Mikhail Nikolaévich Baryshnikov (em
russo "Михаи́л Никола́евич Бары́шников", em
letão Mihails Barišņikovs,
Riga,
27 de janeiro de
1948)
é um
bailarino,
coreógrafo e
ator. É citado, ao lado de Vaslav Nijinsk e Rodolf Nureyv, como um dos maiores
bailarinos da história. Ele dançou com a companhia ABT onde
posteriormente se tornou diretor artístico. Foi diretor com Mark Morris
da
White Oak Dance Project, uma companhia contemporânea.
Biografia
Nascido na União Soviética na então República Socialista Soviética da
Letónia - RSSL (hoje República da Letónia) e naturalizado
norte-americano, começou os seus estudos de balé em
1960. Em
1964 entrou na Escola Vaganova, na então cidade de
Leningrado, conquistando logo o primeiro prémio na divisão júnior do Concurso
Internacional Varna. Entrou para o Balé Kirov e fez a sua estreia no
Teatro Mariinsky, em
1967, dançando no papel do "camponês" do
pas de deux de
Giselle.
O talento de Baryshnikov, em particular a sua
presença e pureza técnica clássica, foi reconhecido por vários
coreógrafos soviéticos, incluindo
Oleg Vinogradov,
Konstantin Sergeyev,
Igor Tchernichov e
Leonid Jakobson. O virtuoso
Vestris, de Jakobson, em 1969, juntamente com uma intensidade emocional de
Albrecht, em
Giselle,
tornou-se a sua assinatura nos seus papéis. Embora ainda na União Soviética, foi
chamado pelo crítico Clive Barnes "o mais perfeito bailarino que alguma
vez vi".
Baryshnikov liderou muitos dos seus próprios projetos artísticos e foi associado principalmente à promoção da
dança moderna,
lançando dezenas de novos trabalhos, incluindo muitos dele próprio. O seu
sucesso como ator no teatro, cinema e televisão ajudaram-no a se tornar
provavelmente o mais largamente reconhecido bailarino contemporâneo. Em
1977 recebeu uma nomeação para o
Óscar de Melhor Ator Coadjuvante e para o
Globo de Ouro pelo seu trabalho como "Yuri Kopeikine" no filme "
The Turning Point (A grande decisão)"
(...)
De 1974 a 1979 foi o principal bailarino do
American Ballet Theatre (ABT), onde ele se associa com
Gelsey Kirkland. Ele também trabalhou com o New York City Ballet, com
George Balanchine.
Também fez
tours dançando ballet e dança moderna, em companhias ao redor do
mundo, durante quinze meses. Vários papéis foram criados por ele, incluindo
Opus 19: A Dreamer (1979), por Jerome Robbins,
Rhapsody (1980), por
Frederick Ashton, e
Outras Danças (com
Natalia Makarova)
por Jerome Robbins. Ele retornou à ABT, em 1980, como dançarino e
diretor artístico, cargo que ocupou durante uma década. Em 3 de julho de
1986, ele tornou-se cidadão naturalizado dos Estados Unidos. De 1990
a 2002, Baryshnikov foi diretor artístico da
White Oak Dance Project, uma empresa que ele co-fundou com
Mark Morris. Em 2004 lançou o
Baryshnikov Arts Centre, em Nova Iorque.
Família
Baryshnikov tem uma filha, Aleksandra Baryshnikova (nascida em 1981), a partir de um relacionamento anterior com a atriz
Jessica Lange.
Quando Baryshnikov e Lange se conheceram, ele era capaz de falar muito
pouco inglês, e eles tiveram de comunicar usando francês. Baryshnikov
está atualmente numa longa relação com a ex-bailarina
Lisa Rinehart, e eles têm três filhos: Sofia, Anna e Peter. Numa entrevista com
Larry King,
Baryshnikov disse que não acredita em casamento, pois o compromisso de
que as pessoas fazem entre si não tem nada a ver com um casamento legal.
Ele afirmou que ele não era religioso, de forma que permanecer em
frente a um altar não significa nada para ele.