sábado, julho 23, 2011

O cometa do século (XX) foi descoberto há 26 anos

Hale-Bopp, ou C/1995 O1, foi um dos maiores cometas observados no século XX e um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Pôde ser contemplado a olho nu durante 18 meses, quase o dobro do tempo do Grande cometa de 1811.
Foi descoberto a 23 de Julho de 1995 a uma grande distância do Sol, criando-se desde logo uma grande expectativa de que este seria um cometa muito brilhante quando passasse perto da Terra. O brilho de um cometa é algo muito difícil de prever com exactidão, mas o Hale-Bopp superou todas as expectativas quando atingiu o periélio a 1 de Abril de 1997. Foi denominado o Grande Cometa de 1997.
A sua passagem deu origem a alguma preocupação e receio por parte da população, uma vez não eram observados cometas com estas características havia várias décadas. Surgiram inclusive rumores de que uma grande nave extraterrestre estaria no seu encalço, o que levou a um suicídio em massa entre os seguidores da seita Heaven's Gate.

O cometa foi descoberto por dois observadores independentes, Alan Hale e Thomas Bopp, ambos nos EUA.
Alan Hale passara centenas de horas procurando novos cometas sem sucesso. Realizava uma busca sistemática por cometas conhecidos em Cloudcroft, Novo México, quando, no dia 23 de Julho de 1995, descobriu um objecto brilhando a uma magnitude de 10,5, perto do enxame globular Messier 70, na constelação de Sagittarius, pouco depois da meia-noite. Hale, numa primeira análise, certificou-se que não existiria nenhum objecto de céu profundo perto de M70, tendo depois consultado um directório de cometas conhecidos, levando-o à conclusão de que nenhum objecto conhecido estaria nesta parte do céu. Uma vez confirmado que o objecto estava em movimento em relação às estrelas de fundo, enviou um e-mail para o Central Bureau for Astronomical Telegrams, a entidade responsável pela divulgação e confirmação de descobertas astronómicas.
Por sua vez, Thomas Bopp não possuía telescópio próprio. Durante uma confraternização com amigos, enquanto observava o céu com o telescópio de um deles, deparou-se com um objecto que parecia não estar catalogado nos seus atlas celestes. Quando confirmou que não existiam outros objectos de céu profundo nas proximidades de M70, contactou o Central Bureau for Astronomical Telegrams por telegrama. Na manhã seguinte, confirmou-se realmente tratar-se de um novo cometa, nomeado de Hale-Bopp, com a designação C/1995 O1. A descoberta foi anunciada pela Circular IAU 6187 da União Astronómica Internacional.

Ficou desde logo claro que o Hale-Bopp não era um cometa comum: ao se calcular a sua órbita, constatou-se que este se encontrava a 7,2 unidades astronómicas (UA) do Sol, posicionando-se entre Júpiter e Saturno, a maior distância à Terra alguma vez observada num cometa recém-descoberto. A maioria dos cometas que se encontram a essa distância são apenas perceptíveis como pontos pouco luminosos e a sua actividade é insignificante. No entanto, o Hale-Bopp já possuía uma cauda observável. Numa imagem de 1993 tirada pelo Telescópio Anglo-Australiano já se observava o cometa, na altura negligenciado, a 13 UA do Sol, uma distância a que normalmente não se consegue observar esses astros; por exemplo, o cometa Halley é 50 000 vezes menos luminoso à mesma distância do Sol. As análises indicam que o seu núcleo mede cerca de 50 quilómetros de diâmetro, três vezes o do Halley.
A sua surpreendente actividade e a grande distância indicavam que o cometa seria muito brilhante ao alcançar o seu periélio em 1997. No entanto, os especialistas foram cautelosos nas suas previsões, devido à dificuldade em prever com exactidão o brilho do cometa. Anos antes, em 1973, anunciou-se que o Cometa Kohoutek seria o cometa do século devido ao seu brilho, saindo, no entanto, as expectativas defraudadas.

Nessa altura, a Internet era um fenómeno em crescimento, e numerosas páginas web que acompanhavam o progresso do cometa e que forneciam imagens diárias a partir de vários locais do mundo tornaram-se muito populares. A Internet desempenhou um papel fundamental, até essa data sem precedentes, ao alimentar o interesse público no fenómeno Hale-Bopp.
À medida que o cometa se aproximava do Sol, continuava a resplandecer, brilhando com magnitude 2 em Fevereiro e mostrando um cada vez maior par de caudas, uma formada por gás azul, alinhando-se directamente na direcção do Sol, e outra por pó amarelo curvando-se ao longo da sua órbita. A 9 de Março, um eclipse solar na Mongólia e Este da Sibéria permitiu aos observadores nestas regiões observar o cometa em pleno dia. A maior aproximação de Hale-Bopp à Terra ocorreu em 22 de maio de 1997, a uma distância de 1,315 UA.
Durante o seu periélio no dia 1 de Abril de 1997, o cometa tornou-se espectacular. Brilhou mais que qualquer outra estrela no céu, com a excepção de Sirius, e as suas duas caudas separavam-se entre 30 e 40 graus ao longo do plano celeste. O cometa era suficientemente visível para ser observado muito antes do escurecimento total do céu, e uma vez que este, ao contrário de muitos grandes cometas, atingiu o periélio relativamente distante do Sol, foi visível durante grande parte da noite para os observadores localizados no hemisfério norte.
Apesar da sua grande luminosidade, poderia ter sido ainda mais impressionante caso tivesse passado mais perto da Terra, como aconteceu com o cometa Hyakutake (C/1996 B2) em 1996. A sua cauda teria ocupado todo o céu e seria mais brilhante que a lua cheia. De qualquer forma, apesar da sua aproximação máxima à Terra ter sido superior a 1 UA (uma distância que teria tornado muitos cometas invisíveis), o Hale-Bopp ocupava cerca de metade do céu com as suas duas caudas, ainda que o final destas fosse demasiado débil para ser observado sem recorrer ao auxílio de um instrumento óptico.


Carlos Paredes morreu há 7 anos

(imagem daqui)

Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - mantém um estilo Coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições. Conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.



O último Rei do Afeganistão morreu há 4 anos

Mohammed Zahir Xá (Cabul, 16 de Outubro de 1914 - Cabul, 23 de Julho de 2007) foi o segundo rei () do Afeganistão, sucedendo a seu pai Nadir Xá.
Nascido em Cabul em 1914, Zahir foi educado na França e assumiu o trono após o assassinato do seu pai por um estudante. Era da etnia pachtum, e membro do clã Durani, um dos principais ramos pachtuns do país.
Depois de manter o país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, começou a modernizar o país, fundando uma nova universidade, estreitando os laços comerciais e culturais com a Europa e trazendo assessores estrangeiros para o acompanharem de perto neste processo de europeização.
Em 1973, foi deposto num golpe orquestrado pelo próprio primo, Mohammad Daoud, ministro da Defesa, que não aprovava a abertura e as relações com o Ocidente, instaurando a República.
Zahir foi o principal líder afegão num raro período de estabilidade política e relativa paz no país, entre 1933 e 1973.
Depois do golpe, o antigo monarca do Afeganistão transladou-se para Roma, de onde acompanhou à distância os períodos mais violentos da história recente de seu país — o confronto entre facções e tribos rivais, a guerra com os soviéticos, a tomada do poder pela milícia Talibã e a invasão americana depois do 11 de Setembro.
Em 2002, com os Talibãs fora do poder, Zahir voltou ao país para participar de uma reunião tribal sobre o futuro do Afeganistão, onde lhe foi atribuído o título de pai da nação afegã. O ex-rei apoiava o presidente interino do país Hamid Karzai. Desde então, habitou no antigo palácio real, até à sua morte, sem qualquer poder político ou isenção fiscal.
O ex-monarca faleceu em seu palácio da capital afegã, informou Karzai em entrevista colectiva, na qual declarou três dias de luto nacional durante os quais as bandeiras em todo o país e nas missões diplomáticas afegãs no exterior foram hasteadas a meio mastro.

sexta-feira, julho 22, 2011

Mais um livro sobre Geoquímica publicado no Brasil


Geoquímica – uma introdução

Francis Albarède

Tradução: Fábio R. D. de Andrade


Novo livro detalha os fundamentos da geoquímica moderna e sua aplicação no estudo dos mais diversos ambientes

Relativamente nova, a geoquímica apresenta-se como a vanguarda científica de diversas áreas de conhecimento, levando-se em conta sua interdisciplinaridade e alcance enquanto ciência. Presente em quase todos os campos das ciências da Terra, a geoquímica utiliza princípios da química para explicar os mecanismos que regulam o funcionamento dos principais sistemas geológicos.
Apesar de haver periódicos dedicados à divulgação da pesquisa na área, ainda é pequeno o número de livros de geoquímica geral que cobrem de modo amplo os vários segmentos da geoquímica moderna. Esta é uma das razões que fazem do livro de Francis Albarède um livro oportuno, direccionado aos cursos introdutórios para alunos de graduação.

Brilhantemente traduzido pelo professor de geoquímica da USP, Fábio Ramos, o livro explica de forma didáctica os fundamentos da geoquímica moderna, que atua desde a medição do tempo geológico, passando pela origem dos magmas, pela evolução dos continentes, dos oceanos e do manto, até a compreensão das mudanças ambientais. Com exemplos e exercícios, a obra enfatiza os princípios gerais da geoquímica e traz informações essenciais para estudantes de ciências da Terra e ciências ambientais.

A partir de uma introdução sobre as propriedades dos átomos e núcleos dos elementos químicos, o autor discute os princípios de fraccionamento, mistura de isótopos e de elementos, geocronologia e uso de traçadores radiogénicos na caracterização de reservatórios e fontes. Explora o transporte geoquímico por advecção e difusão, o conceito de temperatura de fechamento, cromatografia e taxas de reacção em sistemas de larga escala, como os oceanos, a crosta e o manto.

Pela abrangência e profundidade dos temas tratados e pela excelência do trabalho de tradução, este livro certamente será bastante útil não apenas aos estudantes da disciplina, mas a todos os interessados nos conceitos e aplicações da Geoquímica nas diversas áreas das ciências da Terra.


PÚBLICO A QUE SE DESTINA

Cursos introdutórios de geoquímica, alunos de graduação e profissionais da área.


MAIS INFORMAÇÕES

Preço: 108 reais
ISBN: 978-85-7975-020-5
Formato: 18X25,5cm |
Páginas: 400

Mais informações - AQUI.

Giuseppe Piazzi morreu há 185 anos

Em 1 de Janeiro de 1801 Piazzi descobriu o planeta anão Ceres, tendo-o designado inicialmente por Cerere Ferdinan­dea. A existência e a localização de Ceres tinha sido prevista pela lei de Titius-Bode alguns anos antes.
O milésimo asteróide a ser numerado, 1000 Piazzia, foi baptizado em homenagem a Piazzi.

Fred Astaire morreu há 24 anos

Fred Astaire, nome artístico de Frederick Austerlitz (Omaha, 10 de Maio de 1899Los Angeles, 22 de Junho de 1987) foi um actor e dançarino Norte-americano.

Antes de Fred Astaire estrear no cinema, os dançarinos apareciam nos filmes apenas "em partes": os pés, as cabeças e os torsos eram compostos na sala de edição. Astaire, por sua vez, exigia ser filmado de corpo inteiro. Para isso eram necessários longos ensaios - certa vez chegou a três meses com dez horas diárias de trabalho, com repetições feitas passo a passo e movimentos de câmara acompanhando a coreografia. Em seus filmes, Astaire conseguiu dar nova emoção a dança, fosse ela banal ou repleta de tragicidade.Sua interpretação enriquecia-se pelo que James Cagney chamava de "o toque do vagabundo". Sempre trajado a rigor, seu charme tornou-se lendário.
Fez sua primeira apresentação no palco aos cinco anos com a irmã Adele, que o acompanhava em revistas musicais nos anos 1920, em Londres. Estreou no cinema em 1915, fazendo uma pequena ponta e em 1933 apareceu ao lado de Joan Crawford em Dancing lady. Nesse mesmo ano atuou no primeiro de uma série de dez filmes ao lado de Ginger Rogers. Os dois formavam uma parceria impecável (Ele dava classe a ela, ela dava sex-appeal a ele, explicou certa vez um director de estúdio). Hollywood tinha razão ao lhe conferir um Óscar especial em 1949, por sua contribuição à técnica dos musicais no cinema. Ginger Rogers, claro, foi quem lhe entregou o prémio.



quinta-feira, julho 21, 2011

Música para acabar bem um dia...

O fim de uma era...

Centro Espacial Kennedy
Chegou ao fim a odisseia dos vaivéns espaciais


O vaivém Atlantis aterrou às 10h.57 (hora em Portugal) no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Florida, com quatro astronautas a bordo. Foi a última viagem de um vaivém da NASA.

O vaivém aterrou pouco antes do nascer do Sol (às 05.57, hora local), cerca de uma hora depois de ter entrado na atmosfera terrestre e de ter sobrevoado a América central. Em piloto automático durante toda a descida, o comandante Chris Ferguson assumiu os comandos da nave manualmente para alinhar o vaivém com a pista de aterragem.

"Missão cumprida, Houston. Depois de ter servido durante mais de 30 anos, a nave espacial americana conquistou o seu lugar na História", disse o comandante do Atlantis, pouco depois da aterragem.

Depois, os quatro astronautas - Chris Ferguson (comandante), Doug Hurley (piloto) e os especialistas de missão Sandra Magnus e Rex Walheim - procederam a uma série de avaliações aos sistemas de segurança.

Este é o fim da missão do Atlantis, que passou oito dias, 15 horas e 21 minutos acoplado ao laboratório orbital.

“Os vaivéns espaciais mudaram a forma como vemos o mundo, a forma como vemos o universo”, acrescentou Ferguson . “A América não vai parar de explorar [o espaço]”, garantiu Ferguson, agradecendo o fim do programa, com sucesso.

O Atlantis saiu da Terra no passado dia 8 de Julho, com o objectivo de transportar quatro toneladas de carga em comida, roupas e equipamento para um ano de trabalho da ISS. A carga foi armazenada no módulo italiano Raffaello, de 6,5 metros de comprimento, que ficou acoplado à estação durante estes dias. Os astronautas descarregaram o que havia no módulo e voltaram a enchê-lo com lixo produzido na ISS e material que já não é necessário, voltando à Terra com o Atlantis.

Foi o 33º voo deste vaivém, que se estreou no espaço em Outubro de 1985.

O fim da frota de vaivéns espaciais da NASA foi decidido pelo Governo norte-americano, em parte devido aos elevados custos de manutenção das naves. As cinco naves do programa espacial realizaram mais de duas mil experiências nas áreas das ciências da Terra, Astronomia, Biologia e Materiais. Ao longo destes anos, acoplaram em duas estações espaciais: a russa Mir e a ISS.

Agora, a curto prazo, a NASA vai depender dos vaivéns russos para transportar astronautas de e para a Estação Espacial Internacional (ISS).

O Atlantis ficará exposto no centro de visitantes no Centro Espacial Kennedy, e os Discovery e Endeavour - que cumpriram as suas últimas missões no início deste ano - ficarão à guarda do Museu do Ar e do Espaço (Virgínia) e Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, respectivamente.
in Público - ler notícia

Cat Stevens/Yusuf Islam faz hoje anos

Uma data e um concerto memorável num dia complicado para os PIIGS

21 de Julho entre Berlim (1990) e Bruxelas (2011)


Faz hoje 21 anos que aconteceu em Berlim o inesquecível concerto da Liberdade que celebrou a queda do muro e o fim do comunismo que tinham desabado oito meses antes.
Hoje, 21 de Julho reune-se o Conselho Europeu. O mecanismo de apoio aos países em situação de insolvência exige um processo de decisão por unanimidade que durará pelo menos até Janeiro de 2013, após a entrada em vigor de um Tratado de Lisboa revisto. Conseguirão os "PIIGS" fazer ouvir a sua voz no "muro" de Bruxelas? Espero bem que sim.
O neoliberalismo triunfante após a queda do muro, conseguiu sobreviver 21 anos até chegar a este estado comatoso - com a sua "branca mundial" a caminho de default, os seus Fundos "por um fio" ("edge funds"?), o seu modelo de globalização absurdo, mais os seus (des)regulamentos mundiais.
("There is no pain you are receding/A distant ship, smoke on the horizon./You are only coming through in waves./Your lips move but I can't hear what you're saying./When I was a child I had a fever/My hands felt just like two balloons./Now I've got that feeling once again/I can't explain you would not understand/This is not how I am...")


"I don't want to stay comfortably numb". E você?

in 31 da Armada - post de Luís Filipe Coimbra

Hoje é dia de ouvir Cat Stevens

Morning has broken


Cat Stevens - Morning has broken

Morning has broken,
like the first morning
Blackbird has spoken,
like the first bird
Praise for the singing,
praise for the morning
Praise for the springing
fresh from the word

Sweet the rain's new fall,
sunlit from heaven
Like the first dewfall,
on the first grass
Praise for the sweetness
of the wet garden
Sprung in completeness
where his feet pass

Mine is the sunlight,
mine is the morning
Born of the one light,
Eden saw play
Praise with elation,
praise every morning
God's recreation
of the new day

Morning has broken,
like the first morning
Blackbird has spoken,
like the first bird
Praise for the singing,
praise for the morning
Praise for the springing
fresh from the word

Heaven Can Wait

Ernest Hemingway nasceu há 112 anos

Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho 1899Ketchum, 2 de Julho 1961) foi um escritor norte-americano.
Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola e a experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial se instalou em Cuba.

Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris, conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de vários relacionamentos românticos. Em 1952 publica "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o prémio Pulitzer (1953), considerada a sua obra-prima. Hemingway recebeu o Nobel de Literatura de 1954.
A vida e a obra de Hemingway tem intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve passagem, mas marcante para um escritor americano que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, meados do século XX, fascinado pelas touradas, a ponto de tornar-se um toureiro amador, transporta essa experiência para dois livros: O Sol Também Se Levanta (1926) e Por Quem os Sinos Dobram (1940). Ao cobrir a Guerra Civil (1937) – como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo.
Ainda muito jovem, decidiu ir à Europa pela primeira vez, quando a Grande Guerra assombrava o mundo (1918). Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no Kansas City Star. Tentou alistar-se, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, sua inspiração na criação da heroína de Adeus às armas (1929) – a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park que, depois do que viu na Itália, tornou-se monótona demais
 
Volta à Europa (Paris), em 1921, recém-casado com Elizabeth Richardson, seu primeiro casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para o Toronto Star Weeky e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes: Ezra Pound (1885 – 1972), Scott Fitzgerald (1896 – 1940) e Gertrude Stein (1874 – 1940). O seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer. Com ela teve dois filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. O escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente internacional. O casamento com Pauline era instável. Nessa época conhece Joe Russell, dono do Sloppy Joe’s Bar e companheiro de farra. Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde voltava anualmente na época da corrida do agulhão (entre os meses de Maio e Julho). Hospedava-se no hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da cidade que se tornava o lar do escritor, e os cenários que comporiam sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que teriam como desfecho a revolução socialista e o suicídio do escritor.
Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, casada com o director de operações da Pan American Airways e se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixona, desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predisse seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: “Você vai precisar de uma mulher a cada livro”. Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento. Quando a república caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha.
Em 1946, o escritor casa-se pela quarta e última vez com Mary Welsh, também jornalista, mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável emocionalmente.

Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atónito, não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança.
Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, aterosclerose, depressão e perda de memória, Hemingway decidiu-se pela primeira alternativa.
Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de Julho de 1961, em Ketchum, Idaho, tomou uma arma de caça e disparou contra si mesmo.

Cat Stevens nasceu há 63 anos

(imagem daqui)
Anteriormente conhecido pelo nome artístico de Cat Stevens (Londres, 21 de Julho de 1948) é um cantor e compositor britânico.
Seu nome de nascimento é Stephen Demetre Georgiou. Seu pai é de origem greco-cipriota e sua mãe de origem sueca. Vendeu 40 milhões de álbuns, principalmente entre as décadas de 1960 e 1970. Em 1971, escreveu uma música para o filme Harold and Maude. Entre suas canções mais populares estão "Morning Has Broken", "Peace Train", "Moonshadow", "Wild World", "Father and Son" e "Oh Very Young".
Stevens converteu-se ao Islão e abandonou a música em 1978. Desde então passou a se dedicar a atividades beneficentes e educacionais em prol da religião. Toma muito cuidado quanto ao uso de suas músicas. Muitas delas dissertam a respeito de temas de sua vida anterior à conversão, e Stevens não quer mais ser associado a eles. Não surpreende que nunca tenha permitido que qualquer de suas canções fosse usada em comerciais de televisão. Apesar de estar há quase 30 anos afastado da indústria musical, os trabalhos anteriores como Cat Stevens continuam vendendo uma média de 1,5 milhão de discos por ano.



Robin Williams - 60 anos!

Robin McLaurim Williams (Chicago, 21 de Julho de 1951) é um actor e comediante americano. Após conquistar fama interpretando o alien Mork na série de televisão Mork & Mindy, e pelo seu trabalho posterior com stand-up comedy, Williams vem tendo destaque em diversos filmes desde 1980. Venceu o Óscar de melhor actor secundário por sua performance no filme Good Will Hunting, de 1997, e também conquistou dois Prêmios Emmy do Primetime, quatro Globos de Ouro, dois prémios do Screen Actors Guild e cinco Grammys.

Charlotte Gainsbourg - 40 anos!

Charlotte Gainsbourg (Londres, 21 de Julho de 1971) é uma actriz e cantora francesa.
É filha do poeta e cantor francês Serge Gainsbourg e da actriz Jane Birkin. Crescendo numa família ligada ao teatro e à música, fez o seu primeiro filme em 1984, Paroles et musique. Em 1986 ganhou o César de actriz mais promissora, pela sua participação no filme L'éffrontée e, em 2000, voltou a ganhá-lo, desta vez de melhor actriz secundária no filme La Bûche.
Em 2009, ela recebeu o prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes por seu trabalho em Antichrist.
Para além da sua carreira como actriz, gravou dois álbuns e cantou a canção-título de um dos seus filmes, e é representante da griffe de roupas Gérard Darel.
Actualmente vive e trabalha em França, onde é casada com o actor e realizador Yvan Attal, pai dos seus dois filhos.


quarta-feira, julho 20, 2011

O conde von Stauffenberg tentou acabar com a loucura nazi há anos

Selo postal alemão de 1964

Operação Valquíria (em inglês: Operation Valkyrie; em alemão: Operation Walküre) foi um dos 15 planos elaborados por militares alemães para assassinar Adolf Hitler.
Em 1944, o coronel Claus Schenk Graf von Stauffenberg perpetrou um atentado contra Hitler, (o atentado de 20 de Julho) em nome do movimento da resistência alemã, do qual faziam parte vários oficiais. Hitler saiu apenas levemente ferido da explosão de uma bomba em seu quartel-general, Wolfsschanze ("Toca do Lobo"), na Prússia Oriental. A represália não se fez esperar: mais de quatro mil pessoas, membros e simpatizantes da resistência, foram executadas nos meses seguintes.
O coronel von Stauffenberg foi um dos principais personagens da conspiração que culminou com o fracassado atentado contra Hitler em 20 de Julho de 1944. Nascido na Suábia em 15 de Novembro de 1907, Stauffenberg foi um patriota alemão conservador, que a princípio simpatizou com os aspectos nacionalistas e militaristas do regime nazista.
Mas desde cedo começou a questionar não só o genocídio contra judeus, polacos, russos e outros grupos da população estigmatizados pelo regime de Hitler, como também a forma, na sua opinião "inadequada", do comando militar alemão. Mesmo assim, como muitos outros militares, preferiu no começo manter-se fiel ao regime.
Em 1942, junto com seu irmão Berthold e outros membros da resistência, ele ajudou a elaborar uma declaração de governo pós-derrubada de Hitler. Os conspiradores defendiam a volta das liberdades e direitos previstos na Constituição de 1933, mas rejeitavam o restabelecimento da democracia parlamentar.
Em Março de 1942, Stauffenberg havia sido promovido a oficial do Estado Maior da 10ª Divisão de Tanques, com a incumbência de proteger as tropas do general Erwin Rommel, comandante do Afrika Korps, após o desembarque dos aliados no norte da África. Num ataque aéreo em 7 de Abril de 1943, Stauffenberg perdeu um olho, a mão direita e dois dedos da mão esquerda.
Após recuperar-se dos ferimentos, voltou à Alemanha, aliou-se ao general Friedrich Olbricht, Albrecht Mertz von Quirnheim e Henning von Tresckow na conspiração que passaram a chamar de Operação Valquíria. Oficialmente, a operação pretendia combater inquietações internas, mas na realidade preparava tudo para o período posterior ao planeado golpe de Estado.
Os planos do atentado que mataria Hitler foram elaborados com a participação de Carl Friedrich Goerdeler e de Ludwig Beck. Os conspiradores mantinham, além disso, contactos com a resistência civil. Os planos visavam a eliminação de Hitler e seus sucessores potenciais Hermann Göring e Heinrich Himmler. A primeira tentativa de atentado em Rastenburg (hoje Polónia), no dia 15 de Julho, fracassou.
Na manhã de 20 de Julho de 1944, Stauffenberg voou até o quartel-general do Führer (Toca do lobo) na Prússia Oriental. Com seu ajudante, o tenente Werner von Haeften, ele conseguiu activar apenas um dos dois explosivos previstos para detonar. Mais tarde, usou uma desculpa para sair da sala de conferências, onde depositou a bolsa com explosivos perto do Führer. Porém, um de seus generais afastou-a involuntariamente de Hitler. A explosão, às 12.42 horas, matou quatro das 24 pessoas na sala. Hitler sobreviveu.
Na capital alemã, os conspiradores comunicaram por telefone, por volta das 15 horas, convencidos do êxito da missão:
"O Führer Adolf Hitler está morto."
Duas horas mais tarde, a notícia foi desmentida. Na mesma noite, Stauffenberg, Von Haeften, Von Quinheim e Friedrich Olbricht foram executados por traição. No dia 21 de Julho, os mortos foram enterrados em seus uniformes e condecorações militares. Mais tarde, Himmler mandou desenterrá-los e ordenou sua cremação. As cinzas foram espalhadas pelos campos.
Em 2008, Tom Cruise estrelou Valkyrie, filme baseado na operação mostrando o atentado do ponto de vista de Stauffenberg.

A sonda Dawn chegou ao asteróide Vesta

Sonda da NASA já começou a produzir fotografias
Asteróide Vesta mais detalhado do que nunca

A sonda vai procurar luas durante a aproximação a Vesta (NASA)

O asteróide Vesta nunca tinha sido visto tão detalhadamente. Mas assim que a sonda Dawn, da NASA, entrou na sua órbita, começou a tirar fotografias ao asteróide, que foram publicadas nesta terça-feira pela Agência Espacial Norte Americana.

Vesta tem uma forma redonda, está situado na cintura de asteróides, entre Marte e Júpiter. É um dos mais antigos e o segundo maior objecto daquela região, que tem milhares de corpos. O asteróide tem cerca de 500 quilómetros de diâmetro e os cientistas esperam que revele segredos sobre o início da formação dos planetas do Sistema Solar.

“Estamos a começar a estudar a superfície primordial mais velha que ainda existe no Sistema Solar”, disse Christopher Russell, investigador principal responsável pela missão, da Universidade de Califórnia, EUA. “Esta região do espaço tem sido ignorada durante demasiado tempo. Até agora, as imagens recebidas revelam uma superfície complexa que parece ter preservado alguns dos primeiros acontecimentos na história de Vesta, e também mostra toda a devastação que sofreu depois.”

As imagens que existiam do asteróide, foram tiradas nos últimos dois séculos por telescópios terrestres e espaciais, e não tinham o grau de pormenor que as fotografias de Dawn vão dar.

Os cientistas estimam que Vesta tenha entrado em órbita neste sábado, dia 16 de Julho, às 6h00 de Lisboa, quando estava a 16.000 quilómetros de distância do asteróide. Durante as primeiras três semanas, a sonda vai continuar a aproximar-se do corpo. Ao longo dessa aproximação, Dawn vai verificar se Vesta tem luas, tirar mais fotografias para a navegação, observar propriedades físicas e vai obter informação de calibração.

A sonda partiu da Terra em 2007, durante o próximo ano ficará a dar voltas a Vesta para depois seguir em direcção a Ceres – o maior dos corpos da cintura de asteróides, que fica mais próximo de Júpiter. Ceres tem características interessantes que contrastam com Vesta, e que a Dawn vai investigar. A sonda deverá chegar lá em Fevereiro de 2015.

Hoje é dia de ouvir a guitarra mágica de Carlos Santana

O baterista dos Sex Pistols faz hoje 55 anos

Paul Thomas Cook (born 20 July 1956, Hammersmith, London) is an English drummer and member of the punk rock band, The Sex Pistols.

A actividade dos Geopedrados do fim-de-semana em mapas

Ponto de encontro em Leiria - Café Olhalvas:



Percurso Leiria - Marinha da Mendiga (almoço):



Percurso Marinha da Mendiga - Chãos:


Chãos - Alcobertas - Portela de Teira - Salinas de Rio Maior - Olhos de Água do Alviela:



Chãos - Arrimal - Bezerra - Fórnea:



Fórnea - Algar do Ladoeiro:



Algar do Ladoeiro - Ecoteca de Porto de Mós - Leiria:

O poeta Gastão Cruz nasceu há 70 anos

(imagem daqui)


Gastão Santana Franco da Cruz (Faro, 20 de Julho de 1941) é um poeta, crítico literário e encenador português.
Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino secundário e leitor de Português no King's College, pertencente à Universidade de Londres.
Como poeta, o seu nome aparece inicialmente ligado à publicação colectiva Poesia 61 (que reuniu Gastão Cruz, Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta), uma das principais contribuições para a renovação da linguagem poética portuguesa na década de 60. Como crítico literário, coordenou a revista Outubro e colaborou em vários jornais e revistas ao longo dos anos sessenta - Seara Nova, O Tempo e o Modo ou Os Cadernos do Meio-Dia (publicados sob a direcção de Casimiro de Brito e António Ramos Rosa). Essa colaboração foi reunida em volume, com o título A Poesia Portuguesa Hoje (1973), livro que permanece hoje como uma referência para o estudo da poesia portuguesa da década de sessenta.
Ligado ao teatro, Gastão Cruz foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou peças de Crommelynck, Strindberg, Camus, Tchekov ou uma adaptação sua de Uma Abelha na Chuva (1977), de Carlos de Oliveira. Algumas delas foram, pela primeira vez, traduzidas para português pelo poeta. Foi igualmente um dos fundadores do Grupo de Teatro de Letras, em 1965.
O percurso literário de Gastão Cruz inclui a tradução de nomes como William Blake, Jean Cocteau, Jude Stéfan e Shakespeare. As Doze Canções de Blake que traduziu fazem, aliás, parte da sua bibliografia poética.
A sua obra Rua de Portugal recebeu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, em 2004. Em 2009, A Moeda do Tempo mereceu o Prémio Correntes d'Escritas.

Os limões frios

De cada vez que vínhamos à casa
dos bisavós longinquamente mortos
que para ela tinham escolhido
um lugar na pureza
da terra absoluta
quando
principiava a primavera
e a avó saudava as andorinhas
como se no regresso
do ano anterior as mesmas fossem
e o sopro dos besouros me fazia
sentir que qualquer coisa novamente mudara
nos meus dias e o verão
subia e o calor da tarde intumescia
o sexo adolescente
e antes de regressar ao varejo da amêndoa
num silêncio de suor o jovem tio dormia
de cada vez nós víamos
da árvore desprenderem-se
os limões frios

Carlos Santana - 64 anos!

Carlos Alberto Santana Barragán, mais conhecido como Santana (Autlán de Navarro, 20 de Julho de 1947), é um conhecido guitarrista e compositor mexicano. Tornou-se famoso na década de 1960 com a banda Santana Blues Band, conhecida posteriormente apenas como Santana - mais precisamente com a sua actuação no Festival de Woodstock em 1969, onde ganhou projecção mundial.