sexta-feira, setembro 24, 2010
Notícia sobre Paleontologia no Público
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Mais um dia triste para os abolicionistas
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Marcadores: pena de morte, USA, vergonha
tudo como dantes, quartel general em abrantes
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Música para políticos empenhados e leitores inteligentes
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quinta-feira, setembro 23, 2010
Um actividade interessante em Lisboa
NOTA: mais informações AQUI. De notar que actividade termina dia 24 de Setembro, 6ª...
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A inteligência do inginheiro
Sócrates: «Há muito tempo para falar disso [a dívida]»...
«Há muito tempo para falar disso [a dívida]»... (as reticências são minhas)
Parece que não: o Governo pagou 6,24% de taxa de juro no leilão, de 22-9-2010, de obrigações do Tesouro português a 10 anos (no valor de «750 milhões de euros, o limite inferior do montante indicativo, que ascendia até mil milhões de euros»). Há cada vez menos tempo...
in Do Portugal Profundo - post de António Balbino Caldeira
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Notícia sobre Paleontologia no Público
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Notícia sobre o Ministério da Educação, Magalhães e Propaganda
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O país vai de carrinho
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Balada do Outono
Águas passadas do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'rás bandas do mar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
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Música adequada à situação económica do país
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Poema para um Equinócio anunciado
Glosa à chegada do outono
O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sede, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera: este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...
Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.
Jorge de Sena
Pablo Neruda morreu há 37 anos
Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904 — Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno.
Foi um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX.
in Wikipédia
Poema 15
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
in Veinte poemas de amor y una canción desesperada, Pablo Neruda
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quarta-feira, setembro 22, 2010
Música adequada à situação do país
Heaven - is the whole of the heart
And heaven - is the whole of the heart
And heaven - is the whole of the heart
NOTA: post 3.500 deste Blog!
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Se calhar a rotação é entre Carrilho e Sócrates...
Portanto, se é esse o argumento, Manuel Maria Carrilho limitou-se a ser uma pessoa decente que não votou em Farouk Hosni mas deixou que o governo português apoiasse um anti-semita, censor e polícia para a UNESCO. Agora, se por cúmulo penal, lhe assacam culpas por ter denunciado o embuste do arraial tecnológico, além do programa das Oportunidades, merece que os seus argumentos sejam muito bem discutidos. Mas era mais fácil despedi-lo.
Postado por Pedro Luna às 14:15 0 bocas
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O discurso fofinho visto pelos mais novos
ADENDA - curiosamente o filme foi retirado do YouTube - tive de o substituir pelo colocado nos Vídeos do Sapo...
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Os passeios do PM
Sócrates em visita aos EUA para contactos informaisEm resumo, não é nada fácil deslindar o propósito da visita do primeiro-ministro aos Estados Unidos. O assessor diz que vai lá fazer contactos informais para uma entrada no Conselho de Segurança. Pensava que esse assunto estivesse definitivamente resolvido depois das visitas regulares à Líbia & etc. (Venezuela, cortesia com o Irão, apoio abnegado a um pirómano egípcio, com um gosto especial por fogueiras de livros hebraicos, para a UNESCO, e por aí adiante). Quatro já lá vão. Contactos informais nos corredores e nas salas das Nações Unidas costumam ser incumbência dos embaixadores e, depois, dos ministros dos Negócios Estrangeiros, que é mesmo para isso que eles servem, na maior parte do seu tempo. Um primeiro-ministro não é bem a mesma coisa. Bem sei que com o governo socialista tudo é possível. O Rato é todo um estilo. Como diz o assessor em declarações ao Negócios, «o Zapatero, sim, vai fazer esse road-show [de promoção da dívida] mas Sócrates [vá lá, deixou cair o artigo definido, tão porreiro, pá!] não». Vai a Washington? Fica-se por Nova Iorque? Ou é Washington que vai a Nova Iorque? Isso é que interessa saber. Enfim, também parece que ninguém perguntou ao Luís. E Teixeira dos Santos: vai?in O Cachimbo de Magritte - post de Jorge Costa
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terça-feira, setembro 21, 2010
Pele de estegossauro do Jurássico
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O discurso fofinho visto pelo Antero e pelos Marretas
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Acabar de vez com o silêncio e a submissão
Navegar para Bizâncio
«Of what is past, or passing, or to come.»
William Butler Yeats, Sailing to Byzantium, 1928
«O que querem de nós?
Da Redacção
El Diario | 18-09-2010 | 21:57
Senhores das diferentes organizações que disputam a praça da Ciudad Juárez: a perda de dois repórteres de esta casa editorial em menos de dois anos representa uma ruptura irreparável para todos os que aqui trabalham e, em particular, para as suas famílias.
Sabemos que é do vosso conhecimento que somos comunicadores, não adivinhos. Portanto, como trabalhadores da informação queremos que nos expliquem o que é que querem de nós, o que é que pretendem que publiquemos ou deixemos de publicar, para saber a que nos conformar.
Vós sois, nesta altura, as autoridades de facto nesta cidade, porque os poderes instituídos não têm podido fazer nada para impedir que os nossos companheiros continuem a cair, apesar do que reiteradamente lhes temos exigido.» (Tradução minha)
Esta é uma declaração de derrota da sociedade perante o crime. Os media, representantes da sociedade civil, voltam-se para «as autoridades de facto», que são agora os cartéis da droga, juram-lhes obediência e pedem-lhes o que lhes digam o que fazer!... Podemos até concluir que há muita promiscuidade entre o os cartéis e o Estado mexicano; mas isso só piora o diagnóstico.
Noutra circunstância, mais branda (não matam!), e noutra longitude, mais a leste, verifica-se a mesma obediência perante o poder corrupto; e já não em nome da vida, mas do salário. Há os que sucubem, tentando ser livres e servir o povo com a voz e os dedos, e há os que se anicham no regaço do poder e abicham os salários correspondentes, rendendo a sua pena (a nossa outra!) pela paga. Um poder corrupto que, todavia, se agacha perante a marginalidade interna e o terror externo.
Aquilo que se chamou Ocidente - impropriamente, como se o mundo não tivesse hemisfério sul... -, perdeu a vontade de combater. Há-de descer ao suplício do inferno antes de ressurgir - quando ressurgir! - com carácter e força. A perda da vontade de combater, que não é exclusiva dos Estados, pois também afecta as comunidades e os indivíduos, é uma característica das sociedades ricas, que preferem o consumo ao investimento, o conforto ao risco e, no cúmulo da sua abundância, tornam-se escravas dos bárbaros que exploram o seu medo, as constrangem a obedecer à sua vontade e lhes extorquem dinheiro. A redenção moral só ocorrerá após esta rendição material. Quando a purificação da pobreza as revigorar e encontrarem, no fundo da alma, a razão de ser. De novo.
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A falta de estômago para a crítica e a rotatividade socialista
Postado por Fernando Martins às 15:00 0 bocas
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Reflexão interessante sobre a Escola Pública e as reais possibilidades de escolha do estabelecimento de ensino
Nestas últimas semanas dei por mim, muitas vezes a pensar nela, como é compreensível. Tenho a certeza de que se me visse deprimido e a patinar nos rumos que ajudou a traçar para a minha vida eu já estaria a sentir comichões intensas nas orelhas ou no nariz ou outros qualquer sintoma para contrariar isso. A minha mãe tinha, além de tudo, um sentido de humor discreto mas uma ironia mordaz (que, sem o seu equilíbrio feminino, eu potenciei, na mordacidade, que não na ironia). E, por isso, lembrá-la passa por lembrar como pensava e como agia.
Estava a ver o Prós & Contras na RTP sobre a revisão constitucional e a lembrar-me de como ela reagiria ao ver o debate sobre a “liberdade de educação” e “livre escolha de escola”. De Miguel Macedo registaria a hipocrisia de falar dos contratos de associação de escola (que existem nos sítios onde não há escolas públicas e o Estado paga tudo) e de Jorge Lacão a ignorância sobre a realidade do sistema. (Como ela diria, e eu repito desde que a ouvi dizer, toda a gente acha que percebe de escola só porque andou numa, mas eu não percebo de blocos cirúrgicos só porque fui operada….).
Para perceberem como o tema me toca, conto-vos a história da minha chegada à escola. Cresci na periferia em alargamento de Viana do Castelo, nos anos 70/80, numa zona em que durante a minha infância se passou dos castanheiros e juntas de bois (ainda as vi a circular na estrada) aos prédios e cafés de bairro. A escola da minha área de residência era a escola primária da Abelheira (hoje encerrada), rural, cheia de árvores e com o wc mais horrendo que já vi, frequentada pelos miúdos que moravam na encosta da Abelheira. Ficava a 10 minutos a pé de casa, a subir, que eu percorri nesses anos a dar pontapés nas castanhas e a desviar-me da bosta. Dos meus colegas de sala muito poucos (talvez 2 ou 3 chegaram) ao 12º ano.
Lembro-me de a minha mãe dizer que não teria sido difícil “escolher outra escola na cidade” e fugir à obrigação da residência. A escola onde trabalhava ficava ao lado da escola do Carmo e na família havia moradas que davam para me inscrever na Escola da Avenida. Mas a minha Mãe acreditava na escola pública e na ideia de um interesse público superior ao interesseirismo individual e isso implica respeitar as regras. E andei nessa escola e fui muito feliz. Não me tornei mais ignorante, por isso, e antes pelo contrário adquiri alguma sabedoria prática no meio das árvores e dos meus colegas.
Se morava ali ía para a escola do sítio. Na sua concepção quem usava o serviço público deveria ater-se às suas regras, quem quer escolher, em alternativa ao que o Estado dá, paga a escolha. Se o Estado dá e paga tem o direito de regular o acesso.
De certa maneira a minha mãe escolheu de acordo com o seu modelo de sociedade.
E eu concordo com a ideia. Na minha rua muito poucos foram para a escola rural dos meninos que não chegaram à faculdade. Dos filhos dos amigos da minha mãe, nossos vizinhos, nenhum andou aí, mas chegaram lá. E eu cheguei à faculdade porque a minha família elegia a educação como objectivo primordial para se gastar o dinheiro que havia: a minha mãe costumava dizer que a única coisa verdadeiramente sua era a formação que tinha. Tudo o resto podia perder-se….
Conselhos aos liberais da livre escolha de escola
E isto para dizer que quem hoje defende a liberdade de escolha de escola devia meditar mais em alguns aspectos:
- o primeiro é o território (Portugal não é igual a Lisboa e Porto e, por isso, alguns raciocínios sobre isto esquecem que o contexto da medida liberalizadora não serão só zonas metropolitanas, onde há muito por onde escolher);
- o segundo é a desigualdade de partida (os meninos que não chegaram à faculdade da minha escola, não chegaram porque o seu destino estava traçado pela desigualdade social que tinham à entrada). Eu tive livros, aprendi a ler em casa, “não guardava outras cabras”, como a minha avó dizia quando eu preguiçava e ela me lembrava que havia meninos, nos seus tempos de professora, que antes das aulas as pastoreavam (anos depois conheci alguns assim em Vila Nova de Cerveira). Comia bem, dormia em cama fofa e quentinha, ninguém me batia e brincava e estudava em conforto.
- o terceiro, os aspectos práticos - Como será se o dinheiro for dado às famílias para a escolha e se esquecerem de pagar a escola (no turbilhão do endividamento)?
- o quarto, as regras de acesso - E aqueles que ficarem nas escolas que sobram depois de todos escolherem e esgotarem as vagas das “boas” escolas? Vão ficar pior.
Costumo lembrar isso quando vejo na TV gente na “fila para a senha para ir para a fila da inscrição” no colégio XPTO no Porto ou em Lisboa ….. Curiosamente nas entrevistas da televisão nunca aparece o pai banqueiro ou o pai advogado de topo….. devem ter tirado a senha antes…..
Mas onde iriam os rankings e os brilhantes resultados se todas as escolas estivessem obrigadas à regra da residência que hoje abrange as públicas. Isto é, imaginem o colégio Luso-Francês no Porto a receber na sua lotação, primeiro, os alunos do bairro camarário vizinho e depois os que o escolhem de fora da área de residência.
A escolha de escola é uma falácia, sem haver regras invioláveis e blindadas para o excesso de lotação que impliquem que ninguém é excluído pela sua origem social (ou até étnica).
Muitos se ofenderão com a comparação, mas onde há clientes indesejados há sempre o mecanismo de dizer que o estabelecimento está cheio (e se ninguém for contar, essa desculpa fica de pé). Só fui barrado 2 vezes em discotecas, mas a desculpa foi sempre estar cheia e nunca “és feinho e baixinho….”.
O cigano ou beneficiário do RSI que queira escolher uma escola das boas há-de sempre chegar quando ela já estiver cheia…. E não me venham com a hipocrisia de que há escolas privadas com “programas para ensinar pobrezinhos”. Talvez a minha expressão seja injusta mas a verdade é que uma andorinha não faz a primavera …..
Como um brilhante e provocatório texto de Henrique Raposo lembrava no Expresso, este problema de acesso já existe no ensino público (com o que ele chamava “os liceus geridos por pessoas de bem”).
E essa questão do acesso e as suas regras é que é o problema.
Alguns sectores da sociedade portuguesa, invocando uma comparação limitada e torcida com o resto da Europa (em que nunca falam deste problema do acesso e de como ele é bem ou mal resolvido), vêm agora falar da escolha de escola.
O discurso é falso. Aquilo de que falam é de o Estado pagar a escola das classes médias altas que escolheram recusar a pública (que estará pior, também porque as classes médias-altas metropolitanas e urbanas de lá saíram, e se criaram em, alguns sítios, escolas gueto ou tendencialmemte guetizadas).
Se isso avançar, havemos de ter ainda mais portugueses, dirigentes políticos e administrativos, que não entendem, nem querem entender a pobreza, porque simplesmente nunca a viram realmente. Ou que são racistas porque foram criados em berço de ouro e turmas de roupa de marca não comprada na feira. Criados entre pessoas da sua “classe” e “estatuto” vão mesmo aceitar que pobreza é fatalidade ou que a culpa é dos pobres e da sua falta de iniciativa.
Os meninos que ainda hoje deixam a escola porque o seu destino está traçado antes de lá chegarem não precisam que o Estado desvie dinheiro para pagar a escolha que alguns deles não terão quem faça. Precisam é de escola pública (e eu também não digo estatal) com mais gestão comunitária, com mais apoios educativos e atenção aos reflexos da origem social e com menos burocracia perturbadora e hiperreguladora do senso educativo de quem lá trabalha. E quem quer escolher outra escola que pague….
Ou, como sou benevolente, de acho graça a cenários absurdos de acontecer, em alternativa, que todas as escolas privadas abrangidas pela generalização de escolha sejam obrigadas sob pena de encerramento a aceitar, pelo preço que o Estado gasta hoje nas públicas, primeiro, todos os alunos que residam num raio de kms curtos a determinar e só depois os outros. Imaginem os moradores do Cerco do Porto nos colégios privados da zona das Antas ou da Circunvalação ou os moradores de Vila d’Este nos colégios de Gaia…. (e, como se vê, sou do Norte). Belos rankings teríamos então e rapidamente teríamos a associação dos colégios a querer mais dinheiro (e lá se ía a milagrosa economia que agora é apresentada).
Porque afinal estamos a falar de escolha de escola pelas famílias ou de escolha das famílias pela escola?
Há problemas de gestão na escola pública (sei-o bem). Mas para acabar com eles é preciso acabar com um elemento da nossa matriz cultural e criar uma nova área de negócio que agravará a perda de capacidade de intervenção pública na educação? E nem falemos dos problemas futuros da confessionalidade paga pelo Estado ou das oportunas transferências dos alunos que vão estragar a escrita no exame….
Num país desigual como é Portugal a livre escolha não vai ser livre mas será até muito condicionada por factores estruturais da sociedade….
A melhor homenagem que farei à minha Mãe, produto da sua escola pública que sou, é que os seus netos estudem nela: numa escola pública tão exigente como a sua foi e mais igualitária do que a minha pode ser.
Postado por Fernando Martins às 14:30 0 bocas
Marcadores: Escola Pública, Escolas, escolha
Não olhem para os olhos da criatura...
… ainda bem que o nosso capo também é técnico aeroportuário, só de falcon, transportes e tudo na-é com ele, o poceirotista e fricovabeirento, é mais seguro fugir a monte!
Mas concursos, excepto os dos professores, pagam indemnizações.
Em tempo, dera-me uma anti-aéria!
Postado por Pedro Luna às 13:49 0 bocas
Marcadores: aviação, Cova da Beira, Freeport, José Sócrates, Máfia
A ética republicana e socialista - versão ex-presidente da Câmara do Porto (parte II)
Postado por Pedro Luna às 11:00 0 bocas
Marcadores: A culpa é da vontade, aldrabices, aldrabões, ética, ética republicana, Humanos, Nuno Cardoso
Ministério da Educação: não há pão - comam brioches...
Postado por Fernando Martins às 10:15 0 bocas
Marcadores: fome, Ministério da Educação, Pontinha
Música muito (infelizmente...) actual
Postado por Pedro Luna às 01:25 0 bocas
Marcadores: bancarrota, FMI, José Mário Branco, José Sócrates
A ética republicana e socialista - versão coelho no tacho
PJ na Liscont à procura de ‘luvas’
A Direcção Central de Combate à Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária fez ontem buscas à sede da Liscont, firma do Grupo Mota-Engil, onde é administrador executivo Jorge Coelho, por suspeitas de tráfico de influências. Foram também feitas buscas à Refer, a um banco e a mais de uma dezena de outras empresas, entre públicas e privadas. Designadamente, a um atelier de um advogado e também a escritórios de consultores. Está em causa o polémico ‘Caso dos Contentores’, e as autoridades investigam indícios de favorecimento na renovação do contrato de exploração do terminal de Alcântara, em Lisboa.
Postado por Fernando Martins às 01:00 0 bocas
Marcadores: contentores, Jorge Coelho, taxo, Xutos e Pontapés
Mais um contributo para a celebração da imposição da república
JPC - A sua visão sobre a I República, neste livro e no clássico “O Poder e o Povo”, é bastante sombria: um regime ditatorial, que usava a violência, a exclusão, o terrorismo, e que aliás acabou por gerar Salazar. Valerá a pena festejar este regime no próximo ano?
VPV - Eu não fui convidado para festejar nada, por alguma razão. Durante o salazarismo, as pessoas foram esquecendo o que era a República. As forças anti-salazaristas reconstruíram uma imagem da República em que havia partilha e solidariedade, liberdade individual e liberdade de imprensa, etc. etc. E como o salazarismo durou muito, foi essa a noção de República com que as pessoas ficaram. É uma noção absurdamente falsa. A República foi sempre um regime de partido único, nunca foi amigo das liberdades individuais, nunca respeitou a lei, nem a lei constitucional, nem a lei civil, foi um regime terrorista, em que as pessoas que se opunham ao regime eram punidas e às vezes mortas. O facto é que a ditadura e, sobretudo, o salazarismo apareceram em Portugal como libertadores. Para a maioria dos portugueses, a ditadura, ao princípio, foi uma libertação.
JPC - É tão bizarro festejar a nossa “ditadura democrática” como festejar a “ditadura salazarista”?
VPV - Eu acho que é igualmente bizarro.
Postado por Fernando Martins às 00:17 0 bocas
Marcadores: João Pereira Coutinho, Monarquia, República, Vasco Pulido Valente
segunda-feira, setembro 20, 2010
A ética republicana e socialista - versão ex-presidente da Câmara do Porto
Postado por Pedro Luna às 22:00 0 bocas
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inglish tecnisch
Postado por Fernando Martins às 20:43 0 bocas
Marcadores: bancarrota, Inglês Técnico, José Sócrates
Coisas importantes que nosso Grande Líder decide a bem da nação
Convocação passa a ser obrigatória para o sexo feminino já na edição que arranca hoje.
Postado por Fernando Martins às 20:14 0 bocas
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O país dos recordes
Postado por Fernando Martins às 16:11 0 bocas
Marcadores: bancarrota, dívida pública, José Sócrates, record
Música bem antiga para geopedrados
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Música nova para geopedrados
Postado por Fernando Martins às 00:10 0 bocas
Marcadores: 2008, Magnífico Material Inútil, música, Os Pontos Negros
domingo, setembro 19, 2010
O discurso fofinho - efeitos secundários
A voz da razãoAventura na 5 de Outubro
Portugal desabou sobre a ministra da Educação. Tudo porque a estimável senhora resolveu gravar um vídeo infantil destinado aos infantis, com conselhos sobre o ‘estudo’, os ‘horários’ e até, Deus seja louvado, o ‘pequeno-almoço’.
Não se entende esta súbita indignação pátria: todos os anos, do Primeiro-ministro ao Presidente da República, faz parte da tradição nativa que os próceres da nação se dirijam aos selvagens cá de baixo, com o simpático propósito de animá-los ou pastoreá-los. Comparadas com os números natalícios desta gente, as conversas do prof. Marcello (o outro) eram quase adultas e racionais.
Mas Isabel Alçada fez mais: apostada em aproximar-se dos alunos, tentou ser um. Na vacuidade da mensagem; na natureza absurda dela; e até nos erros gramaticais (de concordância, fonéticos, etc.) a ministra era indistinguível do aluno básico que frequenta o básico, o que não deixa de ser uma proeza. Só lhe faltava o piercing; ou, em alternativa, uma cena de pugilato com alguém a entrar no enquadramento para tentar confiscar-lhe o telemóvel. Talvez para o ano.
Postado por Pedro Luna às 12:30 0 bocas
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Humor futebolístico...
Apelo
NÃO TIREM O ROBERTO DA BALIZA.
Bater no fundo
Sócrates nos Estado Unidos para acalmar investidores internacionais
O Primeiro Ministro, José Sócrates, vai aproveitar a ida a Nova Iorque na próxima semana, onde discursará na Assembleia Geral das Nações Unidas, para falar com vários investidores internacionais, de modo a esclarecer os estado das contas públicas portuguesas.
Sócrates será acompanhado de vários técnicos do Ministério das Finanças e do Instituto de Gestão do Crédito Público que devem responder a todas as dúvidas dos investidores. Os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos, ultrapassaram esta semana os seis por cento, igualando os máximos atingidos em Março.
O Governo tem-se desdobrado em contactos internacionais de forma a evitar ataques especulativos à dívida soberana nacional. Teixeira dos Santos fez um périplo pela Ásia (Singapura, Hong-Kong e Macau) para reforçar a credibilidade das contas nacionais. O secretário de Estado Tesouro, Carlos Costa Pina, tem mantido contacto permanente com vários investidores europeus e o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira, tem também realizado vários contactos com bancos internacionais.
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Música nova para geopedrados
Postado por Pedro Luna às 01:47 0 bocas
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