é consistente com o que seria esperado de um fragmento desse cometa. Sabe-se que objetos dessa natureza explodem com frequência na alta atmosfera. Tais explosões são observadas por satélites militares há décadas.
Em 1983, o astrónomo Zdeněk Sekanina publicou artigos criticando a hipótese cometária. Ele apontou que um corpo composto de material cometário seguindo a trajetória observada teria sido desintegrado em grandes altitudes, enquanto é sabido que o objeto de Tunguska atingiu a baixa atmosfera antes de desintegrar. Sekanina argumentou que as evidências conhecidas apontavam para um objeto denso, feito de rocha, provavelmente um fragmento de asteroide. Essa hipótese foi ainda suportada em 2001, quando Farinella, Foschini, et al. divulgaram seu estudo sugerindo que a trajetória do objeto é consistente com uma origem no cinturão de asteroides.
Proponentes da teoria cometária sugeriram que o objeto poderia ser um cometa extinto com um manto rochoso que o teria protegido até atingir a baixa atmosfera.
A principal dificuldade com a hipótese do asteroide é que um objeto rochoso teria produzido uma grande cratera num impacto tão energético, e nenhuma cratera foi encontrada. Hipóteses foram feitas, e posteriormente corroboradas por modelos de Christopher Chyba e outros pesquisadores, de que é possível que a passagem do asteroide pela atmosfera teria provocado pressões e temperaturas tão altas que ele tenha sido completamente desintegrado, a energia do impacto toda liberada na atmosfera e o material espalhado na alta atmosfera explicaria a luminosidade noturna observada na Europa.
Durante os anos 1990, pesquisadores italianos extraíram resina das árvores recolhidas na área do impacto e encontraram altas taxas de materiais commumente encontrados em asteroides e raramente encontrados em cometas.

A Noite das Facas Longas foi há 79 anos

A Noite das Facas Longas (em alemão Nacht der langen Messer) foi uma purga que aconteceu na Alemanha Nazi na noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a direção do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores (o Partido Nazi) decidiu executar dezenas de seus filiados, sendo a maioria pertencente à Sturmabteilung (SA), uma organização paramilitar do partido.
Adolf Hitler revoltou-se contra o líder da SA, Ernst Röhm, pois este ansiava em transformar seus liderados (que já contavam com três milhões de integrantes, chamados de camisas castanhas) no embrião do futuro exército da Alemanha Nazista e via o uso da violência nas ruas como melhor modo de disciplina, algo totalmente contra o regime que Hitler queria impor na sociedade alemã. Além disso, os interesses de Röhm chocavam com os do Reichswehr, o exército alemão do período entre-guerras, cujos oficiais - em especial o marechal Paul von Hindenburg, presidente da nação na época - não toleravam a figura de Röhm, por causa da sua homossexualidade, fraqueza a vícios e o medo de que Röhm viesse a tentar derrubar o regime nazi, podendo assim criar uma revolta no povo alemão e consequentemente a queda de Hitler. Com isso, Hitler, chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares e, ao invés disso, fazer um expurgo contra as autoridades máximas da SA e seus inimigos políticos.
Pelo menos oitenta e cinco pessoas morreram durante o evento e milhares foram presas. A maioria das mortes foi causada pela Schutzstaffel (SS), um grupo de elite especial, e pela Gestapo (Geheime Staatspolizei), a polícia secreta. Com o expurgo, foi consolidado o apoio do Reichswehr a Hitler.
Antes do seu acontecimento, o evento foi classificado com o nome de código "colibri" (em alemão: Kolibri), escolhido aleatoriamente, que se tornou palavra-chave para iniciar a operação. A frase "Noite das facas longas" origina-se de um verso de uma canção da SA que tem como assunto principal massacres. Devido ao peso da expressão, a Alemanha refere-se a este assunto com o nome de "Röhm-Putsch", nome empregado pela propaganda nazista na época.

(...)

Por unanimidade, o exército aplaudiu a Noite das Facas Longas, pese embora o facto de dois dos mortos serem os generais Kurt von Schleicher e Ferdinand von Bredow. O presidente Hindenburg, herói militar da Alemanha, mandou um telegrama a Hitler expressando seu "profundo sentimento de gratidão". O apoio do exército à purga, entretanto, teria consequências de longo prazo para a instituição. A ameaça da SA de tirar o exército do poder finalmente tinha chegado ao fim, mas Hitler queria vê-lo mais próximo do regime nazi.
Sem um relatório independente da imprensa sobre o acontecimento, rumores sobre a Noite das Facas Longas rapidamente tomaram conta da Alemanha. Muitos alemães não acreditavam nas notas postas nos jornais por Joseph Goebbels. Ao mesmo tempo, outros acreditavam que Hitler tinha salvado a Alemanha de entrar em estado de caos. Uma professora de Hamburgo disse em seu diário que muitos alemães admiravam a coragem de Hitler. Ela comparou Hitler a Frederico, o Grande, lendário rei da Prússia. Outros estavam horrorizados com o número de execuções, principalmente por serem alemães.
Hitler chamou Victor Lutze para assumir o lugar de Röhm na SA, dando-lhe ordens para acabar com a "homossexualidade, deboche, embriaguez e estilo de vida elevado" na SA. Hitler disse a Lutze que fizesse com que a SA parasse de gastar dinheiro em carros caros e banquetes, atitudes consideradas extravagantes. Lutze, conhecido por ser um homem de pouco poder e fraco, fez com que a SA perdesse gradualmente seu poder na Alemanha Nazi. Com ele, a organização paramilitar passou de três milhões de membros em agosto de 1934 para 1,2 milhões em abril de 1938. Todas as referências ao nome de Röhm foram retiradas dos uniformes e documentos, e foram substituídas pelas palavras Blut und Ehre (sangue e honra).
A Noite das facas longas mostrou um triunfo de Adolf Hitler e foi sua consolidação no governo, estabilizando-o como juiz supremo do povo alemão. Mais tarde, em abril de 1942, ele se colocou como "poder acima da lei na Alemanha". Este acontecimento também foi exemplo para a pequena resistência contra o regime nazi da época, visto que qualquer pessoa que fosse contra o governo seria severamente punida.