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segunda-feira, maio 27, 2024

Notícia divertida sobre Dinossáurios...

O T-Rex já não é o rei dos dinossauros com bracinhos pequenos

   

   

Achava que os braços minúsculos do Tyrannosaurus rex eram pequenos? Uma equipa de investigadores argentinos identificou uma nova espécie de dinossauro - com bracinhos muito mais pequenos do que os T-Rex.

Um novo estudo publicado na revista Cladistics relata a descoberta de uma nova espécie de dinossauro abelisaurídeo denominada Koleken inakayali, que foi encontrada na Formação La Colonia da Patagónia, datada de há 70 milhões de anos.

O estudo foi liderado por Diego Pol, paleontólogo do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, em Buenos Aires.

Esta nova espécie, notável pelos seus braços incrivelmente pequenos, está a contribuir para a nossa compreensão da diversidade de dinossauros na região durante o período Cretácico Superior.

O Koleken inakayali, cujo nome homenageia o povo Tehuelche e o seu líder Inakayal, assemelha-se ao conhecido Carnotaurus, muitas vezes referido como o “touro de carne” e popularizado pela série de filmes Jurassic World.

No entanto, Koleken difere significativamente, com características únicas no crânio, tamanho geral mais pequeno e falta dos chifres frontais característicos do Carnotaurus.

Apesar destas diferenças, Koleken partilha a caraterística abelisaurídea de ter braços desproporcionalmente pequenos, levantando questões intrigantes sobre a sua função, refere o IFLScience.

O esqueleto parcial de Koleken recuperado da Formação La Colonia inclui vários ossos do crânio, a maior parte das vértebras, uma anca completa, alguns ossos da cauda e duas pernas quase completas.

Esta descoberta abrangente é notável, especialmente quando comparada com outras descobertas significativas, como a de um animal gigante recentemente identificado a partir de um fragmento de maxilar.

descoberta faz parte de um projeto mais vasto, financiado pela National Geographic Society, que visa estudar o fim da “era dos dinossauros” na Patagónia. Esta iniciativa centra-se nos últimos 15 milhões de anos do Período Cretáceo, um período de tempo que tem sido tradicionalmente melhor estudado no Hemisfério Norte.

Os braços minúsculos de Koleken e de outros abelisaurídeos continuam a intrigar os cientistas. Enquanto que o Carnotaurus pode ter usado os seus braços pequenos e a sua cintura escapular adaptada para atrair parceiros, o objetivo exato dos braços de Koleken permanece desconhecido.

À medida que a investigação avança, cada nova descoberta acrescenta peças ao puzzle de como estas fascinantes criaturas viveram e evoluíram.

 

in ZAP

sexta-feira, setembro 24, 2010

Notícia sobre Paleontologia no Público

Na Patagónia
Cientistas descobrem fóssil de girassol com 50 milhões de anos

O girassol é da família do fóssil encontrado na Patagónia (Foto: Ognen Teofilovsk/Reuters/arquivo)

Uma equipa de cientistas acredita que o girassol surgiu há 50 milhões de anos na América do Sul, depois da descoberta de um fóssil muito bem preservado, na Patagónia, revela a revista “Science”.

O fóssil foi encontrado em 2002 em rochas ao longo do rio Pichileufu, na Patagónia, Sul da Argentina durante uma “caça aos fósseis” por amadores, explica a revista “Natureonline.

A descoberta sugere que a família Asteracaea – da qual fazem parte o girassol, o dente-de-leão, crisântemo, alface e a margarida – apareceu há 50 milhões de anos, mais cedo do que se pensava, na região onde hoje é a América do Sul.

Segundo o jornal “Daily Mail”, os fósseis que tinham sido encontrados até agora consistiam apenas em alguns grãos de pólen. Ainda assim, estes registos permitiram saber que esta família teve origem num antecessor comum com outras duas famílias - Goodeniaceae e Calyceraceae - que se desenvolveu naquilo que hoje é a Antárctida. Quando a Antárctida começou a arrefecer, este tronco comum migrou para a Austrália e América do Sul. Num período entre há 56 e 23 milhões de anos, este tronco comum subdividiu-se.

A descoberta – coordenada pela paleobióloga Viviana Dora Barreda, do Museu das Ciências Naturais da Argentina, em Buenos Aires - oferece “provas evidentes da família dos girassóis num estádio ainda muito primitivo da sua diversificação”, escreve também na revista “Science” o botânico Tod Stuessy, da Universidade de Viena.

Além disso, este fóssil sugere que o clima naquela época era relativamente húmido, com temperaturas médias de 19 graus Celsius, escreve o site Scientific American”.

“Mas ainda há muito a aprender sobre a evolução e biogeografia da família dos girassóis”, alertou Stuessy. “Mesmo que os cientistas aceitem que a origem dos girassóis está na América do Sul, ainda não é claro como é que esta família colonizou rapidamente todo o planeta e se tornou tão diversa”, tendo dado origem a 23 mil espécies, acrescentou. Barreda questiona-se ainda, por exemplo, sobre qual o papel destas plantas no ecossistema e como seriam polinizadas.