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terça-feira, setembro 21, 2010
Pele de estegossauro do Jurássico
Saiu um interessante artigo sobre preservação de pele num estegossauro Hesperasaurus mjosi dos Estados Unidos, assinado por Nicolai Christiansen e Emanuel Tschopp.
O primeiro foi preparador de fósseis no Museu da Lourinhã e mais tarde foi meu orientando de mestrado pela Universidade Marie et Pierre et Marie Currie (Paris VI). O segundo é actual estudante de doutoramento sob minha orientação na Universidade Nova de Lisboa.
Abstract
Dinosaur skin impressions are rare in the Upper Jurassic Morrison Formation, but different sites on the Howe Ranch in Wyoming (USA), comprising specimens from diplodocid, camarasaurid, allosaurid and stegosaurian dinosaurs, have proven to be a treasure-trove for these soft-tissue remains. Here we describe stegosaurian skin impressions from North America for the first time, as well as the first case of preservation of an impression of the integument that covered the dorsal plates of stegosaurian dinosaurs in life. Both have been found closely associated with bones of a specimen of the stegosaurianHesperosaurus mjosi Carpenter, Miles and Cloward 2001. The scales of the skin impression of H. mjosi are very similar in shape and arrangement to those of Gigantspinosaurus sichuanensis Ouyang 1992, the only other stegosaurian dinosaur from which skin impressions have been described. Both taxa show a ground pattern of small polygonal scales, which in some places is interrupted by larger oval tubercles surrounded by the small scales, resulting in rosette-like structures. The respective phylogenetic positions of G.sichuanensis as a basal stegosaurian and H. mjosi as a derived form suggest that most stegosaurians had very similar skin structures, which also match the most common textures known in dinosaurs. The integumentary impression from the dorsal plate brings new data to the long-lasting debate concerning the function of dorsal plates in stegosaurian dinosaurs. Unlike usual dinosaur skin impressions, the integument covering the dorsal plates does not show any scale-like texture. It is smooth with long and parallel, shallow grooves, a structure that is interpreted as representing a keratinous covering of the plates. The presence of such a keratinous covering has affects on all the existing theories concerning the function of stegosaurian plates, including defense, thermoregulation, and display, but does not permit to rule out any of them.
Christiansen, N., & Tschopp, E. (2010). Exceptional stegosaur integument impressions from the Upper Jurassic Morrison Formation of Wyoming Swiss Journal of Geosciences DOI: 10.1007/s00015-010-0026-0
Postado por Fernando Martins às 18:50 0 bocas
Marcadores: Doutor Octávio Mateus, estegossáurio, Hesperasaurus mjosi, Lusodinos
segunda-feira, março 02, 2009
Nova espécie de Dinossáurio - notícia no DN
Descoberta nova espécie de dinossauro em Portugal
FILOMENA NAVES
Fósseis. Chama-se 'Miragaia longicollum' porque tem o pescoço longo, foi descoberto na Lourinhã e é uma nova espécie de dinossauro. A equipa do paleontólogo Octávio Mateus já publicou um artigo científico
Quando o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, foi alertado há dez anos para o achado de um grande osso num caminho agrícola de Miragaia (Lourinhã) não podia saber que esse era o primeiro passo para a descoberta de uma nova espécie de dinossauro em Portugal.
Este é um novo estegossauro (com placas ósseas no dorso, a lembrar a imagem de um dragão), que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie.
O artigo científico com a descrição do novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), foi publicado na semana passada, na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, que conta com uma paleontóloga da Universidade de Cambridge.
As escavações foram feitas em 1999 e 2001. Entre 2002 e 2006, os investigadores fizeram a preparação laboratorial dos fósseis, os moldes e as réplicas. O estudo iniciou-se então e ficou concluído em 2008. "O esqueleto não está completo, mas para um dinossauro é bom", adiantou ao DN Octávio Mateus, sublinhando que "o crânio está completo, o que faz dele o único crânio de estegossauro da Europa".
Em 2006 a equipa percebeu que aquele não era uma estegossauro como os outros. Este tem um longo pescoço de metro e meio, com 17 vértebras. "Pode haver duas razões para isto", diz Octávio Mateus. "Ou se tratou de uma adaptação, como estratégia de alimentação, por exemplo, ou houve uma selecção sexual, por preferência de parceiros com o pescoço mais compridos". O aparecimento de novas vértebras, por regulação genética e a cervicalização das vértebras dorsais terão conduzido a esse pescoço mais longo. "Mas o que isto demonstra é uma enorme plasticidade evolutiva dos dinossauros", conclui Octávio Mateus.
FILOMENA NAVES
Fósseis. Chama-se 'Miragaia longicollum' porque tem o pescoço longo, foi descoberto na Lourinhã e é uma nova espécie de dinossauro. A equipa do paleontólogo Octávio Mateus já publicou um artigo científico
Quando o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, foi alertado há dez anos para o achado de um grande osso num caminho agrícola de Miragaia (Lourinhã) não podia saber que esse era o primeiro passo para a descoberta de uma nova espécie de dinossauro em Portugal.
Este é um novo estegossauro (com placas ósseas no dorso, a lembrar a imagem de um dragão), que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie.
O artigo científico com a descrição do novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), foi publicado na semana passada, na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, que conta com uma paleontóloga da Universidade de Cambridge.
As escavações foram feitas em 1999 e 2001. Entre 2002 e 2006, os investigadores fizeram a preparação laboratorial dos fósseis, os moldes e as réplicas. O estudo iniciou-se então e ficou concluído em 2008. "O esqueleto não está completo, mas para um dinossauro é bom", adiantou ao DN Octávio Mateus, sublinhando que "o crânio está completo, o que faz dele o único crânio de estegossauro da Europa".
Em 2006 a equipa percebeu que aquele não era uma estegossauro como os outros. Este tem um longo pescoço de metro e meio, com 17 vértebras. "Pode haver duas razões para isto", diz Octávio Mateus. "Ou se tratou de uma adaptação, como estratégia de alimentação, por exemplo, ou houve uma selecção sexual, por preferência de parceiros com o pescoço mais compridos". O aparecimento de novas vértebras, por regulação genética e a cervicalização das vértebras dorsais terão conduzido a esse pescoço mais longo. "Mas o que isto demonstra é uma enorme plasticidade evolutiva dos dinossauros", conclui Octávio Mateus.
ADENDA: faz hoje 35 anos que a pena de morte por garrote foi executada pela última vez na Península Ibérica - o anarquista catalão Salvador Puig Antich foi executado no garrote vil pelo regime (moribundo...) franquista em Barcelona, a 2 de Março de 1974. Uma música, que lhe foi dedicada por Lluís Llach, para recordar o pobre rapaz:
Postado por Fernando Martins às 21:12 0 bocas
Marcadores: DN, Doutor Octávio Mateus, estegossáurio, I si canto trist, Lluís Llach, Lourinhã, Miragaia longicollum, música, Paleontologia
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